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DEUS: UM DELÍRIO OU ESQUIZOFRENIA?

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Richard Dawkins
Deus, um Delírio - Debate com Richard Dawkins (Legendado)

Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo. E seu líder intelectual é o respeitado BIÓLOGO RICHARD DAWKINS, eleito um dos três intelectuais mais importantes do MUNDO (junto com Umberto Eco e Noam Chomsky) pela revista inglesa Prospect. Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar em Deus e os terríveis danos que a crença já causou à sociedade. Agora, neste Deus, um delírio, ele concentra exclusivamente no assunto seu intelecto afiado e mostra como A RELIGIÃO ALIMENTA A GUERRA, FOMENTA O FANATISMO E DOUTRINA AS CRIANÇAS.
O objetivo principal deste texto mordaz é provocar: provocar os religiosos convictos, mas principalmente provocar os que são religiosos "por inércia", levando-os a pensar racionalmente e trocar sua "crença" pelo "orgulho ateu" e pela ciência.
Dawkins despreza a ideia de que a religião mereça respeito especial, mesmo se moderada, e compara a educação religiosa de crianças ao abuso infantil. Para ele, falar de "criança católica" ou "criança muçulmana" é como falar de "criança neoliberal" - não faz sentido.
O biólogo usa seu conceito de MEMES(ideias que agem como os genes) e o DARWINISMOpara propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao "design inteligente", tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião.
Mas, se é agressivo para expressar sua indignação com o que considera um dos males mais preocupantes da atualidade, Dawkins refuta o negativismo. Ser ateu não é incompatível com bons princípios morais e com a apreciação da beleza do mundo. A própria palavra "DEUS" ganha o seu aval na ressalva do "Deus einsteiniano", e o maravilhamento com o universo e com a vida, já manifestado em seus outros livros, encerra a argumentação numa nota de otimismo e esperança.

"Se este livro funcionar do modo como espero, os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o terminarem." - Richard Dawkins

"Em Deus, um delírio, a debilidade intelectual da crença religiosa é desnudada sem piedade, assim como os crimes cometidos em nome dela." - The Times

"Este livro é um apelo declarado para que não nos acovardemos mais." - The Guardian

"Richard Dawkins é nosso ateu mais brilhante." - The Spetactor
QUEM TEM AMIGO IMAGINÁRIO É ESQUIZOFRÊNICO. ENTÃO OS CRENTES EM DEUS SOFREM DE ESQUIZOFRENIA EM MASSA?
"Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."1Corint.1:18 e "Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que creem." 1Cor.1:2
"Quando uma pessoa sofre de um delírio, isso se chama insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um delírio, isso se chama religião."
— Robert M. Pirsig
Como eu assumi a postura de um religioso que utiliza o ceticismo na investigação das alegações neo-ateístas, era indispensável que eu conhecesse o livro “Deus, Um Delírio”, de Richard Dawkins, que é a principal influência do movimento neoateísta.
Essa lacuna foi eliminada após a leitura completa da obra.
Ao conhecer o livro, entende-se por completo o raciocínio de Dawkins na questão dele contra a religião, e também o modus operandi dos ateus radicais doutrinados por sua obra.
É evidente que Dawkins é o líder de gente como Dennett, Harris e Hitchens, até por que as idéias que estão no livro (que é de 2007) já haviam sido abordadas em obras anteriores do autor e principalmente no documentário “A Raiz de Todo o Mal”, feito em 2006, para a BBC. O termo “The Four Horsemen” é inadequado, até. O justo seria: “A horsemen and three horses”.
Em “Deus, Um Delírio”, Dawkins abre sua caixa de ferramentas.
Para o cético, o serviço fica muito fácil
Faço aqui mais ou menos como James Randi fazia.
Randi investigava Uri Geller, e daí já refutava por tabela vários outros médiuns, que apenas seguiam a Geller. No caso de Dawkins é a mesma coisa: o restante basicamente segue-o.
Avaliação Geral
Como um todo, o livro de Dawkins é bastante irracional, e isso é algo que sempre suspeitei.
Ele se constitui basicamente de um conjunto de estratagemas, com um objetivo muito claro de difusão de ódio à religião e aos religiosos.
Aliás, estou montando uma agenda do neoateísmo (para auditar textos deles, e publicarei aqui em breve), e grande parte dela pode ser retirada dos objetivos deste livro. No mínimo, 75% da agenda sai dele.

Dawkins não esconde suas intenções

    1) ele expande o darwinismo para uma coisa muito além do que realmente a teoria é – ele não quer só explicação das espécies, mas também usá-la para explicar todo o comportamento humano e toda a cultura;
    2) ele entende que a religião é o grande mal do mundo e, para levar isso à frente, ele pratica difamação, aliado a estratagemas, fraudes intelectuais e distorção de informações;
    3) para dar sustentação ao item 2, ele faz a seleção de todas as amostras negativas possíveis que ele possa encontrar de religiosos, fala SOMENTE delas (ele simplesmente ignora os bons exemplos), e afirma que estes religiosos é que são o PADRÃO dos religiosos, e, por isso, a religião seria má;
    4) ele não incomoda de usar raciocínios de autoajuda – ele não tem vergonha na cara e diz que “o livro pode mudar sua vida”, exatamente como os gurus de autoajuda fazem. Aliado a essas técnicas, há um forte componente de lavagem cerebral, principalmente nos 3 capítulos finais;
    5) O componente de apelo emocional é o principal item de demonização do oponente (religiosos, religião).

Como exemplo do item 5, o capítulo 9 é escrito de tal forma apelativa, falando de crueldades contra crianças em nomes da religião (uma amostra seletiva, novamente), que, se uma pessoa tiver a cabeça fraca, vai comprar a causa de Dawkins tranquilamente. O objetivo de tamanha apelação emocional é justamente fazer o leitor se sentir com RAIVA da religião e dos religiosos, mas, como já disse, é tudo obtido com a amostra seletiva, e distorção das informações.
Ele apresenta esses exemplos e não tem pudor ao dizer algo como: “esta é a mente religiosa”.
Como é o livro de maior desonestidade intelectual talvez já editado, ele será inteiramente refutado nesta seção. Ao todo serão 25 a 30 artigos refutando partes de cada capítulo (só o capítulo 5 merecerá quase 10 artigos), publicadas ao longo dos próximos meses. No data de publicação desta crítica, um dos artigos já foi publicado.

Abaixo segue uma breve análise dos 10 capítulos de “Deus, Um Delírio”:
1 – Um descrente profundamente religioso
O titulo basicamente fala de Einstein. Dawkins tenta defender Einstein de acusações de que ele era religioso.
O objetivo de Dawkins é impedir que os religiosos usem o “santo nome de Einstein em vão” quando falarem de religião.
Em seguida, o autor defende sua tese de que não se deve respeitar a religião.
Por exemplo, o argumento é mais ou menos assim: se alguém que não trabalha no sábado por sua religião, não deveria ter esse direito respeitado caso fosse convocado para trabalho oficial voluntário nesta data. Motivo: se é religião, não merece respeito. Se alguém tem um valor, oriundo da religião, isso seria irrelevante.
Outro exemplo é quando Dawkins ofende diretamente os religiosos.
Dawkins faz isso pois diz que não se deve respeitar a religião.
O capítulo é todo para isso, talvez como preparação para a lavagem cerebral que virá a frente, em especial após a primeira metade do livro.

2 – A Hipótese de que Deus existe
Aqui ele chama a existência de Deus de hipótese científica sobre o universo, e portanto deve ser analisada com o mesmo ceticismo científico que qualquer outra teoria.
Esse capitulo é nitidamente todo baseado em uma ignorância completa de Dawkins quanto ao conceito de Deus para os religiosos. Pois nós não consideramos Deus como uma hipótese, mas sim um princípio, assim como na ciência consideramos que as leis da física valem em todo o universo. Isso não é hipótese científica, é um princípio, e não é discutido nos mesmos termos em que se discute uma teoria científica.
Se alguém não aceita os princípios da ciência, isso é um direito que lhe cabe, mas a pessoa será um ignorante em relação à epistemologia e ciência. Se alguém não aceita Deus, o máximo que será é um ignorante com relação à teologia, religião e Deus.
Só para se ter uma idéia do baixo nível deste capítulo, a base é dizer que Deus é hipótese científica, e aí citará o politeísmo e o monoteísmo, para dizer que é tudo a mesma coisa. Dawkins apela de novo e diz que os pais fundadores da América estariam com vergonha da nação ser cristã.
Ele também critica o MNI (Ministérios Não Interferentes), tese defendida por Stephen Jay Gould, e não sobra tolerância nem para o agnosticismo.

3 – Argumentos contra a existência de Deus
O nível de limitação intelectual do capítulo anterior prossegue neste, em que Dawkins, mesmo sem nenhum conhecimento filosófico, tenta refutar argumentos sobre a existência de Deus.
Aí ele apela para tudo, citando o argumento das cinco vias de São Tomás de Aquino, e diz refutá-lo. Só que ele usa uma manipulação de texto, e troca “aquilo que chamamos de Deus”, por “é Deus” para só então fingir que refutou. Ou seja, Dawkins não refutou nada.
Em seguida, ele exagera o argumento de Anselmo, e tenta dizer que o argumento era para provar a existência de Deus, quando na verdade Anselmo sequer ambicionou a isso, e sim ele queria mostrar que a concepção de Deus era razoável do ponto de vista lógico.
O restante vai nesse mesmo nível.
Todo esse tipo de manipulação é a base deste capítulo, em que a tônica, além dos erros de lógica de Dawkins, é o uso de ofensas contra teólogos, e até a tentativa de banalização do termo.
Por exemplo, várias vezes ele cita verbetes da Enciclopédia Católica, interpreta-os erradamente, de propósito, e diz que isso é fruto da “mente teológica”.

4 – Por que quase com certeza Deus não existe
O capítulo melhor do livro, mas só se considerarmos a primeira metade dele.
A ideia do capítulo é tentar provar que Deus não existe.
Ele começa defendendo a teoria da evolução, em oposição ao criacionismo. Embora ele exagere quando fala do design inteligente (que ele chama de criacionismo), em geral essa primeira parte do capítulo 4 é razoável, e ele apresenta bons argumentos a favor da teoria da evolução.
O mesmo não pode ser dito do que vem daí para a frente, pois é onde ele tenta usar a cosmologia, e principalmente a teoria do multiverso, para dizer que provavelmente Deus não existe.
Sabem qual a lógica do Dawkins? Um criador para o universo teria que ser muito complexo, portanto a explicação seria qualquer outra menos essa. É mole?
Nunca é demais citar a refutação que William Lane Craig fez para esse “argumento” do Dawkins.
No geral, o capítulo merece nota 5, sendo 10 pelas explicações dele sobre teoria da evolução (ele fez a lição de casa certinho), e 0 (zero) pelo argumento geral de que Deus provavelmente não existe.

5 – As Raízes da Religião
Se no capítulo 4 Dawkins derrapa no final, apesar de um bom começo, este capítulo é 100% errado.
O objetivo é tentar explicar a religião pela perspectiva do Darwinismo, o que, de cara, já é uma charlatanice, pois o darwinismo não foi feito para isso. O objetivo do darwinismo é a explicação do surgimento das espécies, pelo processo de seleção natural.
Dawkins começa apelando para vender a idéia de que a explicação tem que ser pelo darwinismo. Ele não oferece nenhum argumento sólido para isso, apenas demonstra a expressão de sua vontade.
Em seguida, ele vai se utilizar de suas 3 teorias pseudocientíficas (gene egoísta, fenótipo estendido e memética), além de abordar algo da sociobiologia, que é outra picaretagem – esta última a cargo de E. O. Wilson, também ateu radical.
Outros autores mencionados são Steven Pinker e Daniel Dennett, sendo este o braço direito de Dawkins.
Quer dizer, nesse capítulo ele só cita vigaristas.
O resultado é uma abordagem repleta de falhas, contradições, ausência de provas e chutes confessos. Por exemplo, Dawkins conclui que a religião é um “subproduto de uma outra coisa”, mas nunca explica o que é essa outra coisa.
Ele ainda tenta abordar a suposta vantagem biológica da religião, mas não consegue sequer dimensionar tal vantagem.
O resultado é cômico.
O desastre científico é tão grande que este capítulo merecerá um conjunto de 10 artigos de refutações.

6 – As raízes da Moralidade: por que somos bons?
Se no capítulo anterior, Dawkins assumiu como uma POSSIBILIDADE de explicar a religião através da idéia de que ela tornaria os homens “bons” (estranho, pois para mim religião é para muito mais que isso), ele toma isso como premissa, mas vai tentar demonstrar que a moralidade não se originou da religião, e sim através de uma história evolutiva.
Aliás, já notaram a obsessão de Dawkins pelo darwinismo?
Ele reduz tudo à algo que é ou não uma vantagem, para garantir maior chance de “sobrevivência”.
Ele faz o mesmo com a moralidade, tentando usar exemplos de animais que teriam comportamentos altruístas.
O problema é que ele não explica o altruísmo em si, e sim uma empatia BÁSICA que existe entre as espécies animais, mas que não possui praticamente nada dos atributos do altruísmo existente na espécie humana civilizada e dotada da cultura religiosa.
Por fim, ele pergunta: “Se Deus não existe, por que ser bom?”, o que é uma falácia do espantalho em cima de uma argumentação religiosa de que sem a religião a SOCIEDADE não teria os valores morais que possui.
Como sempre, ele faz aqui mais citações a expansões do darwinismo, mas todas pseudo-científicas.
E pior, ele não consegue explicar a moral humana.

7 – O Livro do “Bem” e o Zeitgeist moral mutante
O objetivo deste capítulo é patético: Dawkins teria assumido, segundo ele, que um dos motivos para o homem possuir religião é para querer ser bom (capítulo 5), e que a moralidade não vem da religião, mas sim de um processo darwinista (capítulo 6).
Aqui, ele se supera e tenta respaldar o capítulo anterior, mostrando que a moral humana vem de QUALQUER OUTRA fonte, menos os escritos religiosos.
Motivos para isso: ele cita algumas passagens da Bíblia, como as narrativas de Abraão, Moisés, encontra relatos de guerras, violência, e ASSUME que isso é o paradigma moral DEFENDIDO pela Bíblia.
Sem dúvida, um campeão da desonestidade intelectual ou ignorância infantil. Talvez um misto dos dois.
A burrice de Dawkins é tamanha que ele não percebeu que as histórias de Abraão e Moisés ENSINAM valores às pessoas, mesmo em narrativa sobre pessoas que viveram em períodos de guerra e violência, mas em nenhum momento a Bíblia diz que é para o leitor SAIR COMETENDO violência.
Só que, ao assumir essa interpretação, ele afirma que se fosse para o ser humano seguir a Bíblia CORRETAMENTE (sim, ele parece querer ser consultor em teologia também), o resultado seria um desastre.
Ele até diz que os genocídios de Hitler e Stalin parecem-se com os genocídios descritos na Bíblia.
Mais uma: ele afirma que Stalin era ateu e cometeu vários crimes. Mas diz que os crimes não foram em nome do ateísmo.
Notem a noção de moral do Dawkins: um crime só é um problema se for feito por religiosos. Aí ele diz que o crime ocorreu por causa da religião, ou ao menos que a religião tem alguma culpa no cartório. Mas se é um ateu que faz, ele diz algo como “ah, mas não foi em nome do ateísmo”. Sim, você não leu errado. Repito: Em todo o livro, ele SÓ CONDENA crimes que tenham sido cometidos por religiosos. Nas raras vezes que existe a citação de um crime cometido por ateu, lá vem a frase padrão: “mas não foi em nome do ateísmo”.
Conclusão: Dawkins não possui moral alguma.
Se Dawkins não possui moral, como pode sequer dialogar sobre ela?

8 – O que a religião tem de mau? Por que ser tão hostil?
A partir do capítulo 8, Dawkins pega mais pesado, e larga toda e qualquer abordagem lógica (que já era pouquíssima).
O objetivo dele é mostrar por que a religião é má, e inclui exemplos como o criacionismo, etc. Quer dizer, ele novamente tenta a falácia da generalização apressada. Na lógica dele, se o criacionismo é uma subversão da ciência, então toda a religião é subversão da ciência. Portanto, é má.
Um exemplo é quando ele narra a história de um sujeito que largou a pesquisa científica, para ser um religioso baseado em interpretação literal. Dawkins cita o caso como patético, mas diz que isso é REGRA entre os religiosos.
Ignora ele, claro, que a maioria dos religiosos não interpreta a bíblia de forma 100% literal, portanto não haveria problema em conciliar ciência com religião.
De forma mais apelativa ainda, ele estende para as citações ao seu vídeo “A Raiz de Todo o Mal”, e cita o reverendo Paul Hill, que foi condenado à morte por matar um médico da clínica de aborto. E em seguida, entrevista o amigo de Paul, Michael Bray.
Sabem a constatação de Dawkins?
Não havia problema nem com Hill e nem com Bray, e sim com a RELIGIÃO.
Como se vê, o objetivo do capítulo é só distorção e manipulação.

9 – Infância, Abuso e Fuga da Religião
A base deste capítulo é a seguinte: dizer que as crianças que são chamadas de “crianças católicas” ou “crianças judias” na verdade são crianças de pais católicos e crianças de mães judias, já que, segundo ele, as crianças não tem discernimento para optar por uma religião.
A lógica de Dawkins é a de que os pais não podem ensinar os seus valores para os filhos.
Quer dizer, podem, MENOS que sejam valores religiosos.
É quase igual uma campanha homossexual que surgiu na Europa pedindo que a criança não fosse ser rotulada de heterossexual, pois na infância ela não decidiu ainda se vai ser heterossexual ou homossexual.
Dá para notar que a proposta de Dawkins é facilmente refutável, pois não há parâmetros pelos quais ele justifique o fato de que os pais não podem passar os seus valores aos filhos.
Como não tem argumentos, ele conta uma série de histórias até assustadoras (por causa do apelo emocional), mas que são excessões dentro da religião.
Como o caso do garoto que foi tirado de seus pais judeus após ser batizado como católico, em 1860.
Casos como esses não ocorrem a granel por aí.
Mas, para Dawkins, ocorrem, pois isso É RELIGIÃO.

10 – Uma Lacuna Muito Necessária?
Esse é o fecho do livro, em que parece que já faltava assunto ao autor (no total, são mais de 450 páginas). Aqui ele divide o capítulo em 4 partes.
Uma tentando associar Deus aos amigos imaginários, das crianças. Claro que para isso ele sequer consegue sustentar sua alegação, mas para Dawkins isso não importa, desde que ele consiga inserir alguma difamação em sua pregação.
Outras duas partes são aquelas em que ele cita a religião como “consolo” e “inspiração”, respectivamente, e questiona ambas. De novo, uma definição muito restrita de religião, pois dizer que religião é para esses dois motivos também é uma abordagem muito simplória (entre os objetivos principais da religião está o auto-conhecimento ESPIRITUAL do ser humano, e o estudo de sua própria consciência em união em alinhamento com a vontade divina – Dawkins sequer abordou esses aspectos, o que é esperado, pois ele não conhece).
Para finalizar, ele cita que a ciência pode substituir a tudo isso, e portanto nada é mais belo que a ciência, e que não é necessário ter nenhuma outra experiência espiritual além de olhar para o universo e blá blá blá… Em suma, a mesma ladainha de Carl Sagan.
Nada contra admirar a ciência, mas assim como Sagan, Dawkins dá uma visão DESLUMBRADA de ciência, que não corresponde ao que a ciência realmente é.
O capítulo 10, cheio de apelos emocionais e dramalhões, é basicamente para fechar o conceito de Dawkins, que é: “religião não presta, troque-a pela ciência/ateísmo”.

Conclusão
Livro que só pode servir como “estudo” para pessoas facilmente sugestionáveis. Há vários componentes de auto-ajuda e principalmente lavagem cerebral. Após ler o livro, se um ateu for facilmente impressionável e tiver mente fraca, vai sair rapidamente pregando as palavras do autor. Curiosamente, depois de ler o livro (fiz em média 3 a 4 anotações por pagina), nota-se que o discurso de quase todos os neoateus é emulado diretamente a partir do livro. Logicamente, a obra é toda inconsistente. Não tem valor como trabalho filosófico ou científico. Em relação à religião, fica evidente que Dawkins não a conhece, portanto ainda não sabe como duelar com seus adversários. Talvez isso explique por que ele está fugindo de debates com o William Lane Craig.

Leia mais: http://logosapologetica.com/deus-um-delirio-uma-critica/#ixzz2Uj5Lxkyi
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CURA GAY: A MEGALOMANIA ESQUIZOFRÊNICA DOS CRISTÃOS...

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POR DAVID DA COSTA COELHO

A História foi a 1ª ciência criada pela humanidade porque devíamos passar aos nossos descendentes as situações que haviam ocorrido em algum lugar em que habitamos, tais como contar conflitos e técnicas de sobrevivência em relação à natureza e demais seres humanos em competição por espaço e recursos, com o tempo, outras ciências surgiriam diante da diversidade das coisas que a vida em sociedade demandava. Mas como a historia era às vezes muito complexa, pois se insurgia dentro do conceito humanidade, o que deriva religião, guerras e comercio, uma ciência irmã ganhou vida, a Filosofia.
Cabia a ela explicações mais empíricas e complexas para questões como, por exemplo, a existência dos deuses do olimpo e porque eles eram a copia exata dos seres humanos em forma, bem como seus desejos e sandices, assim como motivações para guerras, crimes, ou politica. Mais tarde ela chegou numa área que dificilmente poderia ser explicada no mesmo contexto, pois era a mente humana. Chegando nessa parte, estamos mais para física quântica porque tudo é uma incerteza infinita a cada decisão que tomamos, bem como as consequências delas, o que afeta tudo e todos a nossa volta em face das atitudes que exercemos. Então a ciência definitiva para explicar isso surgiu, a psicologia.
Auxiliadas pela recém-criada ciência da psiquiatria, onde o psiquiatra usa o embasamento condicionado e conspiratório, do tal DESEQUILÍBRIO QUÍMICOcomo justificativa para vender 600 bilhões de dólares em drogas legalizadas por corporações de países ricos do mundo globalizado, causando inúmeros problemas físicos e mentais nos ‘clientes’. Além de dependência química e doenças da mente que acabam surgindo derivadas desse coquetel concedido pelos psiquiatras; Estes por sua vez são tratados por essas empresas como celebridades, servidos a pão de ló, com viagens grátis em cruzeiros, financiamento para artigos e lançamento de livros e palestras pelo mundo todo, pagas por estas multinacionais em conluio com a indústria da morte, criada pelas corporações e propagandeadas por psiquiatras. Todo ano pagam 2 bilhões de dólares em indenizações devido o mal que causam, eles sabem que serão processados mas não estão nem aí para tais crimes porque há dinheiro sobrando para pagar, políticos para manipular, e pessoas a destruir em processos que o doente tem que provar que ele ficou doente por usar tal e qual remédio, sem grana para bons advogados e levantamento de provas, e sem o auxilio do governo, conivente politicamente com tais atos hediondos...
Em termos financeiros e de lucro, eles ganham da indústria do armamento, do trafico de drogas ilegais e da prostituição, não bastando isso, ainda influenciam políticos e líderes mundiais pelos resultados ‘humanitários de sua indústria’, num mundo cada dia mais louco, segundo o manual internacional de psiquiatria, quase com mil doenças da mente, em um recente artigo, um repórter americano disse que a fronteira entre as pessoas ‘normais’ e as que se encontram no manual esta cada dia menor para os sãos, segundo ele, não duvida que em próximas edições atualizadas, em breve todos serão loucos.
Não querendo aqui ser tão complacente com o repórter, mas infelizmente me vejo dando razão ao mesmo em face de próxima doença da lista... A homossexualidade é a coisa mais natural em todo o reino animal, há desde mosquitos gays, peixes que trocam de sexo ao longo da vida, aves, mamíferos diversos, até macacos; o homem não ficaria fora desta lista porque este é um vestígio da evolução, e como tal, digamos que é um dogma impossível de mudar. Mas quando se trata das sandices humanas, imaginadas pela filosofia, e estudadas a fundo pela psicologia, bom, quanto a isso o universo é um lugar pequeno e medíocre.
Uma parcela de psicólogos fundamentalistas religiosos declarou que a homoafetividade é uma doença, e que através da fé em deus – o de Israel, pois de outros povos não servem - é possível fazer a pessoa em questão ser aquele ser especifico definido em seus livros sagrados que servem de base para civilização ocidental. É claro que as partes imorais, misóginas e criminosas não vêm ao caso, pois seres humanos também se definem em sua arte de serem hipócritas na medida em que determinadas coisas afetam suas bases estabelecidas, assim nada mais justo que ignorar o que não lhes serve e seguir em frente com suas verdades construídas ao sabor do seu tempo.
Esses psicólogos e fã clube de religiosos fundamentalistas - entre estes há muitos políticos, bispos e pastores - divulgam em sites, redes de jornais e revistas a tal cura. Não se baseia em ciência, aquilo que podemos refazer em qualquer lugar do mundo com as informações catalogadas e contestadas, mas na opinião deles, e no resultado com alguns pacientes que se omitem de ser quem são para serem aceitos por seu grupo social e familiar. Cá entre nós, como sou também terapeuta reencarnacionista, ficaria surpreso deles contestarem minha opinião terapêutica, cientifica religiosa segundo a qual meus fieis veem todos os dias as entidades ascendidas da 4ª dimensão utilizando cordões de marionete para nos dar o pão de cada dia sem trabalho, impedir os políticos, bandidos e loucos de plantão de matarem nossos fieis, e ao final dessa reencarnação, jamais precisar voltar a esse plano tão primitivo, a ponto de nós termos que usar casca humana, ir ao banheiro e nos reproduzir utilizando as partes que são o esgoto do corpo.
Assim como eles não tem como provar que eu e meus fieis estamos errados sem nos levar a dados científicos, o mesmo se dá na tal cura gay porque é uma questão de Nascimento, testosterona em determinada quantidade, bem como dados cromossômicos, não esquecendo a parte religiosa explicativa de todas as religiões quanto a isto, a minha inclusive... Num dos maravilhosos documentários que assisti sobre o tema, dois meninos, gêmeos idênticos, ao entrarem na puberdade se descobriram diferentes em relação à preferencia sexual. Um deles optou por gostar de homens, enquanto o outro era homem comum e amava ser um mulherengo. Numa pesquisa cientifica com base em tomografias, exames de sangue e demais hormônios do corpo, se descobriu que durante a gravidez, ele recebeu menos testosterona que o seu irmão, alterando a química de seu cérebro, deixando sua mente mais parecida com o de uma mulher, o que o leva hoje a sua preferencia pelos homens ao se relacionar sexualmente.
Essas pesquisas foram estendidas para diversas pessoas homo afetivas ao redor do mundo, e os dados sempre se confirmavam, pois a quantidade de testosterona e as informações cromossômicas lhes davam as pistas de que preferencia sexual teria após a puberdade. Em muitos casos havia a tendência à bissexualidade exatamente pela quantidade especifica de testosterona.   Contudo, tais informações não interessam a esses grupos segundo o qual não há outra verdade na sociedade, a de que só existe homem e mulher, e que deus, em sua infinita plenitude criou um para o outro, assim dois homens ou mulheres se relacionando em sociedade, com todos os direitos e deveres é não só um pecado, como também um perigo a humanidade, podendo a mesma ser extinta caso nada seja feito em contrário, como propala o pastor Silas Malafaia em sua dogmatização semanal contra essas pessoas e sua preferencia sexual e de vida.
Atualmente esta discussão para lá de idiota, longe de serem levadas aos esgotos mentais das cabeças cheias de ‘coprólitos’ ancestrais de quem inventaram tais imbecilidades psiquiátricas, ganham cada dia mais força, a exemplo da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos deputados federais (CDHM), onde tramita um projeto de decreto legislativo que autoriza o tratamento psicológico – lembram o repórter? - ou a terapia para alterar a orientação sexual de homossexuais, chamado de "A CURA GAY", como se gostar de pessoa do mesmo sexo fosse uma espécie de lepra ou AIDS; Eu gostaria de saber se há um projeto em tramitação para cura de gente imbecil, caso haja, favor dizer onde me inscrevo para apoiar o mesmo em minhas paginas na net, porque estamos às portas da extinção humana pela imbecilidade...

O fato de haver tais projetos psicológicos esquizofrênicos propalando tais sofismos, com base em suas vidas religiosas oníricas, pastores e políticos lobos, vestindo peles de ovelhas para um nicho de fieis e eleitores não chega a ser um problema, ele será na medida em que for aprovado pela leniência das pessoas em lutar contra tal rapinagem sorrateira. Uma vez que seja lei, a vítima em potencial da cura será levado a um psicólogo para entrevista, e este o envia a um psiquiatra que já sabe de antemão que o problema dele é testosterona ou progesterona, lhe entupindo de um remédio à base disso para que ele mude para aquilo que seu sexo oficial dita. Como tal mudança psicológica implica neuras, no bojo vai também uns 4 ou 5 tarjas pretas, mais alguns estimulantes e outros que a indústria medica psiquiátrica criará para servir humanitáriamente esses pobres morlocs ao estilo HGWELLS. Ao final, seremos nós que pagaremos mais um dos insanos projetos religiosos hipócritas, aliados a gentis senhores que ao invés de criarem leis que punam corruptos, recuperem o patrimônio do povo que surrupiaram tão bem, fazem apenas o que se sabe deles e seus iguais, só lhes interessam suas verdades, bolso cheio e visão religiosa hipócrita.

A CHINA IRÁ CONSTRUIR SEU PRÓPRIO CANAL INTEROCEÂNICO NA NICARÁGUA

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O canal do panamá esta repleto de histórias maquiavélicas desde sua construção até os dias de hoje. Em face aos navios pós Panamá que não podem passar pelo canal devido seu gigantismo, a solução encontrada foi duplicar a sua largura, com um custo na casa de bilhões de dólares, mas enquanto tal coisa não se finda, ele continua estratégico para economia dos EUA, bem como para a defesa de suas costas através de navios e submarinos classe panamá que podem passar por ele, em breve os pós Panamá, verdadeiros monstros marinhos de aço do século XXI também terão sua passagem assegurada. Em farta documentação revelada das inúmeras maquinações da CIA, e até por assassinos econômicos como John perkinsem seu livro e documentário, como membro desta sagrada instituição conspiratória, não faltam evidencias do que fizeram e fazem para manter sua hegemonia politica e militar...
 A Duplicação do Canal do Panamá termina em 2014, embora hoje ele tecnicamente pertença ao povo panamenho, ainda assim a geopolítica americana o vê como estratégico a seus interesses, e até então não havia nada que pudesse destruir essa supremacia, mas eis que surge no horizonte uma nação que foi o maior império da terra por dois milênios, mas por cerca de um século, foi suplantada pelas potencias europeias, e atualmente pelos EUA.
 No entanto, como agua em uma represa que não mais a segura, o dragão do oriente despertou, e a premissa básica em qualquer um que sabe seu lugar no mundo, os desafios que lhe esperam, é entender que a nação que joga seu destino nas regras de outros povos, jamais poderá deixar de depender deles... Ainda mais no ritmo de crescimento chinês, em que consomem energia elétrica equivalente a várias usinas de Itaipu a cada ano desse crescimento, em breve quadruplicará porque mais 300 milhões de chineses ascenderão a classe média, segundo reportagens, documentários e busca por recursos energéticos mundo afora. A África e a América do Sul são de longe os continentes que podem suprir a fome de recursos minerais e vegetais dos quais o povo chinês hoje é literalmente dependente. O canal do panamá é passagem segura a estes recursos latino-americanos, mas não atende as necessidades geopolíticas e estratégicas devido aos EUA, a solução? Façam o  próprio...
A CHINA IRÁ CONSTRUIR UM CANAL INTEROCEÂNICO NA NICARÁGUA

O governo da Nicarágua planeja conceder à companhia HK Nicarágua Canal Development Investiment uma concessão de 50 anos para construir e operar um canal interoceânico, segundo os documentos apresentados na Assembleia Nacional. A empresa foi selecionada “como a parceira mais adequada para ajudar a Nicarágua a alcançar seus objetivos em relação ao projeto”, afirma uma carta da autoridade do canal. Caso seja aprovada, a concessão, que poderá ser prorrogada por outros 50 anos, cobrirá a construção e operação de uma série de projetos para conectar as costas do Caribe e do Pacífico. Os projetos propostos consideram a construção de um canal para barcos, um canal seco onde irá ficar uma linha de trem, a construção e operação de zonas francas nas regiões do Pacífico e do Caribe, como também a construção de dois aeroportos internacionais e dois portos de águas profundas.

O presidente Daniel Ortega convidou também o Brasil, Suíça, Canadá, Kuwait e Arábia Saudita para participar na execução do projeto. O acordo, se for aprovado pela Assembleia Nacional, terá que ser assinado no dia 14 de junho. Os estudos de viabilidade do projeto serão concluídos em maio de 2014 e a construção será iniciada no mesmo ano.
http://actualidad.rt.com/economia/view/48439-Nicaragua-construira-una-alternativa-al-Canal-de-Panama
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"A HORA DO DRAGÃO - POLÍTICA EXTERNA DA CHINA" apresentada no "Jornal das 9" da SIC-Notícias e o autor e investigador Luís Cunha foi o convidado de Mário Crespo.
Esta mais recente obra de Luís Cunha, edição conjunta entre o Instituto Internacional de Macau e a editora Zebra, foi lançada no dia 12 de Julho, pelas 18h30, no auditório do ISCSP, em Lisboa. A apresentação esteve a cargo do Professor Doutor Adriano Moreira.
«O eixo geopolítico global está a deslocar-se para o Oriente e a China, "com crescentes capacidades globais" é um ator internacional a ter em conta, defende o investigador Luís Cunha no livro "A hora do dragão". A obra, com prefácio do professor Adriano Moreira, é o resultado de anos de estudo e trabalhos publicados sobre a ascensão geoestratégica da China, de que resultou uma tese de doutoramento, sendo também fruto de um interesse despertado por muitos anos a viver em Macau.
 "São oportunos, e claramente construtivos, trabalhos como o que vem assinado por Luís Cunha, que seguramente vai suscitar o interesse de todos os que se inquietam com a desordem do presente e não desistem de contribuir para uma reconstrução da ordem internacional" - refere Adriano Moreira no prefácio do livro a lançar quinta-feira. "A hora do dragão" que faz uma análise da política externa da China e a forma como o gigante asiático chegou aos principais centros de decisão mundiais, é lançado quinta-feira e sustenta que se não fosse o processo de abertura ao mundo delineado por Deng Xiaoping e colocado em prática desde 1978, a "China chegaria aos nossos dias como uma réplica da Coreia do Norte, isto é, um Estado-pária".
 O livro que Luís Cunha lança no mercado aborda, como sustenta o autor, "a cultura estratégica colocada em campo pelas elites chinesas e o processo decisório subjacente" e equaciona e interpreta as grandes orientações da política externa chinesa "designadamente no confronto interestadual entre potências e blocos regionais de primeira ordem com ambições geopolíticas de natureza global". Luís Cunha salienta que a nova diplomacia chinesa "dissemina o modelo chinês desenvolvimentista ao mesmo tempo que divulga a mundivisão geopolítica da China pelos quatro cantos do mundo". Mas a afirmação do "Império do Meio" não pode, como salienta o autor, ser dissociada do facto de ter uma massa crítica que não passa despercebida no cenário internacional. "É um país com 1,3 mil milhões de habitantes, reclama uma zona de fronteiriça de 32.000 quilómetros quadrados circundada por 29 países, 15 dos quais têm fronteira física com o gigante asiático (?) tem capacidade nuclear capaz de atingir os territórios de todos os seus principais rivais geoestratégicos e gere uma economia transformada num dos grandes motores da globalização", recordou Luís Cunha.
 O investigador do Instituto do Oriente (ISCSP) defende que grande parte da política externa da China, com o seu capital disponível, é orientada para a obtenção dos recursos necessários ao progresso económico da China. Mas neste jogo de diplomacia económica existe também um paradoxo como salienta Luís Cunha: "a maioria dos parceiros comerciais da China é, simultaneamente, aliada militar dos Estados Unidos".

Com um peso cada vez mais significativo no cenário internacional, a China não abdica, contudo, de incluir as "características chinesas" nos conceitos que vai adotando e procura agora "um espaço próprio no sistema internacional, a partir do qual poderá projetar o poder político reencontrado na esfera económica". "A evolução da China e a sua cada vez maior intervenção no cenário internacional é inevitável, mas mais do que ter uma presença, mesmo que em grupos poderosos como o G20 ou no Conselho de Segurança das Nações Unidas, Pequim quer recuperar o estatuto e o espaço geopolítico de proeminência a que se julga historicamente com direito", afirma o investigador.» 

EUA: PODEMOS CONFIAR NOS SEUS GOVERNANTES?

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Por David da Costa Coelho
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Segundo muitos políticos, acadêmicos, jornalistas e formadores de opinião, a democracia é o pior sistema de governo, depois de todos os outros. Bom, é da opinião deste que vos escreve, não há tal coisa, cada povo é governado segundo suas influencias históricas e sociais por uma pequena elite que se perdura hereditariamente há séculos, através de todos os meios possíveis e conspiratórios que visam amedrontar a população ou arrebanhar o consenso de formadores de opiniões; Patrocinados por eles para refletirem suas ideologias e intenções funestas. Embora as citações abaixo sejam separadas por mais de dois milênios, jamais deixam de ser atuais porque refletem o que descrevi acima, bem como a sequencia do que vira ao longo deste texto.
"- Cuidado com o líder que rufa os tambores da guerra para incitar coletivamente os cidadãos num fervor patriótico, pois o patriotismo é realmente uma espada afiada de dois gumes. Ambos incentivam o sangue, da mesma maneira que estreita a mente. E quando os tambores de guerra atingem um tom febril o sangue ferve com o ódio e a mente se fecha, o líder não mais terá qualquer necessidade de apodera-se dos direitos do cidadão coletivamente. Pelo contrário, coletivamente os cidadãos, excitados pelo medo, cegos pelo patriotismo, irão oferecer todos os seus direitos para o líder e assim se contentarão. Como sei disso? Pois isso foi o que eu fiz.  CAIO JÚLIO CÉSAR IMPERADOR ROMANO."
"- Naturalmente, as pessoas comuns não desejam a guerra, mas no final das contas são os líderes dos países que determinam a política a ser seguida. É tudo uma simples questão de arrastar as pessoas - seja numa democracia, seja numa ditadura fascista, seja num parlamentarismo ou num regime comunista. Reclamando ou não, o povo sempre pode ser conduzido de acordo com a vontade de seus líderes. Isto é muito fácil. Tudo o que você precisa fazer é dizer ao povo que "fomos atacados", e denunciar os pacifistas como sendo "antipatriotas" e expor o país ao perigo. Isso funciona sempre do mesmo jeito, em qualquer nação". HERMANN GOERING, MINISTRO DA PROPAGANDA DO PARTIDO NAZISTA.”
Foto: http://oportaldoinfinito.blogspot.com.br/2013/06/eua-podemos-confiar-nos-seus-governantes.html
Como visto acima, atravésda força, propaganda, patriotismo e heroísmo, os governantes de qualquer estado, independente da forma de governo podem fazer o que quer que desejem...  Além de não permitir que outros que não os membros da elite dominante governem, no entanto, entre eles mesmos há discordâncias, o que permite uma mudança na estrutura de comando. Há diversas obras acadêmicas sobre tal premissa, dentre elas a teoria das elites:
‘Martin Carnoy - Nos Estados Unidos e oficialmente nas democracias capitalistas a teoria pluralista é ideologicamente dominante e tem a liberdade individual como principio central. O povo, através das eleições detém o poder sobre os governantes e vê o Estado como um campo neutro de debate no qual os representantes refletem seus anseios. Considerações a respeito das relações econômicas e sociais entre os indivíduos têm questionado se o Estado democrático liberal é realmente democrático. “Para alguns a democracia está comprometida com o capitalismo industrial do século XX e para outros o que chama pluralismo é na verdade corporativismo.”.
Neste contexto, a democracia é de longe o mais canalhas de todos os sistemas em face de hipocrisia que destila aos demais, com a premissa da liberdade individual e independência dos três poderes porque sempre teremos no topo da pirâmide uma elite capitalista fascista que manipula todo sistema com o poder do dinheiro. “- Dê-me o controle sobre o dinheiro da nação, e eu não me importarei com quem faz suas leis. Baron Mayor Amschel Rothschild.- Os teóricos da formação do estado já atentavam contra essa triste realidade eleitoral dos governantes democráticos em eleições tipicamente censitárias, acumulação de mais riquezas por parte destes eleitos, manipulação dos interesses do estado ao longo dos séculos porque uma democracia comandada por ricos se manteria por guerras conflitos, conspirações internas e externas:


Engels - o Estado se caracteriza, em primeiro lugar, pela divisão dos súditos segundo o território. Essa divisão nos parece "natural", mas representa uma longa luta com a antiga organização patriarcal por clãs ou famílias. "O segundo traço característico do Estado é a instituição de um poder público que já não corresponde diretamente à população e se organiza também como força armada. Esse poder público separado é indispensável, porque a organização espontânea da população em armas se tornou impossível desde que a sociedade se dividiu em classes... Esse poder público existe em todos os Estados. Compreende não só homens armados, como também elementos materiais, prisões e instituições coercivas de toda espécie, que a sociedade patriarcal (clã) não conheceu".
Para Rousseau, ao contrário de outras teorias sociais daquela época, a sociedade civil é o modo como os homens são encontrados em sociedade na atualidade não uma construção ideal ou hipotética, mas uma realidade. Na natureza o homem é sem moralidade e sem maldade. O homem não é corrompido pela natureza, mas pela posse da propriedade e pela própria sociedade civil. A sociedade civil é corrupta e a natureza é um ideal pré-humano. A propriedade é a origem do mal e da desigualdade; o Estado e a sociedade civil são produtos da voracidade do homem, criação dos mais ricos para defender seus interesses, preservar a ordem, controlar as tentativas de usurpação e para legitimar a exploração do poder, apresentado como benéfico a todos, mas destinado a preservar a desigualdade.
Em sua obra Contrato Social, Rousseau concebe um Estado para garantir a igualdade e a liberdade, cujo poder reside no povo que renunciou a sua liberdade em favor do mesmo, que trata todos os cidadãos igualmente, é a vontade geral e tem seu poder na cidadania. O contrato social corria riscos em função da avidez do homeme, para que o Estado fosse expresso e mantido, mesmo defendendo a propriedade, era necessário limitar os direitos sobre a mesmade modo que não houvesse extremos de riqueza e de pobreza. Era a intervenção do Estado para preservar o próprio Estado. Esta intervenção se daria pelo fornecimento de dinheiro suficiente para evitar que os administradores e legisladores fossem tentados a ser corruptos, pela prevenção da extrema desigualdade da riqueza através da eliminação dos meios das pessoas acumulá-la e da proteção aos cidadãos de tornarem-se pobres e complementado pela educação públicada população do Estado. Se o Estado não garantisse a inexistência do excesso de riqueza ou pobreza iria imperar a tirania.
Como sabemos, não foi isso que ocorreu, hoje temos pessoas que sozinhas possuem muito mais dinheiro que vários países juntos, aquele grupo em ascensão financeira, a exemplo os donos de grandes corporações de mídia, internet, laboratórios farmacêuticos, de alimentos, combustíveis... Suas posses e interesses não só lhes permitem manipular o mercado a seus intentos, bem como criar e manter sua própria bancada politica, visando exclusivamente seus fins egoístas, como muito bem dito por Adam Smith em sua obra a Riqueza das Nações; premissa máxima do capitalismo liberal em suas eternas roupagens, claro que se algo não vai bem após manipular o sistema, evidentemente os governantes – oriundos da elite dominante – criarão leis e medidas econômicas que visam socorrer não os interesses de classes excluídas, eternamente explorada pelos mandatários, e sim aos grupos descritos, como nas varias crises do capitalismo. Hugo Chavez, alguns meses antes de morrer, deixou uma frase celebre aos crentes em aquecimento global:
‘ - Se o clima fosse um banco os políticos das nações ricas do planeta já o teriam salvado. ’
Embora este artigo sirva para qualquer país, não importando sua ideologia de governo, tendo em vista o exposto por Jean-Jacques Rousseau, nenhuma nação do planeta se encontra mais fiel a cada palavra deste texto do que os Estados Unidos. Um estado fascista, comandado por dois partidos supostamente diferentes, mas que fazem exatamente o que suas elites dominantes desejam com os recursos da nação voltados a seus interesses bem definidos... Que impõe sua pílula da democracia através do poder financeiro e das armas, foram à guerra contra outros países através da manipulação de seu povo em conspirações visando o patriotismo por terem sido atacados em diversos momentos de sua história... Fizeram isso na Guerra Hispano-Americana – motivados pela ‘misteriosa’ explosão do encouraçado Maine, na Baía de Havana. Usaram um navio cheio de pessoas para serem afundadas pelos alemães para poderem entrar na 1ª guerra mundial:
 O afundamento do Lusitânia: Cerca de dois mil viajantes, incluindo cem norte-americanos, foram mortos em 7 de maio de 1915, quando um submarino alemão torpedeou o Lusitânia. Antes do naufrágio, a embaixada alemã em Washington emitiu um alerta sobre a rota que navios civis americanos deveria fazer para não serem torpedeados, e que embarcações contendo munição seriam destruídas. Mas Jornais nos Estados Unidos se recusaram a imprimir o aviso ou reconhecer a alegação de que o navio de ‘passageiros’ levava também munições. Quase cem anos depois, em 2008, os mergulhadores descobriram o Lusitânia transportava mais de quatro milhões de cartuchos de munição de fuzil.
A sucessão de eventos semelhantes, bem como a transcrição dos mesmos poderia levar o tema a um livro, o que não é a causa em questão. Basta relembrar mais bandeiras falsas como guerra contra a Coreia do Norte, do Vietnam, a imposição de ditaduras em todos os continentes durante a guerra fria com o mito de luta contra o comunismo, mas que em verdade se adequava aos interesses exploratórios das elites americanas através de suas corporações. Auxiliadas naturalmente pela CIA e demais agências secretas deste país. Organizaram operações secretas não só nas nações do 3º mundo, mas também na Europa:
OPERAÇÃO GLADIO: TERROR PATROCINADO PELO ESTADO ATRIBUÍDA À ESQUERDA
Após a Segunda Guerra Mundial, a CIA e MI6britânico colaborou com a NATO sobre Operação Gladio, um esforço para criar uma "estada atrás do exército" para combater o comunismo no caso de uma invasão soviética da Europa Ocidental.Gladio rapidamente transcendeu sua missão original e tornou-se uma rede de terror secreto composto por milícias de direita, os elementos do crime organizado, provocadores e agentes secretos unidades militares.  "A Estratégia de tensão" Gladio foi projetada para retratar grupos políticos de esquerda na Europa como terroristas e assustar a população a votar em governos autoritários. Para realizar esse objetivo, agentes da Gladio realizou uma série de ataques mortais contra os terroristas que foram atribuídos a esquerdistas e marxistas.
Em agosto de 1980, agentes da Gladio bombardearam uma estação de trem em Bolonha, matando 85 pessoas. Inicialmente atribuídos às Brigadas Vermelhas, foi descoberto mais tarde que os elementos fascistas no interior das polícias secretos italianos e Licio Gelli, o chefe da loja maçônica P2, foram responsáveis ​​pelo ataque terrorista. Outros grupos fascistas, incluindo Avanguardia Nazionale e Ordine Nuovo, foram mobilizados e engajados no terror. A Operação Gladio finalmente custou as vidas de centenas de pessoas em toda a Europa. De acordo com Vincenzo Vinciguerra, um terrorista Gladio servindo uma sentença de vida para policiais assassinos, a razão para Gladio era simples. Ele foi projetado “para forçar essas pessoas e o público italiano, a recorrer ao estado para pedir mais segurança”. Esta é a lógica política que está por trás de todos os massacres e os bombardeios que continuam impunes, porque o Estado não pode condenar-se ou declarar-se responsável pelo que aconteceu.
 Dentro das maquinações que descobrimos diariamente sobre esse estado democrático mundial, a mais nova pílula que caiu no colo da imprensa, foi com relação à espionagem de cidadãos em nível global; coisa comum a nós que lidamos com as conspirações americanas e já sabíamos disso há décadas. Não que eles não tenham avisado aos incautos sobre isso em livros, filmes, seriados, documentários. Mas enquanto não é oficial, um jornalista que se pauta pela verdade ‘propalada pelo estado’, jamais pode levantar tal hipótese, já nós, professores de história, e também conspiradores, mestres em levantar tais engodos, não estamos presos a tais sonhos... Evidente que pagamos o preço por sermos chamados de malucos conspiradores, como em reportagem recente da Globo News, mas eis que semanas após, depois do escândalo das escutas, eles são forçados a se retratarem, com a desculpa de que agora não era mais conspiração, e sim uma verdade que envergonha o mundo, e mancha o histórico de democracia e ‘liberdade dos EUA.’
Mas o pior nesse programa não é saber que até as conversas eróticas que podemos ter com alguém pelo telefone, ou qualquer outro assunto sejam gravados, e sim o motivo de tal ato, a segurança dos Estados Unidos, com o mito de que podem ser atacados... Eu sou uma pessoa muito burra, admito isso sem dó nem pena, mas me parece um tanto exagero desta burriceacreditarquealguém pode atacar os EUA, a nação que possui o maior arsenal convencional de guerra da terra, gastando sozinha no orçamento militar a cada ano, mais que todos os outros países do mundo somados.
Se lembrarmos do número gigantesco de bombas atômicas em seu arsenal, capaz de evaporar qualquer cidade da terra que eles desejam, com seus ICBMS: MISSEIS BALISTICOS INTERCONTINENTAIS, com centenas de megatons, ou seja, milhões de toneladas de dinamite, as que caíram sobre o Japão na 2ª guerra eram fraquinhas, com cerca de 20 mil toneladas de TNT; mas destruíram somadas 200 mil pessoas em segundos, e ao longo dos anos chegou aquase 500 mil por radiação e câncer, as de hoje podem fazer esse número chegar à casa dos milhões em um segundo, com as bombas de Hidrogênio, capaz de fazer uma cidade como São Paulo virar o deserto do Saara num piscar de olhos, fica ainda mais difícil manter tal pensamento imbecil. Mais ainda ao nos recordarmos os países que possuem o poder de se contrapor aos EUA, por deterem arsenal nuclear, sendo, portanto invulneráveis as suas politicas imperialistas e ‘democráticas’, e jamais o fariam porque não haveria vencedor numa 3ª guerra mundial atômica... Nesse quesito, como aliados eventuais do clubinho atômicos americano temos a Inglaterra, França, Índia e Israel. Já os inimigos históricos são a China, Rússia, Paquistão e atualmente a Coreia do Norte, mas seu arsenal atômico ainda remonta a idade média da tecnologia, com armas iguais as que destruíram Hiroshima e Nagasaki.
Não bastando tudo isso, ainda possuem drones com tecnologia Stealth– invisíveis ao radar - podendo voar a altitudes muito acima da aviação comercial, e até mesmo militar, pois não leva piloto, carregando armas convencionais ou atômicas, e com elas destruir o que bem entendem. O Paquistão e o Afeganistão são exemplos clássicos da utilização destas armas americanas, o filme Jogos de Guerra, reeditado em sua nova roupagem, em seu minuto inicial mostra um desses aviões destruindo um grupo terrorista no deserto em algum lugar do mundo. Muitas mulheres e crianças no Afeganistão já foram vitimas dessas novas armas, claro que uma mera ‘fatalidade’, e as desculpas ao país já foram feitas, resta saber se as pessoas mortas por elas e suas famílias entenderam tal ato benéfico...
Em um mundo cada vez mais esquizofrênico, com as palavras de Júlio Cesar e Hermann Goering sendo usadas diariamente por nações comandadas por políticos fascistas, nos cabe aqui lembrar as tristes palavras de um professor de historia que não mais se encontra entre nós:
 ‘“O passado das civilizações nada mais é que a história dos empréstimos que elas fizeram umas às outras ao longo dos séculos...” Fernand Braudel.
Infelizmente, de todas as coisas boas de passado que poderíamos elencar, o que interessa a quem comanda e deseja se perpetuarem no poder é exatamente o oposto, manipular, conspirar, e usar de todos os meios possíveis para destilar o medo em todos aqueles que ousarem pensar. Afinal convencer os leigos de que é para a segurança deles que tais coisas são feitas não é nada tão difícil...

AS REDES DE ESPIONAGEM SECRETA DAS DEMOCRACIAS OCIDENTAIS
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Um momento tão marcante de hipocrisia, cinismo, submissão, violação do direito internacional, abuso do poder tecnológico e paternalismo ocidental merece um lugar destacado na história humana. O episódio infame que fez com que o avião do presidente Evo Morales fosse bloqueado em Viena com base em um rumor infundado lançado pela Espanha, segundo o qual o ex-agente da NSA norte-americana, Edward Snowden, se encontrava a bordo é a consequência de uma caçada humana lançada pelo Ocidente em nome de um novo delito: a informação.

Contra todas as regras internacionais, França, Itália, Espanha e Portugal negaram o acesso a seus espaços aéreos ao avião presidencial boliviano. Queriam capturar o homem que revelou como Washington, por meio de seu dispositivo Prism, espiona as comunicações telefônicas, os correios eletrônicos, as páginas do Facebook, os faxes e o Twitter de todo o planeta, incluídos os de seus próprios aliados europeus.

Segundo assegura o presidente austríaco Heinz Fischer em uma entrevista publicada no domingo, dia 7, pelo jornal Kurier, o avião do presidente boliviano “não foi controlado”. Fischer afirma que “não houve controle científico”. “Não havia nenhuma razão para fazê-lo com base no direito internacional. Um avião presidencial é um território estrangeiro e não pode ser controlado.”

Os dirigentes europeus só levantaram a voz quando se revelou o alcance massivo do programa de espionagem norte-americano Prism. E se entende por quê: poucos dias depois, o jornal francês Le Monde contava como a França fez o mesmo com seu “Big Brother” nacional. “A totalidade de nossas comunicações é espionada. O conjunto dos emails, SMS, as chamadas telefônicas, os acessos ao Facebook e ao Twitter são conservados durante anos”, escreve o Le Monde.

Em uma entrevista publicada no fim de semana passado pelo semanário alemão Der Spiegel, Edward Snowden contou que a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) “trabalha lado a lado com os alemães e os outros países ocidentais”. O agora ex-agente da NSA detalha que essa espionagem conjunta é realizada de maneira que se “possa proteger os dirigentes políticos da indignação pública”.

Em suma, os “aliados” se espionam entre si e, além disso, separadamente, espionam o mundo e quando alguém resolve denunciar a ditadura tecnológica universal torna-se um delinquente. Muitos assassinos, genocidas e ladrões de seus povos vivem comodamente exilados nos países ocidentais. Os Estados Unidos não negaram abrigo ao ex-presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada, A França tampouco fechou as portas ao ex-presidente do Haiti, o traficante de drogas e assassino notório Jean-Claude Duvalier, Baby Doc. Mas no caso de Edward Snowden, negou.

O ministro francês do Interior, Manuel Vals, disse que, no caso do ex-agente norte-americano solicitar asilo, não era favorável a aceitar o pedido. Snowden teria recebido uma resposta semelhante de mais de 20 países. Com isso, se converteu no terceiro homem da história moderna a ganhar a medalha de perseguido por ter alertado o mundo.

Além do próprio Snowden, integra essa galeria Bradley Manning, o soldado estadunidense acusado de ter vazado o maior número de documentos da história militar dos EUA. Em 2010, Manning trabalhava como analista de dados no Iraque. Entrou em contato com o hacker norte-americano Adrián Lamo, a quem disse que estava com uma base de dados que demonstravam “como o primeiro mundo explora o terceiro mundo”. Bradley Manning entregou essa base de dados inteira a Julian Assange, que a difundiu pelo WikiLeaks. Alguns dias depois, Lamo denunciou Bradley para o FBI.

Quem também pagou por fazer circular informação foi o próprio Assange. Protagonista de uma nebulosa história de sexo, Assange vive há mais de um ano refugiado na embaixada equatoriana de Londres. Dizer a verdade sobre como somos controlados, enganados, sobre como os impérios assassinam (vídeo divulgado por WikiLeaks sobre o assassinato de civis no Iraque), mutilam e torturam é um crime que não autoriza nenhuma tolerância.

O pecado de informar é tão grande que até a Europa se põe de joelhos diante dos Estados Unidos e chega ao cúmulo da vergonha que foi bloquear um avião presidencial. E quem participa do complô são as mesmas potências que depois, nas Nações Unidas, pretendem dar lições de moral ao mundo. O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, e o presidente François Hollande pediram desculpas pelo incidente. Mas o mal estava feito.

Segundo informações divulgadas pelo Le Monde, a “ordem” de bloquear o avião não veio da presidência francesa, mas sim do governo. Fontes do palácio presidencial francês e do governo, citadas pela imprensa, asseguram que a decisão foi tomada pela diretora adjunta do gabinete do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, Camille Putois. Christophe Chantepy, diretor do gabinete, disse porém que “se trata de uma decisão governamental”. Houve um erro, como disse Laurent Fabius, e a França disse que lamentava por ele.

Nenhuma declaração pode apagar tremendo papelão. O incidente não fez mais do que pôr em evidência a inexistência da Europa como entidade autônoma e livre e também a recolonização do Velho Mundo pelos Estados Unidos. E isso não é tudo: assim como ocorre com a norte-americana, as grandes democracias espionam o mundo. Isso foi o que revelou o Le Monde no que diz respeito ao sistema francês. Trata-se de um procedimento “clandestino”, escreve o diário, cuja particularidade reside não em explorar o “conteúdo”, mas qual a identidade de quem intercambia conversações telefônicas, mensagens de fax, correios eletrônicos, mensagens do Facebook ou Twitter.

Segundo o Le Monde, “a DGSE (serviços de inteligência) coleta os dados telefônicos de milhões de assinantes, identifica quem chama e quem recebe a chamada, o lugar, a data, o tamanho da mensagem. O mesmo ocorre com os correios eletrônicos (com a possibilidade de ler o conteúdo das mensagens), os SMS, os faxes. E toda a atividade na internet que transita pelo Google, Facebook, Microsoft, Apple, Yahoo”.

Com esse sistema se consegue desenhar uma espécie de mapa entre pessoas “a partir de sua atividade numérica”. Sobre isso, o diário francês destaca que “este dispositivo é evidentemente precioso para lutar contra o terrorismo, mas permite espionar qualquer pessoa, em qualquer lugar, em qualquer momento”. A França conta com o quinto dispositivo de maior penetração informática do mundo. Seu sistema de espionagem eletrônica é o mais potente da Europa depois do britânico. A DGSE se move com um orçamento anual de €600 milhões.

Estamos todos conectados. Sem sabê-lo, participamos da irmandade universal dos suspeitos, das pessoas que vivem sob a vigilância dos Estados, cujas mensagens amorosas ou não são conservadas durante anos. Inocentes enamorados se misturam nas bases de dados com criminosos e ladrões, ditadores e financistas corruptos. Pode-se apostar com os olhos fechados que essas últimas categorias mencionadas viverão impunes eternamente.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer


FONTE:

PROFESSOR NO BRASIL: LIXO SEM VALOR...

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POR DAVID DA COSTA COELHO
Um dos maiores prazeres de minha vida foi, depois de muitos anos de batalhas em diversas profissões, que me auxiliaram a pagar as contas, sustentar meus irmãos menores, comprar minha casa, pagar meus estudos em escolas particulares, pois devia terminar o 2º grau e ao mesmo tempo conciliar a escola com meu emprego; fui concluir o 3º grau numa universidade particular porque não tinha como entrar para uma publica devido à competição desigual e tempo para me preparar porque tinha que trabalhar para sobreviver e sustentar outros, além do mais, o tal do ENEM e COTAS, ainda não estavam disponíveis como hoje, pois se estivesse na época, eu teria economizado uma grana boa... Formando-me em História, podendo abraçar a profissão de professor como um ideal de vida realizado, sentia-me um louco apaixonado pela docência, como mais um professor utópico sonhador, queria mudar o mundo através da educação, tendo como horizonte meu esforço pessoal para deixar meus discentes cientes que estudar, por mais difícil e terrível que seja, no sistema capitalista, pautado pela desigualdade social e intelectual; ainda é de longe o único caminho.
Durante o curso eu ouvia dos professores que ministravam as aulas as queixas de sempre... Salario de miséria em escolas particulares ou dos governos, alunos terríveis que não respeitam ninguém, professores que faltam mais do que lecionam devido problemas pessoais e psicológicos derivados do trabalho, pedagogos que são um nojo, já que não entendem nada daquilo que o professor passa em sala, mas querem uma prova assim ou assado, ou demais trabalhos e testes feito deste e ou daquele jeito porque é assim que tem que ser e acabou. Se examinar o conhecimento histórico e politico de cada um deles – salvo raras exceções – da pena, pois são embasados em uma teoria que não se aplica a realidade do século XXI, e mesmo quando se atualizam, o fazem com bases em teorias que não se aplicam aos avanços da tecnologia de informação, ciência em linguística, psicologia e realidade politica de cada país ou estado onde atuam... A parte pior é filtrar o conhecimento que devemos passar segundo a realidade de cada município ou estado, onde coisas como ditadura militar, coronelismo e voto de cabresto dá demissão e não renovação de contrato porque pode fazer com que os alunos encham a cabeça de seus pais, o que resulta em votos para o lado errado...
Não bastando tudo isso, o trabalho do professor é considerado uma coisa inútil, não gera lucro, pois o modelo de sociedade que nos temos baseia-se nas ideias de Platão e Auguste Comte. O filosofo grego acreditava que a sociedade perfeita deveria ser governada por uma elite intelectual, na escala abaixo pessoas para serviços de meia qualificação, e na base maior da pirâmide, gente para trabalhos essenciais e inglórios, no caso os estrangeiros e escravos, já que a escravidão era comum na antiguidade, e mesmo Atenas, precursora da democracia, possuía milhares de escravos.
Comte, professor e filosofo francês do século XIX, foi o pai do positivismo, acreditando ser possível planejar a sociedade e seus indivíduos com critérios científicos, em minha opinião ele deveria ser canonizado pelo vaticano como santo, pois previu um milagre eternamente atual, já que até hoje os governantes despejam dados em qualquer entrevista do que estão fazendo, ou farão num próximo mandato, ou seja, a ciência virou um profeta a serviço do futuro que talvez um dia chegue... Para este docente francês, o estado seria composto de três estamentos, uma elite intelectual, financeira e tecnocrata, com curso superior, cabendo a ela comandar o estado, pautado pela ordem social e pelo progresso; aquelas palavras lindas que estão na bandeira do Brasil, mas que bem sabemos seu lado oculto e inútil, além de profecia a espera do milagre...
Logo abaixo, o 2º estado deveria haver os técnicos, para operações especificas, sem muitos dados de como o mundo funcionava, nem conhecimentos históricos capazes de ousar contra o estado constituído. Seriam os responsáveis pela manutenção industrial, cargos burocráticos de secretariado, no comercio e até mesmo nas forças armadas, o sargento é um exemplo clássico dessa dela porque ele é o responsável por treinar as pessoas; mas em breve muitos oriundos da elite que ele treina serão alçados ao oficialato e conhecimentos que sequer imagina, enquanto ele permanecerá na mesma função eternamente. Com uma remuneração que permita um contentamento e aceitação de sua situação e origem, e que este repassa de forma condicionada na sociedade com quem convive, aceitando a forma social como ordem natural é vontade divina, ou da estória; repetido desde a meninez por pais, religião e tradições inventadas, aprendem na escola já na infância a manifestação destes dogmas ao cantar hinos, do estado ou da religião católica, a exemplo clássico do ‘pai nosso’. O fato de o estado ser ‘laico’, e que impor uma obrigação de cantar hino de qualquer religião ser um crime, isso não vem ao caso, o que importa é dogmatizar e condicionar crianças que um dia serão adultos...
O 3º e ultimo e aquele destinado a cargos de salario mínimo, a variedade reflete o poder das ideias desses filósofos nos dias de hoje. Salvo raras exceções devido crescimento do mercado, o que força o pagamento de salários maiores como no caso de motoristas de ônibus, construção civil, empregadas domesticas; a realidade para essas pessoas continua idêntica, devem ser as pernas com as quais o País anda, e o braços com o qual se trabalha e produz riquezas; além é claro de pagarem a maioria dos impostos porque os produtos primários que consomem são os mais onerados pelo governo...
Alimentos, materiais de construção, eletrodomésticos, transportes, bebidas alcoólicas e combustíveis. As pessoas do 2º grupo também são oneradas nestes artefatos, mas não tanto quanto os pobres, mas no final lhes sobra pagar por medicina privada, escolas particulares e muitos outros gargalos que lhes absorvem o patrimônio e as esperanças, sendo que estas depositam no futuro dos filhos; na iminência de um curso superior que os faça progredir na vida – exceto professor, pois aí já é burrice – pelos filhos eles suportam as desigualdades  sociais impostas e enterram suas próprias vidas e sonhos.
E de novo retornamos a o topo, pois os ricos, que comandam os três poderes, se beneficiam de todos os dividendos que a sociedade possui, não querem jamais que tal ordem social divina se modifique, para isso eles constituíram - só para terem certeza - um 4º poder; a imprensa livre’. Com ela e suas mídias diversas, Rádio, internet, televisões, jornais e revistas nas mãos de um grupo pequeno de famílias, seja no Brasil ou qualquer lugar do mundo, eles disciplinam o 2º e 3º estados com verdades sócias e cívicas inventadas por eles, para que as classes abaixo as idolatrem e desejem fazer parte daquele estado. A exemplo temos os filmes de reis, rainhas e princesas, poucos se recordam - graças a professores terríveis de história - que estes nobres viviam uma espécie de socialismo dos ricos. Protegidos por leis religiosas e com o poder de vida e morte sobre os servos, que deviam trabalhar terras dos nobres, da igreja, pagar inúmeros tributos, vivendo em estado de miséria, até mesmo para casar tinham que pagar mais um imposto, e ainda deviam dar a 1ª noite de núpcias para o senhor feudal em muitos lugares da Europa, pois era ele quem tirava a virgindade da noiva, e não seu marido; como se podia esperar em face de nosso mundo atual.

Determinados conhecimentos não devem ser administrados as classes inferiores no saber e opinião dos senhores da pirâmide social, portanto os professores são os inimigos naturais destes lordes do tempo porque tem a obrigação acadêmica, moral e intelectual de revelar tudo aquilo que fez a humanidade chegar ao estagio atual de tecnologia e civilização. Mas como fazer com que tais coisas permaneçam enterradas? Simples, politica de estado e economia, pois os professores devem atender um planejamento anual do que ensinam baseado na opinião da elite dominante no poder, em determinada época e lugar. Ao final, a história se resume em comercio, guerra e religião, e se temos uma grade curricular que não interessa, basta muda-la; o exemplo mais radical é o da doutrina de direita nos EUA, o "Macarthismo" que durou de 1950 a 1954, criada pelo senador Joseph McCarthy, um anticomunista ferrenho, esse movimento se caracterizou pela intimidação e delação de qualquer cidadão, não importando sua origem social, atingiu em grande escala os meios artístico e intelectual porque eram mais politizados do que o americano mediano, alias como até hoje naquele país.
Neste período da guerra fria, ter livros considerados subversivos e comunistas era caso de policia, prisão ou algo mais ao estilo CIA... No Brasil ainda hoje pagamos o preço de tal ideologia com base na imposição do golpe militar no afã de nos defender de uma tomada de poder pelos ‘comunistas’. Após o golpe, patrocinado pelos EUA, em conluio com a nossa elite imoral e apátrida e Igreja Católica; diversos autores do Século XIX foram proibidos em escolas e universidades. Atualmente temos aulas em que as ideias de Marx e demais precursores dos socialistas são tidas como uma forma de fazer as próximas gerações se tornarem esquerdistas, portanto devem ser suprimidas de forma subliminar já nas compras governamentais de livros didáticos que em termos de conhecimento contextualizado são pobres. Não que o autor que os escreveu seja imbecil, ao contrario, deve ler e muito. Mas se colocarem de fato as verdades no papel eles nem entram em licitação e concorrência. Sendo assim a escolha que lhe resta é adequar seu livro a uma realidade capitalista que lhe permita sucesso e ascensão social e ‘intelectual como escritor acadêmico. ’
O único professor que é de fato valorizado é aquele que vai educar em escolas que formam a elite intelectual da pirâmide, embora tenham ali as aulas de mundo real em todos os aspectos, recebem também as teorias acadêmicas e econômicas que justificarão por parte de seu grupo o comando das classes inferiores. Mas até mesmo essa premissa é suspeita, uma vez que para galgar esta posição, tens que matar a criança interior que desejou um dia sonhar em educar, porque sentiu que podia fazer algo a mais, coisa que não lhe foi dada na escola... As lutas sociais do século XIX levaram a inúmeras conquistas trabalhistas e civis, a revolução Russa centralizou tais direitos porque não havia opção aos manipuladores do sistema capitalista.
No entanto, sem um inimigo comum em escala trabalhista mundial, pressionando pela busca do saber e conquistas sociais, o que temos hoje é o recrudescimento de tais ganhos na medida em que as politicas neoliberais de vampirismo de estados pobres e recursos tonaram-se a máxima capitalista. Portanto o nosso Comte retorna com força total, o que mais importa hoje e no Brasil e em países que alçam ao desenvolvimento são um oceano de técnicos para milhares de funções. Claro que há falta de cientistas, engenheiros, e tantas outras funções acadêmicas, mas técnicos estamos sim em carência, e se nada for feito - EDUCAÇÃO - a única solução é importar milhões de técnicos da Europa em processo de falência pelas politicas vampiras já conhecidas, e outorgadas pelos jornais e revistas do 4º poder aos gastos com politicas ‘socialistas. ’
Nesta ordem, determinados grupos de professores devem ser excluídos, aqueles das ciências humanas, conhecedores profundos da dialética social, e que poderiam abrir os olhos destes explorados e manipulados das externalidades de suas funções como poluição, exploração, e prejuízos a sua saúde, bem como seus direitos trabalhistas e políticos. Como exemplo desta desvalorização, o governo de São Paulo, na pessoa do governador Geraldo Alckmin, retirou o ensino de História, Geografia e Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental, afinal esses professores já começam estragando a cabecinha das crianças desde cedo. Em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, os políticos decidiram meses antes aumentarem o salario deles e de mais membros de cargos de comando, e como a folha ficou pesada, alguém tinha que pagar a conta, decidiram então cortar 40% dos salários dos professores da cidade; mas desta vez foi diferente porque os professores colocaram a mídia para funcionar e entraram em greve. Com as recentes manifestações no Brasil, não se deseja o mesmo holofote para cidade, esse corte esta sendo revisto porque o ministério público tenta um acordo com as partes e com certeza há de conseguir. Mas no caso em questão não se trata de 'acordar' as partes e sim pedir intervenção estadual e federal em face de canalhice destes senhores para as pessoas que são naturalmente massacrados, os desvalidos deste texto.
Eu poderia estender estas falas por diversas fontes do que os professores passam e sofrem diariamente, posso dizer que não me arrependi da missão de ser professor, pois se engana aqueles que acham que só existimos em sala de aula, assim como um policial que atua 24 horas, ou medico; nos também temos a mesma premissa, ainda mais com o viés do 5º poder - INTERNET - este mesmo que deu voz as massas mudas até então. Muitas delas, sou forçado a repetir, apenas seguem a manada condicionada, repetindo fotos, textos e reportagens sem pesquisar a origem e conspiração embutida. No entanto, a cada dia as pessoas vão descobrindo a luz no fim do túnel. Estão aos poucos, como formiguinhas, caminhando no sentido da não aceitação como ovelhas das coisas impostas. Por mais incredulidade que se possa ver, em todas as passeatas no Brasil, a primeira premissa é a educação.
Eu sou reencarnacionista, como tal não acredito em divindades e milagres, apenas em dar o melhor de mim na convicção de educar pessoas, me educar cada dia mais e esperar que a coisa siga em frente para daqui alguns anos ou séculos, quando aqui retornar sem memorias desta vida, não lembrar que a educação era um lixo ou sonho, e sim nesta realidade algo real na vida das pessoas. Enquanto tal dia não chegue, lembro-me de forma triste dos meus amigos professores que fizeram concurso para outras funções que não sejam acadêmicas, mas que pagam de 5 a 10 vezes mais. Fizeram isso porque em 1º lugar estava à pessoa que precisava mudar a realidade social e econômica, eles mesmos, em 2º lugar porque desistiram da educação como horizonte de vida. Eu mesmo fiquei um ano fora da educação em 2010 porque minhas necessidades econômicas eram maiores do que as inúmeras aulas que eu lecionava no contrato, fora as extras, e remédio para garganta... Estes meus amigos, assim como eu, já passaram em concursos para educação, mas ser chamado, em face de inúmeras falcatruas de estados e municípios é questão de justiça mesmo, pois nem milagre resolve. Não raro eles fazem concurso sem sequer chamar os que foram aprovados anos antes. Espero que movimentos sociais, reformas politicas e o 5º poder mudem isso, pôs se nada for feito, só restará aos professores mudar não mais a educação, e sim de sonho e profissão.




A educação -- Viviane Mosé
A escola fragmentada, dividida em disciplinas e grades curriculares, e distante da vida dos professores e alunos, se deparar, a cada dia, com um mundo que faz perguntas cada vez mais globais e urgentes, como a necessidade de considerar o todo, o planeta, a cidade. Quais os desafios da educação no mundo contemporâneo.
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Algo errado na educação
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Arnaldo Jabor e os problemas na edução brasileira.

OS REIS MEROVÍNGIOS ERAM NETOS DE JESUS?

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POR DAVID DA COSTA COELHO
Há milhares de anos uma historia compilada de diversos povos teve seu apogeu no nascimento de um propenso salvador do povo escolhido, os judeus. Criados magicamente do pó da terra, como narra o Gênesis, naturalmente compilado de vários povos do Oriente Médio, Babilônicos principalmente, através de inúmeras sucessões, os descendentes de Adão e Eva, expulsos do paraíso pela divindade criadora Javé por descobrirem a arvore do conhecimento, uma motivação extra para compor a trilogia bíblica; através de homens tidos como patriarcas, depois juízes, auxiliados pelos profetas, com linha direta para falar com o criador através de sonhos ou elementos mágicos e deidades animistas da natureza como arvores, montanhas, nuvens...
Depois de inúmeras batalhas contra outros dos descendentes de Adão e Eva, mas que de uma forma ou outra foram relegados ao ostracismo, servindo apenas como personagens secundários, sendo, portanto mortos, escravizados ou destruídos por Deus por descumprirem suas ordens, adorarem outros deuses que não ele, ou ainda estarem no lugar errado na hora certa; ou viver a vida aproveitando o livre arbítrio que supostamente tem, mas que os profetas e demais seguidores não aceitam... Cabendo no final a morte dos homens, escravidão e punição para as mulheres, estupro de meninos e meninas, fora algumas mais maléficas, bastando uma leitura no compendio para dirimir qualquer duvida nos temas citados.
É claro que devemos nos render ao contexto da época e lugar, lembrando que os leitores religiosos de hoje fazem exatamente o oposto, retiram ali passagens que parecem feitas por um ser supremo e bondoso para justificar este ou aquele ato, e do mesmo capitulo ocultam aqueles que deveriam ser impróprios para menores de 18 anos em face de violência semelhante aos dos jogos proibidos de vídeo games. Retomando, depois dessa incrível odisseia, finalmente eles se unificam eu um estado soberano, com um rei, e depois outros seguem, dentre estes o mais sábio e mulherengo de todos, e de quem eu sou fã nº 1 por ser um grande 71 em termos de governança, muitas vezes melhor do que seu pai.
 O Rei Davi será o pai de Salomão, mas como tudo no compendio, é necessária uma tragédia grega para que se cumpra a senda de mais um dos ancestrais do suposto Jesus, pois embora seu nome seja mais famoso que o da Coca Cola, depois de milênios de imposição da fé através da espada e conversão forçada de povos, historicamente não há evidencias de sua existência, e as supostas provas que tentam outorgar vem de fontes tão confiáveis quanto as que dizem que o super homem veio de Krypton...  
Davi tinha lá umas 10 mulheres, mas depois que Bateseba se tornou sua companheira, após a trágica ‘ morte’ de seu marido em batalha contra os inimigos do rei, ela se juntou ao Harem, mas depois o deus caridoso fez o rei se desfazer das amantes, faz Bateseba perder o filho que carregava na barriga pelos pecados do rei, e em seguida lhe presenteia com novo rebento, no caso em questão esse menino será o cara, Rei Salomão; para aqueles que poderiam achar isso uma grande canalhice, a própria epopeia tem uma frase que responde tudo, Deus escreve certo por linhas tortas...
Milhares de anos após, um descendente deste rei, segundo o clube dos cornos - o maior corno da história - porque não foi de um ser humano que ele levou chifre e sim de uma divindade suprema, nasce jesus, um menino super dotado por ser filho de uma divindade em um corpo humano, alias, nem isso é autentico já que a epopeia teve influencia de vários povos, e a coisa mais comum entre deuses e humanos era uma divindade suprema dando uns pegas nas humanas. ZEUS, o deus supremo grego fez historia. Hércules era um de seus filhos mais famosos, com a reles mortal Alcmena, foi perseguido por Hera, a esposa ciumenta que tentou matá-lo ainda criança... Seria uma estranha coincidência falarmos nisso, mas não quiseram fazer o mesmo com o bebê Jesus?
Descendente direto de Adão e Eva, tendo no sangue as taras de Davi e Salomão, seria estranho esse menino, judeu, circuncidado – tradição que copiaram dos egípcios enquanto cativos – não se casasse e tivesse filhos, afinal era um judeu e todos eram prometidos a tal e qual família desde a infância. Evidente que para seus procuradores gerais, na figura da ICAR, após sua ‘morte’, tais compêndios foram retirados e enterrados, assim como a reencarnação de uma das facções do nascedouro cristianismo, em mais um daqueles inúmeros concílios que mais parece a gaiola das loucas e ninguém se entende.
Segundo diversos escritores que se basearam nas historias, lendas e tradições, ele teve descendentes que ainda hoje andam por ai, caso é claro tenha existido como ser humano, e estes teriam dado origem a dinastia de reis franceses, e outros tão ou mais importante que já renderam diversos livros e muitos outros virão.  Só me resta uma pergunta, será que o criador de dão ainda não se cansou de pegadinhas?

Eu acredito!

"Ao escutar pacientes paranoicos capazes de delírios organizados, é fácil constatar que um delírio não é necessariamente menos verossímil que outras crenças que não nos parecem delirantes. Os delírios são crenças que não conseguem se socializar. Hoje, graças à internet, essa diferença se tornou incerta.. O leitor de hoje gosta de enigmas porque eles confirmam que a bagunça de nosso mundo esconde um sentido. A tragédia não é que poderosos e feiosos tramem e manipulem nas sombras. A tragédia, o intolerável, é que os feiosos, exatamente como nós, são um atrapalhado exército de Brancaleone."

Uma história surpreendente
 


A história cristã diz que Jesus foi crucificado numa sexta feira ao meio dia. Antes do cair da noite, já morto, seu corpo foi retirado da cruz e depositado na gruta de José de Arimatéia, cuja entrada foi fechada com uma pedra. No domingo seguinte, o corpo de Jesus havia desaparecido inexplicavelmente, fazendo assim cumprir uma profecia bíblica: o filho de Deus ressuscitara de entre os mortos. Depois de um breve período na Terra, durante o qual entrou em contato com seus discípulos, Jesus subiu ao céu, onde está à direita de Deus Pai.Mas a contrariar este dogma cristão está o túmulo de Srinagar. Andreas Faber-Kaiser apóia-se em dois pontos principais para tentar provar que Jesus não morreu na Palestina, aos 33 anos, e sim na Cachemira, ao norte da Índia, muito tempo depois: as circunstâncias de seu martírio na cruz e referências de que Jesus já vivera na Índia, dos 13 aos 30 anos, período de sua vida do qual a Bíblia não fala.
Sobre a crucificação, Andreas Faber-Kaiser considera que ela ocorreu numa sexta-feira, véspera do shabat judeu, o que obrigava a baixar o corpo de Jesus antes do cair da noite. De acordo com o calendário da época, o sábado começava na noite de sexta e, pelas leis judias, era proibido deixar suspenso na cruz um supliciado durante o dia sagrado do shabat. Faber-Kaiser argumenta que o objetivo da crucificação não era a morte imediata, mas a lenta tortura, suportável por até quatro dias, principalmente por um homem jovem e saudável. Então, um supliciado que fosse baixado da cruz em tempo teria condições de sobreviver, se devidamente tratado. Para Faber-Kaiser, foi o que aconteceu com Jesus: submetido a apenas algumas horas de tortura, ele foi retirado da cruz ainda vivo e, assistido por seus amigos e discípulos dentro da gruta de José de Arimatéia, recuperou-se e conseguiu fugir.
O autor de Jesus Viveu e Morreu na Cachemira recorre a vários trechos da história cristã nos quais há indícios de que o martirizado ainda estava vivo ao descer da cruz. O Evangelho Segundo São Marcos diz que Pilatos, conhecedor de que um crucificado leva dias para morrer, estranhou quando lhe comunicaram que Jesus já havia morrido. Diz também que Pilatos feriu o corpo de Jesus com uma lança, para verificar se estava de fato morto, e embora ele não tenha reagido, da ferida jorrou um "sangue abundante", o que não acontece a um corpo sem vida. O Evangelho Segundo São João faz notar que a tumba de José de Arimatéia não foi cheia de terra, como era costume entre os judeus, mas apenas fechada com uma pedra, o que deixava em seu interior espaço suficiente para respirar.
Por último, Andreas Faber-Kaiser afirma que as mais recentes análises científicas realizadas no sudário de Turim - o pano em que o corpo de Jesus foi envolvido ao ser retirado da cruz - demonstram que o sangue nele impregnado era o sangue de uma pessoa ainda viva. As mesmas Idéias, a mesma filosofia, o mesmo nome. Partindo, então, da hipótese de que Jesus sobreviveu ao martírio na cruz e fugiu da Palestina, Andreas Faber-Kaiser procura os sinais de sua presença na Cachemira. Sua principal fonte é o professor Hassnain, diretor do Departamento de Arquivos, Bibliotecas e Monumentos do Governo da Cachemira, diretor honorário do Centro de Pesquisas de Estudos Budistas da Cachemira e secretário do Centro Internacional de Pesquisas de Estudos Indianos Sharada Peetha.
O professor Hassnain colocou à disposição de Andreas Faber-Kaiser numerosos documentos que falam de um homem com idéias e filosofia idênticas às de Jesus. Este homem é designado nos documentos pelos nomes de Yusu, Yusuf, Yusaasaf, Yuz Asaf, Yuz-Asaph, Issa, Issana e Isa, que são traduções de Jesus nas línguas cachemir, árabe e urdu. E é este mesmo homem, segundo trajeto traçado pelos documentos, o que foi enterrado no túmulo Rozabal de Srinagar. Jesus, de acordo com as pesquisas de Hassnain, teve filho, e ainda hoje vive em Srinagar um seu descendente direto, chamado Basharat Saleem.
Segundo Andreas Faber-Kaiser, porém, ainda mais importante que os documentos que falam desse Jesus adulto são os manuscritos de Nikolai Notovitch, que contam a vida de um profeta Isa que viveu na índia, entre os 13 e os 30 anos, a mesma faixa de idade em que nada se sabe sobre Jesus. Para Faber-Kaiser, tais manuscritos fecham o ciclo: Jesus viveu na Índia, voltou para a Palestina e, depois, obrigado a fugir, retornou à região em que viveu toda a sua juventude.
Nikolai Notovitch foi um viajante russo que no século passado explorava os territórios do norte da índia, incluindo a Cachemira e o Ladakh, região também conhecida por Pequeno Tibete. Em uma de suas viagens, Notovitch conheceu em Hemis, no Ladakh, um lama (sacerdote budista entre mongóis e tibetanos) estudioso da vida de Isa. Este lama traduziu para Notovitch, que anotou a mão, documentos escritos em páli (língua dos livros sagradas budistas), contando sobre a passagem de Isa na índia, numa época que corresponde àquela em que Jesus viveu é, principalmente, no exato período em que a Bíblia não registra sua presença na Palestina.
O professor Hassnain chegou aos manuscritos de Notovitch por acaso. Isolado por uma tempestade de neve em Leh, capital do Ladakh, ele dedicou semanas à pesquisa de velhos textos da biblioteca da lamaseria (o mosteiro dos lamas) local e lá encontrou os 40 volumes de diários dos missionários alemães Marx e Francke. Em um dos volumes havia uma referência aos manuscritos traduzidos que Notovitch deixara em Hemis, a 38 quilômetros a sudeste de Leh.
Os missionários alemães não dão crédito às informações de Notovitch, mas o professor Hassnain está totalmente convencido de sua autenticidade. Em “Jesus Viveu e Morreu na Cachemir”a estão reproduzidas alguns trechos dos manuscritos de Notovitch sobre a história de Isa:  "Um formoso menino nasceu no país de Israel e Deus falou pela boca deste menino explicando a insignificância do corpo e a grandeza da alma. O menino divino, a quem deram o nome de Isa, começou a falar, ainda criança, do Deus uno indivisível, exortando a grande massa extraviada a arrepender-se e a purificar-se das faltas que havia cometido. De todas as partes as pessoas acorriam para escutá-lo e ficavam maravilhadas diante das palavras de sabedoria que surgiam de sua boca infantil; os israelitas afirmavam que neste menino habitava o Espírito Santo. Quando Isa alcançou a idade de 13 anos, época em que um israelita deve tomar uma mulher, a casa onde seus pais ganhavam o pão, através de um trabalho modesto, começou a ser ponto de reunião de pessoas ricas e nobres que desejavam ter o jovem Isa por genro, pois era ele conhecido em toda parte por seus discursos edificantes em nome do Todo-Poderoso.
Foi então que Isa desapareceu secretamente da casa de seus pais, abandonando Jerusalém, e se encaminhou com uma caravana de mercadores para Sindh (Paquistão), com o propósito de se aperfeiçoar no conhecimento divino e de estudar as leis dos grandes Bodas. Aos 14 anos, Jesus havia atravessado todo o Sindh e os devotos do deus Jaina lhe imploravam que ficasse entre eles, mas ele os deixou, caminhando para Jagannath (uma das cidades sagradas da Índia), onde foi recebido com grande alegria pelos sacerdotes de Brahma, que lhe ensinaram os Vedas, a salvar o povo através de orações, a expulsar o espírito do mal do corpo humano e a devolver a este sua forma humana. Jesus viveu seis anos percorrendo as cidades sagradas de Jaganath, Rajagriba, Benaíes e outras, em estado de paz com os Vaishyas e Shudras, aos quais ensinou a sagrada escritura".
Desde muito jovem, pregando a igualdade dos homens
Nos manuscritos de Notovitch consta que Jesus ganhou suas primeiras antipatias na Índia quando falou da igualdade dos homens, pois os brâmanes escravizavam os sudras e afirmavam que estes só se livrariam da escravidão com a morte. Jesus recusou o convite dos brâmanes de aderir a suas crenças e foi pregar entre os sudras, contra eles.
Condenou então severamente a doutrina que dá aos homens o direito de explorar outros homens, e também combateu a idolatria, defendendo a crença em um único Deus todo?poderoso. Finalmente os brâmanes decidiram que ele devia morrer. Advertido pelos 'sudras, Jesus abandonou a índia e alcançou o Nepal.

Depois de aprender a língua páli, deixou o Nepal e caminhou em direção ao oeste, passando pela Cachemira e chegando à Pérsia (hoje Irã), onde os sacerdotes proibiram o povo de ouvi?lo. Como o povo desobedecesse à proibição, Jesus foi preso e solto pouco depois.

Aos 29 anos, Jesus empreende sua viagem de volta a Israel, onde chega um ano depois. A partir daí, os manuscritos de Notovitch, segundo Faber-Kaiser, se confundem com os textos bíblicos.

Depois de comparar as filosofias desse Isa descrito por Notovitch, do Jesus da história cristã e do profeta que voltou à Índia e se fixou na Cachemira após a crucificação, Andreas Faber?Kaiser conclui que os três são uma só pessoa.

Mulher, filhos e um descendente vivo até hoje
Para Faber-Kaiser, desde o início de sua fuga Jesus pretendia chegar à Cachemira, para cumprir uma missão: reunir as tribos perdidas de Israel, que se espalharam pela Ásia depois do grande cisma. Segundo Kaiser, havia indícios de que os sobreviventes das dez tribos se estabeleceram quase todos na Cachemira, e alguns no Afeganistão e no Paquistão.

Baseado nos documentos recolhidos pelo professor Hassnain, Faber-Kaiser reconstitui a trajetória que Jesus percorreu da Palestina até a Cachemira: "Ele e sua mãe, Maria, tiveram que emigrar da Palestina e partir para um país longínquo, passando de país a país.

Acompanhou-os na fuga Tomás, um dos discípulos de Jesus. Encontramos rastros de Jesus na Pérsia, no Afeganistão, e, na localidade de Taxila, no Paquistão. Saídos de Taxila, Jesus, Maria e Tomás rumam em direção à Cachemira, mas Maria não chega a ver a ‘Terra Prometida’; não suportando mais as penas da longa viagem, morre no povoado de Murree".

Faber-Kaiser prossegue: "De Murree Jesus entra na Cachemira por um vale que até hoje se chama Yusmarg (o vale de Yusu). Na Cachemira, Jesus teve mulher e filhos, e até hoje mora em Srinagar o senhor Sahibzada Basharat Saleem, que conserva a árvore genealógica completa de sua família, de Jesus até ele".

A cena da morte de Jesus, Faber-Kaiser transcreve do livro Ikmatud Din, do escritor e historiador oriental Shaikh al Sa'id us-Sadiq, morto no ano de 962: "Jesus, ao sentir a aproximação de sua morte, mandou buscar seu discípulo Ba'bat (Tomás) e expressou a este seu último desejo: que se construísse uma tumba sobre seu corpo no lugar onde expirasse".
Esta tumba, está em pleno centro da cidade de Srinagar, capital da Cachemira. A entrada da tumba lê-se a inscrição Rozabal, que quer dizer o túmulo do profeta.
fonte:
http://www.imagick.org.br/pagmag/themas2/jesusvivo.html

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A EVA DE APÓPIS: SOBREVIVENTES DA 3ª GUERRA MUNDIAL

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AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO

RESUMO: Terra, ano 2150, após ser arrasada pela terceira guerra mundial devido às lutas pelos parcos recursos oriundos do efeito estufa, a população da terra está à beira da extinção devido à poluição e dos Super Vírus que devastam os humanos restantes. Numa cidade submarina de nome Apópis. Cientistas desenvolvem um WormHole - buraco de minhoca, também conhecido como ponte espacial Einstein-Rosen - capaz de rasgar as engrenagens do tempo e do espaço, e fazer seu viajante retornar a uma determinada época, e assim mudar o futuro da humanidade. O problema é que o buraco de minhoca deixa atrás de si partículas exóticas de Antimatéria que irão destruir o planeta e parte do sistema solar terrestre, mas para mudar o futuro negro e perverso da humanidade vale à pena.
Eles optam por enviar uma cientista ao passado, pois sabem que não há futuro pra humanidade, e assim destruir quem causou a terceira guerra mundial, ainda que indiretamente; Albert Einstein. Ela parte na máquina e vê seu mundo se destruir ao ver o buraco se fechar atrás de si, e se materializa no escritório de patentes da Suíça, onde ele trabalhou após se formar, e o “mata”. Eliminando suas anotações e rabiscos da teoria da relatividade. Daí em diante o futuro caminha com linhas desconhecidas, e ela vai pra sua nave e se coloca em animação suspensa no Tibet até poder acordar em sua época; ano 2150.
Mas o que vê quando acorda é outro mundo. Hitler venceu a segunda guerra mundial ao usar os cientistas judeus para desenvolver armas como as apoderadas pelos russos e americanos após a segunda guerra mundial e se aliar com os eugenistas americanos, o restante da população mundial não ariana, ficam como escravos de suas obras faraônicas. Após isso ele inicia a erradicação de seus inimigos, e com apoio de grande parte dos Países do mundo: Argentina, América, nações de colonização nórdica. Com seus conhecimentos superiores de seu planeta morto, ela desenvolve tecnologia e conhecimentos superiores para lutar essa guerra; e vence. Tornando se a nova líder mundial e criando um império que se espalhará pelo universo.


CAPITULO: 1

A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

Shyion observa atentamente os instrumentos que mandarão sua única filha de volta no tempo, ao olhar para Eva, e saber que dentro de instantes ela não mais estará ali, a vontade que tem é de correr para lá e retirá-la daquela máquina do juízo final; mas infelizmente não há nada que possa fazer a não ser conferir os instrumentos e acreditar que sua amada filha realmente será a [1]Eva, a nova mãe do destino da humanidade. Jamais em sua vida ela pensou que o nome que deu a menina teria o significado atribuído, mãe da humanidade segundo algumas mitologias religiosas e científicas do século XX e XXI. Mas era exatamente isto que ela seria a partir de então. E os motivos eram pelos caminhos que a própria humanidade seguiu ao finalizar o século XX. Os cientistas sociais haviam afirmado já em finais daquela época que não existia espaço para duas superpotências consumistas como os EUA. No entanto, a China também assumiu esse papel, juntamente com os outros membros do “[2]BRICS”, agregando-se a isso o aquecimento global acelerou-se devido à duplicação do consumo de petróleo e outros combustíveis fósseis para suprir as demandas do capitalismo como em nenhum momento da história humana; acirrando a competição e a extinção dos recursos minerais, tornando seus preços abusivos às nações pobres, desestabilizando governos pela fome, fazendo guerras civis como jamais visto anteriormente.
O aquecimento global se intensificou na medida em que o gás metano se libertava das tundras descongeladas da Sibéria e do Canadá, devastando o restante das florestas do velho mundo, da Ásia, Oceania, África e Américas, e consequentemente os já escassos recursos hídricos e minerais, além de iniciar uma série de migrações para países que podiam controlar melhor seus recursos naturais; ou ter força bélica superior para tomar de nações fracas e pobres. As primeiras guerras localizadas começam a surgir nas áreas mais secas e estrategicamente ricas em petróleo, secretamente patrocinadas pelas superpotências: No Oriente médio, África, Ásia e países americanos próximos à cordilheira dos Andes, ricos em gás, petróleo e [3]minerais estratégicos presentes só no continente.
Israel havia atacado sucessivamente os iranianos com apoio geopolítico dos EUA, pelas suas tentativas de obter armamento nuclear após diversas medidas infrutíferas da ONU em encerrar o projeto do Irã, que, além disso, iniciou a construção de outras usinas atômicas em seu território. 
Encarando por longo tempo a resposta aos israelenses com armas convencionais, mas sempre com apoio dos seus antigos aliados oficiais é extraoficial, tanto da China, quanto da própria Rússia; beneficiados pelas suas imensas reservas de gás e petróleo e preço gigantesco já antes e após as guerras. Este apoio nocivo, trazendo prejuízos e mortes em seu território, fez Israel ir mais longe devido a seus extremistas religiosos que desejavam retomar suas [4]fronteiras históricas e ser o segundo país do mundo a detonar uma ogiva nuclear, mesmo próximo ao seu território, logo seguidas de outras nas principais cidades persas; calando de vez a voz da antiga e poderosa nação, o Irã não mais existia, o mesmo se deu poucos dias depois nas cidades do Iraque e vizinhos ricos do petróleo, a cidade de [5]Meca, lar e origem de Maomé e do islã, virou uma bola de fogo jamais imaginada se quer pelos mais loucos terroristas do mundo.
 Aquela foi a maior catástrofe já feita a uma cidade sagrada, mas impossível de revidar devido ao poderio de Israel e apoio de EUA, e ignorância do genocídio por parte da Rússia e China, porque uma guerra nuclear globalizada acabaria com o mundo inteiro, portanto, melhor aceitar as coisas e negociar com o novo poder global, Israel detinha um arsenal de super armas, além do sistema [6]Haarp, e com elas, seu potencial inimigo atômico, o Paquistão, poderiam destruir tudo elétrico de seus inimigos, antes mesmos deles lançarem uma ogiva atômica  que poderia ser facilmente detidas por pulso eletromagnético, ou raios laser.
Sem terem os países árabes como enfrentar a nona potencia nuclear do planeta, Israel iniciou uma corrida em busca dos domínios que outrora pertenceram aos inimigos muçulmanos derrotados, e incorporando os principais países produtores de petróleo do globo; fazendo com que as maiores colônias de judeus fora de seu território, que se encontravam no continente americano, europeu e asiático, fossem todos para o agora gigantesco e novo país, levando também suas riquezas. Os árabes pobres e famintos se refugiarem no Paquistão, a única potência árabe detentora de armas nucleares, e que também anexou o Afeganistão, logo após a retirada das tropas da ONU e dos EUA, contando com apoio dos extremistas islâmicos que sabiam não ter outra saída em face ao poder judeu, formando um pacto com demais nações árabes que fizeram uma federação para a [7]Jihad de resistência, iniciando em seguida uma corrida armamentista com a vizinha Índia, aliada de Israel e ocidente criminoso, o que poderia levar outra guerra guerra nuclear localizada contra os árabes.

A Europa foi invadida pelos ricos nobres árabes, agora exilados de seus antigos domínios, e de onde incitavam seus povos a lutar contra o mais histórico inimigo deles, mas aos poucos iam sendo eliminados por serviços secretos de Israel e aliados; os jogando no anonimato e resistência... Quanto aos seus vizinhos conquistados, e que pretendiam retomar o seu território, segundo o que mandava sua própria religião islâmica, Israel fez historicamente a mesma coisa que Roma havia feito a Cartago; iniciou uma política eugenista de extermínio de prisioneiros é esterilização em massa dos povos dominados, reconstruindo a cidade de Jerusalém como era nos tempos de seu criador, o rei [8]Salomão, destruindo mais um ícone do islã, a [9]cúpula da rocha.
Até finais do século XX havia como as potencias mundiais entrarem em acordo e tentar resolver as coisas no fórum global que era a ONU, mas quando os interesses das superpotências passaram a serem maiores que a diplomacia, globalização e o terrorismo de estado; se apropriar e manter os recursos estratégicos das nações fracas, para as potências atômicas mundiais, este passou a ser o único dialogo que interessava. Os países atômicos em conjunto deram aos seus vizinhos desarmados e frágeis apenas uma escolha; juntem-se a nos ou lutem e pereçam.
A mesma coisa que aconteceu no oriente médio com Israel em relação ao Irã, ocorreu também no continente americano, onde os EUA retomaram o seu papel político não só de intervir nos países abaixo, como também  anexá-los. A bandeira americana agora possuía todas as estrelas referentes às antigas nações das três Américas, unidas por um só governo e língua, como também uma única moeda e com todas as riquezas estratégicas que os faziam independentes dos demais continentes antigos.
E assim como seu igual no oriente médio, também foram postas em prática as políticas eugenistas que campearam nesse continente antes da 2 Guerra Mundial, amparadas pelo desenvolvimento espetacular do projeto genoma, que havia não só decifrando o livro da vida; como também o estava reescrevendo e criando o desejo da elite dominante do globo... Os super-humanos. As experiências com as células-tronco foram apresentado resultados bastante polêmicos e restritos já no séc. XX, no XXI eles atendiam as expectativas de seus criadores, prolongar a vida e criar seres imortais, já que as qualidades genéticas de toda raça humana agora formavam um banco de computador exclusivo para a super evolução. As elites do globo podiam não só escolher como seriam seus filhos, como corrigir os erros de sua genética e iniciar uma nova humanidade, longe da reprodução a cargo da casualidade do sexo. Contavam também com o maior suprimento de órgãos a disposição para qualquer pessoa rica do mundo, a vida de pessoas pobres valia menos que uma barata.
O mundo se dividiu em federação Americana; Européia; Rússia–Indiano-Chinesa; Israelense; e República atômica Islâmica do Paquistão. Esta ultima, carregava a esperança de um bilhão de árabes em refazer seu mundo destruído, e também seria a causa da 3ª guerra mundial. Como num novo colonialismo, a áfrica foi redistribuída entre as nações atômicas não islâmicas, e seus quase um bilhão de pessoas, em menos de duas décadas, eram apenas centenas de milhares de seres humanos infectados...
O continente se tornou o palco das mais terríveis experiências químicas e biológicas do homem em uma população, vírus e bactérias foram testados no maior laboratório da terra, de onde ninguém fugia, já que ele foi cercado pelo poder naval e aéreo das federações nucleares; e quando terminaram só havia uma coisa a fazer com o restante...
Ali, as [10]bombas de nêutrons varreram o que restava do berço da raça humana, e os homens provaram que eram mais bestiais e selvagens que os animais do continente. Para a sobrevivência de poucos elitistas e imperialistas, a história como a conhecemos deveria ser reescrita, como já fora varias vezes, pelas mãos de quem fazia a própria história; os vencedores. As superpotências atômicas decidiram entre elas erradicar 90% da população humana segundo um plano pré-estabelecido pelos grupos poderosos já em finais no século XX e no inicio do XXI, nessa nova ordem mundial, os conceitos de humanidade e preservação dos fracos e oprimidos representavam apenas palavras nas bocas de jovens idealistas, e geralmente os primeiros a serem eliminados pelos eugenistas.
Com o extermínio em massa, a intenção era reflorestar o planeta e permitir apenas a elite de super-homens geneticamente criados ou reciclados através de células tronco como o povo escolhido e destinado a colonizar o espaço. As superpotências pretendiam após essa fase de limpeza, fazer um acordo global e criar uma coalizão elegendo um presidente para todos os blocos e daí reescrever o futuro humano; no entanto, jamais teriam esse tempo.
A destruição das florestas liberou uma quantidade gigantesca de gases de efeito estufa na atmosfera, e também vírus e bactérias até então ocultos, mas que agora podiam correr por todo o globo e infectar as populações sem defesa para os mesmos; agregando-se a isto existia as montanhas de cadáveres oriundos das guerras de extermínio, possibilitando locais excelentes para produção de moscas e demais insetos e outros animais comedores de carniça; fazendo da humanidade restante as vítimas ideais dessa nova praga global. De outra parte, a resistência contra o imperialismo dos eugenistas atômicos os atacava em três frentes estratégicas.
Com armas convencionais em seus locais públicos de lazer e governo, com armas biológicas criadas nos laboratórios secretos de facções islâmicas, é também o terrorismo cibernéticos com os hackeres de diversas nacionalidades, e que unidos, defendiam as minorias do extermínio, lutando no ponto fraco da coalizão; a internet. Das três esferas de resistência, era no mundo virtual onde se conseguiam mais vitórias, pois ali os hackeres podiam manipular as informações dos exércitos e fazê-los algumas vezes lutarem entre si e quase joga-los um contra os outros.
Estava mais que evidente que uma terceira guerra mundial iria acontecer num prazo muito curto. Sendo assim o governo da federação americana recrutou os melhores cientistas do continente e iniciou a construção de uma cidade submarina secreta na parte nordeste do Brasil. Ela seria mantida por um reator de fusão, a descoberta mais secreta daquela potência, e ali eles planejavam expandir a cidade inicial para um bloco imenso, uma espécie de nova Atlântida, longe não só de problemas climáticos e terrorismo, e protegida por um campo de força; capaz até mesmo de resistir a explosões de bombas de hidrogênio.
Esta cidade recebeu o nome de Apópis, e jamais seria terminada como se esperava. Ao finalizar a construção do domo pelos Americanos, os hackeres unidos da resistência, conseguiram o impossível, assumiram o controle dos mísseis atômicos da federação islâmica, momentaneamente em paz com os demais blocos, e disparou contra as demais nações, ocasionando uma reação em cadeia de ataques simultâneos, já que agora eles também possuíam tecnologias de bombas de hidrogênio e mísseis ante pulso eletromagnético; capazes de atingir qualquer potência da terra devido a um novo tipo de material mais leve e resistente que o aço, de fibra de carbono, e um combustível que fazia eles voarem com velocidade duas vezes mais rápida que os foguetes que levaram o homem a lua.
Como esperado, os mísseis atingiram seus alvos e os países retaliaram uns contra os outros, e o que se segue se visto do espaço são bolas de fogo atômicas surgindo em todos os continentes e também nos oceanos do mundo onde se encontravam as frotas navais. Os milhões de anos que a raça humana levou evoluindo para se transformar na espécie dominante da terra, foram destruídos em apenas um único dia.

APÓPIS

Levou dois anos para que os satélites com tecnologia de infravermelho pudesse furar a camada de poluição radiativa e vislumbrasse a existência de sobreviventes. As informações chegadas à cidade não refletiam em nada o desejo de buscar e ajudar os poucos sobreviventes, pois os níveis gigantescos de radiação do planeta só seriam limpos talvez em dez mil anos; já que muitos dos mísseis tiveram como alvo as principais usinas atômicas do planeta, fazendo da radiação ali contida, junto com as das armas atômicas, milhares de vezes mais poderosos do que seriam normalmente. Um ano depois o que eles descobrem e que além da radiação, os poucos sobreviventes estavam sendo literalmente dizimados por vírus e bactérias.
Na cidade de Apópis as coisas também tiveram seu revés porque ela tinha acabado de ser construída e ainda estava recebendo suprimentos essenciais antes da guerra, para manter seu contingente de mil pessoas; coisa que agora era impossível. Eles possuíam tecnologia para fazer praticamente o que desejassem, mas estavam relegados a própria sorte em relação à alimentação. O pai de Eva, o físico Arthur Cage, era agora o homem mais poderoso do mundo e comandante do último resquício de civilização tecnológica humana, e também tinha uma missão; salvar as vidas dos seus comandados. Com a tecnologia biológica de criação de algas marinhas, eles conseguiram prover alimentos sintéticos para as pessoas, e resolveram o problema inicial da fome. Restava agora o que fazer para o futuro da humanidade.



Capitulo: 2

SOBREVIVENTES DE APÓPIS

Por cerca de 30 anos os maiores gênios da terra elaboraram todas as teorias possíveis, para posterior implantação no planeta e refazer a humanidade, mas essa também era uma missão hercúlea e a cada dia mais difícil. As pessoas que ali viviam usaram a genética para se mantiver jovens e saudáveis, mas a pouca diversidade genética dentro da cidade, e com mais homens do que mulheres; além da idade já avançada do contingente de Apópis estava criando outro grande empecilho, não havia como repovoar a terra fora daquelas instalações, e ainda por centenas de anos.
Durante os anos que a cidade sobreviveu ao holocausto nuclear, poucas crianças haviam nascido ali, dentre elas a filha do Arthur e Shiyon, Eva. As crianças acompanharam a historia da raça humana e sua destruição pela narrativa dos seus pais e pelos arquivos dos computadores da cidade, e desde cedo Eva se entregou à física com a intenção de um dia reconstruir seu mundo com esta ciência, e também com a genética; ciência que seus país eram os maiores doutorados da historia.
E foi a física quem concebeu a teoria mais plausível com as descobertas feitas no século passado no laboratório [11]Cern, onde se encontrava o maior laboratório de física de partículas da história. Lá eles descobriram a partícula primordial que possibilitaria teoricamente alterar toda aquela nefasta destruição da humanidade.
No final do século XX um [12]cientista americano desenvolveu os arcabouços de uma teoria que possibilitaria a viagem no tempo através de emissões massivas de raio laser dentro de um campo energético, bastando para isso acumular energia suficiente para mandar o corpo de volta no tempo, o que era impossível na época - mas possível em Apópis graças à fusão e antimatéria - embora sofrendo a crítica de muitos colegas; de longe a sua teoria era a mais promissora em relação às outras. Também havia os problemas devido aos paradoxos criados pela própria viagem em relação à matéria de quem fosse para o passado, já estar no tempo de retorno à massa de outros seres ou minerais, o que se conhecia como o paradoxo do avô.
Mas a resposta estava novamente no século XX, onde se descortinou a teoria M, na metade daquele século, segundo a teoria, somos apenas membros de uma realidade e que ao retornarmos ao passado, preservamos o que somos porque vamos a um universo gêmeo, e que pode ter semelhanças com nossa própria história e mudamos aí não a nossa, e sim a deles. O plano era justamente esse, voltar no tempo e mudar o destino igual e pedir a um viajante daquele espaço tempo pra alterar o destino nefasto da terra original do viajante, e assim reescrever a história, a partir de um auxilio de outro universo, no entanto, teorias mais recentes afirmavam que tal coisa não poderia ser feita porque poderia destruir um, ou ambos universos ao criar essa ponte, porque atrairia antimatéria, criada no horizonte de evento cósmico .
Mas havia em Apópis os físicos que acreditavam que você podia voltar dentro de sua própria realidade e preservar sua essência num novo paradoxo onde tudo continuaria existindo como era, porque o universo era composto de massa em expansão, e teoricamente, para esses físicos, não haveria paradoxo e perda de uma matéria que estava se diluindo no próprio universo temporal via [13]hiperespaço; possibilitando mudar o passado, restando somente ao viajante lembrar-se-ia de tudo, preservando sua essência, mas seus pais jamais existiriam nesse novo paradoxo onde ele não teria nascido, mas sua essência se manteria intacta devido energia do próprio hiperespaço condensar-se no viajante em sua nave, no momento de seu salto quântico...
Eram muitas as teorias conflitantes, e eles não tinham como ficar no campo teórico e perecendo aos poucos na cidade, era uma só cartada e um deles deveria ser o escolhido, e se desse certo a humanidade viveria, caso contrario todos pereceriam. Dez jovens promissores foram treinados desde seu nascimento em todas as ciências, tecnologias e artes marciais conhecidas. Eram tutelados pelos grandes cérebros da cidade e também ajudavam com o que deveriam saber e fazer quando de volta no tempo, porque conhecer o passado era essencial... Ao final, eles decidiram mandar não um, mas dez viajantes para o mesmo tempo, aumentando as chances de reconstruir o futuro.Todavia, esbarraram no ponto crucial de qualquer tecnologia, a energia necessária a abertura do buraco de minhoca espaço temporal no hiperespaço.
Só havia uma forma de energia capaz de fazer aquilo, auxiliado pela super partícula densa descoberta no Cern, A [14]antimateria. Cria-la demandaria toda a energia da cidade, o que era via de mão única, pois sem um campo energético para contê-la, ela poderia vazar para cidade, e daí para terra, fazendo do sistema solar uma supernova, com uma explosão gigantesca, só vista no inicio do universo.
Eles iniciaram os cálculos com base no tamanho da nave, peso, e todo seu equipamento tecnológico, a quantidade de pessoas que voltariam no passado, e de energia necessária para abertura de um portal naquelas dimensões, mas o que descobriram fez com que todos seus planos fossem mudados; não tinham como abrir uma fenda temporal de acordo com as especificações antigas, portanto não seriam mais dez pessoas e sim apenas uma, a melhor entre eles. Enquanto os membros da expedição eram testados em tudo aquilo que aprenderam ao longo da vida, os cientistas encontravam-se com outro dilema, informar a todos os membros da cidade que eles iriam, se abrissem o buraco de minhoca, destruir não só a terra como todo o sistema solar...
Arthur reuniu o conselho dos sábios da cidade para deliberarem sobre tal fim apocalíptico, e se o projeto era realmente capaz de seguir adiante tendo em vista que toda a humanidade seria agora realmente extinta. Todos os cidadãos foram informados do que aconteceria e aceitaram seus destinos com a determinação necessária àqueles que pensam primeiro em quem ajudam, e por ultimo em si mesmos. No entanto, os geneticistas haviam encontrado uma solução para esse problema; todos os padrões mentais de cada ser humano da cidade seriam arquivados no computador quântico da nave, junto com células tronco de cada cidadão, e quando fosse a época propicia Eva; a escolhida entre os dez, por suas capacidades físicas, intelectuais e humanas, após despertar do seu congelamento na época atual poderia refazer todos como clones, com os conhecimentos e lembranças de suas copias originais, sobre seu total controle, vendo-a como líder suprema, e assim eles poderiam de fato reerguer uma civilização que sobreviveria a barbárie humana.
Resolvidos os problemas de natureza biológica, restava agora os da nave dentro do buraco de minhoca e o tamanho que poderia ter para ser bem sucedida. Escolheram o modelo cilíndrico, semelhante a uma bola de futebol americano com 20 de comprimento com quatro de largura; dotados dos maiores avanços tecnológicos da espécie humana, camarás de reprodução e clonagem, capaz de se locomover na atmosfera com velocidade superiores a vinte mil km por hora, dotada de estabilizadores de inércia, campo de força, e um arsenal de armas capaz de varrer um planeta primitivo em escala tecnológica, semelhante a Terra da época em que ela se materializaria... Contaria também com as novas armas inventadas poucos meses antes deles deixarem ela partir; os emissores de microondas, cuja missão era vaporizar o gelo dos polos e encher a atmosfera de vapor de água, fazendo cair chuva que levaria a radiação que consumia a vida na superfície para o fundo dos oceanos, limpando a atmosfera. O projetor de teletransporte, a descoberta mais recente dos cientistas de Apópis, e talvez a mais importante de todas, dadas suas implicações futuras para Eva...
Embora tenha sido escolhida entre seus irmãos de viagem temporal, Eva preferia ficar na cidade com seus pais, deixando outro ir em seu lugar, e encarar o mesmo destino comum a todos, mas eles a felicitaram e lhe tiraram aquela ideia louca da cabeça, lhe mostrando que a humanidade fez muitas pessoas sábias ao longo de sua história, mas só os gênios mudavam o mundo; e a filha deles era esse ser destinado a reconstruir o que em pouco tempo seria convertido em energia pura.
Dentro do reator nuclear de fusão da cidade, envolta por um campo de força, Eva acompanhava pelos monitores de sua nave os rostos de todas as pessoas que em segundos não mais existirão, dentre eles os dos seus amados pais. Do seu rosto as lágrimas descem como chuva, suas mãos tremem de dor da separação; e sua alma se expande e abraça a todos quando finalmente é envolvida por uma luz que a joga flutuando invisive sobre uma montanha da Suíça em 1903, duas semanas antes de Einstein se casar com Mileva Maric.
Dentro de Apópis no entanto, após abertura do buraco de minhoca e da passagem da nave por ele, fechando-se em seguida para o mundo de Eva, ocorre o que foi tão claramente teorizado, ele se mantem aberto na cidade com o portal se ligando a outro universo pelo hiperespaço. Semelhante a um buraco negro sugando energia, as partículas exóticas de antimatéria inundam tudo e iniciam uma reação em cadeia numa escala jamais prevista pelos cientistas da terra. Uma extensão do buraco de minhoca cresce, puxando mais antimatéria em progressão geométrica do universo composto deste material, e que se ligou ao deles para abertura do portal. À medida que o buraco negro se expande em trilionésimos de segundos, os dois universos se chocam, criando um evento maior do que o Big Bang que originou tudo que conhecíamos e se transforma em energia pura; graças aquele evento cósmico, em algum lugar do multiverso irá surgir um novo universo, repleto de planos alternativos, e quem sabe, em algum momento vida através da panspermia...


Capitulo: 3

ALBERT EINSTEIN

A dez mil metros de altitude a nave de Eva sobrevoa o continente europeu, e por duas semanas ela acompanha a rotina do jovem físico que se alterna entre seu trabalho no escritório de patentes e seu relacionamento com a futura esposa. Ela sabe muito bem qual é sua missão e o que já deveria ter feito, no entanto não consegue pois vem de um mundo onde bilhões foram mortos e massacrados, havia  também em seu coração de menina a tristeza de ter perdido seus pais, amigos e todas as pessoas que conhecia desde seu nascimento. Embora tivesse ali a tecnologia para recriar aqueles seres através da clonagem e memória reversa, em nenhum momento eles seriam as mesmas pessoas que um dia foram.
No entanto, se ela não eliminasse Einstein, tudo o que ocorreu com seu mundo estava fadado a se repetir, e foi pensando em seus pais que ela tomou a decisão final, foi até a casa onde residia o cientista, teleportou todas as suas anotações para a nave, e também outras onde ficavam suas coisas no escritório de patentes; a noite quando ele estava voltando para casa o feixe de energia do teletransporte o retirou de onde estava e o deixou num compartimento em animação suspensa.

Eva olha para o jovem e ingenuo professor sabendo como nunca que o que esta fazendo não poderia jamais ser imaginado pelos cidadãos de Apópis, que confiaram nela para cumprir aquela missão, mas desde que se descobriu a ultima da sua espécie, tomou a decisão de seguir suas próprias intuições no tocante ao cumprimento da sua missão; sendo essa a premissa básica da vida, viver é fazer escolhas que vem do que somos, não daquilo que a sociedade e seu tempo histórico deseja de nós. Ela acorda o jovem cientista e se dirige a ele na sua língua nativa, o alemão; ela falava mais de vinte idiomas, e seus Bio implantes neurais permitiam compreender todos os demais da Terra.

- Ola professor Einstein, seja bem vindo a minha nave, e ao futuro que o senhor mesmo criou!
- Quem é você senhorita e como me trouxe aqui? Onde estamos? Por acaso os pais de Mileva mandaram você me raptar? Pois ela saberá e terminará com isso, nós nos casaremos, com ou sem a permissão deles!
- Bom professor a explicação é muito longa e complicada, e nada parecida com essa situação à lá Romeu e Julieta imaginada pelo senhor, e mesmo para um gênio, devido sua época em que a tecnologia ainda esta para nascer, fica difícil de explicar, mas o farei. A resposta a sua pergunta pode ser iniciada com os maiores escritores de ficção científica da sua época, cujos livros com certeza o senhor já deve ter lido; “[15]H. G. Wells e [16]Júlio Verne”. Eu retornei no tempo para impedir o senhor de destruir a humanidade com a sua publicação da teoria da relatividade dentro de 2 anos, e como no livro a guerra dos mundos de H. G. Wells, que o senhor certamente leu.
 Só que a guerra não ocorre com marcianos, e sim entre superpotências da terra que usarão suas descobertas para acabar com toda a raça humana. Para evitar isso eu deveria matá-lo, mas não me parece certo destruir a vida de alguém que fez tantas coisas boas, e que infelizmente pela sua inocência, teve seus experimentos levados a destruir o homem. Eu o respeito demais como professor, e sempre lhe tive como um dos meus guias para a vida porque além de gênio, o senhor foi antes de tudo um humano normal, com qualidades e defeitos, por isso eu não lhe matarei, o senhor terá outro destino, um onde não criará nada que destrua quem somos.

Einstein se levanta aterrorizado e olha para a moça alta a sua frente, embora sejam inacreditáveis as palavras soltas de sua boca, as coisas a sua volta eram sem duvida de uma época mais avançada. Instrumentos que eram superiores aos que conhecia, ou via no escritório de patentes, e para finalizar suas duvidas, ele se ergueu e foi até uma espécie de janela, de onde viu as montanhas, e logo em seguida o mar.
- O que é isso que nos carrega?
- Uma nave professor, e ela nos leva a nosso destino pelos próximos 150 anos, estamos indo para o Tibet.
- Como assim? Primeiro me acusa de coisas que não fiz, diz que veio me matar por isso, e ainda acha que viveremos tanto? Me caso depois de amanhã caso não saiba, e exijo que me liberte, já que diz me respeitar e admirar.

Eva sorri a forma imperativa nas palavras de Einstein e faz surgir a sua frente toda a informação em 4 D sobre ele.

- Assista isso professor, foi a sua vida de onde vim, voltarei em três horas, quanto a seu casamento, ele pode até ocorrer, mas não com a sua futura ex-esposa, ou a segunda, e sim com alguém dentro de 150 anos...

E foi exatamente isso que ele fez ao assistir formas de luz pura ganharem vida e narrarem décadas de sua existência naquele lapso de tempo, vendo sua historia antes de chegar à suíça, depois no casamento com Mileva, os filhos que jamais teria com ela se o destino que o aguardava fosse o descrito pela viajante temporal... Seu segundo casamento, o premio Nobel, a carta para o [17]presidente americano criar as bombas nucleares antes que Hitler o fizesse. Sua dor ao ver as mesmas usadas em duas cidades do Japão e as imagens monstruosas de pessoas calcinadas pela equação que saiu de sua mente... As bombas de hidrogênio, a corrida armamentista, e seu inútil movimento pacifista, já que realmente a humanidade se destruiu. Nem a data de sua morte teve tanto impacto quanto as imagens do holocausto da segunda guerra e da terceira. Quando Eva retorna, o que vê é o rosto de homem transtornado por ser culpado de crimes que jamais cometeu, e graças a ela jamais o fará.

- Estou pronto senhorita, por favor, cumpra sua missão, não posso viver sabendo que destruirei bilhões de pessoas, e também a vida humana na Terra.
- Não fez isso ainda professor, e jamais fará, pois para a história, o senhor é apenas mais um homem comum desaparecido, não tem a fama e nem a legião de fãs que lhe rodearão por toda vida após provar de forma terrível suas teorias. Nunca terá filhos ou se casará nesta época. As mulheres com quem se casaria, seguirão seus próprios destinos, pois o nosso só daqui há muito tempo, dentro de minha nave existem câmaras de criogenia, e nos hibernaremos até minha época.
- qual é seu nome senhorita?
- Eva ling Cage.
- Então senhorita, já que não vai me matar, e já mudamos teoricamente o futuro, por que não eliminamos ou sequestramos também Hitler? Pois pelo que vi aqui, ele matará milhões de pessoas, e sem as bombas atômicas...
- O que causará a Segunda Guerra Mundial professor, não será Hitler, e sim uma série de eventos como o revanchismo pela derrota da Alemanha e perda de território na primeira, a disputa por novos mercados consumistas junto com uma crise que irá assolar o mundo em 1929, e a pior de todas; a eugenia derivada das teorias de Charles Darwin, Francis Galton, Thomas Malthus, além de outros pensadores. Foi originada na Inglaterra e nos EUA, utilizada por Hitler em sua guerra de extermínio, ele foi ajudado financeira e secretamente pelos dois países criadores da teoria, que lhes forneceram os meios bélicos e intelectuais para o que se seguiu... Não posso impedir todas as guerras mundiais, pois elas contribuíram para o futuro de nossa raça, no entanto, sem sua teoria, teremos tempos de vê-los se matarem de forma convencional, sem as armas nucleares, e superar o barbarismo que viria depois.
- Discordo completamente de você senhorita, já li os autores de ficção que me falou e também as obras dos diversos cientistas mais importantes de minha época. Os homens sempre guerrearão porque é da natureza humana querer o que é de outro homem, e se a senhorita tem aqui o conhecimento para impedir que eles o façam antes mesmo de terem nascido, entendo então que deve fazê-lo, ou teremos as mesmas coisas numa escala igual ou talvez pior.
- Concordo com o senhor professor, mas como já disse, não posso fazer mais do que me foi destinado. E sair por aí impedindo a história de continuar não é uma de minhas opções. Aliás, o senhor, se eu seguisse o cronograma de meu povo, já estaria morto.
- Sei disso senhorita Eva, mas o que faz você acreditar que não surgirá outro grande cientista que desvende a relatividade e a luz como eu fiz? Deve lembrar também que outros aqui trabalham com física, como o seu próprio texto histórico descreve. E que criarão a física quântica, como o meu algoz, esse tal aqui de [18]Niels Bohr.
- Sua observação é relevante e interessante professor, e o Bohr teoricamente poderia, mas ele usou o gênio próprio para entender e contestar a sua teoria para desenvolver a dele, assim como todos os demais físicos que irão fazer a história do século XX e XXI. Sem a sua teoria da relatividade para amarrar as mentes e criar discórdias, eles continuarão patinando no mundo teórico da física newtoniana, e falo dos que mais li e chegariam perto, como John Von Neumann, Paul Dirac, e Eugene Wigner. O senhor iria conhecer todos eles no futuro, e o que conversariam ainda poderiam auxiliar nas discórdias que geram inovações.
O fato é que isso jamais ocorrerá e devemos nos ater ao nosso futuro em conjunto, eu tenho mais conhecimento do que o senhor seria capaz de adquirir em toda sua vida devido a nossa tecnologia de ensino. Quando nos congelarmos, o senhor será interligado ao computador quântico da nave e terá acesso a toda história humana e também às mesmas coisas que aprendi. E como o senhor é um gênio, poderemos fazer coisas boas no meu futuro por nossa espécie. Quanto ao resto, a humanidade deverá carregar seu destino por si mesma até despertarmos, só espero que os malditos eugenistas não obtenham sucesso em seus planos macabros até acordarmos.
- Essa é sua nave e sou seu prisioneiro, não havendo nada que eu possa fazer pra mudar meu destino, pois se me fosse dado por você nova chance, nunca escreveria minha teoria e manteria o emprego no escritório até o fim de meus dias, mas sei que não fará isso. E pelo que li nesse tempo, o problema não foi minha teoria da relatividade, mas sim os cientistas eugênicos que irão massacrar as pessoas ‘inferiores’.
- Eles são realmente uma praga professor, e não há nada que eu possa fazer pra impedir os massacres que virão por aí, a eugenia foi uma política imposta pelos países mais poderosos da época, e mesmo após a 2 guerra ela continuou com nomes diferentes em vários tipos de programas sociais no mundo inteiro, com a desculpa do ambientalismo; ocultando suas verdeiras intenções em projetos macabros nas nações pobres. Diria eu que foi a causa da destruição de meu mundo, auxiliados é claro por bombas atômicas.
Os preconceitos da família de sua esposa com relação ao senhor é um exemplo disso. Mas espero acordarmos num mundo onde não mais exista tal coisa, quanto ao que disse anteriormente, não é meu prisioneiro, apenas uma pessoa escolhida pelo tempo para mudar o mundo, assim como eu fui; eu perdi todos que amava, inclusive meus pais. O senhor, esta tendo uma nova vida onde não matará ninguém, além de não ver as pessoas que ama nascerem e morrerem.
O fato de eu estar aqui falando com o senhor já é uma loucura, pois eu ainda nem nasci e já alterei o destino de meus pais. Nem sei se acordarei na data marcada, pois meu corpo pode se diluir no espaço tempo por eu não nascer, e se nascer como poderei existir no mesmo espaço tempo?
São essas as minhas preocupações, e caberá ao senhor aprender tudo de meu mundo para ser o fiel da balança quando despertarmos. Programei minha câmara para me acordar um mês antes, e se isso não ocorrer, aí será de Albert Einstein as escolhas do novo futuro da humanidade e o que fará com todo conhecimento que acumulamos nessa nave antes de nos destruirmos.

As palavras da jovem cientista calaram fundo na mente do gênio, e logo ele compreendeu agora o que sempre vinha a sua mente desde menino, tudo é relativo. Embora não tivesse acesso ainda à teoria M, o paradoxo de Eva já despertou o brilhantismo que o fez gênio do século XX.

- Não se preocupe com o paradoxo senhorita, não sei te explicar ainda como sei disso, mas despertará, só preciso de um ou dois dias para escrever o que vislumbrei com suas palavras. Mas basicamente por estar aqui me mostrando minha vida vivida anteriormente já criamos uma linha temporal onde existimos dentro de linhas similares.
- O senhor realmente é um gênio professor, em meu mundo isso é conhecido como teoria [19]M, e em breve o senhor terá acesso a ela, assim como outras variantes da mesma e seus loucos paradoxos; e se der certo acordarei e vamos fazer história.

Eva coloca o seu ilustre personagem na câmara criogênica e programou pra despertar no ano 2150, no mês de fevereiro e aciona, em segundos ele esta completamente preservado para a posteridade; a sua foi programada para despertar no mês de janeiro, e assim que ela entra, os controles remotos se ligam e o frio congelante domina seu corpo para o sono do futuro.

O sumiço de Einstein foi uma gloria para a família de Mileva, que apos um ano de prantos incessantes pelo amado, acreditou na tese de seus pais que ele tinha fugido para Alemanha em busca de algum antigo relacionamento da faculdade; dois anos após ela se casou com um rico banqueiro  que era filho de uma amigo do seu pai.

CAPITULO 4

UM NOVO HITLER

O desaparecimento de Einstein deixou vaga a cadeira do maior gênio do século e as teorias  atômicas permaneceram apenas no campo teórico sem nunca encontrarem novamente alguém que a refizesse. A primeira guerra mundial ocorre da mesma forma que a anterior e logo, o personagem central da segunda guerra mundial aparece; Adolf Hitler. Só que este homem não é um Hitler que desconhece seu passado judeu. Ele sabia que era um dos descendentes bastardo de uma das famílias mais poderosas do mundo, os Rothschild; e quando escreve Mein Kampf (Minha luta) As teses racistas e anti-semitas, são dirigidas exclusivamente a povos não germânicos, ou que tenham recebido sua herança curadora. Com isso, até mesmo os judeus de sangue híbrido deveriam ser aproveitados em dado momento, depois excluídos da existência por sua mácula original.
Ele glorifica entre os herdeiros dos arianos, os povos celtas e nórdicos, como descreve [20]Houston Stewart Chamberlain, que os considerou da mesma família germânica, para Hitler, eles são os mais inteligentes do mundo, e inventores famosos; notadamente ganhadores dos prêmios científicos de relevância mundial, portanto cabiam a eles guiar esse novo mundo, auxiliados pela elite suprema de nobres arianos detentores do saber e de posses finaceiras globais. Seriam estes portanto, juntos com outras famílias poderosas como os donos da gigante química, I. G. Farben, os Warburgs, Standard Oil dos Rockefellers, fábricas da Ford e sua família quem lucrariam com a forma com a qual ele lidaria com os judeus de seu país.
Quando assume o poder, ao contrario do que ocorre no mundo de Eva, ele não inicia a demissão de acadêmicos judeus, nem a caçada aos gênios de sangue mestiço da Alemanha, pois eles trabalham todos em universidades, sendo dela que sairá as armas mentais para o domínio do mundo. Apesarde odiar a raça da qual é originário, ele sabe muito bem o valor de todos os prêmios científicos obtidos pelos seus cientistas e também o dinheiro que possuem há séculos em bancos ou como banqueiros; e que financiou a união soviética após o ‘isolamento sanitário por parte dos países capitalistas’.
Este é um Hitler mais pragmático, que não se exume de usar as hipocrisias intelectuais e financeiras do sistema. Ele sabe como ninguém o que teria ocorrido com a Alemanha já na primeira guerra sem a invenção do nitrato de amônia, devido ao bloqueio inglês do nitrato importado do chile para fazer munição e produzir alimentos. Ele havia lutado nessa guerra e sabia da importância da invenção do judeu alemão [21]Fritz Haber. Sabendo que os maiores gênios do seu país estão nas universidades e que desde sempre foi a tecnologia a responsável pelas vitórias das principais potências mundiais, ele decide criar a que daria com certeza a vitória no seus planos de dominação mundial.
A Universidade Germânica Aeroespacial. Os cientistas ali envolvidos teriam a missão de desenvolver não só os novos zepelins como foguetes, os aviões a jato e também discos voadores movidos a hélice; na universidade, as pesquisas e parcerias com a IBM teriam prioridade nesse novo paraíso tecnológico que estava criando, bem como o mundo de dinheiro doado nesse sentido pelas famílias ricas do mundo e o lucro certo que teriam como sócias dos inventos e patentes que mudariam tudo. Cria também nessa universidade uma área secreta só para buscar artefatos oriundos da antiga Lemúria ou Atlântida, pois estes seriam os criadores da raça Ariana, enviando antropólogos, arqueólogos e demais cientistas sociais ao Tibet, Índia, Antártida e parte da China, onde haveria instrumentos secretos da antiga civilização... Os [22]mapas do almirante Piri Reis, e Oronteus Finaeus já demonstravam isso séculos atrás, como evidência de tecnologias superiores que as atuais, e que tiveram sim origem nestes povos, cabendo ao líder máximo do 3 Reich encontrar e usar para vencer seus inimigos...
Em segundo plano, Hitler reúne os maiores cientistas e empresários do seu país e do exterior, em seguida determina que Alemanha a partir de agora retomara o seu papel de berço do povo germânico e sua herança como a raça suprema, para tanto propõe a países como os EUA, Inglaterra, Suíça um pacto de aliança para o desenvolvimento de um novo mundo onde possam ser evitadas as guerras e a busca da liberdade e tecnologia; assim como o lucro dos descobrimentos e comercio, sejam totalmente dessas nações. Áustria e os Sudetos, regiões de língua alemã, são anexadas ao império sem um só tiro, afinal, sendo alemães, são elite... A proposta de Hitler soa como musica clássica às pessoas que detém realmente o poder na terra naquela época em questão.
De outra parte Alemanha inicia um projeto de militarização como jamais se viu ate então na Europa, tendo como aliados os países acima, ele anexa todas as demais nações de língua germânica, inclusive a Suíça que insistia em se manter neutra, o que ele concede no sentido da autonomia gerencial do pais, já que uma guerra contra as principais potencias mundiais arrasaria a nação e as fortunas secretas ali ocultas; graças à pressão dos seus aliados ele recupera o território perdido na primeira guerra mundial para a França.
A [23]política de apaziguamento da liga das nações fornece ao ditador os meios para obter o [24]espaço vital aos seus projetos de criar o maior império da terra, por outro lado as nações não agraciadas com as intenções de Hitler, e tendo seus territórios ameaçados pela política apaziguadora da liga das nações não estavam vendo com o mesmo romantismo as idéias do líder alemão, e iniciaram também a militarização de seus exércitos. No continente asiático, em 1937, o Japão já estava dominando grande parte do território chinês e havia feito uma aliança com a Itália e a França, e também havia declarado guerra a União Soviética, a única nação comunista do mundo. A guerra na Ásia foi realmente um negocio da China para Hitler e seus aliados, já que eles podiam vender armas secretamente para os dois lados, e ainda envolver países próximos no conflito; o que iria exaurir economicamente e militarmente tais nações e também eliminando um contingente gigantesco de pessoas que não faziam parte daquelas elegidas por ele como seres humanos perfeitos e nórdicos, além é claro de deixar os recursos minerais e humanos a sua disposição após a vitória...
Da Ásia a guerra se espalha pelo Oriente médio, onde esta o petróleo necessário ao ocidente, e isso e algo que os países da aliança nórdica não podem permitir. As quatro nações anexam o Oriente Médio e todo o seu povo ao império e declaram guerra a qualquer nação que por ventura ataquem aquele território, ou seja, a união soviética e seus aliados chineses; e assim estoura a segunda guerra mundial em 1945. Por esta época essas quatro nações já dominavam foguetes, aviões a jato, porta aviões e zepelins bombardeios que atingiam altitude de 4000 metros e eram verdadeiras maquinas de destruição em massa ao levarem gigantescas bombas de gás, capazes de exterminar milhares de pessoas; assim como os mísseis teleguiados dos alemães.
Além disso, parodiando umas das idéias de Julio Verne, construíram no Oriente médio um canhão semelhante ao utilizado pelo autor em seu livro da [25]“terra a lua”, mas a propulsão dele era o gás hidrogênio, e sua munição uma bala imensa de dinamite com o poder de uma bomba atômica semelhante a que destruiu a cidade de Hiroshima. Assim eles rapidamente dizimaram todas as cidades dos seus inimigos, e um a um, as nações que lutaram contra eles foram se rendendo ao poder tecnológico e bélico sem precedentes até então, depois, declararam guerra ao império Japonês, já exaurido por lutar á quase duas décadas... Após o fim das guerras, o preço pago da derrota era serem anexados e pagarem todas as despesas, além é claro impor as políticas eugenistas do bloco para as minorias étnicas e demais deficientes segundo o [26]darwinismo social. 
Em 1955 os países sobre a liderança da Alemanha formaram uma só bloco militar e econômico que ia do continente americano ao europeu, conhecida como Império Germano Americano Saxão, por ultimo, exterminaram a única nação socialista da terra, massacraram 200 milhões de pessoas diretamente com suas armas, e indiretamente durante as guerras em que forneceram as armas de destruição.
Os anos seguintes apos a vitória global, Hitler e seus aliados desenvolveram as bases de uma nova religião semelhante às usadas pelos gregos, onde o culto a beleza física e ao super-homem era o objeto de adoração. O ensino de religião baseado na bíblia e no islamismo foi proibido em todo o mundo, assim como o cristianismo, já que a Itália fora um dos países a lutarem contra os germanos e teve todas as suas cidades históricas destruídas pelos zepelins e também o canhão de Julio Verne. No entanto para satisfazer seus aliados ricos judeus, ele, após destruir a cúpula da rocha e a cidade de Meca, antigos redutos do islamismo, declarou Jerusalém à única capital de religião histórica permitida, e, portanto; ela deveria estar no lugar mais importante do mundo a Alemanha. Assim sendo Hitler determinou a remoção inteira da cidade histórica, pedra por pedra e sua remontagem em Berlim. Omesmo deveria ser feito com as cidades sagradas do Tibet e todas as outras que tivessem sobrevivido à segunda guerra mundial.
Aquela medida desagradou a muitos povos conquistados porque uma coisa era perder seus países  mais não os motivos gerais da sua fé, mas esta era a  real intenção de Hitler; ser atacado por fanáticos lhe daria mais um motivo justo e ariano para extermínio em massa, não que Ele precisasse, mas sim porque gostava da dualidade de bem contra o mal... E  tal fato não ficou sem resposta: Religiosos fanáticos do mundo inteiro declararam guerra terrorista aos germânicos, mas até mesmo para isto a federação germânica já tinha um plano [27]maquiavélico preparado anos antes, dez anos após a segunda guerra mundial eles tinham feito um senso global e identificado todas as pessoas do mundo com um marcador radiativo invisível nas pessoas que colocaram suas digitais no cartão dos recicladores da empresa de computadores [28]IBM.
Assim sendo todos que viajavam não só poderiam ser identificadas secretamente nas alfândegas, como marcadas para morrer na entrada com a ativação do conteúdo em seus dedos, e que fazia aquela tinta se tornar um veneno instantâneo se ativado por um sinal de rádio via satélite, já que os experimentos no ramo dos foguetes espaciais eram um sucesso já 1945. Ninguém entrava na Alemanha ou territórios aliados e conquistados com aquele sistema, mas por via das dúvidas, a federação germânica determinou a morte da população jovem de todos os países que queriam atacar no campo terrorista a federação.
Do espaço os marcadores foram acionados nas populações específicas e mataram todos os homens, mulheres e crianças até a idade de 20 anos. Eram tantos milhões de pessoas mortas que o sistema encontrado para os corpos foi cavar valas quilométricas com dez metros de fundura e ali os corpos eram atirados e cobertos de terra. Após o extermínio dos indesejáveis, Hitler e seus aliados mandaram exterminar todos os livros religiosos do mundo é declarou pena de morte imediata ao possuidor e a toda sua família, e a quem fosse encontrado com um. Determinou também que os manuscritos originais que deram origem a todas as religiões conhecidas fossem conservados numa câmera secreta num dos museus científicos de Berlim, e a partir de então a nenhum livro escolar para as próximas gerações falaria uma vírgula sobre estas religiões, apenas seu contexto histórico. A teoria evolutiva, braço originário da eugenia e mãe do mundo como eles estavam construindo ocuparia o lugar primordial na construção do saber humano.
Nos livros que ensinariam as gerações futuras as diversas religiões que existiram seriam as grandes vilãs, usadas como explicação da intolerância da raça humana para com a própria humanidade em face as suas crendices primitivas e que quase as haviam destruído. A segunda pratica eugenista foi a proibição total da reprodução entre pessoas de raças diferentes, e determinou - se que a raça ariana era a mais culta e inteligente do planeta, e todas as pessoas que não fossem arianas morando em países diversos seriam enviadas para as nações onde ficava seu grupo genético, sendo a Alemanha e seus aliados o local onde os arianos deveriam, viver e se reproduzir, e quem fosse dessa raça e vivesse fora deveria retornar imediatamente.
A America latina foi escolhida para as populações que sofreram mestiçagem de outras raças, e sua única função era prover matéria prima é alimentos para o resto do mundo ariano, função essa também dos demais continentes de raças puras de outras etnias. Nesses países, para atender a demanda dos arianos, as pessoas deveriam trabalhar doze horas por dia, é estando livre somente um dia por semana. Em todos esses continentes não havia prisões nem policia. Qualquer infração eram condenados imediatamente a morte.
Para fazer jus à população ariana como à raça suprema, era necessário o aumento dessa população específica assim sendo foi instituído a cada homem ariano o matrimônio obrigatório com quatro mulheres de sua espécie superior. O governo daria a todos os seus filhos áricos a melhor escolaridade é ocupação, enquanto nas nações não arianas foi proibido o ensino superior, bem como a posse de qualquer obra acadêmica encontrada fora do território ariano, sendo tal coisa condenada com a pena capital.
As mulheres arianas foram doutrinadas a aceitar sua condição de mãe da raça suprema, e assim como no sistema islâmico, haveria a primeira esposa, responsável por toda família é educação dos filhos, bem como o novo sistema de registro, onde somente o nome do pai contaria a partir de então em sua prole. Cada família deveria ter no mínimo três filhos por esposa é com este objetivo atingido poderiam morar nos lugares mais valorizados e próximos a centros de cultura lazer e conhecimento, bem como aumento substancial no salário da família. Dentro dessas condições, as mulheres adaptaram-se a poligamia masculina, já que estavam livres a maior parte do tempo para cuidarem de si mesmas no campo físico, intelectual é fomentar amizades e sucesso de seus descendentes.
A segunda guerra mundial ensinou muita coisa aos nazistas, graças aos trabalhos de [29]Josef Mengele, Eduard Wirths e Hilário Hubrichzeinen. No entanto, para que a segunda fase do que eles planejavam para o restante da humanidade tive-se sucesso absoluto, era preciso fazer com que a população ariana crescesse muito mais rápido, e seria necessário a intervenção das ciências biológicas no ramo da reprodução humana e fertilização nesse sentido.
Criaram - se universidades nos EUA e Europa só para o estudo dos dados da guerra no campo das experiências médicas e da reprodução da super raça dentro de todos os meios possíveis, o resultado único e esperado era a superação dos arianos em número a todos os outros grupos humanos, ou seja, um trabalho digno de Hércules.
Inicialmente os homens arianos deveriam doar esperma, e esse seria inseminado em mulheres arianas que não tinham marido ou eram órfãos de guerra em instituições do estado, eram bem tratadas, e na velhice passariam a fazer serviço social em creches. Numa segunda fase, mulheres puras doariam óvulos, que depois de fertilizados, seriam implantados em mulheres brancas não arianas, servindo apenas como barriga de ‘aluguel’. Após o nascimento, os filhos iriam para as famílias originais doadoras, e novos eram implantados na ‘parideira’, que para tanto recebia a melhor e mais rica alimentação e cuidados médicos. Embora destruídas emocionalmente com a perda da vida que carregavam por meses, aquelas novas crianças passavam a ser os motivos de sua existência.
Mas o destino final de todas era um só, depois de exauridas por inúmeros partos consecutivos, só serviam para experiências médicas após mortas pelo estado, um destino bem admirado pelos arianos, dar vida enquanto viva, e morta... Dar vida ao conhecimento superior dos novos aprendizes no campo das ciências médicas.
CONTINUA....



[1] Eva mitocondrial é o nome pelo qual é conhecido o ancestral comum mais recente matrilinear de todos os seres humanos vivos na atualidade. O seu DNA mitocondrial (mt DNA) foi passado de geração em geração e está agora presente em todas as pessoas. É a contraparte do Adão-Y, o MRCA patrilinear, embora tenham vivido em alturas diferentes. Em 1986, pesquisadores da Universidade da Califórnia concluíram que todos os humanos eram descendentes de uma única mulher que viveu na África há cerca de 150 mil anos, que denominaram de Eva Mitocondrial. Eles se basearam na análise do DNA retirado das mitocôndrias, que difere do DNA do núcleo da célula e é transmitido apenas pela linhagem feminina. Ele sofre mutações em rápidas proporções. Comparando o DNA mitocondrial de mulheres de vários grupos étnicos, eles puderam estimar quanto tempo se passou para que cada grupo assumisse características distintas a partir de um ancestral comum. De fato, eles construíram uma árvore genealógica para o gênero humano, na base da qual estava a Eva Mitocondrial, a grande avó de todos os humanos. Isto não significa que ela foi a única mulher existente em sua época, mas que foi a única que produziu uma linhagem direta de descendentes por linha feminina que persiste até a presente data.

[2]BRICé um acrônimo criado em novembro de 2001, pelo economista Jim O'Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, para designar, no relatório "Building Better Global Economic Brics", os quatro principais países emergentes do mundo, Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China.

[3] O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias. Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de neutrons termais. Usado em soldas elétricas.
Devido a sua coloração é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de joias como, por exemplo, os piercings. Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini. O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em capacitores.
O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores, 9,3 K. Além disso, é um dos três elementos supercondutores que são do tipo II ( os outros são o vanádio e o tecnécio ), significando que continuam sendo supercondutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.

[4] Este direito foi reconhecido na Declaração Balfour de 2 de novembro de 1917 e reafirmado no Mandato da Liga das Nações que, em particular, deu sanção internacional para a conexão histórica entre o povo judeu e Eretz-Israel e o direito de o povo judeu reconstruir o seu Lar Nacional.

[5] Meca  é o local mais sagrado de reunião da religião islâmica. Culturalmente, a cidade é moderna, cosmopolita e etnicamente diversa.

A tradição islâmica atribui o início de Meca aos descendentes de Ismael. No século 7, o profeta islâmico Maomé proclamou o Islamismo na cidade, então um importante centro comercial, e a cidade desempenhou um papel importante na história inicial do Islã.

[6] O projeto HAARP (High Frequency Active Auroral Research Program, Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência) é uma investigação financiada pela Força Aérea dos Estados Unidos, a Marinha e a Universidade do Alaska para "entender, simular e controlar os processos ionosféricos que poderiam mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância". Iniciou-se em 1993 para uma série de experimentos durante vinte anos. É similar a numerosos aquecedores ionosféricos existentes em todo mundo, e tem um grande número de instrumentos de diagnóstico que servirão para melhorar o conhecimento científico da dinâmica ionosférica.

[7]Há opiniões divergentes quanto às formas de ação que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islã. No entanto, alguns grupos acham que isto tem aplicação não apenas à defesa física dos muçulmanos, mas também à reclamação de terra que em tempos pertenceu a muçulmanos ou a protecção do Islão contra aquilo que eles vêem como influências que "corrompem" a vida muçulmana. 
A interpretação feita pelo Ocidente de que a Jihadé uma guerra violenta destinada a transformar pessoas em islâmicas à força é fundada nos diversos ataques terroristas e militares sofridos pelo Ocidente em nome da religião islâmica e de suas crenças; entretanto há quem afirme que os atentados de homens-bomba ou as ameaças a meios de comunicação ocidentais que ousem fazer qualquer crítica aos pilares da crença muçulmana não seja exatamente a definição de Jihad, mas resultado de uma percepção equivocada e oportunista de alguns islâmicos. 
Um dos defensores desta ideia é o sociólogo sírio-alemão especialista no Islã, ele próprio um muçulmano sunita, Bassam Tibi. Para este, o fenômeno do fundamentalismo islâmicoé uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão para torná-lo um fator de ação política em proveito próprio.

[8] Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.

[9] Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha é um dos nomes atribuídos aos alicerces em que estão apoiadas as fundações localizadas no subsolo da Mesquita de Omar, em Jerusalém, Israel. Segundo as estimativas de historiadores mais minuciosos, sob essas fundações existe uma "rocha sagrada", localizada exatamente sob a cúpula da mesquita de Omar. Ou seja, no cume de um altiplano denominado Monte Moriah existe uma construção que inscreve um altar usado em sacrifícios. Além do interesse religioso, a vistosa cúpula toda dourada é parte integrante da paisagem de Jerusalém e patrimônio da humanidade reconhecido pela UNESCO como interesse histórico, turístico e arquitetônico.

  [10] A bomba de nêutrons é a última variante da bomba atômica. Em geral, é um dispositivo termonuclear pequeno, com corpo de níquel ou cromo, onde os nêutrons gerados na reação de fusão intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba, mas se permite que escapem. As emanações de raios-X e de nêutrons de alta energia são seu principal mecanismo destrutivo. Os nêutrons são mais penetrantes que outros tipos de radiação, de tal forma que muitos materiais de proteção que bloqueiam raios gama são pouco eficientes contra eles. A bomba de nêutrons tem ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo, por exemplo, a estrutura de uma cidade intacta. Isso pode representar uma vantagem militar, visto que existe a possibilidade de se eliminar os inimigos e apoderar-se de seus recursos.


[11]A Organização Europeia para a Investigação Nuclear, mais conhecida pelo acrônimo CERN, do francês "Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire" (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear), é o maior centro de estudos sobre física de partículas do mundo. No meio acadêmico, ficou conhecido por inúmeras experiências com colisorestais como o SPS e o LEP, a descoberta dos bósons W e Z e os diversos prêmios Nobel ganhos por seus pesquisadores. Popularmente, ficou conhecido pela invenção da World Wide Web. Construiu o LHC (do inglês, "Large Hadron Collider", "Grande Colisor de Hádrons").

[12]Ronald Mallett (3 de março de 1945) é um professor estadunidense de física da Universidade de Connecticut. Devido a morte de seu pai quando tinha apenas 10 anos, ele decidiu criar uma máquina do tempo, gerando uma obsessão para tentar voltar no tempo e salvar seu pai. Mallett comenta que já está muito próximo de terminá-la. Seu projeto baseia-se em um conjunto de raios lasers que em forma de espiral, teriam potência suficiente para deformar o espaço-tempo, proporcionando assim a viagem para o passado e para o futuro.

[13]As viagens pelo hiperespaço baseiam-se em 2 conceitos: no de número de dimensões, citado acima, e no conceito da localização espaço-temporal dos corpos, no qual são necessárias pelo menos 4 medidas para a localização de um corpo no espaço-tempo. Três delas formam um eixo de 3 coordenadas com o qual pode-se descrever a posição de um ponto no espaço, e o quarto seria o tempo— "quando" o corpo se situa. Dessa forma, viagens pelo hiperespaço consistem no deslocamento da nave nessa quarta dimensão de forma mais acelerada, dando a impressão de que a nave viajou zilhões de vezes mais rápida que a luz.
Com ou sem precisão científica  a expressão "viagem pelo hiperespaço" acabou se tornando sinônimo de "viagem com velocidade superior à da luz". Outras formas comuns de se superar a velocidade da luz na ficção são o uso de teletransporte, dobras espaciais ou a travessia de buracos negrosAinda de acordo com a teoria da relatividade, o universoé descrito como possuindo quatro dimensões, o tempo incluso. Espaço e tempo seriam apenas aspectos de um mesmo conceito de espaço-tempo. Essa idéia é utilizada amplamente em conjunto com a de hiperespaço para "explicar" viagens no tempo.

[14]As colisões entre matéria e antimatéria convertem toda a massa possível das partículas em energia. Esta quantidade é muito maior que a energia química ou mesmo a energia nuclear que se podem obter atualmente através de reações químicas ou fissão nuclear. A escassez de antimatéria significa que não existe uma disponibilidade imediata para ser usada como combustível. Gerar somente um antipróton é imensamente difícil e requer aceleradores de partículas, assim como imensas quantidades de energia (muito maior do que a obtida pelo aniquilamento do antipróton), devido a ineficiência do processo. Os métodos conhecidos para produzir antimatéria também produzem uma quantidade igual de matéria normal, de forma que o limite teórico do processo é a metade da energia administrada se converter em antimatéria. Inversamente, quando a antimatéria é aniquilada com a matéria ordinária, a energia emitida é o dobro da massa de antimatéria, de forma que o armazenamento de energia na forma de antimatéria poderia apresentar (em teoria) uma eficiência de 100%.Na atualidade, a produção de antimatéria é muito limitada, porém tem aumentado em progressão geométrica desde o descobrimento do primeiro antipróton em 1995. A taxa atual de produção de antimatéria é entre 1 e 10 nanogramas por ano, esperando-se um incremento substancial com as novas instalações do CERN e da Fermilab.

[15]H. G. Wells, nos seus primeiros romances, descritos, ao tempo, como "romances científicos", inventou uma série de temas que foram mais tarde aprofundados por outros escritores de ficção científica, e que entraram na cultura popular em trabalhos como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos.

[16] Júlio Verne é considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.

[17] A carta foi para o presidente americano Franklin Delano Roosevelt (1882-1945) em agosto de 1939. Pedia que se iniciasse a pesquisa que viria a resultar na bomba atômica.

[18] Niels Henrick David Bohr foi um físico dinamarquês cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão da estrutura atômica e da física quântica.

[19]A Teoria-M é uma teoria que unifica as cinco diferentes Teorias das cordas. Essa teoria diz que tudo, matéria e campo, é formada por membranas, e que o universo flui através de 11 dimensões. Teríamos então 3 dimensões espaciais (altura, largura, comprimento), 1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas, sendo a estas atribuídas outras propriedades, como massa e carga elétrica.

[20] Chamberlain sustentou, na sua obra Os fundamentos do século XIX, de 1899, que a raça superior ariana, descrita por Arthur de Gobineau, era ancestral de todas as classes superiores europeias e da Ásia, indo mais além, afirmando que ela não havia sido extinta, subsistindo em estado puro na Alemanha e no norte da Europa.
Seu trabalho foi bem recebido na Alemanha, tendo sido convidado à Corte do Kaiser Guilherme II. Durante a I Guerra Mundial escreveu artigos contra seu país de origem e naturalizou-se alemão. Seus escritos inspiraram profundamente Adolf Hitler - uma das poucas pessoas presentes ao seu funeral, em 1927.

[21]Organizou o departamento de guerra química do Ministério da Guerra da Alemanha, responsável pelo uso de certos gases durante a I Guerra Mundial ( entre os anos de ( 1915 e 1917 ). Foi condecorado com o Nobel de Química de 1918 por este trabalho. A descoberta do processo Haber-Bosch foi um importante feito para a indústria química, pois permitiu a produção de produtos químicos nitrogenados como fertilizantes, explosivose outras matérias primas independente da utilização de depósitos naturais , especialmente do nitrato de sódio, do qual o Chile era o maior produtor. Em 1934, com a chegada ao poder de Hitler, por ser judeu, foi obrigado a abandonar a Alemanha. Dirigiu-se à Inglaterra, onde foi convidado para a Universidade de Cambridge.

[22]Há alguns anos, o professor de Ciências Charles Hapgood, causou alvoroço nos meios científicos com a descoberta de um mapa da Antártida datado de 1532. O mapa, desenhado por Oronteus Finaeus, mostra detalhadamente, como é a Antártida sob o gelo, numa perfeição assustadora, muito antes dela ter sido supostamente descoberta. Os mapas, atual e de Oronteus Finaeus, foram sobrepostos e as semelhanças impressionaram o professor Hapgood, pois nós só viemos a saber como a Antártida é sob o gelo, em 1956, após realizados levantamentos sísmicos através da camada de gelo. Quem quer que tenha cartografado o globo, milhares de anos atrás, tinha um nível tecnológico tão alto quanto o nosso. Segundo Finaeus, o mapa por ele desenhado, foi baseado em outras cartas muito mais antigas, a exemplo do mapa do turco Piri Reis.

[23] Impressionados com o elevado custo em vidas humanas da Primeira Guerra Mundial, grupos políticos europeus convenceram-se de que a paz com a Alemanha deveria ser mantida a qualquer custo, mesmo que tivessem que ignorar as constantes violações de Hitler a diversos tratados internacionais. O auge desta política deu-se na Conferência de Munique, de 1938, na qual o Primeiro-Ministro britânico Neville Chamberlain aceitou as garantias oferecidas por Hitler para manter o equilíbrio europeu, sacrificando a Checoslováquia à Alemanha. A invasão da Polônia, em 1939, demonstrou o fracasso da política de apaziguamento, o que causou a derrota de Chamberlain num voto de censura na Câmara dos Comuns contra Winston Churchill em 1940.

[24] Hitler considerava que a "raça ariana" (que segundo ele, era superior) deveria permanecer unida, e para uni-la a Alemanha deveria possuir um território maior. Esse território era onde o povo germâncio morava, porém foi dividido.Era chamado de "Espaço Vital Alemão".

[25] Da Terra à Lua (no original, De la Terreà la Lune) é um livro do escritor francês Júlio Verne, publicado em 1865. Conta a saga do Gun Club (Clube do Canhão), uma organização estadunidense especializada em armas de fogo, canhões e balística em geral, e da ideia de seus membros em construir um enorme canhão para arremessar um projétil de forma cilindro-cônico à Lua.

[26]Darwinismo social é a tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. O termo foi popularizado em 1944 pelo historiador americano Richard Hofstadter e, geralmente, tem sido usado mais por críticos do que por defensores do que o termo supostamente representa.  A teoria da seleção natural de Charles Darwin foi uma tentativa de explicar a diversidade de espécies de seres vivos através da evolução. Com a teoria da evolução em mente, diversos cientistas criaram correntes na ciência que defendiam a tese das diferenças raciais entre os seres humanos, da importância de um controle sobre a demografia humana, da possível inferioridade dos povos negros, principalmente no que se refere à inteligência, a alta taxa de criminalidade e o combate contra a miscigenação.

[27] Maquiavelismo é a denominação que se dá à doutrina política emanada do livro O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513.  Do ponto de vista ético é muito criticado porque a sua doutrina fundamenta uma conduta política baseada no princípio de que o fim desejado justifica o uso de quaisquer meios, por piores que sejam, para que seja alcançado.

[28]As máquinas Holleriths de cartões perfurados. Edwin Black com o lançamento mundial de seu livro IBM e o Holocausto acirrou as discussões em torno do holocausto anti-semita perpetrado pelos alemães. Tenta provar que os equipamentos desenvolvidos para uso no censo americano foram instrumentais na tarefa de dizimar o povo judeu empreendida pelos nazistas.
Precursora dos computadores modernos, a tecnologia consistia na perfuração de cartões em pontos específicos que serviam para a identificação das características de um determinado indivíduo. Com colunas e linhas numeradas, havia centenas de combinações possíveis. As colunas relacionavam diferentes categorias e as linhas tratavam de particularizar o indivíduo. As colunas 3 e 4, por exemplo, enumeravam dezesseis categorias de cidadãos. O furo na linha 3 identificava o homossexual. A linha 12 indicava um cigano e a linha 8 identificava os judeus.

[29] Josef Mengele (Günzburg, 16 de Março de 1911 — Bertioga, 7 de Fevereiro de 1979) foi um médico alemão que atuou também durante o regime nazista. O apelido de Mengele era Beppo, mas ele era conhecido como Todesengel, "O Anjo da Morte", no campo de concentração. Mengele foi oficial médico chefe da principal enfermaria do campo de Birkenau, que era parte do complexo Auschwitz-Birkenau. No entanto, não foi o oficial médico em chefe de Auschwitz; acima na hierarquia se encontrava os médicos Eduard Wirths e Hilario Hubrichzeinen . No fim da Segunda Guerra Josef Mengele fugiu da Alemanha passando por alguns países, até encontrar acolhida na Argentina, onde permaneceu algum tempo.

ALIMENTOS: O PODER DA ENERGIA VITAL

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Por David da Costa Coelho
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Durante anos eu li revistas e livros, assisti inúmeras reportagens e documentários sobre longevidade através da alimentação. As estrelas globais dessas ideologias midiáticas eram os diversos povos pelo mundo afora, com seu estilo de alimentação diferenciado e geográfico, exageradamente propagandeado, como no caso dos naturalistas vegetarianos que jamais comiam carne, sendo radicalmente contra os carnívoros por mil motivos, o mais ferrenho era a dor e sofrimento dos animais e a tal putrefação intestinal pelo tempo que ela leva para se decompor no corpo...
 Evidente que eles não se perguntaram se os humanos carnívoros, ao longo de milhões de anos de evolução tiveram adaptação e solução para isso, caso em contrario, nós jamais estaríamos aqui, teríamos permanecido não no ramo homo e sim dos símios, a exemplo do gorila e sua barriga enorme, cheia de bactérias que decompõe a celulose, obtendo pouca energia e nutrientes neste processo, razão pela qual precisam comer muito ao longo do dia, e dormir várias horas para a digestão lenta e cansativa, nós também possuímos as nossas na boca, estomago e trato intestinal, isso é comum a todos os seres vivos complexos de origem animal, só que estas são também adaptadas para digerirem da carne ao caroço de milho...
Nos, os humanos onívoros terríveis, além de frutas, verduras e cereais, nos alimentamos de carne por motivos de herança cultural e histórica, nos adaptar ao sabor e prazer que isso proporciona, bem como os benefícios que só este alimento trás à saúde ao longo da vida, existindo inúmeros trabalhos médicos que corroboram a carne como essencial a vida saudável; ao mesmo tempo em que outras pesquisas e facções propõem apenas o vegetarianismo radical, e uns menos loucos desse grupo consomem alguns tipos de proteínas animais como ovos, peixes e carnes brancas.
Como exemplo do que determinadas linhas de pensamento alimentícias podem acarretar, na França, tempos atrás, uma família radical vegana francesa [1]‘Sergine Le Moaligou e seu marido Joël”, foi processada porque deram para seu filho em fase de crescimento uma alimentação fundamentalista vegana, o que ocasionou a morte da criança, ficando o contraponto de seguir modelos impostos, sem, no entanto, consultar um profissional da área especifica, seja qual for.
Pessoas que se alimentam exclusivamente de vegetais, ao irem num medico Horto molecular, ou endocrinologista, por mais que tentem diversos grupos de vegetais para suprir algumas ausências destes, terão em seus corpos carências de nutrientes porque os vegetais são pobres em alguns aminoácidos essenciais que só se encontram nas carnes, podendo levar a uma serie de patologias ao longo da vida, como exemplo citamos a [2]“desnutrição proteico-calórica”. Cuja explicação mais completa dos temas citados em número, poderão ler na nota de pé de pagina...
 Retomando, além de contarmos com esse arsenal em nosso corpo, o calor do assado ou cozimento faz com que as moléculas grandes da proteína animal sejam quebradas em cadeias menores, facilitando a digestão iniciando na churrasqueira, panela ou frigideira. Lembrando que no processo ainda entram os líquidos que absorvemos durante as refeições, sucos ácidos aceleram ainda mais tais coisas... Os grupos menos fundamentalistas desse segmento vegetariano consumem ovos e peixes, em busca dos [3]aminoácidos específicos que só a carne e derivados contém.
No quesito alimentação radical não faltam expoentes para cada lado, temos os carnívoros radicais que só comem exclusivamente carne, os vegetarianos utópicos, a exemplo do casal francês, [4]os crudistas e frutívoros, além de outros fundamentalistas que dizem coma isso, evite aquilo, use a dieta do mediterrâneo, dos pontos, dos longevos do Afeganistão, japoneses, indianos...
Há soluções magicas para tudo nessas dietas, sobrando até mesmo para combater obesidadegenética ou mórbida, doença derivada dos hábitos nocivos em relação à formula do mal, que se compõe basicamente de salgadinhos, sanduiches rápidos, refrigerantes contendo açúcar em excesso, e [5]adoçantes, que faz tanto mal ou pior ainda, conforme podem acompanhar no link referente. Portanto chegamos ao que me leva a este texto. Eu nasci no interior do RJ, muitos de meus parentes ainda moram lá, com idade avançada de fazer inveja a japonês e quaisquer outro dos povos e grupos descritos acima, minha avó morreu aos 94 anos, fumando cachimbo, bebendo cachaça, tendo sido mãe de 11 filhos...
 Lá eles continuam comendo torresmo de porco, bebendo cachaça, capinando e roçando suas plantações, levando vidinhas bucólicas e felizes. No entanto, a parte dos meus parentes que migraram para a cidade, alguns morreram antes dos 60 anos de ataque cardíaco, problemas de rins, e outros sofrem de obesidade e pressão alta, e a pregunta é que se faz seria por quê? A resposta logica esta no que comem e bebem aqui, na roça cozinhamos com banha de porco, aqui com óleo de soja... E ao contrario do que a Mídia e os naturebas propalam, a Soja é de longe um dos maiores venenos para o corpo humano, [6]segundo oDr. José Carlos Brasil Peixoto, no artigo disponível no rodapé... A banha de porco, utilizada na feitura de alimentos que vão ao fogo, tem determinadas qualidades saudáveis que mantém a pessoa sadia e saciada por ter moléculas grandes de proteína animal, já à soja, tem mil e uma utilidades contra a sua saúde, recomendo em excesso que leiam o artigo porque não é só a saúdeque esta em jogo, bem como a sexualidade dos filhos homens, e a puberdade das mulheres, bem como o mito de reposição hormonal com soja na menopausa...
Hoje temos pessoas retornando às origens do campo na busca por alimentos orgânicos, e até mesmo animais para consumo que tenham esse modelo de produção, voltado para uma coisa mais pura e saudável. Mas por quê? Simples, o principio da energia vital, vivemos da energia e nutrientes dos seres vivos que consumimos. Quanto mais fresco, melhor para nossa bem estar e jovialidade, motivo pelo qual uma alimentação retirada da horta, do galinheiro, ou do pomar, sem nenhuma perda de tempo, pode dar aquelas pessoas uma qualidade de vida que dificilmente se encontra na cidade, salvo raras exceções.
Uma fruta, verdura, ou carne fresca é um alimento natural, conserva a manutenção de seus nutrientes, bem como a energia que ele transmite na hora de ser consumido, assim num certo sentido os crudistas estão certos no tocante a frutas e verduras. Os carnívoros que pegam seu peixe, ou matam sua carne, ou recolhem os ovos em seguida após postura também. Fresco quer dizer melhor e mais saudável, principalmente longe de agrotóxicos destruidores e cancerígenos, ou dos produtos que colocam nas nossas frutas, para que elas brilhem e reluzam nas gondolas de supermercado.
No entanto, mesmo dispondo de todas as informações acima, não precisamos nos ater aos ismos no sentido da alimentação, e sim retornar as origens, na medida do possível, pois na cidade devoradora de tempo; as pessoas em geral vivem para comer sem prestar atenção ao que consomem e na velocidade que o fazem. São bombardeados a todo instante pela propaganda da formula da mal alimentícia. Mas ao lado, quase sempre há uma lanchonete onde se pode pedir um suco de frutas, um sanduiche que pode ser feito na hora a base de queijo ou alguma proteína a disposição na vitrine, quase sempre acompanhado de salada.
Nos restaurantes à quilo, ou em que escolhe o prato, ou sendo servido por garçons, existe sempre a opção do prato colorido, ao invés do monocromático que não contem a maioria dos nutrientes exigidos durante o dia atribulado. O importante da vida no sentido alimentar, não é se prender a regras de nenhum grupo maluco ou dieta, e sim a uma reeducação alimentar, e antes de tudo prestar atenção ao que se come, ou na quantidade, bem como no tempo e no prazer que isso proporciona. Comer rápido ocasiona não apenas obesidade porque o nosso cérebro não libera um hormônio chamado [7]PYY, como acarreta também problemas digestivos que levam a gastrite, e outras patologias...
As pessoas que comem carne, junto com outros alimentos, não são os nazistas propalados pelos naturebas de plantão, ao contrario, se eles fossem ao menos um pouco coerentes andariam pelados, e morariam na floresta, e não usariam nada de tecnologia porque tudo de nosso mundo envolve o uso de alguma parte dos animais que consumimos - o couro principalmente - [8]sejam nos sapatos, bolsas, estofados e tantos outros usos; apenas o inicio dessa enxurrada de produtos que o usamos derivados da carne...
O que importa realmente para a nossa saúde, lembrando aqui meus parentes do interior, é ter uma vida pautada em aproveitar os momentos bons e em família, cultivar hábitos saudáveis a mesa, com o consumo exagerado de frutas e verduras frescas, assim como todos os alimentos que consumimos como carnívoros, onívoros ou vegetarianos. Nós realmente somos o que comemos, mas acima de tudo o que pensamos, porque se durante a refeição eu não penso nela e nas coisas boas que me proporciona, e sim no meu celular, ou qualquer outro aparato tecnológico, na realidade estamos apenas vivendo para comer, e muito mal por sinal.
Não vivo mais no interior desde criança, mas faço questão de guardar alguns hábitos de minha infância, ao consumir as coisas o mais saudável possível. No café da manha, se eu tiver a oportunidade de comer banana grelhada na churrasqueira, ou pão com queijo e presunto, certamente prefiro a banana por tudo que ela representa. No almoço, sempre que possível cereais, carnes e saladas, com especial predileção para o agrião cru ou refogado no máximo um minuto com o suco da carne que foi frita, ou apenas aquecido. As folhas verdes escuras são de longe as melhores para o corpo humano.
Durante os intervalos das refeições, se possível coma sempre frutas ou sucos variados das mesmas. De preferencia limão, abacaxi ou melancia, podendo enriquecer os mesmos com salsa, hortelã e tantas outras sugestões magníficas. No jantar, lembre se que mais tarde vai dormir, ou até mesmo fazer coisas mais palatáveis antes, então de preferencia uma salada com carne, ou se for vegetariano, algo análogo.  Antes de dormir, crie o habito de tomar um suco de limão ou melancia, elas fazem a limpeza de seu corpo enquanto dorme, semelhante ao óleo de motor de seu carro, sem isso ele literalmente trava.
Concluindo, não há formulas magicas de como devemos viver esta ou aquela realidade, porque o tempo não para, nossa vida muda de acordo com o tempo, a sociedade que vivemos, bem como os motivos que nos faz permanecer aqui e nos testar dia a dia. E são os mesmos que ditarão cada habito, seja ele benéfico ou danoso ao nosso corpo e mente, que dirá o que seremos na velhice, cultive não só uma boa alimentação, mas também uma mente saudável, porque ela existe devido retirarmos de outros seres vivos a energia vital para viver, e o mínimo que podemos fazer em honra e agradecimento a todos dos quais nos alimentamos ao nos dar sua energia vital, seja plantas e animais,  e viver em plenitude...


Fontes:
http://oportaldoinfinito.blogspot.com.br/2012/04/vegetarianos-sao-hipocritas-nao-sei.html
http://maisequilibrio.terra.com.br/grelina-o-hormonio-da-fome-5-1-4-97.html
 

[1]Sergine Le Moaligou e seu marido Joël podem ser condenados a 30 anos de prisão por privação de alimentos e de cuidados que teriam acarretado a morte de sua filha Louise em março de 2008. Apesar de ter quase um ano de idade, a criança era alimentada apenas com leite materno.

[2] A dificuldade em obter proteínas e calorias suficientes a uma vida saudável. As calorias presentes nos vegetais e frutas, cerca de 30-50kcal por cada 100g, são muito menores que as das carnes, em que cada 100g de carne tem cerca de 150 a 300 kcal.

[3] Os aminoácidos são os componentes que constituem a proteína. Você precisa de 22 aminoácidos específicos para construir as proteínas encontradas na maior parte do seu corpo, incluindo músculos, as células vermelhas do sangue e células do sistema imunológico. O corpo só pode produzir 13 aminoácidos por si só, você precisa obter os outros nove na sua dieta. Eles são isoleucina histidina, lisina, treonina, metionina, leucina, valina, fenilalanina e triptofano. Embora possamos obter os aminoácidos de ambos os alimentos de origem vegetal e animal, somente a proteína animal contém todos os nove aminoácidos essenciais.

[4]A comida crua é uma dieta que inclui apenas, ou em grande parte, o consumo de alimentos crus, não processados, e muitas vezes a partir de agricultura orgânica . Dependendo do tipo de estilo de vida e os resultados desejados, a dieta de alimentos crus podem incluir uma seleção de frutas e vegetais, nozes, sementes (de cereais, arroz, sementes germinadas), ovos , peixe (tal como sashimi ), carnes (como carpaccio), e produtos lácteos não homogeneizado e pasteurizado (tais como o leite cru , queijo e iogurte a partir de leite cru).

[5]"Se você está usando aspartame (nutrasweet, equal, e spoonful, etc.) e sofre de sintomas como fibromialgia, espasmos, dores, formigamento nas pernas, câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores articulares, depressão, ataques de ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória - você provavelmente tem a doença do aspartame!

[6]Mas no caso do leite de soja e das fórmulas infantis a base de soja o mais óbvio parece não ser difícil de se acreditar: não é um produto natural e não deve ser um produto necessário para o saudável desenvolvimento de nossos filhos! Milhares de anos de evolução não devem estar errados!

[7] O hormônio PYY  é  o responsável por dar a sensação de saciedade, por isso quando comemos devagar, comemos menos. 

[8]O couro ou coiro é a pele curtida de animais, utilizada como material nobre para a confecção de diversos artefatos para o uso humano, tais como: sapatos, cintos, carteiras, bolsas, malas, pastas, casacos, chapéus, entre outros.

CIA, NAS: A ESPIONAGEM ABERTA AMERICANA NO BRASIL!!!!

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Bob Fernandes
"As fitas grampeadas, 38 fitas, ainda que explosivas, são apenas parte dessa história. O grampo é motivo e consequência. O grampo é, a um só tempo, gerador e espelho da degradação e da absoluta desproteção a que estão entregue os cidadãos. Os enredos que antecedem e se completam com a fitalhada grampeada, as conexões e personagens remetem aos porões do Brasil".
Estas eram as linhas quase iniciais de “Os porões do Brasil”, a primeira de uma série de oito reportagens que publiquei na revista CartaCapital entre março de 1999 e abril de 2004. Nestas reportagens, histórias, documentos, nomes, fatos sobre como agiam no Brasil os Serviços de Inteligência – de espionagem, em bom português – dos Estados Unidos.

Agiam quase sempre em constante parceria com a Polícia Federal daqueles tempos, dos anos 90 e dos dois primeiros anos do século XXI. Tempos em que uma Polícia Federal com baixo orçamento era refém do dinheiro e do poder de penetração da CIA, DEA, FBI, algumas das muitas agências dos EUA que então atuavam no país.
Essa primeira reportagem produziu efeitos. O diretor-geral da Polícia Federal, Vicente Chelotti, foi demitido pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Até que a reportagem mostrasse o contrário, supunha-se que existiam grampos com o teor de conversas do presidente Fernando Henrique. Conversas grampeadas em meio às negociações com o governo dos EUA para a compra do sistema de radares para a Amazônia. Negócio de US$ 1,4 bilhão que produziria um escândalo que se tornou conhecido como "O Caso Sivam". Conversas grampeadas pela PF em consórcio com a CIA.
A reportagem – que à época teve acesso a 12 horas de conversas, o conteúdo de 38 fitas grampeadas dentro da PF, inclusive na sala do diretor – mostrou que as tais fitas, que existiram, já não existiam. Por motivo de economia, naqueles tempos de baixo orçamento da Polícia Federal, fitas do Caso Sivam haviam sido apagadas; para serem reutilizadas.
Apagaram as fitas, mas o teor dos diálogos havia sido reconstruído a partir de anotações dos agentes. E essa era a espada sobre a cabeça do governo FHC: o que havia nos grampos do Caso Sivam? Provado que já não existiam vozes, só reconstituições das conversas – em papel – caiu o diretor da Polícia, que se acreditava ser o guardião das tais fitas.
A apuração para essa reportagem durou um ano e, em meio à investigação, surgiria o mais importante: numa PF dividida de cima a baixo, em vários em grupos de poder, atuavam serviços secretos dos Estados Unidos; em especial a CIA, com ligações no gabinete do diretor, e a DEA, à época ligada à DRE-PF, a Divisão de Repressão a Entorpecentes.
A ligação da DRE com a DEA, como então reconheceram alguns dos seus integrantes, dava-se por motivos de ordem prática. Com orçamento medíocre, para suas operações mais sensíveis ou de maior porte a PF dependia do socorro, inclusive e principalmente financeiro, da agência de combate às drogas dos EUA.
Mais grave, o escopo de atuação da CIA. A Central de Inteligência atuava em "regime de informação compartilhada" com um setor de ponta da Polícia Federal. Situado no Setor Policial Sul, ao final da Asa Sul, em Brasília, o Centro de dados Operacionais, CDO.
Base eletrônica, o CDO nasceu como "doação" da CIA, via Departamento de Estado, ainda no governo José Sarney. Desde os tijolos até a primeira dezena de carros, outra doação; essa feita via uma base norte-americana no Paraguai, tudo com o DNA da CIA. A partir daí, essa história começou a ser contada.
Nos links que se seguem, as 78 páginas das oito reportagens publicadas entre 3 de março de 1999 e 21 de abril de 2004. Reportagens nas quais é relatada a desabrida ingerência dos serviços de espionagem dos EUA e a submissão brasileira à época. Narrativas com documentos, nomes, histórias, datas, fatos…
Edição 92: Na capa “Os Porões do Brasil” a reportagem intitulada “Casos de Polícia”. Ali, a história de como o presidente Fernando Henrique se tornara um refém de supostas fitas do Caso Sivam. Como as fitas tinham sido apagadas e só existiam transcrições, já não havia o suposto perigo de conversas apimentadas ainda existirem.
O diretor da Polícia Federal, Vicente Chelotti, foi demitido dias depois da publicação da reportagem. E num box, às páginas 28 e 29, essa história começava a ser contada com o título “O SIVAM, A CIA E OS TRAPALHÕES”. Mas não apenas. Revelações de como também a DEA operava à sombra da Polícia Federal.
Edição 97: A 12 de Maio de 99, pouco mais de dois meses depois, a segunda reportagem: “CIA e DEA pintam e bordam no Brasil”. Na capa, o cartão de visitas do então Chefe da CIA em Brasília, Craig Peters Osth, que se apresentava como “Conselheiro da Embaixada dos Estados Unidos da América”.
Disfarce habitual, mas em vão. A reportagem já tinha a história. O CDO, dentro de instalações da PF, era uma base operada no regime de “informação compartilhada”. Nessa reportagem, o roteiro de como a CIA operava no Brasil.
Quem foram os chefes no CDO. Onde, antes, a CIA estava ancorada na PF. Quais foram, ao menos alguns, os delegados e agentes que, em Washington, durante treinamento da CIA, submeteram-se aos testes do detector de mentiras.
A CIA, via CDO, chegara a manter 15 escritórios no Brasil. Enquanto a reportagem era feita, os escritórios eram quatro: em Brasília, Belém, Cuiabá e Porto Velho. Um dos chefes da agência no país havia sido Blocker, seguido por Jimmy e, nos tempestuosos dias do SIVAM, Bramson Brian.
Na reportagem, internamente intitulada “Mundo das Sombras”, entrevista com Craig Peters Osth que, candidamente, negou ser o chefe da CIA. Inútil. Não havia “Conselheiro” estrangeiro em Brasília que não conhecesse o chefe da CIA. O CDO, divulgada escancaradamente sua existência e DNA, mudaria de nome. Se tornaria o SOIP. Com a continuidade dos relatos seria chamado de COIE.
Edição 98: Duas semanas depois, a 26 de maio, a terceira reportagem de capa. Nesta, o então Chefe da Missão Diplomática, o titular da representação naquele momento em que o cargo de embaixador estava vago, surgia bradando: “Temos o dinheiro, as regras são nossas”.
Palavras de Jame Derham. Craig Peters Osth, entrevistado na reportagem anterior, em seguida havia sido chamado de volta aos Estados Unidos. Queixumes chegaram ao Palácio do Planalto. Numa festa, entre embaixadores, James Derham desabafou:
- Quem manda é quem tem dinheiro, e quem tem dinheiro somos nós. A gente se vincular à Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) para combater as drogas é uma bobagem. O Brasil não tem dinheiro para isso.
Donde, o título interno da reportagem: “Bwana não góstar”.
Derham atacou também o chefe da Senad, Wálter Maierovitch:
- Esse juiz não vai fazer nada porque a secretaria não tem dinheiro. Nós temos o dinheiro, as regras são nossas.
Maierovitch, à época, depois de dura interpelação pediu ainda que Mister Derham deixasse o Palácio do Planalto, onde se dera o entrevero. Em documento protocolado, o chefe da Senad relatou o fato ao general Alberto Cardoso, chefe da Casa Militar.
À reportagem, Maierovitch diria:
- Todos os agentes da CIA e da DEA devem apresentar-se à Senad. Não tenho como comprovar se agem irregularmente ou não. Cooperação, sim. Invasão de soberania e cooptação, não.
Por opor-se às tese e ações dos serviços secretos e do governo dos EUA quanto ao combate às drogas e espionagens, Wálter Maierovitch seria derrubado da Senad mais adiante. Sem o apoio do presidente Fernando Henrique, que não queria embaraços na sua relação com o presidente Bill Clinton.
Edição 122: Quase um ano depois, a 10 de Maio de 2000, uma longa entrevista:“Um Espião Abre a Boca”. Um brasileiro, contratado pela DEA como informante – o que era e é ilegal – revelou com detalhes, em 10 páginas, como a Drug Enforcement Administration , a DEA, operava à margem da lei no Brasil.
“Amadeu”, codinome, descreveu a relação de subserviência que a Polícia Federal então mantinha com a DEA. Entregou nomes, documentos, datas, histórias, esmiuçou como a agência contratava dezenas de informantes- sem poder fazê-lo-, como pagava as contas da PF, quem eram os chefes…
Getúlio Bezerra, então chefe da DRE, em entrevista, admitiu: “Ideal seria não depender”. Mas dependiam.
Edição 185: As provas seriam exibidas quase dois anos depois, na edição de 17 de abril de 2002, cuja capa informava: “A Prova: como os EUA pagam contas da Polícia Federal”.
Na reportagem intitulada “Relações Carnais”, as provas de tudo que havia sido relevado naqueles anos. Via contas CC-5, a embaixada dos EUA depositava dinheiro nas contas de delegados da Polícia Federal.
Dinheiro para pagar operações, entre os anos de 1996 e 1999, quando CIA e DEA atuavam desabridamente dentro da PF. Naquele período, pagamentos de R$ 2 milhões. O dinheiro entrava via CC-5 e Citibank.
Novamente entrevistado, Getúlio Bezerra, o chefe da DRE da PF, admitiu: há quase 20 anos a DEA depositava dinheiro para operações em contas nominais de delegados da PF. Disse ainda:
- A gente não é soberbo que não possa receber, e não estamos limitados a isso. Temos certa independência.  
Edição 283: Mais dois anos, 24 de Março de 2004. Em 17 páginas de entrevista, o homem que deixava a chefia do FBI no Brasil contou tudo. O escritório do FBI era oficial, nada clandestino. Mas as informações de Carlos Costa eram explosivas. Título na capa: "Os EUA grampearam o Alvorada".
Carlos Costa, então um dos 39 chefes do FBI espalhados pelo mundo e, portanto, com acesso a documentos reservados no mais alto grau, revelava:
- Documento secreto algum falava em armas de destruição em massa, Bush e Blair queriam a guerra… Jamais li documento secreto que indicasse a existência de armas de destruição em massa no Iraque. O que li assegurava o contrário… Rumsfeld esteve com Saddam em 20 de dezembro de 82, entregamos a ele (Saddam) as técnicas do Antraz.
Mas muito mais Carlos Costa contou sobre o Brasil, referindo-se aos anos 90 e início dos anos 2000. Admitiu que serviços secretos dos EUA haviam grampeado o Itamaraty e Palácio da Alvorada. Disse, com todas as letras: “A Vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós a anos (…) Foi comprada por alguns milhões de dólares”.
Afirmou também que existiam programas para “influenciar” a imprensa, a mídia. E o que seria “influenciar”? Comprar, se necessário? Resposta:
- Seja lá o que for necessário. Virar a opinião pública a nosso favor.
Costa contou também como se forçava a barra, como havia uma “obsessão” em relação a Tríplice Fronteira e o terrorismo:
- Aquilo ali é um lugar que por si só é fora da lei… terroristas nunca foram detectados, e investigamos muito, até porque o Brasil perguntou a nós: “Vocês sabem onde estão os terroristas?”. O que tem é muita retórica…
Informou ainda Carlos Costa:
- Há quem envie dinheiro para o Hezbollah desde o Brasil, da Tríplice Fronteira? É certo que há, mas o Hezbollah é um partido político legal que tem seu braço armado, terrorista. Bem, em Detroit, em New York, nós temos cidadãos americanos que mandam dinheiro para o Hezbollah, para orfanatos, hospitais, mas o destino final é tão incerto quando parte do dinheiro do Brasil…
O objetivo era claro. Os Estados Unidos, no vácuo do 11 de setembro, aproveitavam para forçar a criação de uma ampla base de Inteligência no Cone Sul.
Ao longo das 17 páginas, o chefe do FBI no Brasil revelou:
- O FBI ordenou, depois do 11 de setembro, mas me recusei a “monitorar” (grampear) mesquitas, xeques e líderes muçulmanos no Brasil.
Carlos Costa se recusou, mas o fato é que o FBI ordenou espionagem ilegal no Brasil.

Edição 284: Na edição seguinte, de 31 de março de 2004, “A Lista dos Espiões Americanos no Brasil”. O “Conselheiro de Assuntos Regionais", Jack. G. Ferraro, era na verdade o chefe da CIA, lotado na embaixada em Brasília.
Thomas Harold Lloyd, o “Primeiro Secretário”, era da NAS e Mark Kenyon Edmondson, “Adido para Combate às Drogas”, era da DEA, assim como fora Pat Healy à época das primeiras reportagens, em 1999.
O sucessor de Carlos Costa no FBI foi Donald Gleg, e o “Adido” Julio Velez era o homem da US Customs…
Edição 287: Em 21 de abril daquele mesmo 2004, a última daquela série de reportagens: “Dois Delegados da PF Revelam a História da CIA no Brasil”.
Ao longo de 10 páginas, os delegados José Roberto Pereira e Rômulo Berrêdo não apenas confirmam tudo o que havia sido publicado nos cinco anos anteriores. José Roberto, que dentro da PF enfrentara a CIA ainda em 1997, revela em detalhes a dimensão da ingerência dos EUA. E da submissão do Brasil.
Em meio a um relato coalhado de informações e minúcias, o delegado diz com todas as palavras:
- Uma elite dentro da Polícia Federal trabalhava para a CIA e se orgulhava disso (…) Todo mundo sabia. Não concordávamos…
- O presidente Fernando Henrique sabia que tinha falado e temia, pois não sabia que a fita não estava mais gravada…
O delegado Rômulo Fish de Bêrredo Menezes havia sido Corregedor na Polícia Federal. Num relatório radiografou a promiscuidade entre a PP e a CIA, desde 1988, e afirmou:
- O CDO (CIA) gasta dinheiro dos EUA e, do meu ponto de vista, não existe um acordo legal. Isso é muito grave…
- O CDO, hoje COIE, (neste 2013 abriga a DAT, Divisão Antiterrorismo) foi construído com dinheiro americano e isso está no meu relatório… todos se dizem “Adidos” e “Conselheiros”…
Disse ainda o delegado Bêrredo em relação ao diretor da PF à época da entrevista, Paulo Lacerda:
- Paulo Lacerda, eu, pessoalmente, o tenho em altíssima consideração. Ele herdou isso, uma coisa que vem desde 1988, não é simples de resolver, mas eu sei que ele vai tentar resolver da melhor forma…
Na gestão de Paulo Lacerda, que tinha Márcio Thomaz Bastos como ministro da Justiça, o orçamento da Polícia Federal multiplicou-se. Tempos de mais de 5 mil operações contra crimes do colarinho branco, de portas fechadas para operações ilegais de serviços estrangeiros; ao menos de operações ilegais em consórcio e com beneplácito da Polícia do Estado.
Exemplo: numa dessas operações o então primeiro-ministro da França, Dominique de Villepin, enviou um Hércules C-130 para o Amazonas.
Desembarcados em Manaus, onze agentes do serviço secreto da França, à frente o terceiro homem na hierarquia de Villepin, o diplomata Pierre Henri Guignard. A missão secreta era executar uma operação de resgate na selva brasileira, tendo como base o município de São Paulo de Olivença.
Operação de resgate da senadora franco-colombiana Íngrid Betancourt, amiga de Villepin, então prisioneira das FARC. Operação de resgate que deveria se dar em território brasileiro.
No domingo, 13 de julho de 2003, descoberta a operação secreta, o Hércules C-130 e os agentes secretos franceses receberam um “convite” do governo brasileiro: tinham que deixar o país imediatamente. E assim foi feito, apressada e pontualmente às 13 horas.
Também o “convite” para deixar o Brasil imediatamente foi reservado. Essa história começaria a ser contada uma semana depois. Mas essa é outra história desse mundo de espiões e espionagem.
LEI DE SEGURANÇA NACIONAL



Art. 13 - Comunicar, entregar ou permitir a comunicação ou a entrega, a governo ou grupo estrangeiro, ou a organização ou grupo de existência ilegal, de dados, documentos ou cópias de documentos, planos, códigos, cifras ou assuntos que, no interesse do Estado brasileiro, são classificados como sigilosos.

Pena: reclusão, de 3 a 15 anos.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:

I - com o objetivo de realizar os atos previstos neste artigo, mantém serviço de espionagem ou dele participa;

II - com o mesmo objetivo, realiza atividade aerofotográfica ou de sensoreamento remoto, em qualquer parte do território nacional;

III - oculta ou presta auxílio a espião, sabendo-o tal, para subtraí-lo à ação da autoridade pública;

IV - obtém ou revela, para fim de espionagem, desenhos, projetos, fotografias, notícias ou informações a respeito de técnicas, de tecnologias, de componentes, de equipamentos, de instalações ou de sistemas de processamento automatizado de dados, em uso ou em desenvolvimento no País, que, reputados essenciais para a sua defesa, segurança ou economia, devem permanecer em segredo.

Art. 14 - Facilitar, culposamente, a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 12 e 13, e seus parágrafos.

Pena: detenção, de 1 a 5 anos.

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-espionagem-americana-no-brasil-por-bob-fernandes

O PROPINODUTO DO PSDB TUCANO PAULISTA...

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Ao assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto, mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos.
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 Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão. O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mario Covas, José Serrae Geraldo Alckmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse. Pelo contrário. Desde que foram feitas as primeiras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. 
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SUSPEITOS: 
Segundo o ex-funcionário da Siemens, Ronaldo Moriyama (foto menor),

diretor da MGE, e Décio Tambelli, ex-diretor do Metrô, integravam o esquema

O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa.
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As provas oferecidas pela Siemens e por seus executivos ao Cade são contundentes. Entre elas, consta um depoimento bombástico prestado no Brasil em junho de 2008 por um funcionário da Siemens da Alemanha. ISTOÉ teve acesso às sete páginas da denúncia. Nelas, o ex-funcionário, que prestou depoimento voluntário ao Ministério Público, revela como funciona o esquema de desvio de dinheiro dos cofres públicos e fornece os nomes de autoridades e empresários que participavam da tramoia. Segundo o ex-funcionário cujo nome é mantido em sigilo, após ganhar uma licitação, a Siemens subcontratava uma empresa para simular os serviços e, por meio dela, realizar o pagamento de propina. 
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Além de subcontratar empresas que serviram de ponte para o desvio
de dinheiro público, o esquema valeu-se de operações em paraísos fiscais

Foi o que aconteceu em junho de 2002, durante o governo de Geraldo Alckmin, quando a empresa alemã venceu o certame para manutenção preventiva de trens da série 3000 da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). À época, a Siemens subcontratou a MGE Transportes. De acordo com uma planilha de pagamentos da Siemens obtida por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a políticos e diretores da CPTM, segundo a denúncia. Para não deixar rastro da transação, os saques na boca do caixa eram sempre inferiores a R$ 10 mil. Com isso, o Banco Central não era notificado. “Durante muitos anos, a Siemens vem subornando políticos, na sua maioria do PSDB, e diretores da CPTM.
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A MGE é frequentemente utilizada pela Siemens para pagamento de propina. Nesse caso, como de costume, a MGE ficou encarregada de pagar a propina de 5% à diretoria da CPTM”, denunciou o depoente ao Ministério Público paulista e ao ombudman da empresa na Alemanha. Ainda de acordo com o depoimento, estariam envolvidos no esquema o diretor da MGE, Ronaldo Moriyama, segundo o delator “conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade quando se fala em subornar o pessoal do Metrô de SP e da CPTM”, Carlos Freyze David e Décio Tambelli, respectivamente ex-presidente e ex-diretor do Metrô de São Paulo, Luiz Lavorente, ex-diretor de Operações da CPTM, e Nelson Scaglioni, ex-gerente de manutenção do metrô paulista. Scaglioni, diz o depoente, “está na folha de pagamento da MGE há dez anos”. “Ele controla diversas licitações como os lucrativos contratos de reforma dos motores de tração do Metrô, onde a MGE deita e rola”.
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 O encarregado de receber o dinheiro da propina em mãos e repassar às autoridades era Lavorente. “O mesmo dizia que (os valores) eram repassados integralmente a políticos do PSDB” de São Pauloe a partidos aliados. O modelo de operação feito pela Siemens por meio da MGE Transportes se repetiu com outra empresa, a japonesa Mitsui, segundo relato do funcionário da Siemens. Procurados por ISTOÉ, Moriyama, Freyze, Tambelli, Lavorente e Scaglioni não foram encontrados. A MGE, por sua vez, se nega a comentar as denúncias e disse que está colaborando com as investigações.
Além de subcontratar empresas para simular serviços e servir de ponte para o desvio de dinheiro público, o esquema que distribuiu propina durante os governos do PSDB em São Paulo fluía a partir de operações internacionais. Nessa outra vertente do esquema, para chegar às mãos dos políticos e servidores públicos, a propina circulava em contas de pessoas físicas e jurídicas em paraísos fiscais. Uma dessas transações contou, de acordo com o depoimento do ex-funcionário da Siemens, com a participação dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, através de suas respectivas empresas Procint E Constech e de suas $% offshores no Uruguai, Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A.
Neste caso específico, segundo o denunciante, a propina foi paga porque a Siemens, em parceria com a Alstom, uma das integrantes do cartel denunciado ao Cade, ganhou a licitação para implementação da linha G da CPTM. O acordo incluía uma comissão de 5% para os lobistas, segundo contrato ao qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, e de 7,5% a políticos do PSDB e a diretores da área de transportes sobre trilho. “A Siemens AG (Alemanha) e a Siemens Limitada (Brasil) assinaram um contrato com (as offshores) a Leraway e com a Gantown para o pagamento da comissão”, afirma o delator. As reuniões, acrescentou ele, para discutir a distribuição da propina eram feitas em badaladas casas noturnas da capital paulista. Teriam participado da formação do cartel as empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui. Coube ao diretor da Mitsui, Masao Suzuki, guardar o documento que estabelecia o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados por empresa na licitação.
Os depoimentos obtidos por ISTOÉ vão além das investigações sobre o caso iniciadas há cinco anos no Exterior. Em 2008, promotores da Alemanha, França e Suíça, após prender e bloquear contas de executivos do grupo Siemens e da francesa Alstom por suspeita de corrupção, descobriram que as empresas mantinham uma prática de pagar propinas a servidores públicos em cerca de 30 países. Entre eles, o Brasil. Um dos nomes próximos aos tucanos que apareceram na investigação dos promotores foi o de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nomeado pelo então governador tucano Mário Covas. No período em que as propinas teriam sido negociadas, Marinho trabalhava diretamente com Covas.
Proprietário de uma ilha paradisíaca na região de Paraty, no Rio de Janeiro, Marinho foi prefeito de São José dos Campos, ocupou a coordenação da campanha eleitoral de Covas em 1994 e foi chefe da Casa Civil do governo do Estado de 1995 a abril de 1997. Numa colaboração entre promotores de São Paulo e da Suíça, eles identificaram uma conta bancária pertencente a Marinho que teria sido abastecida pela francesa Alstom. O MP bloqueou cerca de US$ 1 milhão depositado. Marinho é até hoje alvo do MP de São Paulo. Procurado, ele não respondeu ao contato de ISTOÉ. Mas, desde que estourou o escândalo, ele, que era conhecido como “o homem da cozinha” – por sua proximidade com Covas –, tem negado a sua participação em negociatas que beneficiaram a Alstom.
Entre as revelações feitas pela Siemens ao Cade em troca de imunidade está a de que ela e outras gigantes do setor, como a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, reuniram-se durante anos para manipular por meios escusos o resultado de contratos na área de transporte sobre trilhos. Entre as licitações envolvidas sob a gestão do PSDB estão a fase 1 da Linha 5 do Metrô de São Paulo, as concorrências para a manutenção dos trens das Séries 2.000, 3.000 e 2.100 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a extensão da Linha 2 do metrô de São Paulo. Também ocorreram irregularidades no Projeto Boa Viagem da CPTM para reforma, modernização e serviço de manutenção de trens, além de concorrências para aquisição de carros de trens pela CPTM, com previsão de desenvolvimento de sistemas, treinamento de pessoal, apoio técnico e serviços complementares.
Com a formação do cartel, as empresas combinavam preços e condicionavam a derrota de um grupo delas à vitória em outra licitação também superfaturada. Outra estratégia comum era o compromisso de que aquela que ganhasse o certame previamente acertado subcontratasse outra derrotada. Tamanha era a desfaçatez dos negócios que os acordos por diversas vezes foram celebrados em reuniões nos escritórios das empresas e referendados por correspondência eletrônica. No início do mês, a Superintendência-Geral do Cade realizou busca e apreensão nas sedes das companhias delatadas. A Operação Linha Cruzada da Polícia Federal executou mandados judiciais em diversas cidades em São Paulo e Brasília. Apenas em um local visitado, agentes da PF ficaram mais de 18 horas coletando documentos.
Ao abrir o esquema, a Siemens assinou um acordo de leniência, que pode garantir à companhia e a seus executivos isenção caso o cartel seja confirmado e condenado. A imunidade administrativa e criminal integral é assegurada quando um participante do esquema denuncia o cartel, suspende a prática e coopera com as investigações. Em caso de condenação, o cartel está sujeito à multa que pode chegar a até 20% do faturamento bruto. O acordo entre a Siemens e o Cade vem sendo negociado desde maio de 2012. Desde então, o órgão exige que a multinacional alemã coopere fornecendo detalhes sobre a manipulação de preços em licitações.
Só em contratos com os governos comandados pelo PSDB em São Paulo, duas importantes integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões. “Os tucanos têm a sensação de impunidade permanente. Estamos denunciando esse caso há décadas. Entrarei com um processo de improbidade por omissão contra o governador Geraldo Alckmin”, diz o deputado estadual do PT João Paulo Rillo. Raras vezes um esquema de corrupção atravessou incólume por tantos governos seguidos de um mesmo partido numa das principais capitais do País, mesmo com réus confessos – no caso, funcionários de uma das empresas participantes da tramoia, a Siemens –, e com a existência de depoimentos contundentes no Brasil e no Exterior que resultaram em pelo menos 15 processos no Ministério Público. Agora, espera-se uma apuração profunda sobre a teia de corrupção montada pelos governos do PSDB em São Paulo. No Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin disse que espera rigor nas investigações e cobrará o dinheiro que tenha sido desviado dos cofres públicos.
Montagem sobre foto de: Carol Guedes/Folhapress (abre); FOTOS: RICARDO STUCKERT; Folhapress; EVELSON DE FREITAS/AE
FONTE E CRÉDITOS PARA:

http://www.istoe.com.br/reportagens/315089_O+ESQUEMA+QUE+SAIU+DOS+TRILHOS?pathImagens&path&actualArea=internalPage

CONTOS DE TERROR: A MALDIÇÃO DOS LANCASTER...

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Por David da Costa Coelho

      Algumas mulheres ao longo de sua vida, por serem muito mais do que a sua herança cultural, social e familiar permitem, acabam vivendo daquilo que construíram para seu mundo privado, e que mesmo ao custo de sua felicidade, devem manter em obrigação a quem lhes deu vida e futuro. Uma prisão sem grades, onde seu carcereiro é seu temor de mudanças, que lhe daria uma vida onde ela mesma faria as escolhas e pagaria o preço disto.

 
Luciana era uma mulher loira e linda, rica, independente, culta, formada em psicologia e jornalismo, católica, casada com um grande empresário do ramo editorial. Quem olhasse para a realidade em que vivia, devia imaginar que realmente foi agraciada com todos os dons divinos que Deus propicia a seus eleitos e escolhidos, no entanto, ela achava sua realidade um inferno. Era uma vida baseada na posição social, com festas hipócritas, pessoas frívolas e vazias, filhos que só não eram mais egoístas porque não podiam. Viam os pais apenas como receptáculos financeiros e de suas inconstâncias emocionais e vícios. Quanto ao marido, o fato de estarem anos casados, e o sexo louco dos primeiros dias ter se tornado apenas uma vaga lembrança daqueles tempos, havendo dia marcado durante a semana para o encontro sexual, fazia de sua vida intima tão hipócrita quanto às festas de amigos, das empresas e embaixadas que sempre eram convidados.
Pertencer à elite financeira, sendo de uma família tradicional católica refletia ainda mais essa angustia, porque no caso dela, a separação não era uma possibilidade, e sim um motivo de contenda familiar e religiosa, impossibilitando de recomeçar sua vida ao lado de um homem decente, supondo que isso existisse, porque descobriu a duras penas que são todos canalhas. Seu marido era um desses exemplos. Já havia lhe dito varias vezes que se o pegasse num ato de traição, certamente iria presa porque daria cabo da vida dele. Embora não tivesse nenhuma evidencia, como mulher, sabia naturalmente que o canalha se envolvia sexualmente com qualquer uma que lhe abrisse as pernas, nas inúmeras viagens que fazia pelo Brasil e exterior, com a desculpa de divulgar a empresa, ou visitas a novos fornecedores.
Ela formou-se jovem em jornalismo, e depois em psicologia para melhor trabalhar seus entrevistados, e quem sabe obter no futuro um programa de teve só dela, com auxilio de seu marido e amigos influentes dele.  Atuou num consultório por dois anos, tendo seus clientes de seu grupo social, ouvindo nas consultas as mesmas damas ricas e vazias, alguns homens também de seu nível, mas que estavam ali mais pela beleza dela, e por momentos de privacidade onde poderiam dizer coisas que talvez despertasse sua libido e lhes permitissem um momento sexual com ela. O que basicamente, devido seu treinamento na área e ódio a tais canalhas, se esquivava com a desculpa de ser casada e a separação entre psicólogo e paciente. Mas um determinado dia, quase na época em que fechou seu consultório e enterrou a profissão de psicóloga, conheceu uma cliente diferente. Era uma inglesa, do condado de Wiltshire, no Sul da Inglaterra, próximo ao monumento de [1]Stonehenge.
Procurou-a por indicação de amigas inglesas da embaixada, além de a psicóloga ser fluente na língua inglesa. O seu problema era simples, mas ao mesmo tempo complexo, e por serem da mesma casta social, mais fácil de entender, tendo ela já mais de 50 anos, embora aparentasse 30, precisava de alguém capaz de não só compreender o que ela passava, como também se por em seu ‘lugar’. Seu nome era Audrey Connor Lancaster, de uma família nobre e muito antiga. Contou durante a sessão parte de sua historia, onde seus familiares haviam cometido inúmeras atrocidades séculos atrás, no período da guerra [2]civil inglesa e dos [3]cercamentos. No entanto, ela não havia dito para Luciana o preço de carregar tal estigma, apenas que a maldição fazia com que ela fosse desejada e assediada pelos homens mais lindos e maravilhosos de seu país, e para aonde quer que fosse pelo mundo afora. Mas por mais que sua libido e liberdade permitissem, ela jamais podia sequer tocar outro homem devido à maldição dos Lancaster.
Ela não disse na sessão o que era a tal maldição, pediu apenas um favor ao final da consulta, momentos antes de partir, que lhe desse um abraço de despedida, porque iria para Londres no dia seguinte, que lhe olhasse nos olhos com sinceridade enquanto ela lhe diria umas frases em língua Druida, de uma casta de suas ancestrais femininas, em agradecimento por ser agora portadora de seus segredos e confiança eterna. Luciana conheceu vários tipos de terapia, dentre elas a [4]bioenergética, que possibilitava um contato físico com o paciente, portanto não achou nada demais em atender ao pedido de uma pessoa que lhe buscou para dar detalhes da vida que ninguém jamais saberia, e que ao final, sentiria-se bem com um abraço, placebo de libertação emocional em sua opinião acadêmica.
No dia seguinte, a caminho do escritório, já no elevador do prédio, foi literalmente devorada viva por um homem bem trajado que sempre lhe acompanhava neste horário de chegada, só que diferente dos outros dias, ela sentiu literalmente em sua mente o desejo dele, a ponto de seus pelos eriçarem, seus seios responderem, bem como os fluidos sexuais emanando de suas partes intimas, contagiando o ambiente; estimulando ainda mais as taras do homem. Por um motivo que ela desconhecia, foi com ele até o andar onde o mesmo possuía seu escritório. Desceram no mesmo andar sem se tocarem, tendo em vista que a mente de ambos agora se falavam com mais fluência do que as palavras humanas permitiam.
Ao adentrar no recinto, quando ele pôs as mãos em seu rosto, no segundo seguinte uma luz o envolveu, deixando de existir como pessoa, estava completamente dentro dela em forma de energia pura, com todo seu conhecimento, personalidade e juventude, mas apenas um ser a lhe servir, sem individualidade ou alma. Como parte essencial de um novo ser, feliz e constante. O advogado Roberto Antunes jamais desceria de seu escritório, nem seu corpo seria encontrado, como não havia câmeras nos corredores e elevadores, jamais saberiam nada sobre aquele desaparecimento. Ela, no entanto, retornou a seu escritório, agora completamente diferente, carregada de uma certeza que sequer sabia existir dentro de si desde seu primeiro orgasmo intenso de alma.
Aguardou sua atendente chegar, fez as contas dela pelo tempo que trabalhou, deu-lhe um cheque com uma quantia vultosa a titulo de amizade, e mandou a para o contador porque estava fechando o escritório. Pedindo antes que ela ligasse para todos os clientes, comunicando a informação por razões de saúde. Daquele dia em diante ela não mais recusava uma cantada, seja de qual homem fosse, devorando todos em lugares longes, fora dos olhos curiosos. Ela podia saber quando um homem lhe desejava desde que absorveu sua primeira alma, estava mais atraente, feminina, e jovem; restava um ultimo homem para seduzir e consumir, seu marido devasso.  
Em casa recebeu elogios dos filhos ao saber que não estava mais atendendo malucos de psiquiatria, e que estava mais preocupada com seu corpo ao entrar para academia. Mal sabiam eles que não era atrás de corpo perfeito e sim homens lindos e sarados, que ela devorava em locais ermos e distantes, em encontros secretos, longe dos olhos curiosos e tecnologia humana. No entanto, a vítima que ela ansiava cada dia mais em devorar, com um ódio e rancor profundo estava viajando, para isso ela realmente deixou seu corpo da mesma forma e desejo da época em que se conheceram, fazendo orgias sexuais por três anos antes do casamento. Ela parte ao encontro dele em Nova York, para lhe fazer uma surpresa, sabia onde ele estava porque o celular dele tinha GPS, ele estava num restaurante com uma roda de amigos, sem saber que ela tinha ido a seu encontro.
Discretamente ela coloca as mãos em seus olhos, e seu perfume já conhecido faz o marido ficar com os pelos eriçados, ao mesmo tempo que feliz por não estar acompanhado de ‘modelos’ após aquela reunião de negócios, como sempre fazia. Ao ver a sua esposa, com saúde e jovialidade de anos atrás, o que ele mais deseja naquele momento é se perder dentro dela, e o dela devorar o mesmo, tendo o para sempre como fonte de energia e controle. Mas não é o que ocorre, elas sobem para o quarto e transam durante horas. Quanto mais ela o deseja maior a potencia sexual dele, a ponto de no dia seguinte ela estar cansada e sentindo se mais velha, seu marido, no entanto, esta mais jovem, forte e potente, ela o observa enquanto dorme.
Irritada, deixa um bilhete na escrivaninha, despedindo-se, contando que foi uma noite de amor mágica, como não tinha há décadas, feliz, voltando para ficar com os filhos, ansiando o retorno dele. Mas na verdade estava com ódio por ter fracassado em seu intento magico, ao sair pela cidade, encontra um homem num bar, saem para um local mais sossegado atrás de um prédio e o devora, retomando parte de sua energia. Mas ela não entende como pôde devorar todos, mas não conseguiu consumir o marido canalha, ao contrário, comportou-se com ele na cama como uma rameira sexual no cio. Em seu inconsciente a resposta, pois sua mente agora traduzia as palavras na estranha língua:
"- Eu lhe dou meu poder e minha maldição, terás juventude eterna enquanto ficar longe de teu marido, e em hipótese alguma deve tentar contra a vida dele, nem ou fazer amor com ele, caso em contrario seu dom será uma maldição. Se dormir com ele, mesmo que uma única vez, toda sua energia vital será sugada por seu homem, envelhecerá rapidamente, se não sugar outra rapidamente para voltar ao estagio inicial de sua vida, no momento que falamos e herdou minha sina. Terás todas as consciências de suas vitimas assombrando sua mente, a ponto de destruir sua sanidade. Se não compreender minhas palavras, eu também morrerei e dividirei com você, assim como todas as hospedeiras anteriores, o mesmo destino que todos em sua mente, esta é a maldição dos Lancaster.”

Luciana agora compreendia perfeitamente seu ‘dom’, sabia druida porque Audrey Connor Lancaster também morava em seu corpo, assim como suas antepassadas. Audrey morreu dormindo em sua cama, em Londres, no mesmo dia que Luciana fazia amor com seu marido; no entanto, a morte não deixou sua alma livre para reencarnar, como pregavam os druidas em sua religião ancestral. Antes Luciana detestava sua vida pequena e medíocre, agora odiava, mas não tinha como se matar porque a maldição impedia, além de ter que matar todos os dias para poder viver, também dividia sua mente com os anseios e desejos dos milhares de fantasmas que todas destruíram ao longo de séculos, habitando nela. De posse de seu dinheiro em contas secretas, ela desaparece da vida dos filhões e esposo. Vaga pelo mundo, tendo que criar para si estereótipos que lhes permitam viver e sugar vidas que em nada lhes satisfazem, pelo simples motivo do mundo ilusório ser maior do que a mentira real que vivem. Para escapar da maldição, ela teria que fazer o mesmo ritual dos Lancaster, com alguém que entendesse druida antigo, ou viver por toda eternidade com sua eterna maldição acompanhada. 
Essa era de longe a maior dádiva de um amaldiçoado, viver sua maldição pessoal, ou passar a eternidade em lamurias na mente do novo escolhido...


[1] Stonehenge é um sítio arqueológico pré-histórico. A estrutura principal é formada por dois anéis de monólitos de pedra, construídos a partir de 3100 A.C., provavelmente para executar rituais religiosos. O anel externo tem cerca de 86 metros de diâmetro e o interno, 30 metros, em média. A arquitetura dos anéis tem relação com os movimentos do Sol e da Lua e alguns monólitos possuem cerca de 9 metros de altura. Stonehenge recebe cerca de 700 mil visitantes por ano.

[2] A guerra civil inglesa, que se iniciou no ano de 1642 até 1649, teve diversas causas. No nível mais simples, a guerra foi provocada por uma disputa de poder entre as forças do conservadorismo, representada pelo rei impopular, Charles I, e aqueles que procuram uma constituição mais moderna, dirigida por membros do Parlamento. Além disso, o rei Charles casou-se com Henriqueta Maria da França, que era católica, mas o país era protestante, então muitas pessoas acreditavam que ele iria mudar a religião do país para católica, o que eles não queriam. Charles também gastou todo o dinheiro dos impostos do povo com pinturas e roupas para sua família, ao invés de investir no país.

[3] Foi quando a nobreza inglesa, desde o século XVI, começou a expulsar os camponeses de suas terras. Ela se apropriou das terras comunais, antes cultivadas pelos camponeses, nas quais passou a criar ovelhas (lã) ou cultivar cereais para atender ao mercado. Essa espoliação de terras comunais, conhecido como "cercamentos" ou enclousures, gerou uma massa de camponeses sem terras, os quais se deslocaram para as cidades e se transformaram em trabalhadores assalariados. Isso contribuiu para que as nascentes indústrias inglesas tivessem à sua disposição uma mão-de-obra abundante e barata.

[4] A Análise Bioenergética foi criada a partir do trabalho de Wilhelm Reich. O Dr. Alexander Lowen foi paciente e estudante de Wilhelm Reich. A bioenergética pregada por ele tem sua origem no método psicanalítico do famoso Dr. Sigmund Freud. Trata, em resumo, de psicanálise, de exercícios físicos, de respiração. Ela combina de uma maneira única os princípios fundamentais da psicanálise com o trabalho direto, nos níveis somáticos do desenvolvimento e da relação cliente paciente...

RAIMUNDO PEREIRA COMPROVA: PIZZOLATO É INOCENTE

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O jornalista Raimundo Rodrigues Pereira tem 48 anos de profissão. Em sua bagagem jornalística consta a criação de dois dos mais importantes jornais de resistência à ditadura militar, o Opinião e o Movimento. Foi também editor das revistas Realidade e Veja. Hoje dirige a publicação Retrato do Brasil, que entre seus furos jornalísticos, mostra que há falhas no processo do chamado “Mensalão”. Esse ano, por todos estes trabalhos, será um dos homenageados do Prêmio Vladimir Herzog. O jornalista é o entrevistado deste mês do jornal Unidade.
 
Unidade - A revista que você dirige, a Retrato do Brasil, deu um furo jornalístico ao mostrar que não houve desvio de dinheiro público no chamado mensalão. Mesmo assim, o trabalho jornalístico não mereceu a repercussão que uma novidade desta, em caso tão notório, mereceria. A que o sr. atribui o fato de a imprensa em geral e a Justiça em particular não terem dado ouvidos ao que a equipe da publicação conseguiu identificar de falhas no processo?

Raimundo Pereira – Não existe força política organizada suficiente para garantir um debate multilateral do caso do mensalão. Formou-se um grande consenso político para condenar os chamados mensaleiros. A oposição à direita ao governo do PT defende os métodos e a sentença pronunciada pelo STF. Na oposição situada à esquerda do governo, de um modo geral, prevalece a mesma posição. E nas forças políticas que compõem o governo são minoritárias as correntes que tentam promover um debate democrático do mensalão. Veja por exemplo que, até agora, a despeito de todo o trabalho que fizemos, não conseguimos ainda que a imprensa oficial, o rádio e a televisão públicos, cujo estatuto exige a apresentação de múltiplos pontos de vista sobre as questões relevantes, nos ouvisse para divulgar, com os meios que tem, que são expressivos, os fatos extremamente importantes que temos levantado.

Unidade - O sr. considera que realmente existe uma ditadura midiática no Brasil que somente divulga o que interessa aos empresários da grande mídia. Qual a sua análise sobre a atuação dos jornalistas dentro deste contexto?

RP - É mais complicado que isso. A grande mídia mais conservadora tem um ponto de vista político claro e escolhe seus editores de forma a que eles orientem suas publicações dentro de determinados parâmetros que garantem a defesa desses pontos de vista. Mas as redações e os jornalistas têm certa autonomia dentro desses limites. Além do mais, há publicações com orientação política mais progressista do que essa grande mídia que também não deram importância ao nosso trabalho, nem estão apoiando nossa linha de investigação. Como já disse, a própria imprensa oficial não deu, até agora, importância aos fatos, extremamente graves, que relatamos.

Unidade - Depois de ter passagens pela Veja e Realidade (duas publicações da editora Abril), o sr. foi um dos mais importantes nomes da chamada imprensa alternativa que ajudou a desmontar a ditadura militar brasileira. Como era fazer jornalismo nos anos da repressão e agora na democracia. Aliás, existe democracia hoje em dia em termos de meios de comunicação no Brasil?

RP - A grande diferença entre os dois períodos é a de que, antes, no campo político popular, em boa parte do tempo houve unidade no apoio à chamada mídia alternativa legal, cujo principal expoente nacional era o jornal Movimento formado por jornalistas progressistas e políticos do chamado grupo Autêntico do MDB. Deve-se notar, também, que O Estado de S. Paulo foi censurado durante parte do tempo da ditadura. No passado, o combate à ditadura foi feito por diferentes correntes políticas. Hoje, pode-se dizer, quando se fala em democracia, que é preciso qualificar esta palavra. Para mim, existe no país um regime de democracia burguesa, a democracia do grande capital: nela todos têm ampla liberdade para dizer e escrever o que pensam; mas poucos têm os recursos materiais para fazer um jornal como o Estadão ou a Folha, com capacidade para um trabalho diário de seleção e apresentação de fatos e comentários. E, do lado dos que estavam na oposição à ditadura pelos setores populares, não se criou uma cultura política suficiente para formar um governo que ampliasse a participação popular de forma a dar um passo adiante na qualidade da democracia sob a qual vivemos.

Unidade - Poderia relatar em poucas palavras o que Retrato do Brasil descobriu em termos do chamado mensalão. Quais foram os documentos analisados pelos jornalistas de sua equipe. O que eles comprovam, exatamente?

RP - Estamos já há quase dois anos estudando o julgamento do mensalão. No segundo semestre de 2011 decidimos que o tema seria um dos grandes assuntos de 2012 e nosso editor, Armando Sartori, escalou a Lia Imanishi, nossa repórter, para estudar os documentos básicos do julgamento. Quando o julgamento começou, no segundo semestre do ano passado, estávamos o ACQ (Antônio Carlos Queiroz, nosso colaborador em Brasilia) e eu, estudando a intervenção da mídia, especialmente Veja, no mensalão. Na nossa diretoria, então com cinco pessoas, havia um intenso debate sobre a história, dada a diversidade de pontos de vista. Graças a isso fomos os primeiros a descobrir que Henrique Pizzolato, o petista que era diretor de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil, e acusado de comandar um desvio de R$ 73,8 milhões da empresa para o esquema do mensalão, era inocente. Localizamos nos autos e estudamos preliminarmente os mais de cem apensos da auditoria feita sobre esses desvios. Mostramos que existiam e existem, é claro, amplíssimas provas de que o dinheiro não foi desviado mas, sim, aplicado efetivamente para a realização de serviços de promoção de vendas de cartões de bandeira Visa do banco. Para nós ruiu então a viga mestra do mensalão, a do desvio de dinheiro público para comprar deputados.

Unidade - Qual a sua análise sobre a questão do marco regulatório da comunicação e sobre a posição que o Brasil tem em relação a outros países, como o Equador e a Argentina. O país está atrás destes países em relação à regulação os meios de comunicação?

RP - O governo Dilma Rousseff não quer saber de regulamentar as concessões públicas de rádio e televisão e o PT, há tempos, está acomodado na posição de achar que elegeu a presidente mas que ela tem todo o direito de ter uma posição contrária à sua nessa questão. Por outro lado, o PT sabe que, no atual Congresso, dificilmente teria condições de fazer passar uma legislação que force a regulamentação dessas concessões mesmo em termos que sejam apenas equivalentes aos de vários países capitalistas avançados que são vistos como modelo de democracia.
Por esse motivo, acho que, ao lado da luta política mais geral por uma lei que regulamente as concessões de rádio e televisão de forma a garantir um debate mais democrático das questões, deveríamos nos dedicar especialmente à construção de um movimento de unidade dos setores democrático-populares pela recriação de uma publicação nacional. Poderia ser, inicialmente, um semanário, com recursos e apoio político suficientes para ter peso na conjuntura política do País.

Unidade - Qual a sua avaliação sobre a Comissão da Verdade que está sendo realizada no Brasil, já que as publicações que você trabalhou ou dirigiu tratavam exatamente de denúncias de assassinatos, torturas e maus tratos dos presos políticos brasileiros?

RP - Veja: nós não podíamos tratar dessas questões. Nem mesmo o Estadão podia, porque estava censurado. O que nos distinguia era o nosso caráter democrático-popular, o fato de cobrirmos as lutas camponesas, de denunciarmos o endividamento externo e a dependência do país, de propugnarmos por um outro tipo de combate a inflação. Quanto à Comissão da Verdade, acho que ela está fazendo um bom trabalho.

Unidade - Recentemente, o jornal Unidade entrevistou o jurista Fábio Konder Comparato sobre a judicialização da censura. Na sua opinião, a Justiça age como um instrumento de censura no Brasil?
RP - Talvez sim, mas por um motivo que parece o oposto disso. Com frases como a de que a liberdade de imprensa não pode ter limites, muitos juízes defendem a atuação sem limites da grande imprensa burguesa, inclusive para caluniar pessoas e movimentos, através da divulgação escandalizada de detalhes irrelevantes de certos fatos.

Unidade - Na sua avaliação, é mais difícil fazer jornalismo hoje em dia ou foi mais complicado durante a ditadura militar? Quais as diferenças que o sr. apontaria entre estes dois momentos em nossa profissão?

RP - A grande burguesia hoje é maior e mais concentrada em termos de poder econômico e está mais unida do que no passado do ponto de vista político. O patronato mudou e piorou, do ponto de vista político. Já tive patrões como o Fernando Gasparian, o único representante de entidade patronal cassado pela ditadura, um nacionalista e democrata. Por esse motivo é que acho que uma imprensa que seja de qualidade e na qual, de certo modo, sejamos patrões de nós mesmos, é uma tarefa do dia.
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JB induziu STF p condenar PT

ENVELOPE 22

Está no ENVELOPE 22 na 12 Vara Federal de Brasília a prova de que Joaquim Barbosa e a PGR/MPF construíram ARDILOSAMENTE a denúncia que foi julgada pelo STF na AP 470.

O conteúdo do ENVELOPE 22 caracteriza um fato inconteste: a VIOLAÇÃO do Código de Processo Penal nos artigos 71, I, 76, 77.

ENTENDA O QUÊ FEZ JOAQUIM BARBOSA

Mesmo com o relatório da então CPI dos Correios identificando que 4 (quatro) funcionários do Banco do Brasil assinaram “notas técnicas”, ESTRANHAMENTE, a PGR/MPF e Joaquim Barbosa resolveram acusar no STF somente o petista Henrique Pizzolato.

Mesmo tendo ciência de que existe um CONTRATO/Regulamento da empresa multinacional Visanet, que registra quem no BB tinha poderes para determinar pagamentos (era o GESTOR nomeado por outra Diretoria do BB, a diretoria de Varejo) e assim sendo o petista estaria totalmente inocentado, ESTRANHAMENTE, a PGR/MPF e Joaquim Barbosa resolveram acusar no STF somente o petista Henrique Pizzolato.

A PGR/MPF registrou no STF em dezembro de 2005 o inquérito que em 2007 virou AP 470.

Ocorre que em 2006 a PGR/MPF, com o pleno conhecimento de Joaquim Barbosa, resolveram ESTRANHAMENTE desmembrar quem seria julgado no STF e quem seria julgado em instância inferior.

E a PGR/MPF e Joaquim Barbosa concordaram com essa VIOLAÇÃO da ampla defesa, pois além da defesa do petista Pizzolato nada saber deste processo PARALELO na instância inferior, os demais ministros foram induzidos a julgar Pizzolato como tendo sido autor isolado.

CONCLUSÃO

Joaquim Barbosa e a PGR/MPF mentiram.

Joaquim Barbosa e a PGR/MPF induziram o STF a julgar um inocente e assim injustamente o condenaram.

FUNDAMENTAL

Sabem qual informação essa ABERRAÇÃO oculta ? o fato de quê em 2001 – em plena gestão FHC – tudo o que imputaram ao petista Pizzolato, JÁ OCORRIA normalmente entre a DNA e o BB.


Ora bolas, separar o mesmo OBJETO de investigação quando sabiam que tudo teve início na gestão de FHC só tem um motivo ... quem ousa definir !
FONTE:
http://www.megacidadania.com.br/joaquim-barbosa-induziu-o-stf-pcondenar-pt/
http://www.sjsp.org.br/index.phpoption=com_content&view=article&id=4252&catid=422

EUA TÊM DOMÍNIO TOTAL DA INFORMAÇÃO...[ VOCÊ ESTA SENDO...]

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Por Paulo Henrique de Noronha

Silvio Meira, cientista-chefe do C.E.S.A.R., alerta que o governo dos EUA tem acesso fácil aos dados do mundo na internet e com apoio da lei do próprio país, já que os gigantes da web – FACEBOOK, GOOGLE E TWITTER – são empresas norte-americanas. “Eles dominam esse mercado de uma forma quase total, muito mais do qualquer outra categoria na história da economia mundial”

"Os EUA mantêm o domínio da informação de forma global"
US Air Force/DIVULGAÇÃO
A comunidade de informática desconfiava, mas agora sabemos: estamos nas mãos dos Estados Unidos. O alerta é do engenheiro eletrônico Silvio Meira, ao analisar a espionagem da agência de segurança norte-americana (NSA) sobre o Brasil. Cientista-chefe do C.E.S.A.R. (instituto de Recife duas vezes premiado pela Finep como instituição mais inovadora do Brasil), Meira conta que praticamente tudo que fazemos na internet — emails, conversas no Skype, vídeos, fotos, posts nas redes sociais — está armazenado nos Estados Unidos. E o governo de Washington tem acesso fácil a esses dados, a hora que quiser e com apoio da lei. A lei deles, é claro, pois Facebook, Google e Twitter são empresas norte-americanas. Nunca na história do mundo, ressalta Meira, os Estados Unidos tiveram tanto poder econômico, proveniente de seu monopólio sobre a informação global. Em entrevista ao Brasil Econômico, Meira, que é PhD em Computação pela universidade de Kent at Canterbury, na Inglaterra, diz que o Brasil tem conhecimento tecnológico de nível mundial, mas nos falta competitividade para transformar inovação em negócios. “O custo Brasil para competir em tecnologia é alto demais”, sentencia.
Paulo Henrique de Noronha - Como se diz nas redes sociais, quer dizer que Obama agora sabe tudo da sua vida?

Agora, não! Agora, a gente sabe que ele sabe... Acho que a comunidade de informática imaginava alguma coisa bem parecida com isso, a gente sabia que podia ser feito, que provavelmente estava sendo feito, mas não tinha ideia da extensão da coisa. Há uns dois anos falei numa palestra que a maior obra de construção civil dos Estados Unidos era um prédio sendo construído em Utah para abrigar o data center da NSA (Agência Nacional de Segurança), uma obra estimada em US$ 2 bilhões. Então, os caras não estão brincando...

No Brasil somos quase 200 milhões de habitantes. Qual a possibilidade de um brasileiro de baixa renda que usa seu email através de uma lanhouse ter sido investigado pela NSA?

É alta, desde que ele seja o que eles chamam de uma “pessoa de interesse”. Digamos que há uma pessoa que eles acham que conversa com outras pessoas que sejam perigosas. Aí, esse cara liga para mim, e em seguida você me entrevista pelo telefone. Pronto, você, jornalista, já está no registro deles, acabou de entrar na lista da NSA. É a propriedade da transitividade. Quem interessa é todo mundo por quem as pessoas nas quais eles estão interessados se interessam. Eles devem capturar inclusive os meta-dados, que não é a conversa telefônica em si, mas o número do telefone que ligou, o dia, a hora, o local que a ligação foi feita. Antigamente, não dava para ficar olhando todas as cartas de todas as pessoas do mundo, o trabalho era muito grande. Agora, a gente sabe que o governo norte-americano tem isso, os governos inglês e francês têm isso também, o chinês já tem há muito tempo. É um tipo de tentativa de controle do cidadão pelo Estado, de saber o que todo mundo está fazendo o tempo todo.
A gente está diante do maior Big Data do mundo?

Exatamente. Tem muita coisa que eu perdi e que preciso recuperar, números de telefones, e-mails deletados, que deve estar tudo lá com eles. Bem que eles podiam prestar esse serviço pra gente e nos dar acesso a esses dados (rsrs). Em verdade, não estamos falando de Big Data, a quantidade de dados desses bancos é mais para Huge Data, nem eles imaginavam há 10, 15 anos, que teriam acesso a tantas informações. O que cria um baita problema. Como é que eu vou usar isso? Numa operação de um supermercado é mais fácil, porque eu sei que tenho certo tipo de cliente que compra mais cerveja em certos dias, e aí eu sei como desenhar minha cadeia de suprimentos para que tenha mais cerveja nesses dias. O varejo, hoje, é guiado por dados. Mas o que vemos nessa operação norte-americana é que ela é extremamente eficiente na coleta de dados,mas não necessariamente eficaz, porque dependerá da capacidade de processar esses dados todos. E é óbvio que muito provavelmente nem a NSA tem capacidade de processar tantos dados. Os Estados Unidos não conseguiram evitar que dois moradores em seu próprio solo, irmãos, que falavam muito entre si pela Internet e por telefone, um dos quais tinha ido a uma ex-república soviética associada à violência terrorista,mesmo com esse Huge Data não foi possível evitar que eles colocassem bombas na Maratona de Boston. Ou seja, ainda tem um rombo monumental na eficácia do uso desses dados, não é uma coisa mágica.
Qual é a dificuldade?

O negócio de intelligence consiste em você capturar a informação - de preferência sem que a pessoa saiba, para ela continuar agindo normalmente -,armazenar, processar e aí tem uma operação de sense making, de fazer aquela informação fazer sentido, ter uma utilidade. Eu olhar para trilhões de ligações telefônicas não adianta de nada, porque a maior parte das pessoas está falando coisas que não me interessam. Para criar sentido, você tem que procurar alguma coisa. Há amplas plataformas por trás desses processos de espionagem que sabem mais ou menos o que procurar, que tem teses e hipóteses a serem provadas. Tais como: “Será que na fronteira do Brasil com o Paraguai, que tem uma comunidade árabe relevante, a atividade de contrabando temo papel de financiar grupos terroristas?”. Tem que ter gente fazendo perguntas relevantes para tirar respostas úteis desse gigantesco banco de dados. Por outro lado, a tecnologia tornou isso mais fácil. Hoje, o cidadão normal olha para o Google apenas como uma caixinha para quem ele faz perguntas. Mas o programador olha para um negócio chamado API, Application Programing Interface. Nós deixamos de programar computadores isoladamente e passamos a programar a rede. O que a NSA faz? Ela começou a chupar informação diretamente das APIs do Google, do Microsoft Live, do Skype, da Apple...
Mas ela consegue fazer isso sem a colaboração dessas empresas?

Nem pensar! O NSA não consegue saber a pergunta que você está fazendo ao Google, mas o Google sabe. Ele guarda essa informação, porque usa para vender seus dados a terceiros, para esses terceiros botarem propaganda no Google. E o NSA usou um conjunto de termos legais associados à defesa e à segurança dos EUA para pedir ao Google e a outras empresas a informação que necessitam, sem precisar de autorização judicial.

Então o governo dos EUA tem base legal para fazer isso?

Tem, e essa base legal proíbe inclusive o Google e as demais empresas de revelarem publicamente que estão fazendo isso. Elas não podem nem falar sobre isso. A Microsoft e outras empresas agora estão pedindo autorização à Justiça para divulgar qual órgão pediu as informações. Essa legislação já existia antes do 11 de setembro e foi ampliada.

O Brasil tem tecnologia para construir algum firewall contra essa espionagem?

Em tese, sim. O conhecimento tecnológico que temos é pari passu como que se tem no resto do mundo. Mas há um problema: você, eu, todos temos um endereço de email do Gmail. E onde ele está armazenado? Fora do Brasil. E aí, não podemos fazer nada, porque está no território de um governo que tem suas próprias regras legais.

Então, não temos saída?

A única saída seria se houvesse serviços de classe mundial, como Gmail e Skype, feitos em países que não tivessem essa quase paranoia de capturar a informação que os EUA têm. E que esses serviços ficassem numa espécie de paraíso informacional global, similar aos paraísos fiscais do mercado financeiro, onde nossos dados estariam seguros e nenhum governo conseguisse capturá-los.

De nada adianta qualquer sistema de defesa, porque todos os principais sistemas informacionais do mundo estão nos Estados Unidos. Eles dominam esse mercado de uma forma quase total, muito mais do que em cinema, TV, automóveis ou qualquer outra categoria na história da economia mundial. Muita gente defende que a gente fragmente a Internet, “vamos colocar uma barreira aqui e daí todos os dados brasileiros têm que ficar no Brasil”. Eu sou completamente contra isso, porque isso nos privaria de serviços de primeira classe da internet que só são fornecidos por outros países. Seria como proibir que os brasileiros fizessem comunicação por Skype.

Noticiou-se que a presidência da República estava usando o gmail e decidiu para de usar...

No caso do governo brasileiro, é até possível criar algum tipo de restrição. Definir-se, por exemplo, que a partir de um determinado escalão da hierarquia os servidores públicos não poderão usar Skype. Ou criar uma rede interna, no Serpro ou outro órgão, para circular documentos potencialmente sigilosos. Ou seja, é preciso fechar todas as fontes de informação do governo dentro do próprio governo, usando seus próprios serviços. Mas é preciso uma política estratégica de segurança. Há uma avaliação recente da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (Sefit) do Tribunal de Contas da União (TCU) que mostra que 60% de todos os órgãos da administração direta federal não têm uma política de segurança de dados. Então, você tira do Google e bota num site de governo que pode ser invadido a qualquer hora. E aí?

Empresas brasileiras também podem ter sido espionadas?

Eu não tenho a menor dúvida! Imagine quanto vale, no mercado internacional de commodities, uma informação, meses antes da colheita, da Embrapa ou dos esmagadores de soja, de que há uma praga nas plantações brasileiras. Ou que os Estados Unidos tivessem algum interesse nas empresas do grupo X, do Eike Batista. Obviamente que nos e-mails internos os dirigentes da EBX já conversavam sobre os problemas do grupo, muito antes de vir a público. Com certeza em algum lugar do grupo X tem a informação da produção de todos os poços, hora por hora. Quem soubesse antecipadamente que a produtividade desses poços era uma fração do que fora anunciada, certamente faria dinheiro com isso.

Mas alguma grande corporação internacional já poderia estar fazendo esse tipo de espionagem?

Em tese sim, mas para fazer na escala da NSA, você tem que ser a NSA. Se alguma corporação pedisse ao Google todos os e-mails da OGX, o Google não iria passar, porque eles não são loucos, há contratos legais de confidencialidade dos usuários.Recentemente a Abin (Agência Brasileira de Informação) passou a monitorar as redes sociais. Mas se dez caras criarem um grupo fechado no Facebook para planejar uma bomba na rua onde mora o governador, a Abin não consegue capturar a informação, a não ser que tenha a colaboração do Facebook. Você consegue muita informação que é pública, mas uma parte significativa, que é mais crítica, está fechada.

Então para o brasileiro, que não vive mais sem o Google e Facebook, nada pode ser feito...

Não tem jeito, mas também não precisa ficar apavorado. O que as pessoas precisam atentar é para o que dizem nos espaços públicos da internet. Eu vejo coisas absurdas sendo ditas no Twitter e no Facebook que depois essas pessoas se arrependerão profundamente. Eu escrevi no meu blog há algum tempo que as redes sociais são como uma grande mesa de bar. No bar, depois da terceira dose, você fala qualquer coisa e depois ninguém mais sabe quem disse o quê. Nas redes sociais, fica tudo escrito e guardado.

Uma das primeiras reações do governo brasileiro quando foi noticiada a espionagem da NSA foi tentar apressar a aprovação do marco civil da internet.

Isso não adianta absolutamente de nada contra a NSA... Tem um livro de um advogado norte-americano chamado Lawrence Lessig, chamado “Code is Law” (“O código é a lei”), que diz que, na prática, o que vale é o código que está rodando. Está escrito na legislação que é proibido coletar dados do cidadão,mas aí alguém escreve um código de programação que fica embutido no sistema, completamente invisível para qualquer pessoa normal e até mesmo para uma auditoria técnica específica, e passa a coletar os dados. O que a lei pode fazer em relação ao código? Posso até depois ir atrás de quem fez isso com as regras, mas aí o dano já estará feito. Milton Santos, grande geógrafo brasileiro já falecido, dizia o seguinte: “Quem detém a propriedade efetiva de um terreno é quem o opera, e não o seu dono legal”.

Mas o marco civil é importante?

É absolutamente essencial. Faz algum tempo que a gente começou a fazer leis de criminalização de condutas dentro da internet, como a Lei Carolina Dickman, sem antes ter tido uma legitimização do espaço da internet do ponto de vista do direito do cidadão. A Lei Carolina Dickman nunca deveria ter sido aprovada antes de a gente aprovar o marco civil. É o mesmo que aprovar uma lei definindo um crime antes de termos um Código Penal. Isso é o resultado de fazermos as coisas de forma atabalhoada no Brasil. Você não diz o que é o todo e começa a definir as partes, depois vira uma bagunça que ninguém vai entender.

Há algum país que seja referência em termos de marco civil?

Nenhum. A maioria dos legisladores que está tratando disso em qualquer país do mundo, hoje, não tem vivência suficiente de internet para discutir a validade de regras sobre ela. O espaço político não consegue entender em detalhes a internet. Além disso, a velocidade de evolução da web exige que você atualize as regras quase que constantemente. Mas em qualquer país é dificílimo mudar a legislação depois que ela está aprovada, principalmente se for uma legislação recente. Por isso, o marco civil tem que ser um conjunto de regras absolutamente gerais, que não atrapalhem a evolução da internet.

Já entramos na erado BigData?

Sim, o governo tem isso em grandecíssima escala, empresas, como grandes cadeias de varejo, de infraestrutura, de transportes, usam isso de forma intensa. O processo de tomada de decisões em cadeias líderes como Walmart e Zara já depende de dados há muito mais que uma década. A Zara não se tornou líder à toa, ela teve a competência no processamento de dados para desenhar sua cadeia de produção de forma distribuída, de maneira que, quando ela bota uma roupa na vitrine, se vender numa certa velocidade, ela ativa sua cadeia de produção para fabricar mais daquela roupa.

E, se não vender, ela tira automaticamente aquela roupa da vitrine e faz outra completamente diferente. E isso com uma velocidade de lançar moda praticamente uma vez por semana. O varejo brasileiro também é muito competente em usar isso. Não pense que as liquidações semanais da Casas Bahia, às vezes diárias, são definidas pela cabeça de alguém, tem dados e tem uma base por trás disso, é um processo muito sofisticado. Mas, em verdade, esse negócio de Big Data mal começou ainda. Nós ainda estamos no que eu chamo de Little Big Data. O Big Data de verdade deve demorar para começar. Por exemplo, na hora que você conectar todos os carros na rede, através de um chip em cada motor, jogando dados 24 horas por dia no sistema da fábrica sobre o funcionamento daquele motor — e esses dados forem processados de tal forma que o fabricante mande a informação para o proprietário de que ele está esticando demais a terceira marcha, e que se continuar assim ele pode perder a garantia— aí você terá cem, mil vezes mais informações para processar do que tem hoje.

O Brasil tem profissionais suficientes para o Big Data?

Sempre vai faltar capital humano em informática. Porque é “muito fácil” todo mundo tomar a decisão de se fazer alguma coisa. Se você for construir uma fábrica de automóveis, leva um ano para planejar, mais dois para construir, mais um para obter as licenças ambientais, e aí você tem tempo para treinar os operários. Em informática é diferente: eu e você somos diretores de uma empresa e decidimos que a partir de amanhã queremos que todos os dados dos caixas de nossas mil filiais sejam processados para dar uma avaliação hora por hora do que está se vendendo. Sempre é fácil pedir e ninguém imagina que há processos tão complexos em informática quanto construir uma fábrica de automóveis. A estimativa atual no Brasil é de que faltam 100 mil profissionais de informática. E daqui até 2017 a previsão é de um aumento de 50% nessa demanda.

Já declaramos o Imposto de Renda pela Internet. Seria possível, e seguro, vota o plebiscito da reforma política via Internet?

A pré-condição para você fazer o plebiscito é cultural, você tem que estar num ponto onde todo mundo entenda o que está sendo perguntado. Por que a gente não usa as redes sociais para ajudar no processo de construção de consenso, para promover uma discussão ampla, multifacetada, que é impossível de se promover em debates na televisão? Podíamos usar as redes para fazer um processo combinado de construção coletiva de conhecimento, que desembocasse numa reforma política feita por profissionais, com base nas contribuições que viessem das redes, e que voltasse para as mesmas redes para um referendo. Simplesmente chegar e propor uma reforma é uma maneira atabalhoada de dizer “Estou dando alguma resposta ao que as ruas estão pedindo”. Mas isso não é resposta nenhuma.

Você sugere que a propaganda eleitoral de rádio e TV fosse para as redes sociais, permitindo interatividade como eleitor?

Sim, mas comas proposições da propaganda eleitoral não sendo impositivas,mas sim provocativas. Por exemplo, numa semana se passaria discutindo no Facebook e no Twitter uma determinada questão, com centenas de pessoas de todos os setores discutindo o tema. As discussões políticas no Brasil são que nem discussão de futebol, ninguém muda de time. No Brasil, nós temos 75% de analfabetos funcionais, ou seja, pessoas que não têm condições de ler um parágrafo com algum grau de complexidade e conscientemente ser contra ou a favor da ideia contida naquele parágrafo.

O Brasil tem um histórico de pouco investimento em tecnologia de ponta. O país evoluiu nisso?

Se você olha para conhecimento no estado bruto, a gente está pari passu com o mundo. Mas quando se olha para a capacidade de empreendimento do mercado, aí entramos na regra de exceções: tem a Embraer, tema Gerdau, tem a Ambev e... cadê o restante? Não temos aquelas centenas de empresas inovadoras capazes de estabelecer a presença brasileira no cenário internacional. E aí se pergunta: por que? Para começar, o processo de transformação de conhecimento em negócios, de sair do ambiente acadêmico para o mundo comercial — que acontece nos Estados Unidos em grande escala e em escala crescente na China, na Tailândia e no Vietnã — esse processo requer que o país esteja preparado para competir.

O custo Brasil para competir em tecnologia é alto demais. Temos um exemplo que acho dramático: a gente internalizou a produção do iPhone no Brasil e o preço não caiu um real. O processo de transformação de conhecimento científico em negócios depende de capacidade empreendedora e investidora, depende da fluidez dos processos na alfândega, do tratamento que o país dá para investidor, depende de uma quantidade absurda de fatores. Há um indicador do Banco Mundial, Doing Business (Fazendo Negócios), que mostra a qualidade de empreendedorismo de um país. Nesse ranking, o Brasil vai de mal a pior. Em 2012 estávamos em126º lugar, logo abaixo da Bósnia-Herzegovina e logo acima da Tanzânia. Em 2011, estávamos no 120º e agora em 2013 caímos para o 130º posto, com Bangladesh em 129º e a Nigéria em 131º. Os primeiros em 2013 são Cingapura, Hong Kong, Nova Zelândia, EUA, Dinamarca, Noruega, Reino Unido, Coreia, Geórgia e Austrália.

Qual o diferencial deles?

Nesses países, você abre uma empresa e começa a funcionar em três dias. Eu já vi o pessoal abrir uma empresa nos EUA daqui de Recife, pela Internet, em três dias. O que acontece no Brasil? Como aqui se assume que qualquer facilidade que se der vai ser usada para o mal, como se todo brasileiro fosse ladrão, a gente vai complicando o sistema de regras, na contramão do mundo, que está evoluindo para fazer negócios de maneira mais célere. A Turquia, que tem essa série de manifestações agora lá, está em71º nesse ranking.

Mas como mudar isso?

Para termais empresas em inovação e parar de ficar citando sempre Embrapa, Embraer, Petrobras como as únicas, eu proporia que a meta fosse, em 2035, o Brasil subir para a posição nº 90 nesse ranking. É o possível. Você precisa mudar legislação trabalhista e fiscal, o tratamento ao investidor, a eficiência do Estado, dos aeroportos, a malha das estradas. Aqui nossos aeroportos fecham por causa de neblina porque não têm os instrumentos adequados. Em Moscou, onde neva seis meses por ano, o aeroporto nunca fecha. Aqui proliferam universidades corporativas nas empresas porque o cara se forma em escolas precárias e chega ao local de trabalho sem condições.

Não vamos conseguir mudar o que o Brasil faz em tecnologia se não mudarmos o Brasil. As pessoas não foram para as ruas por outras razões: é porque o trânsito não funciona, porque o governo não funciona, porque eu pago uma fortuna de imposto e tenho que botar meu filho numa escola privada. E porque agora temos informação, sabemos que nos Estados Unidos o cidadão paga menos impostos e tem serviços públicos melhores.

Você está traçando um cenário muito pessimista...

Nossa problemática é realmente gigantesca. Mas eu sou otimista à beça, continuo trabalhando muito para mudar essa coisa toda para a gente chegar a algum lugar.

POR QUE SER MÉDICO?

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Por David da Costa Coelho
Em um dos maravilhosos livros de Cyril Hoskins, escritor inglês, que afirmava ter sido [1]transmigrado e substituído em alma e conhecimento pela de um monge budista tibetano, denominado Lobsang Rampa, cujo corpo doente e fragilizado não mais podia suportar sua alma... Assumindo o corpo e a identidade do inglês,por acordo mutuo, porque suas frequências de alma eram similares, indo o britânico para uma nova reencarnação - e o monge - cuja missão nessa reencarnação não estava terminada, e precisava do novo corpo que o inglês aceita em ceder e permitir ao monge cumprir sua senda; que era medicina, escrever e ensinar as pessoas sobre como desenvolver poderes de [2]clarividência, [3]Metafísica, ensinamentos e exercícios para as [4]viagens astrais, bem como Aura, [5]planos dimensionais, além de técnicas de respiração e iniciação a pratica da Ioga.
Ele nos explica em seus livros que o ser humano tem um décimo de sua consciência e os outros nove décimos “subconscientes”, coisa que as religiões orientais já divulgavam antes mesmo do advento da psiquiatria, psicologia e terapias diversas. Na terapia reencarnacionista que faço para algumas pessoas, deixo isso bem claro logo nos primeiros momentos iniciais de conversa, para o processo de cura com as capacidades natas de cada um. Outras religiões orientais fazem uso desse poder natural que temos, mas que ainda não somos conscientes, a exemplo da imposição energética de mãos sobre a pessoa doente - a [6]Reiki - e a cura também não por remédios e sim por alimentos vivos com o principio da energia vital latente.
Não por acaso essa é uma tendência que muitos terapeutas vêm seguindo, em face das consequências que os inúmeros ‘remédios’ prescritos pela medicina moderna e por psiquiatras, que são na verdade um caminho sem volta para dependência química e doenças físicas e mentais, advindas de seu uso. Qualquer duvida quanto a essa questão, assistam ao documentário Psiquiatria, a indústria da morte, ou o manual da loucura, se depois disso ainda desejar toma-los, com certeza merece auxilio psiquiátrico...
 Assim como não temos consciência desses poderes latentes em nós, não se exclui naturalmente o que essa mente inconsciente pode fazer se devidamente estimulada para pensamentos destrutivos ou construtores. Portanto, antes de tudo somos o que pensamos, acreditamos e nos deixamos influenciar por terceiros. Quando aumentarmos tal capacidade, poderíamos fazer coisas que nos elevariam a categoria de divindades, pois os poderes de um cérebro completamente utilizado poderia nos permitir manipular o tempo e o espaço, bem como a própria matéria, tendo em vista que somos feito de luz condensada. A teoria da relatividade e as bombas atômicas e de hidrogênio apenas corroboram tal inefável verdade.
Como o autor se dizia budista tibetano, a origem da religião é a indiana, portanto o conhecimento de extraterrestres não poderia faltar em seus livros. Segundo ele, seriam seres que teriam atingido esse estagio mental de evolução do qual a humanidade ainda patina, e que seriam "Jardineiros da Terra", extraterrestres com a missão de espalhar a vida e cuidar das bases sociais dela pelo universo. Poderia ser mais uma teoria maluca e furada se a ciência atual não descobrisse que temos DNAalienígena em nosso genoma. Além de evidencia de seres alienígenas em todos os continentes da terra há milhares de anos, podendo ser encontrados em livros sagrados de diversas religiões, ou nos dias de hoje, acobertados pelos principais governos do planeta.
Mas o motivo principal de citar o monge, é que em sua vida antes de ocupar o corpo do inglês, ele foi treinado para ser um médico, seu mentor, professor e monge superior, era também médico; o lama Mingyar Dondup. Possuindo uma forma calma, serena e elevada de explicar as coisas a seu jovem discípulo, como as doenças do corpo, da alma, e os estágios de religião que os homens ainda precisavam e os que haviam transcendido das mesmas por ser algo mais; devido suas linhas tênues de reencarnações maiores ou menores. Uma das maravilhosas aulas dadas por ele refere-se ao uso de santos, imagens, símbolos de adoração, a exemplo de cruzes, objetos diversos.
Segundo o Lama, as pessoas de reencarnações superiores não precisam de religião e nem de objetos de adoração e proteção, tendo já transcendido a estas muletas psicológicas, pois entendem que fazem parte do todo, já as que ainda se encontravam no meio do caminho, precisavam sentir e tocar algo que os aproximasse do divino, um amuleto espiritual e protetor, como mola de salvação, por isso que nos templos budistas existe a frase ‘ mil monges, mil religiões’. O que as pessoas não entendiam – segundo ele, e seu grupo rumo à ascensão - é que a forma deles venerarem o mundo não era uma adoração e nem religião, mas sim uma linha de pensamento em que buscava de diversas formas auxiliar as pessoas a compreender o mundo a sua volta, libertando se de coisas que os apegavam a um personagem que era só mais uma reencarnação; ao longo de milhares de outras que teriam antes de ascender à 4ª dimensão.
Ser médico, professor ou alguém que dedica a vida ao próximo, era a suprema expiação das coisas mundanas, pois podiam diariamente estar expostos à morte, sofrimento, ignorância, e a prisão mental de viver segundo os dogmas de criaturas mortas há milhares de anos, mas que de alguma forma; suas crendices e linhas de pensamento obscuras ainda estavam mais vivas que as arvores, rios e lagos a sua volta. Durante sua vida de mentor de Lobsang Rampa, Mingyar Dondup mostrou-lhe na pratica inúmeras intervenções médicas, inclusive uma amputação de um soldado inimigo de seu povo, que estava quebrada por ele ter escorregado de uma montanha onde vigiava os aldeões. Fraturado e doente, todos queriam que fosse morto por ser espião. No entanto, o professor e médico trataram-no com o mesmo carinho e severidade medica que cabe a todo paciente, cuidando dele durante um ano, para depois ser entregue a seu povo, ainda que inimigos.
Após anos como discípulo do grande mestre, chegou o dia de vê-lo morrer, tendo em vista a idade avançada. Não é fácil para nenhum ser humano se apegar a uma pessoa que além de ser vista como um pai ou uma mãe, é acima de tudo mentor, professor, amigo e guia espiritual. No entanto, Lobsang transcendeu sua dor interna e foi ser o médico e ser humano único que seu mestre o preparou a vida toda para ser. Enfrentou ao longo de seu tempo agruras em seu corpo pelo exercício da medicina em locais de confronto, ou torturas ao cair prisioneiro dos inimigos de sua nação. Seu corpo não mais atendia suas necessidades, sendo a transmigração sua missão final, o que encerrava sua carreira médica, mas não a outra parte da missão, que era escrever e ensinar.
Mas ser medico também estava em seus escritos, mesmo que a pessoa nascesse para outra coisa, como o personagem de um de seus livros memoráveis, um nobre inglês que se suicida após perder suas partes intimas em uma guerra na [7]África do Sul, no final do século XIX, e inicio do século XX. Como ainda havia 30 anos para viver na 3ª dimensão, ele reencarna novamente numa família inglesa muito pobre, e com muito sacrifício, e auxilio financeiro de um médico já idoso, mas com alma para encontrar outro com o mesmo destino de ajudar e curar, o jovem estuda medicina e se forma alguns anos antes da 2ª guerra mundial. Daí em diante até morrer aos 30 anos, esmagado pela explosão de um foguete nazista que caiu em Londres já no final da guerra, sua missão não foi ganhar dinheiro; embora como médico, seu salario fosse razoável. No entanto, ele gastava tudo que tinha com seus pais idosos e com auxilio as pessoas que haviam perdido tudo no evento terrível que era a guerra em si.
 A sua morte naquele dia e local não foi uma tragédia, e sim a forma escolhida pelos ascendidos para ele deixar aquela casca e seguir em frente no seu processo de reencarnação. O tempo curto que viveu era o cumprimento do restante da vida anterior determinada também pelos ascendidos, e sua missão medica a expiação de seu suicido; no caso, o maior crime que um ser humano pode fazer, na visão da religião budista e muitas outras. Na minha – reencarnacionista - eu não julgo quem faz isso, pois há que se analisar o contexto. Neste mesmo livro o suicídio teve um revés especial porque a pessoa retornou para ser medico, ajudar ao próximo e curar a si mesmo de seu passado. Acredito que ninguém deve dedicar sua vida as palavras de qualquer pessoa, devemos conhecer tudo a nossa volta, ter nosso saber sobre elas, e ao final fazer nossas escolhas, do que quer que desejemos e seguir em frente com suas consequências, sem por nos outros as culpas daquilo que fizemos e desejamos.
E de novo retornamos ao tema de ser médico. É uma missão de vida completamente especial, pois ao longo da carreira, haverá nascimentos, doenças, mortes, confrontação de vaidades da juventude e velhice, e o eterno embate por dinheiro, pois vivemos no sistema capitalista. Salvo raras exceções nos dias de hoje, a medicina se tornou um conluio de empresas e conglomerados, no intento de vender, criar doenças e lucrar cada vez mais. O médico em inicio de carreira tem um salario que em muitos casos não é condizente com sua realidade intelectual, financeira, nem o esforço que fez ao longo dos anos para completar sua graduação. No entanto, devemos nos perguntar o que o levou a medicina.
Eu sou professor, além de outras coisas, como docente, meu salario é um lixo, se viver só dele, se não me matar em aulas extras, não atenderei os requisitos básicos de minha família. Mas isso é algo que estava ciente desde a faculdade, entrei nesse mundo por saber que é minha missão de vida. Acredito que o medico também é levado a seu destino pelo mesmo intento. Gosto de ver o trabalho de médicos sem fronteira, porque é o supremo ato de amor ao próximo, refletindo se na sua própria alma e futuro reencarnatório.  Para mim, os médicos são como o personagem acima descrito, alguém com a missão de amar, curar, e dar o seu melhor em cada instante da vida. Mas o que vemos nos dias de hoje tem se tornado oposição a isso. A medicina virou uma espécie de nova pirâmide social, onde o que era amor ao próximo nada mais é que ostentação capitalista de veículos, posses, vaidades e imposição de valores.
No seriado House, temos um medico genial em comparação a todos os demais, com criticas àqueles que estão na África, lutando contra ferro em brasa para salvar algumas pessoas de doenças que já estão erradicadas no 1º mundo rico e egoísta, enquanto ele, num hospital de referencia, havia feito mais por mais pessoas do planeta, com suas técnicas e descobertas que todos os demais médicos utópicos africanos juntos. Mas no final ele entende que também é um medico ‘Africano’ porque muitas vezes foi contra decisões corporativas, devido ser antes de tudo médico, não uma maquina de fazer e ganhar dinheiro para a instituição, por isso ele era o melhor de todos no seu hospital, naturalmente cercado de estrelas menores.
Como em toda profissão, existe sempre aquelas pessoas que fazem escolhas por egoísmo e lucro, ou por abnegação e destino. O caso mais notório atualmente é a questão dos médicos que o Brasil esta buscando lá fora, para atender populações carentes que jamais viram a cara de um. Existe o corporativismo medico, afirmando que não faltam médicos, e sim condições de trabalho. Nisso concordo plenamente na questão dos recursos, enquanto não fizermos auditoria das dividas internas e externas, jamais teremos dinheiro para nada. No entanto, sabemos que ainda assim um pouco de amor a medicina e desapego de vaidades, além de continuar caindo de pau nos governantes para realmente dar ao povo o que ele paga, é a solução.
 A segunda questão é entender que as pessoas não querem deslocar suas vidas – ainda mais sendo medico da região sul e sudeste - com tudo que isso representa, sem um grande motivo, para isso. Ser Médico, e gritar contra a vinda de outros que atenderás aonde tu jamais iria por motivo algum, não é ser médico e sim um hipócrita que defende não a medicina e seu real proposito, ajudar e salvar pessoas, e sim uma visão de mundo baseada no egoísmo e ascensão financeira da vida, como se fosse possível levar dinheiro e bens materiais para o tumulo ou crematório. Se não deseja ir pro interior, ou qualquer lugar em deus me livre, tudo bem, há muita gente precisando de médicos onde vivemos, mas ao menos respeite aqueles que por motivos próprios se entregaram a mais esse desafio. O mundo não é e jamais será um lugar justo, porque a 3ª dimensão é um campo de aprendizado, só que não somos apenas guerreiros neste plano, podemos ser professores, médicos, artistas e encarar a vida como outro medico de quem sou fã até hoje, criador dos doutores do riso, "Patch"[8]Adams, um simples medico, mas que entendeu que poderia estar no mundo todo se levasse além do bisturi o amor e o riso para o mundo inteiro, curando a si e seus pacientes...
"Esta Terra é apenas uma partícula de poeira que existe somente durante um piscar de olhos em relação ao que é o tempo real" Lobsang Rampa




[1] Transmigração das almas, às vezes chamado de metempsicose, é baseada na ideia de que uma alma pode passar de um corpo e residir em outro (humano ou animal) ou em um objeto inanimado. A ideia aparece em várias formas em culturas tribais em muitas partes do mundo (por exemplo, África, Madagascar, Oceania e América do Sul). A ideia era familiar na Grécia antiga, nomeadamente no morfismo, e foi aprovada em uma forma filosófica de Platão e os pitagóricos. A crença ganhou alguma moeda em gnósticas e ocultas formas de cristianismo e judaísmo e foi introduzida no pensamento renascentista pela recuperação dos livros herméticos.
[2] Clarividência, segundo a Parapsicologia, é a capacidade de obter conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais sensoriais humanos conhecidos e sem a utilização de Telepatia. O termo "Clarividência" também é aplicado, em certas escolas de espiritualismo e ocultismo, à chamada "visão espiritual", que permite enxergar planos espirituais ou pelo menos algo pertencente a tais planos.

[3] Metafísica, a maioria das pessoas pensa rapidamente no Oculto, seguindo-se rapidamente a ideia de Magia Negra, por recearem o que eles não compreendem, tal como a maioria das pessoas o fazem e o fizeram ao longo da história. Metafísica remete para a compreensão dos princípios fundamentais do funcionamento da natureza em todas as suas realidades, quer sejam visíveis ou invisíveis (principalmente as invisíveis).

[4] A experiência extracorpórea, também conhecida como viagem astral, projeção astral ou projeção da consciência, tem sido descrita em toda história da humanidade. A crença habitual é a de que seria a exteriorização de um corpo energético para fora do corpo físico, levando consigo o foco da consciência. Estudos tentando comprovar a realidade da ocorrência foram realizados, principalmente na década de 60, mas nenhum trabalho publicado conseguiu, de forma totalmente conclusiva, comprovar sua realidade.

[5] Cada plano dimensional está dividido em diversos sub planos. Quanto mais elevado o plano, maior o nível de evolução. Um exemplo: nós habitamos o planeta terra, na terceira dimensão. Aqui ao nosso redor existem outros planos dimensionais, onde habitam outros seres. O mundo espiritual é um exemplo de plano dimensional: quando morremos, na verdade o nosso espírito migra para esse plano e lá vive até voltar para uma nova encarnação. Há casos onde esse espírito não retorna mais a encarnar, caso esse em que o espírito evolui e transmuta para outra dimensão superior. Têm pessoas com faculdades paranormais e extrassensoriais que veem coisas que nós normalmente não vemos. O que acontece com elas é que acessam outro plano dimensional visualmente.
[6] Reiki é uma prática espiritual criada pelo monge budista japonês Mikao Usui. Tem por base a crença na existência da energia vital universal, manipulável através da imposição de mãos. Através desta técnica, os praticantes acreditam ser possível canalizar a energia universal em forma de Ki, a fim de restabelecer um suposto equilíbrio natural, não só espiritual, mas também emocional e físico.
[7] A guerras dos Bôers foram dois confrontos armados na atual África do Sul que opuseram os colonos de origem holandesa e francesa, os chamados bôeres, ao exército britânico, que pretendia se apoderar das minas de diamante e ouro recentemente encontradas naquele território. Em consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a promessa de autogoverno.
[8] Após uma tentativa de suicídio e voluntariamente ser internado em um hospital psiquiátrico, Hunter "Patch" Adams descobre um belo dom de poder ajudar as pessoas usando o bom humor. Dois anos depois, Patch entra em uma universidade de medicina para se formar como um respeitável médico e ajudar o mundo, colocando alegria no coração de seus pacientes. Em uma classe cheia, com pessoas desconfiando de suas notas e julgando mal seu modo de alegrar os doentes, Patch vai lutar contra um desafio, mas com isso vai pôr uma mensagem dentro da universidade que não só contagiarão de alegria seus amigos, como também o mundo todo, pois ele provará que o amor é contagioso. Mostrando a alegria de fazer seus pacientes felizes, dizendo que: você prefere terminar a vida, com alegria, coisas legais e humor, ou continuar a desgraça que é morrer, na tristeza, na ruindade? 

GOVERNO ALEMÃO DÁ AVISO PARA QUE USUÁRIOS NÃO UTILIZEM O WINDOWS 8

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 De acordo com documentos internos vazados do Escritório Federal Alemão para Segurança de Informação (BSI) que o Die Zeit obteve, especialistas em TI descobriram que o Windows 8, o sistema pronto para telas sensíveis ao toque, super-enganador, mas o sistema operacional que se transformou no desafio de vendas da Microsoft, é perigosíssimo para a segurança de dados. Ele permite que a Microsoft controle o computador remotamente através de uma “porta dos fundos” incluída no sistema. As chaves dessa porta dos fundos muito provavelmente são acessíveis à NSA – e uma ironia involuntária, talves até mesmo para os chineses.

A porta dos fundos é chamada de “Trusted Computing” (Computação Confiável), desenvolvida e promovida pelo Trusted Computing Group, fundado há uma década atrás por empresas de tecnologia totalmente americanas como AMD, Cisco, Hewlett-Packard, IBM, Intel, Microsoft e Wave Systems. O seu núcleo é um chip, o Trusted Platform Module (TPM), e um sistema operacional desenhado para ele, tal como o Windows 8. O Trusted Computing Group desenvolveu especificações de como o chip e o sistema operacional trabalham em conjunto.

O seu proósito é a Gestão de Direitos Digitais (Digital Rights Management – DRM) e segurança computacional. O sistema decide qual software foi obtido legalmente e que teria sua instalação permitida no computador, e qual software, tais como cópias ilegais, vírus ou cavalos de tróia, deveriam ser desabilitados. O processo todo seria comandado pelo Windows, através do acesso remoto pela Microsoft.

Agora existem um novo conjunto de especificações, criativamente chamado de TPM 2.0. Enquanto o TPM permitia aos usuários optarem por sua intervenção, ou não, o TPM 2.0 é ativado por padrão quando o computador é ligado. O usuário não pode desligá-lo. A Microsoft decide qual software pode rodar no computador, e o usuário não pode influenciar as decisões de nenhuma maneira. O Windows comanda o TPM 2.0. E o que a Microsoft faz remotamente não é vicível ao usuário. Resumindo, usuários do Windows 8 com o TPM 2.0 entregam o controle de suas máquinas no momento em que as ligam pela primeira vez.

Seria fácil para a Microsoft ou para os fabricantes do chip repassarem as chaves de acesso da porta dos fundos para a NSA e permitir que eles controlassem esses computadores. NÃO, a Microsoft nunca faria isso, nós protestamos. Aliás, a Microsoft, com sabemos pelo constante fluxo de revelações, informa ao governo dos EUA, sobre as falhas de segurança em seus produtos muito antes de consertá-los para que as agências do governo dos EUA possam tirar vantagem delas e conseguir o que precisam.

Especialistas do BSI, o Ministrério de Assuntos Econômicos, e a Administração Federal sem dúvida deram o aviso contra o uso de computadores com Windows 8 e TPM 2.0. Um dos documentos do início de 2012 lamentava, “Devido à perda da soberania sobre a tecnologia de informação, os objetivos de segurança de ‘confidencialidade’ e ‘integridade’ não podem mais serem garantidos.”

Em outras passagens o documento alerta, “Isso pode ter consequências significativas para a segurança de TI da Administração Federal.” E conclui, “O uso da tecnologia da ‘Computação Confiável’ dessa forma… é inaceitável para a Administração Federal e para os operadores de infraestrutura crítica.”

Outro documento alega que o Windows 8 com TPM 2.0 “já” não é utilizável. mas o Windows 7 poderia “be operado com segurança até 2020.” Após isso, outras soluções teriam de ser encontradas para os sistemas de TI da Administração Federal.

Os documentos também mostram que o governo alemão tentou influenciar na criação das especificações da TPM 2.0 – uma prática comum nos processos que levam anos e possuem muitos interessados – mas foi recusado. Outros conseguiram o que queriam, escreveu o Die Zeit. A NSA por exemplo. Em um dos últimos encontros entre o the TCG e vários interessados, alguém escreveu uma linha, “A NSA concorda.”

Rüdiger Weis, um professor da Universidade de Tecnologia de Beuth em Berlin, e um especialista em criptografia que acompanhou a Computação Confiável por anos, disse ao Die Zeit, em uma entrevista, que a Microsoft queria mudar totalmente a computação através da integração de “um chip especial dedicado à vigilância” em cada dispositivo eletrônico do mundo. Através desse chip e dos processos do Windows 8, particularmente o Secure Boot, “os usuários perderiam muito do controle de suas máquinas, tanto do hardware, como do software.”

Mas isso contribuiria para aumentar os níveis de segurança? Certos aspectos na verdade aumentam os riscos, disse ele. Por exemplo, durante a produção, a chave secreta de acesso à porta dos fundos é gerada fora do chip e depois transferida para ele. Durante esse processo, cópias de todas as chaves podem ser feitas. “É possível que haja até mesmo requisitos legais para isso que não possam ser relatados.” Por isso o TPM é “o chip dos sonhos da NSA.”

Talvez muito a coisa seja muito mais sinistra, disse ele: “Outro cenário realista é que a fabricação do chip TPM não esteja ao alcance da NSA, mas sim da China…”
A Apple retirou os chips de vigilância em 2009. O Linux não atende aos requisitos, e máquinas Linux não podem utilizar essa tecnologia. A Microsoft defendeu-se como pôde. O TPM é ativado por padrão porque a maioria dos usuários aceitam o padrão, disse. Se os usuários tivessem de ativar as funções por si mesmos, muitos deles acabariam com um sistema operacional menos seguro. E obviamente, as regulamentações do governo que exigem que os usuários tenham a opção de desativar a tecnologia não seria sábia.

Por outro lado, os fabricantes de hardware poderiam fabricar máquinas com o chip desativado, disse a Microsoft. Se você quiser ter controle sobre sua máquina, seria essas que você teria de comprar. Outra opção seria mudar para o Linux, coisa que a prefeitura de Munique começou há 10 anos atrás; a finalização dessa mudança estará completa antes do final desse ano. Este aspecto do fracasso da NSA não pode ser transformado em notícias otimistas para a Microsoft.

A China é a terra prometida dos heróis tecnológicos com desafios de receita: mais de um bilhão de consumidores, crescimento econômico várias vezes superior ao dos EUA, e empresas que esbanjam dinheiro em TI. Se a “nuvem” está no topo do gráfico, a China é o Nirvana das grandes empresas: um setor em grande expansão em um país em grande crescimento. Ou era o nirvana, agora que a hiperatividade da espionagem da NSA transbordou.

Tradução do artigo original em inglês disponível em:
http://www.disclose.tv/news/German_Government_Warns_Not_To_Use_Windows_8/92647

Fonte: Revista Espírito Livre e Varekai.org

O BRASIL PRECISA DE ARMAS NUCLEARES?

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Por David da Costa Coelho

Antes de dissertar sobre esse tema, precisamos entender exatamente o potencial de ser ter tais artefatos em face de realidade do mundo que nos cerca. No planeta existem nove países que possuem bombas nucleares: Estados Unidos, Rússia, o Reino Unido, França, China. Estes cinco são considerados "estados com armas nucleares" (EAN), um estatuto reconhecido internacionalmente pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) imposto ao mundo por estes serem os membros da ONU que realmente mandam no mundo... Mais tarde a Índia, Paquistão, Israel, e Coreia do Norte também obtiveram seus arsenais nucleares a revelia das superpotências porque não aderiram a um tratado idiota que saberiam que as potencias mundiais jamais cumpririam; pois o [1](TNP) determina que seus membros destruam suas armas nucleares, impõe as nações signatárias que jamais os construam. Sabiam também, devido sua posição geopolítica, seus recursos humanos e naturais, bem como conflitos anteriores da 1ª e 2ª guerra, e aos interesses imperialistas do passado e atuais, que sem armas nucleares, estariam novamente na mesma situação, daí a decisão de compor tais armas e impedir que a história se repetisse...
Destas quatro, Israel é que detém o maior numero de bombas nucleares, calculadas pelos serviços secretos americanos e russos em 250 ogivas, cada uma com vários megatons, as primeiras bombas eram calculadas em [2]Kilotons. O minúsculo estado judeu, com essas armas, se tornou inatacável, ao mesmo tempo capaz de varrer do mapa as cidades de todos os estados árabes inimigos que imaginarem insanamente atacar a nação. Para compreender a importância de tais artefatos, a Coreia do norte estava na linha de tiro e invasão pelo império americano devido à doutrina [3]Bush, colocando o país no eixo do mal, após o 11 de setembro de 2001. Contudo, após a explosão de artefatos nucleares experimentados pelos norte-coreanos, os EUA não pensam mais em fazer isso porque os mais de 2000 testes atômicos que fizeram no Oceano Pacífico lhes deram as respostas de um ataque a uma nação atômica. Jamais poderão enviar suas frotas navais ao local porque elas seriam varridas pela explosão nuclear inimiga. A única solução seria lançar misseis [4]ICBMS atômicos contra os coreanos, mas a geopolítica entre China e Rússia levaria isso a 3ª guerra mundial, o que não interessa a ninguém, portanto, só ficam na bravata e imposição de mais sanções econômicas e politicas à nação através da ONU.
 A África do Sultambém possuía bombas atômicas, mas acabou com seu arsenal atômico ao aderir ao tratado contra as armas nucleares. Como sinal de que poderiam cumprir as exigências da carta, as cinco potencias eliminaram parte daquele arsenal; Entretanto, visto por outro ângulo, tecnicamente apenas acabaram com as armas iniciais construídas nos primórdios da corrida atômicas, que ficaram obsoletas com a tecnologia atual, e as que ficaram estão passando por uma atualização e otimização, o que pode levar a uma nova corrida nuclear entre o clube atômico do 1º time. Somente a Rússia e os EUA sozinhos poderiam erradicar toda vida na terra com o arsenal que possuem. Até hoje a única nação que as utilizou contra seres humanos foi os EUA. Eles jogaram as bombas em seres humanos por dois motivos, 1º porque queriam testar na pratica o que a energia atômica poderia fazer ao corpo humano em escala monumental, a 2ª é porque precisavam dos portos e indústrias japonesas para lutar contra o inimigo natural que surgia, a URSS, portanto, destruir a estrutura naval e bélica com as bombas não seria de interesse americano, e as mortes dariam o recado do que esperar a quem não tivesse tais armas.
No livro - STALIN E A BOMBA - de David Holloway, renomado acadêmico e pesquisador histórico; descobrimos por documentos do governo americano da época que eles pretendiam atacar atomicamente a URSS, mas para isso precisavam de 800 bombas nucleares para varrer de vez os principais redutos do país. Os espiões de Stalin tinham conhecimento desse fato, o que determinou duas frentes de combates ideológicas e estratégicas, a 1ª era pressionar interesses americanos e soviéticos na Europa e na Ásia, confundindo a geopolítica americana, mas sem chegar as vias de fato; cedendo na Europa quando as coisas poderiam levar realmente a uma guerra, com a vantagem das armas nucleares ainda de forma unilateral pelos americanos. Isso explica a desistência soviética em países europeus que desejavam implantar o socialismo, a exemplo da Grécia, mas que foram abandonados pelos soviéticos na hora que mais precisavam de seu apoio logístico intelectual e financeiro. Na Ásia, Stalin não recuava porque era o ponto fraco americano e considerado área de influencia soviética, a própria extensão e o contingente populacional do hemisfério tornava uma guerra, ainda que atômica, uma missão impossível, já que não possuíam os dispositivos nucleares em numero suficiente, o exemplo disso foi à derrota do projeto imperialista dos EUA na guerra da Coreia e do Vietnam.
A 2ª era inundar de recursos humanos e financeiros o projeto atômico soviético, atrasado porque Stalin mandou fuzilar vários de seus cientistas antes da 2ª Guerra, tido como uma coisa inútil para um futuro distante, com vários dissidentes apátridas, portanto dispensáveis. Contudo, ao contrario do que afirmam os americanos eles estavam muito avançados nas pesquisas, caso tivessem os cientistas mortos, poderiam ter construído a bomba na mesma época, ainda mais após recuperar água pesada e urânio dos territórios dos países que libertaram e ocuparam, antes de chegar à Alemanha nazista, o que deixou a inteligência americana de cabelos em pé. De outra parte, contou com a espionagem e aliados ideológicos do regime, que ofereceram voluntariamente informações secretas aos agentes soviéticos, muitos tinham afinidades com o comunismo, ou porque achavam que os EUA não tinham o direito ao monopólio das armas atômicas no mundo. Algo semelhante ocorreu com os foguetes nazistas, uma parte foi para os soviéticos, e seu maior cientista, Wernher von Braun, auxiliado por varias centenas de colegas do projeto espacial alemão que foram para os EUA... O resultado final se deu em 29 de agosto 1949, quando os soviéticos explodiram sua primeira bomba atômica, daí em diante se intensifica a guerra fria, e a interferência dos EUA em varias partes do mundo com a desculpa de lutar contra o comunismo, mas havia claro, seus interesses por recursos naturais estratégicos – petróleo, urânio  nióbio, etc. - com o mundo dividido, a manipulação americana em prol da não proliferação atômica, imposição de seus valores, ditaduras militares, e guerras ao ‘terror e terrorismo, deixou as nações que não se adequam a seus interesses só uma opção, ou esta conosco, ou contra.
Sem armas nucleares para se proteger, a Coreia do Norte já teria o mesmo destino do Iraque, Líbia, Afeganistão e tantos outros, contudo, não vemos intentos imperialistas contra nenhuma potencia atômica, nem mesmo contra o Paquistão, um antro de ‘terroristas’; Que vem de diversos países Árabes e recebem treinamento lá e no Afeganistão, depois partem para seus locais de atuação no oriente médio, África e Ásia, com total conhecimento dos EUA. Talvez o maior exemplo do poder atômico seja Israel, cercado literalmente por bilhões de islâmicos que desejam retomar seu território, pois na cultura islâmica, território islâmico jamais deve voltar ao inimigo. Caso ocorra, é dever [5]dogmático retomar o seu território, como nas guerras que o país sofreu desde sua fundação em 14 de maio de 1948. Com uma população pequena, quase 8 milhões de pessoas, poderiam literalmente serem invadidos e completamente destruídos em questões de dias pelas principais potencias do oriente médio. Mas como sabemos de seus 250 motivos diplomáticos, tal futuro nefasto é um conto de fadas que nenhum país islâmico terá peito de experimentar, salvo é claro, se possuir armas nucleares e desejar sumir do mapa.
Os argumentos expostos servem para entender o motivo do questionamento em relação ao Brasil. Durante 300 anos fomos colônia de Portugal, não nos tornamos independentes deles, ao contrario, pagamos dois milhões de libras emprestadas da Inglaterra para Portugal, como indenização pela nossa ‘independência’, em seguida, fomos colonizados economicamente pelos banqueiros ingleses no período imperial, proclamação da republica até o inicio da 2º guerra mundial, quando os EUA ocuparam o lugar da outrora potencia mundial. As corporações do novo aliado instalaram-se aqui, com regras claras e definidas de como deviam compensar economicamente o País, no entanto, ao contrario disso, exploraram, poluíram, enganaram e não cumpriram acordos prévios – coisa que não fazem até hoje - o que levou Leonel Brizola, um nacionalista ferrenho, em plenos anos 60, a encampar a Companhia de Energia Elétrica Rio-Grandense, filial da American and Foreign Power Company (Amforp). O resultado desse nacionalismo foi o golpe de 1964, planejado, estruturado e bancado economicamente pelos EUA, com auxilio de nossos militares apátridas, condicionados por eles; das elites mesquinhas brasileiras, e da Igreja católica.
Durante 21 anos, fomos saqueados, explorados, e quando começamos a incomodar, como na questão de construir usinas atômicas, e armas atômicas, pretendidas por [6]Ernesto Geisel, chegou a hora de acabar com o regime, porque ele já havia atingido o objetivo que era deixar o Brasil como ele sempre deveria ser, uma eterna colônia de exploração; ainda que supostamente independente. Os governos liberais que vieram, sem o apoio financeiro do mui amigo tio Sam, não tiveram outra coisa por fazer se não torrar o patrimônio publico, a preço de banana, com financiamento do BNDS... Algo como você vender sua casa pro seu vizinho, pedindo dinheiro emprestado no banco, em seu nome, para emprestar ao comprador que vai adquirir sua casa; sem lhe pagar juros, e você sendo extorquido pelo banco, um negocio da china.
 Além disso, abriram as indústrias do País à ‘livre concorrência neoliberal’, ou seja, quebramos não uma vez, mas um monte delas. Vendemos praticamente todo parque industrial iniciado por Getúlio Vargas e dos militares, aos piratas internacionais e as nossas elites que se reuniram para dividir o lucro entre elas. Se existir duvida, A Privataria Tucana, do jornalista brasileiro Amaury Ribeiro Jr, limpa sua mente dos sonhos que ainda resta desse período canalha de nossa triste história. Como vimos, os nossos militares não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares por uma série de fatores, dentre eles a nossa segurança, mas [7]Fernando Collor de Melo assinou, e denunciou os governos militares que pretendiam construir a bomba, mandou fechar o buraco onde seria testada a explosão e fechou as portas a nossa defesa, em meio a tudo que somos e as potencias mundiais desejam.
 A explosão da Base de Alcântara é um desses motivos, pois se os EUA não nos querem com bombas atômicas, ainda mais com foguetes capazes de levar o presente de grego ao território inimigo que ousasse nos atacar. Os documentos secretos americanos, vazados pela WIKILEAKS, revelam claramente os dedinhos das agencias secretas americanas no fatídico e estranho acidente. Os serviços de investigação do governo brasileiro só corroboraram tais coisas, citamos ainda a pressão internacional, pelos Estados Unidos, a todos os países que possuem a tecnologia de lançamentos de foguetes, para que sob nenhuma hipótese, nos repassem tal conhecimento; daí as viagens do presidente Lula, durantes seus dois mandatos, a essas nações. Não estava interessado apenas em vender soja e carnes, mas obter acima de tudo tecnologia espacial...
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos minerais, vegetais e humanos, mas ao contrario do que deveria ocorrer, tais riquezas não pertencem e não servem em nenhum momento ao povo brasileiros, ao contrario, se dispõe apenas ao neocolonialismo imperialista das superpotências econômicas e atômicas. Nossas forças armadas são algo semelhante aos 7 anões, do conto de fadas branca de neve, ao passo que os inimigos descritos são como as decisões da doutrina Bush. Nenhuma nação deste planeta que possua armas atômicas pode ser atacada, ao passo que nações com marinha, exército e aeronáutica de 1º mundo, a exemplo da Arábia Saudita, de nada servem se Israel, com seus presentes radioativos decidirem de uma hora para outra acabar com o berço do islamismo, e a quem mais nas proximidades tentar revidar.
 Nos dias de hoje, mais do que nunca, o que garante a paz e a integridade de um povo é o seu poderio atômico por vários motivos, mas ao aderirmos ao tratado, caímos num conto de fadas que jamais será cumprido por quem nos impôs. Os argumentos desfavoráveis, na adesão do Brasil ao TNP, é a separação entre “Estados Nucleares”. Que podem tudo e jamais serão atacados sem um revide a altura; e “Estados Não Nucleares”, que a qualquer momento podem ser taxados de terroristas, ditatoriais ou de interesse geopolítico. Sem um equilíbrio de poder atômico, mesmo com um arsenal pequeno, como o da Índia e Paquistão, as potências nucleares continuam ditando as regras no contexto internacional, decidindo quem será atacado ou não.
Concluindo, cabe aos nossos governantes tomarem decisões politicas no sentido de nos proteger realmente, e isso não será feito comprando jatos, tanques ou submarinos de nações do 1º time, mas desenvolver aqui tal tecnologia, ou fazer acordo com nações que desejem realmente repassar tal conhecimento. Num segundo momento, deixar o tratado atômico, diante de tudo que foi exposto, e implementar no tempo devido a produção de artefatos nucleares exclusivos para a nossa defesa, sem isso, continuamos exatamente como estamos, com a diferença que podemos nos tornar um alvo, caso alguma potencia atômica decida que deve ser assim. Será que a Inglaterra teria enviado sua frota para atacar a argentina, caso estes tivessem armas nucleares, na guerra das Malvinas? A logica diz que não, pois a única coisa que impede a força militar de ser utilizada, é a certeza de que o revés será certo e fatal.
Fontes:







[1] As potências nucleares do planeta estão planejando gastar centenas de bilhões de libras na modernização e reforço de seus arsenais nucleares ao longo dos 10 próximos anos, de acordo com um relatório abrangente publicado na segunda-feira.[..] A despeito das pressões sobre os orçamentos governamentais e da retórica internacional quanto ao desarmamento, os indícios apontam para uma nova e perigosa "era de armas nucleares". Em diversos países, entre os quais Rússia, Paquistão, Israel e França, as armas nucleares estão recebendo missões que vão bem além da dissuasão, alerta o estudo, e agora devem "desempenhar papéis bélicos no planejamento militar".

[2] A quilotonelada ou a Kiloton é uma unidade de medida de massa correspondente a MIL TONELADAS DE TNT, são usadas para classificar a libertação de energia e medir o poder destrutivo das armas nucleares. Esta unidade nos dá uma ideia da sua destrutividade em comparação com os explosivos convencionais, a dinamite, conhecida como TNT. A megatonelada (ou Megaton) correspondente à explosão de UM MILHÃO DE TONELADAS DE DINAMITE.

[3]A Doutrina Bush é um termo utilizado para descrever uma série de princípios relacionados com a política externa do presidente George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001. Com essa nova politica, os Estados Unidos tem o DIREITO de tratar como terroristas os países que abrigam ou dão apoio aos grupos terroristas, que foi utilizado para justificar a invasão do Afeganistão. Mais tarde, ele incluiu elementos adicionais, tais como a controversa política de guerra preventiva, que alegou que os Estados Unidos devem DEPOR REGIMES ESTRANGEIROS que representam uma suposta ameaça à segurança dos Estados Unidos, mesmo que esta ameaça não seja imediata (usado para justificar invasão ao Iraque). Incluiu uma política de apoio à democracia no mundo, particularmente no Oriente Médio como uma estratégia para combater a propagação do terrorismo e da utilização do poder militar mesmo que UNILATERALMENTE.

[4] Um míssil balístico intercontinental, ou ICBM, é um míssil balístico que possui um alcance extremamente elevado (maior que 5 500 km ou 3 500 milhas), normalmente desenvolvido para carregar armas nucleares. Os ICBMs se diferenciam dos demais mísseis balísticos por possuírem um alcance e velocidades maiores do que os mesmos. Outras classes de mísseis balísticos são os mísseis balísticos de alcance médio (IRBMs) mísseis balísticos de curto alcance e os mísseis balísticos de palco.

[5] Al-Harb—A Casa de Guerra, aqueles quenão vivem segundo o Islamismo, em sua maioria, segundo os extremistas religiosos, são infiéis. Para muitos extremistas islâmicos, e dever deles levar o islã ao mundo e Al-Islam—A Casa de Paz, aqueles que vivem segundo o Islamismo em território próprio e indivisível segundo a Sharia, e tido como dever combater em nome de ala, o misericordioso; todos que violem esse território... Essa regrinha simples faz com que árabes do mundo todo se ofereçam como soldados de Ala, o misericordioso; para combater infiéis que invadam território islâmico, e em sua luta, ao morrer, ascenderão aos céus, onde terão como companhia virgens e as graças do profeta.

[6] Geisel lembra aos presentes que, em anos anteriores, o Brasil teve "a preocupação de preservar relativa liberdade de ação nesse campo". E que, "por isso, o governo Castello Branco decidiu que o Brasil não deveria abrir mão do direito de realizar explosão nuclear para fins pacíficos, bem como não assinou, mais tarde, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a despeito das fortes pressões exercidas pelas potências atômicas".

[7]“Assinei o tratado pela convicção de que, para um país como o Brasil, sem inimigos, a bomba representaria gastos desnecessários de bilhões de dólares”, disse o ex-presidente Fernando Collor.

O MILITARISMO DAS GRANDES POTÊNCIAS E A QUESTÃO SÍRIA

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Por Gilson Dantas

1.Tambores de guerra.

Os interesses e a enorme pressão política e militar das grandes potências se cruzam de forma decisiva na questão síria. Algumas das contradições que tornam aquele país uma peça-chave no tabuleiro do Oriente Médio e de parte da Ásia nos marcos dos conflitos inter-potências serão aqui problematizadas.

Nesse sentido, há uma notícia sobre os Estados Unidos que, embora pouco divulgada, é dramaticamente ilustrativa do quanto a crescente tensão geopolítica (que envolve países como a Síria) afetam e estão vinculados aos interesses de potências imperialistas como os Estados Unidos.

A notícia é a da assinatura, por parte de Obama, em 16/3/2012, de uma Ordem Executiva que amplia completamente os poderes presidenciais “para a preparação diante de desastres”; disponível no site da Casa Branca [1] : este documento legal autoriza o presidente a controlar e distribuir por decreto a energia, a produção, o transporte, a alimentação e a água, caso a defesa e segurança nacionais estejam supostamente em perigo. E mais, esta ordem não tem sua aplicação limitada a tempos de guerra, mas estende-se a tempos de paz; o presidente, seja ele quem for, escolhe quando recorrer a tais superpoderes. A porta encontra-se, portanto aberta para a presidência, legalmente, submeter, por exemplo, toda a estrutura econômica a uma nova aventura militar, de grande porte, como argumenta Borón (2012).

Esta nova prerrogativa do Executivo norte-americano se dá nos marcos de uma escalada belicista e teria sido precipitada pela certeza, de parte da cúpula norte-americana, de que os planos israelenses para atacar o Irã já teriam entrado em contagem regressiva mesmo que por fora do timing de Washington (SCHORTGEN JR, 2012).

Para além de que os ritmos sejam os imaginados por esses autores, os movimentos políticos dos Estados Unidos, Hillary Clinton à cabeça, têm sido no sentido de aumentar pesadamente a pressão sobre a Síria, nos marcos de um processo que tem vários elementos apontando para uma aventura militar de maiores proporções contra esse país, caso falhem outras opções.

A Síria, em todo caso, não é a Líbia, a ditadura Assad conta com mais estrutura relativa e militar do que a do Khadafi e a própria Síria, além de muitíssimo mais populosa (dez vezes mais) e urbana que a Líbia, é em si mesma, mais ainda em meio à “primavera árabe”, um entroncamento de interesses políticos agudos entre os imperialistas e os candidatos a potências regionais tipo Irã e Turquia, envolvendo ainda a Rússia e a China. Para o Foreign Affairs, a Síria é o “último aliado da Rússia no Oriente Médio” (TRENIN, 2012).

A única base militar da Rússia pelo mundo afora fica precisamente na Síria, aliás tradicional comprador de armas dos russos, com estes dispondo do porto de Tartus e acesso também ao de Latakia, cujo projeto russo para este ano é converter em base naval; Rússia, Estados Unidos, Inglaterra, França e também Israel têm fortes interesses no gás sírio e em um gasoduto, crítico para a Europa, que, para funcionar, depende da boa vontade síria.

Colossais jazidas de gás estão localizadas na plataforma marinha síria e estendendo-se até Israel, passando pelo Líbano. Uma vista ao mapa ajuda a entender o peso dos marcos geográficos nessa disputa de interesses que envolve grandes petroleiras e tira o sono de estrategistas russos.

A Total, francesa, e a British Petroleum (BP), esta desde 1990, vêm se lançando sobre o gás das águas sírias em disputa com Líbano e Síria. Israel, por sua vez, conseguiu deter as operações da BP, sob protestos do governo Tony Blair, a partir da vitória eleitoral do Hamas em 2006 (que passaria a controlar uma parte do litoral de Gaza onde há gás). Neutralizada a ofensiva da BP, a pretexto de “governo terrorista” do Hamas, Israel se lançou com tudo sobre aquelas reservas bilionárias e estratégicas. A disputa agora, por grandes reservas de gás (virtualmente só superadas pelas da Rússia, Irã, Qatar) eclode novamente, tomando as cores da questão síria. Como lembra Armanian (2012):

“Os imensos campos de petróleo e gás de todo o Oriente Médio mediterrâneo são uma tentação para os Estados Unidos e a União Europeia (UE). Depois do fracasso do Ocidente no projeto do gasoduto “Nabucco” – que diversificaria o fornecimento energético da UE com a importação de gás desde o mar Cáspio ao Mediterrâneo, evitando a Rússia – a UE considera mais viável o “Arab Gas Pipeline” (gasoduto árabe) com a participação da Síria, Jordânia e Líbano, que conectaria o gasoduto do norte da África à Turquia, ao Mediterrâneo. Daí o apoio do Kremlin ao seu aliado Assad e, por outro lado, o interesse de Ankara em derrocá-lo: converteria a Síria na primeira porta energética da Ásia para a Europa”.

Para além desses marcos econômicos, e no contexto de uma política ampla e reacionária conduzida pelos Estados Unidos, potências europeias, aliados menores e envolvendo interesses da Rússia e China, uma contradição política também salta aos olhos: a de que a tentativa de Assad, de repressão permanente, possa levar à guerra civil; e aqui entraria na fogueira a questão palestina, libanesa, de Israel, dos curdos/Turquia, com chance de perda do controle da situação por parte do próprio imperialismo para não mencionarmos o clã Assad.

Não se pode perder de vista, tampouco, que o pano de fundo dessa movimentação e das tensoes em torno da Síria não é de afirmação da hegemonia do imperialismo norte-americano, que está mergulhado até os ossos em uma crise econômica histórica. Crise na qual, o modelo anglo-estadunidense de desenvolvimento econômico do mundo, que dominou no período pós-Guerra Fria de triunfalismo do livre-mercado na década de 1990, está desacreditado, no argumento de Harvey (2011). Na verdade, a escalada militar dos Estados Unidos desta década anterior não lhe permitiu reverter sua decadência; e se hoje ameaçam Síria e Irã, aqui há claros elementos de fuga para a frente. Os Estados Unidos armam aventuras militares naquela região estratégica por conta do petróleo, do gás, como se sabe, só que agora fustigados pela ´primavera árabe´ (que está provocando ganhos relativos como na Líbia mas também realinhamentos e riscos geopolíticos para os Estados Unidos) e ao mesmo tempo em que não pisam em solo tão firme: não conseguiram estabilizar o Afeganistão, também saem do Iraque sem hegemonizá-lo politicamente e se esforçam em deter um Irã que, relativamente, tem se fortalecido como potência regional e não o contrário (conta com peso político dentro do próprio Iraque).

Agora tentam uma cartada de risco na Síria onde a aposta é ainda mais alta; de acordo com o historiador de Oriente Médio, Olivier Roy, a Síria é praticamente “o único país no qual a chamada Primavera Árabe pode mudar o panorama geoestratégico e toda a paisagem da região” (New York Times de 26/2/12).

De toda forma, os planos norte-americanos mais ambiciosos de neutralizar o Irã, começando pela Síria, devem ser entendidos nos marcos de processos atuais que apontam para grandes fraturas na sua hegemonia (MOLINA, 2012); a Turquia, por exemplo, que já foi muito mais alinhada aos interesses dos Estados Unidos, hoje tenta afirmar-se como potência regional (na condição de maior economia do mundo muçulmano e localizada em ponto estratégico na geopolítica regional), ao mesmo tempo em que o Irã – que tem na China seu maior importador de petróleo - trata de ir na mesma direção. Esta dinâmica, de dois grandes países de população destacadamente antiimperialista, dá uma ideia de como toda ofensiva de Obama/H.Clinton neste momento tem um caráter defensivo, ou de perda de espaço hegemônico.

A questão curda, por exemplo, em sua explosividade, impõe à política norte-americana um permanente risco, seja de choque com a Turquia seja de reanimação do clima de confronto civil no Iraque, mal contornado pela inclusão de setores curdos moderados no governo iraquiano. Ao mesmo tempo, dos 26 milhões de turcos do mundo, 14 estão na Turquia (são 14% da populaçao turca), 6 milhões estão no Irã, 5 milhões no Curdistão iraquiano e um milhão na Síria. Esta dispersão geográfica, que foi artificialmente imposta pelo imperialismo no final da I Guerra, agora se volta contra a tentativa dos Estados Unidos de neutralizá-la ou manipulá-la a seu favor. A volta da guerra separatista curda à agenda, seja a partir do norte do Iraque ou agora, da fronteira sírio-turca, recoloca os Estados Unidos em potencial conflito com a Turquia, um aliado-chave para toda aquela região, único país muçulmano membro da OTAN, forte aliado logístico para os combates no Afeganistão, e com uma burguesia turca reacionária, sanguinária e de peso, hoje também conflitada com Assad mas com fortes pretensões regionais.

A Turquia entra de cheio nessa disputa na Síria com suas ambições regionais perturbadas diante da prolongada e inconveniente instabilidade no país vizinho (a Síria), dos recentes bombardeios de Assad em regiões fronteiriças com repercussão sobre a crítica questão curda; Istambul tenta conjurar o perigo de uma guerra civil descontrolada na Síria - que incluísse os curdos sírios – que possa impactar internamente à Turquia. Lembrando que este país já tem um front semi-aberto no Iraque, onde pretende obsessivamente se lançar sobre o território norte iraquiano-curdo, riquíssimo em petróleo.

Não é ocasional que Istambul acolha a parte mais midiática da oposição a Assad no exterior, o Conselho Nacional. A ideia acalentada pelos turcos nesse momento, contra a opinião da Rússia e China na ONU (Conselho de Segurança) de abrir um “corredor humanitário” na fronteira com a Turquia, converge com a política de aumento da pressão política sobre o clã Assad para substituí-lo; também pretende ser uma janela aberta para tropas da ONU, biombo para qualquer plano de intervenção militar da OTAN tipo a que ocorreu na Líbia. Não há portanto “humanitarismo” algum nas posições turcas ou naquelas do imperialismo em geral; segundo o New York Times de 23/4/12, um porta-voz dos Estados Unidos teria admitido que o motivo para atacar o regime de Assad em Damasco não tem a ver com preocupação pelo povo sírio mas sim atende ao objetivo de isolar o Irã neutralizando seu único aliado no mundo árabe. Ao mesmo tempo o editorial do Washington Post de 22/4/12 chama abertamente pela imediata intervenção militar para derrubar o regime sírio.

O Irã, que tem se alinhado na ONU ao lado da Rússia e China contra as sanções à Síria, sofreria um duríssimo golpe se perdesse seu mais importante apoio no mundo árabe: se as grandes potências atravessarem a “estrada para Damasco”, este pode ser – Teerã tem consciência disso - o primeiro grande passo para golpearem, militarmente, ao próprio Irã. Aliás, o mal-confessado plano que vem sendo engatilhado pelo governo sionista de Israel é exatamente este, e daí vem sua ameaça regular de bombardear o Irã (a exemplo do que fez na Síria e Iraque em outras condições). De toda forma, as ameaças – ou as medidas como a da Ordem Executiva acima citada – estão para além da retórica, como também as ameaças de Israel. Por sua inserção mais forte na região, os sionistas sentem a pressão de ter que lidar mais imediatamente e abertamente com o fortalecimento regional do Irã; também enfrentam forte crise política interna, com o ressurgimento do movimento pacifista etc.

É certo que “a política imperial de arruinar e dominar na Líbia serve como ´modelo´para a Síria” (PETRAS, 2012b), mas é igualmente correto levar em conta os elementos acima que tensionam e complicam a tentativa, em marcha, de recolonização da Síria a frio, ou de outra forma, por parte das potências imperialistas.

De toda forma, nem a derrubada manu militari de Assad ou mesmo um improvável acordo para reformar o regime, sinalizam com qualquer solução estável para a caixa de Pandora que se abriu na Síria.

A intervenção militar – ante a qual Obama hesita antes das eleições e também diante da sua crise no Afeganistão, na verdade desataria mais e não menos tensão regional, o que pode incluir alguma resposta intempestiva de Israel.

A oposição síria encarnada no Conselho Nacional Sírio (CNS) é confiável aos interesses do imperialismo, mas este percebe sua debilidade estrutural comparada com a base interna que encontrou para a intervenção da OTAN na Líbia: ela é dividida politicamente (inclusive sobre a intervenção) e também sobre o controle e o papel do Exército Livre da Síria (uma agrupação de desertores de baixa patente baseada na Turquia). O CNS já fracassou em duas recentes reuniões (Na Tunísia e na Turquia). E tanto o CNS, assim como a outra oposição, a Coordenação Nacional pela Mudança Democrática (CNMD), com suas divisões internas e ambivalência quanto à intervenção imperialista, criam uma situação mal-resolvida para as forças imperialistas, mesmo quando Assad em sua fúria repressiva contra-revolucionária oferece pretextos de bandeja para uma ação externa. De toda forma o imperialismo move suas peças para tentar impor sua política reacionária contra os povos do O. Médio.

2.Crise interna da Síria

Mergulhada, a partir do primeiro semestre de 2011, na turbulência social com protestos de massa, estes receberam e recebem a brutal resposta através de assassinatos indiscriminados pelo regime dos Assad (o irmão do presidente chefia a polícia sanguinária; o primo, corrupto e dono da maior fortuna do país, dirige a telefonia etc). As grandes potências imperialistas trataram – seguindo a receita que funcionou na Líbia – de fabricar uma “oposição” aos Assad, fora do país, o chamado CNS, predominantemente pró-intervenção imperialista externa. Esta oposição encontrou apoio turco e muito dinheiro das monarquias árabes mais reacionárias, especialmente Qatar e Arábia Saudita.

Mesmo com sua política de esmagar cada foco de rebelião que surge, sobretudo no interior do país, o grupo Assad continua se desgastando politicamente e enfrentando resistência direta. Sua política vem sendo a de acenar com reformas políticas pífias e, ao mesmo tempo, desfechar aquela repressão maciça.

Não aparece ainda, com visibilidade, uma corrente que construa forte vínculo de massa, na base do posicionamento contra qualquer intervenção militar imperialista, rechaçando armas e qualquer apoio logístico das potencias estrangeiras e que, ao mesmo tempo, proponha a necessária derrubada da tirania e da camarilha Assad e sua substituição por um governo revolucionário que, para além de uma postura antiimperialista militante, reorganize a economia contra a burguesia apoiadora do regime genocida dos Assad, agora em favor dos mais pobres e sob controle dos trabalhadores. Esta via, de esquerda, está em aberto.

Prevalece, no entanto, em alas da esquerda o maniqueísmo: quem é contra Assad é a favor do imperialismo; ou seja, nesta ótica, não se pode ser contra a camarilha que assassina seu próprio povo – prova de sua ilegitimidade - e também, igualmente, contra qualquer ingerência do imperialismo e seus apoiadores ou das monarquias regionais, da Turquia, dentro da Síria.

Apenas para tomar um exemplo, as posições do WSWS ou World Socialist Web Site – tradicional corrente de esquerda marxista inglesa – de março a abril de 2012, por exemplo, não formulam uma só crítica ao governo ditatorial de Assad [2] ! Essa vem sendo a grande dificuldade do debate sírio em boa parte da esquerda, conforme se vê também no livro de James Petras, de 2012, 2ª. Edição, The arab revolt and the imperialist counterattack, onde defende incondicionalmente os crimes do clã Assad a pretexto de centrar fogo na denúncia do que chama (corretamente) “a guerra da tripla aliança contra um Estado soberano”; falta dialética neste posicionamento, já que ele passa ao largo da inegociável defesa da independência e soberania da classe trabalhadora que vem sendo reprimida ferozmente há mais de 40 anos pela dinastia Assad (seja em sua fase inicial, nacionalista, seja agora, metralhando e bombardeando bairros inteiros e toda multidão que saia às ruas contra o regime). Faz falta aqui o debate sobre a teoria da revolução permanente (TROTSKI, 2008), a nosso ver, um instrumento de análise e de ação que permite abandonar esse maniqueísmo e entender o real sentido da independência política de classe em processos desse tipo e, portanto, a necessidade de não-seguidismo com camarilhas tipo Assad.

Não cabe tal maniqueísmo em uma situação, como a da Síria, que é parte da onda de rebeliões cunhada como “primavera árabe” e que desde março de 2011, passou a incluir a Síria onde se combinavam a tirania que governa o país a ferro e fogo há quase duas gerações em benefício de uma camarilha política ao mesmo tempo em que vinha se agravando um processo de decadência econômica de grandes camadas populares excluídas também politicamente.

A Síria vive sob uma espécie de estado de sítio desde 1963, com base no qual a polícia e a espionagem podem tudo em nome da “segurança nacional”, em um país onde inexiste qualquer coisa parecida com liberdade de reunião e de imprensa.

Certamente o imperialismo e seus aliados regionais estão intervindo para tirar proveito e defender seus interesses expansionistas, mas, de parte de certa esquerda, reduzir a situação síria a uma “conspiração externa” só revela a pobreza política das correntes tipo Chávez ou populistas de todo tipo como o já citado Petras, além dos neo-stalinistas, que querem fechar os olhos para os métodos contra-revolucionários da camarilha Assad.

Um governo que reprime e assassina seu próprio povo não pode merecer da esquerda outra postura senão o repúdio vigoroso, da mesma forma que qualquer intervenção ou ingerência externa, cujo reacionarismo mal se oculta detrás do desgastado palavreado “humanitarista”. Nenhuma potência imperialista pode assegurar qualquer vitória “democrática” para os trabalhadores e o povo sírios.

Qual a lógica de considerar “progressista” qualquer atrito da burguesia síria com as grandes potências, a mesma que apoiou a invasão imperialista do Iraque e a mesma que sempre esmagou a ferro e fogo qualquer sinal de independência por parte da classe trabalhadora? Qual o sentido dos gritos de Petras em defesa do que ele chama um regime “nacionalista, independente e democrático” ou ainda, nas suas palavras, “legítimo e eleito pelo voto”?

É duvidoso que a revolução síria possa vir a ser construída com base na mentira e no oportunismo político de esquerda, assim como tampouco haverá qualquer transformação progressista, sequer minimamente democrática, pelas mãos das tropas da OTAN, dos Estados Unidos ou de qualquer dos seus reacionários cúmplices regionais.


Fonte:http://www.ler-qi.org/O-militarismo-das-grandes-potencias-e-a-questao-siria

A VELHICE, A MORTE E A REENCARNAÇÃO...

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POR DAVID DA COSTA COELHO
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Ao longo da vida acompanhei o óbito de inúmeras pessoas pelas quais era ligado de forma genética, na qualidade de parentes próximos, o que torna sua aceitação para quem fica mais [1]difícil, pois sem um nível de desapego e compreensão que só que só a reencarnação permite, vive se uma espécie de dor e agonia eterna que jamais cicatriza. O mesmo se deu comigo no sentido de amigos muito íntimos e colegas de longa data com quem ouvi e compartilhei muita coisa, perde-los não foi fácil na época, pois eu ainda engatinhava na minha descoberta pessoal que me fez ser tudo que sou hoje, restando uma eternidade de mim mesmo para completar-me neste processo de reencarnação que um dia terá fim. Quando se entende o real sentido da vida na 3ª [2]dimensão, sabemos que não foi um adeus eterno, apenas uma casca que em breve estará em outra fruta. A morte não ocorre nem mesmo para o corpo, porque a natureza recicla seus nutrientes e proporciona a outros seres vivos a oportunidade de absorver a energia vital que ali existe – fazemos isso ao nos alimentarmos de carnes, frutas, legumes, cereais, sucos, leite... - o mesmo se dá com nossa alma, ao retornar a 4ª dimensão, onde seu nível de aprendizado será novamente testado, e sendo necessário, retornará à Terra, onde viverá novamente como homem ou mulher.
Por ser ocidental, herdando um mundo cultural, histórico e religioso com base em magoas, pecado, inferno, e supostas divindades que interferem na vida terrena, estando nelas as culpas ou bondades do que fazemos em vida; coisa que no nosso entender, felizmente não ocorre porque reencarnar é viver sua própria realidade, crescer todos os dias através do aceitar as consequências de suas escolhas, jamais imputar erros e acertos a pessoas ou divindades criadas como muletas psicológicas de nossas realizações. Como tal, para isso não nos importa conceitos de bem ou mal e seres fantásticos de cada sociedade em que seu corpo atual viva, viemos até aqui para aprender, não viver acreditando que alguém – pessoas, demônios e divindades – são os responsável por nossas escolhas, ou nos carregam no colo quando estamos sofrendo, ou desejando algo que só estes possam nos dar.
Enquanto não nos libertamos dessa prisão mental do passado pré-histórico amplo, a morte permanecerá como a coisa mais difícil de aceitar, diante de tudo que perdemos e deixamos ao longo da vida e lamentamos não mais possuir. Para todas as outras que não seja relacionada ao fim da vida, ainda persiste uma lembrança e uma constância em nossa mente, mas para um falecimento isso não se permite. Ao acompanhar a passagem de muitos amigos e parentes de idade bem avançada, em todos eles o processo de senilidade era para mim até então uma coisa sem sentido e dolorosa, terrível de assistir no dia a dia, inexplicável também para os demais que acompanharam tal definhamento de seres conscientes que décadas atrás eram mais fortes que uma rocha, dotados de sabedoria plena, e que agora eram retalhos mentais do que um dia eles foram.
Não entendia essa agrura tão terrível em se destruir a mente de um ser humano antes de ele morrer idoso – algumas pessoas conseguem chegar à velhice quase que completamente lucidas, mas são raros os casos - nesse processo de extinção da consciência até o derradeiro dia de abandonar o corpo e seguir em frente para não se sabe aonde, pois depende da visão religiosa de cada um; ou até mesmo ausência de religião... O que certamente, para essas pessoas sem nenhum credo, seria um retorno ao nada do qual vieram. Ver uma pessoa da qual temos algum envolvimento emocional definhar, sem mais se reconhecer como pessoa, com tudo que isso representa, ou a seus amigos e parentes, com aquele olhar vazio e cego rumo ao infinito, nos sucinta lembrança não do que ele se tornou; e sim do que aguardamos em nossa mente para a nossa hora derradeira, nos vendo da mesma forma que ele foi, muitos anos antes, nesses instantes infinitos, a imaginação, neste caso, longe de ser um dom especial humano, passa a ser uma maldição.
O processo de envelhecer, tornar-se senil e finalmente morrer, era algo completamente sinistro para mim, diria que para todos nós, na eterna cultural ocidental de acreditar que seremos eternamente jovens, podendo encontrar nas farmácias e clínicas a eterna fonte da juventude, sabedoria e mente que jamais vai esquecer nada. Triste é acreditar nesse conto de natal. Embora creia que tais coisas sejam possíveis num futuro próximo para daqui há 20 ou 30 anos, com o advento da [3]nanotecnologia e das [4]células troco, que literalmente poderão não só curar tais patologias, como também estender a vida para a casa de 2 ou 3 séculos, ainda assim teremos que encarar os olhos da amante eterna que nos aguarda pacientemente, a morte.
Contudo, num dado dia, quase duas décadas atrás a resposta veio de forma limpa e clara, pude entender porque tive que assistir minha avó, uma senhora ativa, mãe de 11 filhos, uma guerreira na juventude, tornar-se algo semelhante a uma criança recém-nascida. Precisando de auxilio para as coisas mais primarias, como alimentação e higiene. Perguntei-me como ela encararia essa invasão de privacidade se fosse a mesma guerreira de outrora? Como poderia suportar ser limpa em suas partes íntimas, da mesma forma que fazemos por um recém-nascido, se em sua mente, ainda restasse o que ela sempre foi? O que eu via como um castigo para pessoas que chegavam à senilidade antes da morte, não era mais assim, a bem da verdade era um ato caridoso na preparação para deixar a casca que não mais servia, uma vez que as funções corporais e a memoria já não mais existissem, ficaria mais fácil para a alma deixar o corpo porque os vínculos que a prendiam aqui haviam sido completamente apagados de sua mente; assim como um bebe ao chegar do útero materno nada tem de conhecimento da realidade que o mantem aqui, estando livre de amarras terrenas se tiver que morrer meses após seu nascimento.
Pude compreender mais um mecanismo da reencarnação, agora não mais com os olhos de minha herança histórica judaica cristã, e sim com a da reencarnação que voltava a despertar em mim o conhecimento empírico de outras existências... Deixar o corpo é uma realidade a qualquer momento de nossas vidas, mas quando temos a missão de viver mais décadas que poucas pessoas na Terra, para cumprir nossa senda reencarnatória, se não nos libertamos dos apegos, magoas e emoções constantes, a morte e a velhice seriam castigos, e não o fim de um ciclo. Como a maioria das pessoas não estão propensas a esse conhecimento, somente aqueles de almas bem evoluídas teriam a capacidade de morrem lúcidos, aceitando auxilio nesta fase da vida, como algo necessário e caridoso. Deixando suas vaidades e emoções de individualidades não interferirem nesse processo do fim do corpo. Vi também pessoas idosas neste contexto morrerem. O olhar inteligente e sereno deles me atraia, falavam em partir para algo melhor e mais amplo, e quase sempre acertavam a hora, pois algo lhes dizia que seu tempo aqui estava chegando ao fim, e que os filhos e demais parentes deveriam entender isso não como uma perda, apenas estavam indo na frente preparar o caminho de quem tanto amava, e reencontrar outros que também lhe aguardavam.
Para ter uma velhice saudável, hoje à ciência medica nos proporciona inúmeras formulas magicas, mas nenhuma delas é capaz de curar aqueles que ainda levam consigo o passado do qual seus corpos e desejos foram, eles não são capazes de entender que não mais existe aquela imagem do que foram no espelho, ou na mente; portanto a senilidade da velhice nestes casos é uma benção. Alguns estudiosos acreditam que a nossa sociedade criou um paradoxo com a velhice, porque os homens de séculos atrás, salvo raras exceções, morriam no máximo com 60 anos, sãos e produtivos, e nos dias atuais, muitos chegam a casa de 80, 90, 100 anos. Desse contingente idoso, os asilos e lares familiares para esse contingente tendem cada vez a um crescimento que já atrai os loucos por encontrar um ‘mercado’ promissor. Com certeza muitos que agora leem essas palavras não desejam ser parte desse vicio por dinheiro dos futuros empresários do setor em expansão, contudo, fica difícil não compreender de imediato tal coisa, uma vez que a morte e a velhice são tão certos quanto o nascer do sol por mais 5 bilhões de anos.
Acredito que a formula magica de impedir a senilidade é justamente fazendo o mais impensável a qualquer ser humano, não carregar vínculos e entender cada momento da vida como algo necessário a nossa evolução na 3ª dimensão. Caso o apego seja o que o mantém são, para que tenha motivos para continuar vivendo, direcione ele para um objetivo. Mas à medida que for envelhecendo, passe a ver a morte pelo que ela é para todos os seres, uma chance de nova vida aos que reciclarem seu corpo, por mais macabro que tal visão mental seja, e de nova morada a sua alma no retorno a 4ª dimensão. Ao longo da longa vida que teremos, nem sempre conseguiremos tudo aquilo que desejamos, mas cada instante vivido é  e será sempre um motivo de jamais deixar de sonhar, imaginar, e viver pelo que nos falta. E quando obtivemos o que tão ansiosamente lutamos, e vir o tédio por não mais haver conquistas, há sempre uma nova pelo longo caminho da vida. Até mesmo no vazio do nada que anseia por nós.
Na morte não temos certeza de nada com o fim do corpo terreno, mas quando partirmos para a próxima encarnação, haverá aquelas pessoas que ainda não conhecemos desse futuro, ou os filhos e netos que um dia teremos, bem como a certeza o fogo de alguém nos olhar nos olhos; despir-nos como a mente e saber, que de todos os amores e formas de amar o impossível, com seus olhos presos em nossa mente, a morte, a velhice nada nos representa de medo, e receio primário, apenas mais uma porta que um dia termos que abrir por vontade e consciência própria, ou senis para partir sem saber... O melhor motivo para jamais se entregar ao tedio, solidão ou as fraquezas do corpo e da vida, é saber que em algum lugar distante alguém nos ama, não se explica tal coisa, apenas se sente.




[1] O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente, o que somos hoje vem de nossos pensamentos de ontem, e dos nossos pensamentos presentes construir a nossa vida de amanhã; nossa vida é a criação de nossa mente. O ser humano e tanto ou mais livre quanto sua capacidade de renuncia. Buda

[2] Um campo de provas dimensional onde almas reencarnam o numero de vezes que for necessário, até que um dia não precisem mais retornar a este plano, pois terão ascendido à 4ª dimensão, na forma de energia pura e consciente, depois disso, passarão por outros aprendizados, rumos a dimensões superiores.

[3] A nanotecnologia é o estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular. É a capacidade de criar objetos de qualidade superior aos existentes hoje, a partir da organização dos átomos da forma desejada, incluí o desenvolvimento de materiais ou componentes e está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica).

[4] As células-tronco, células-mães ou células estaminais são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a duas células semelhantes às progenitoras. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico.

AS ARMAS SECRETAS DE ISRAEL

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DOCUMENTAL - LAS ARMAS SECRETAS DE ISRAEL
= RESUMO=
Em 5 de junho de 1967, deu-se início à Guerra dos Seis Dias. Conflito armado pelos israelenses, com o apoio dos EUA, atacaram o Egito, a Síria e a Jordânia.
Depois da vitória, os israelenses anexaram-se à península do Sinai, faixa de Gaza, Cisjordânia e colinas da Golan. Anos depois do conflito árabe-israelense, o Egito voltou a ocupar o deserto do Sinai. Em 1967, adiantando um ataque iminente do Egito e da Jordânia, Israel surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque preventivo e arrasador à força aérea egípcia. Em 5 de junho, ao amanhecer, a força aérea israelense (FAI), fez um ataque coordenado às principais bases aéreas do Egito, destruindo todos os seus aviões no solo e inutilizando as pistas, marcando o início da Guerra dos Seis Dias. No período da guerra, a FAI, destruiu 350 aviões árabes e perdeu 31. O exército Egípcio tinha 7 divisões e cerca de 950 carros de combate. O exército israelense montou a Operação Lençol Vermelho, fazendo um ataque-relâmpago. Em 8 de junho, os israelenses fizeram uma armadilha, destruindo 60 tanques, 100 caminhões e 300 veículos. Para reabrir o estreito de Tiran, foi enviado um grupo de combate para o sul da península, a fim de encontrar com as forças paraquedistas que saltavam em Sharma-el-Sheikh, não teve luta porque a guarnição egípcia havia se retirado. Dificilmente na história militar, ocorreu uma vitória tão ampla e que foi conquistada em tão pouco tempo, foram apenas 4 dias para derrotar um grande exército com 7 divisões.
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O presidente Nasser do Egito morreu em 1970, e Anuar Sadat assumiu seu lugar. Os dois eram bem diferentes na forma de governar, Sadat imprimia uma política mais moderada e pragmática.
Quando assumiu a presidência do Egito, sua preocupação inicial era de recuperar os territórios perdidos para Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Por esse motivo, o Egito e a Síria arquitetaram uma nova ofensiva militar contra Israel.
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O ataque foi realizado no dia 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur, ou Dia do Perdão.
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O início da Guerra foi vantajoso para os árabes, o Egito obteve de volta um trecho da península do Sinai, a Síria recuperou as Colinas do Golam. Com a ajuda dos Estados Unidos, os israelenses venceram o conflito e expandiram suas fronteiras ocupando territórios da Síria, do Egito e da Jordânia.
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Com o Fim da Guerra do Yom Kippur importantes modificações ocorreram no aspecto geopolítico do Oriente Médio. A Síria aprofundou os laços com Moscou, já o Egito abandonou sua relação com a URSS, e se aproximou dos EUA.
IMPORTÂNCIA DE FORTALECER ISRAEL

Podemos concluir que Israel, por todas as suas características e pelo seu desenvolvimento histórico, representa uma peça-chave no embate civilizacional que permeia a dinâmica das relações internacionais neste início do século XXI. O impacto do Oriente Médio na estabilidade do sistema internacional ganhou outra dimensão a partir dos atentados terroristas de 2001 nos Estados Unidos. Os dois conflitos prolongados no Afeganistão e no Iraque, envolvendo forças ocidentais, os desafios abertos de Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, empenhado em aniquilar Israel e em levar adiante a expansão do programa de enriquecimento de urânio (doravante em escala industrial), as ações de países como a Síria e o Irã, que colaboram explicitamente com grupos terroristas que operam contra Israel, como por exemplo, o Hezbollah, e as atividades da Rússia, um país que se torna cada vez mais influente na região, constituem uma dinâmica que parece indicar que o Oriente Médio ainda deverá se manter por algum tempo como o foco principal das atenções no cenário internacional.

O Irã afirma-se cada vez mais em sua posição de “rogue state” e requer respostas mais duras da parte do Ocidente. Contudo, dificilmente os Estados Unidos poderão enfrentar mais uma guerra convencional na região. Devemos frisar, aqui, a palavra “convencional”. Diante da necessidade imperativa de neutralizar uma ameaça concreta à sobrevivência de algum de seus aliados, os Estados Unidos, que são a maior potência militar do mundo, dispõem de condições de agir, porém a um custo possivelmente muito elevado perante a opinião pública internacional. Além do mais, o desgaste político interno com a abertura de uma nova frente de batalha também seria muito grande e provavelmente insustentável.

A Europa, que conta há décadas com a ajuda do poderio militar norte-americano para a sua integridade e sobrevivência, dedicou-se a construir um paraíso onírico kantiano onde a utilização da força é praticamente impensável e toda e qualquer ameaça deve ser enfrentada através do diálogo e do multilateralismo institucionalizado. Internamente, dedicam-se à manutenção de seu modelo de Estado de bem-estar social, cujos efeitos já começam a se fazer sentir na economia da região. Diante do aumento da longevidade e da queda das taxas de natalidade dos europeus, a população está envelhecendo e há cada vez menos jovens disponíveis para sustentar a elevada e crescente proporção de reformados. O aumento paralelo da islamização do continente europeu, que podemos traduzir como captação de imigrantes de baixa qualificação, a elevada taxa de desemprego na União Europeia, situada em 7.9% em 2006 de acordo com a Eurostat, e a condenação de modelos como o da Suíça, um país que atrai empresas e investimentos através da aplicação de tributações mais, digamos, decentes, completam o quadro que indica que o atual modelo econômico europeu não deverá se sustentar por muito tempo.

Um ator importante, que está se tornando cada vez mais representativo no cenário mundial, é a Rússia. O país, pela sua própria configuração geográfica, sempre teve vocação imperial. O urso russo está enjaulado desde o fim da Guerra Fria, com a fragmentação do bloco soviético, porém a vocação russa independe de orientações ideológicas e de sistemas políticos internos. O país é uma potência terrestre que, se conseguir acesso aos mares quentes, tornando-se uma potência anfíbia, obterá um significativo incremento de poder. O geopolítico inglês Halford John Mackinder já tinha visto isso no início do século XX e toda a Doutrina Truman, formulada no início da Guerra Fria para conter o expansionismo soviético, baseava-se em considerações geopolíticas dessa espécie.

Independente das opções econômicas da União Soviética terem contribuído para o colapso do bloco e de sua população ter sido mantida, em sua maior parte, na miséria e na fome, se o país tivesse conseguido tornar-se uma potência marítima, na época, provavelmente teria conseguido estabelecer celeiros em outros lugares do mundo. Teria sido um império sustentável? Dificilmente. Ao contrário da sofisticada dominação hegemônica, que transnacionaliza os recursos de poder (“hard” e “soft”), a bruta dominação imperial perde a sua sustentabilidade através do progressivo esgotamento decorrente da transformação contínua de recursos econômicos em militares.

Contudo, o embate entre o urso russo e a baleia americana, chamados a “concentrar nas mãos o destino da metade do mundo”, conforme previsto por Alexis de Tocqueville ainda no século XIX, não terminou com o desfecho da Guerra Fria em 1991. É claro que nas dinâmicas mais complexas das relações internacionais do século XXI a continuação do confronto entre os Estados Unidos e a Rússia não se dará em um ambiente de bipolaridade. A Rússia disputará seus interesses com pelo menos dois países próximos que caminham a passos largos para o status de grandes potências: a China e a Índia. Saber trabalhar com esses dois Estados, portanto, será de fundamental importância para a estruturação de uma possível nova contenção e para o desenvolvimento da configuração mundial nas próximas décadas.

Diante de uma muito provável mudança de mãos da administração norte-americana para os democratas, geralmente avessos a pensar no longo prazo, cabe uma advertência para que nesse mesmo longo prazo não acabemos todos mortos: é necessário continuar fortalecendo os sistemas de inteligência norte-americanos, tanto de coleta quanto de análise de informações. A política internacional mostra tanto a sua face quanto as suas máscaras na diplomacia, porém a sua gestão real se dá nas atividades de inteligência. Recentemente, o presidente norte-americano George W. Bush aprovou uma nova estratégia de contra inteligência determinada a expandir as operações contra espiões e terroristas estrangeiros, ao mesmo tempo intensificando a coordenação entre agências norte-americanas, o que é fundamental para a despolitização da inteligência. Será que a próxima administração dará continuidade a essa estratégia? De acordo com notícia recente no The Guardian (13 de abril de 2007), as atividades da inteligência russa na Inglaterra alcançaram o mesmo nível da Guerra Fria.

Com a perda recente de grande parte de sua influência no Leste Europeu, devido à entrada de países dessa região na União Europeia, a Rússia está concentrando suas atividades principalmente no Oriente Médio. O Irã é visto por muitos analistas como um país que tem a pretensão de se tornar uma potência regional. Ora, ter essa pretensão é algo natural e inerente à condição anárquica do sistema internacional. Contudo, nos últimos tempos, o Irã age mais como peão da Rússia do que como potência autônoma. Na diplomacia aberta, a Rússia alinha-se ao mundo livre na condenação do programa iraniano de enriquecimento de urânio, porém no mundo real ela fornece armas convencionais e sistemas de defesa antiaérea para o Irã (como o TOR-M1, entregue ao Irã no início deste ano), além de criar dificuldades no Conselho de Segurança para a aprovação de resoluções mais duras contra esse país.

Alimentando as pretensões do Irã, a Rússia ganha um aliado significativo na região. No mapa do Oriente Médio, quem corre o risco mais imediato é Israel, tanto por razões geopolíticas quanto por motivos civilizacionais. Trata-se da única democracia de tipo ocidental na região, o que favorece com direitos de cidadania inclusive a minoria árabe no país. Israel também se identifica com o núcleo duro da ocidentalidade, o que lhe garante o ódio e a repulsa das correntes de pensamento que se autodenominam “progressistas”. Nos meios acadêmicos e informativos ocidentais, com frequência acusa-se Israel de praticar terrorismo de Estado. Contudo, pouco se diz acerca do verdadeiro terrorismo de Estado que é praticado por países como o Irã e a Síria, que armam e fomentam grupos radicais para o assassínio de civis israelenses. Quem critica as ações de represália de Israel como sendo “anti-humanitárias” para com a população civil palestina, geralmente esquece-se de mencionar que Israel age para defender os seus civis, enquanto os grupos terroristas islâmicos defendem-se com os seus civis, utilizando-os covardemente como escudos humanos.

Cercado por nações hostis desde a sua criação, Israel somente tomou a iniciativa nas agressões em 1956 e 1967. Nessas duas ocasiões, os ataques foram de natureza preventiva. A espiral de violência que ganhou intensidade durante todo o ano de 1955, alimentada por Nasser com sua ofensiva de guerrilhas contra Israel, e o incremento do dilema de segurança, ocasionado pela aquisição ostensiva de armas soviéticas pelo Egito, não deu muitas alternativas a Ben-Gurion. Com a nacionalização unilateral do Canal de Suez por Nasser em 26 de julho de 1956, em outubro desse mesmo ano o Reino Unido, a França e Israel lançaram a Operação Mosqueteiro contra o país árabe. A Campanha do Sinai, como é conhecida em Israel essa segunda guerra árabe-israelense, foi facilmente vencida por Israel, porém a vitória militar terminou ofuscada pelas pressões políticas dos Estados Unidos e da União Soviética dentro do contexto e da lógica da Guerra Fria. Em 1967, o ataque israelense foi uma antecipação aos movimentos do Egito e da Jordânia. Desde maio desse ano, os exércitos árabes já estavam reunindo forças ao longo das fronteiras de Israel e a frente árabe constituída pelo Egito, Jordânia e Síria recebia contínuo apoio soviético.

Atualmente, Israel convive em seu dia-a-dia com o flagelo do terrorismo, que interfere no desenvolvimento de suas atividades econômicas. Deve ser dito que, em termos econômicos, Israel nunca se voltou integralmente a favor do livre mercado. Porém, é necessário ressaltar que a prosperidade e o bem-estar econômico devem ficar sempre em segundo plano diante do objetivo primordial da segurança e da necessidade fundamental da sobrevivência. Não será o “livre comércio” e nem o “liberalismo” que conseguirão pacificar a região do Oriente Médio e tornar segura a vida dos israelenses. A estabilidade é consequência da implementação de boas escolhas estratégicas e não de idealismos que têm pouca aplicação diante de ameaças bastante concretas. Se queres a paz, prepara-te para a guerra (“si vis pacem, para bellum”), já dizia o escritor militar romano Vegetius, por volta de 390 a.C. Assim, deve-se primeiro garantir a sobrevivência através do fortalecimento das capacidades de poder perante os outros Estados da região. Depois, pode-se começar a pensar nos benefícios da paz para o desenvolvimento de relações econômicas que promovam o bem-estar e a prosperidade. Acusar Israel de ser um país “socialista” e reclamar da falta de engajamento dos israelenses em modelos de liberalismo econômico e político evidencia um elevado grau de miopia, em geral vinculado ao vício de concentrar-se nas efemeridades da pequena política e nos aspectos de caráter religioso, ideológico e cultural, em detrimento do contexto mais amplo das relações internacionais, onde não há muito espaço para opiniões de diletantes.

Apesar de todas as dificuldades que Israel enfrenta, desde 2003 o país vem realizando, com bastante sucesso, algumas mudanças em suas orientações econômicas. Israel é uma economia de mercado tecnologicamente avançada e equipamentos de alta tecnologia representam parte considerável de sua pauta de exportações. A participação do governo na economia, em geral bastante significativa, está diminuindo substancialmente. O país também apresenta uma interessante trajetória de crescimento nos últimos anos. Em 2004, seu PNB cresceu 4.8%. Em 2005, a taxa de crescimento foi de 5.2% e, em 2006, de 5.1%. A taxa de crescimento da economia israelense em 2006 foi elevada em comparação à média mundial e ultrapassou em quase dois pontos percentuais a média dos países da OCDE (situada em 3.2% nesse mesmo ano).

No índice de liberdade econômica publicada pela Heritage Foundation, cuja metodologia foi revista em 2007, Israel aparece no início do terceiro grupo, o dos países moderadamente livres, ocupando a 37ª posição logo abaixo da Coréia do Sul. O Brasil aparece nesse mesmo grupo, só que no outro extremo, ocupando a 70ª posição, abaixo da Tunísia (69º) e bem abaixo de Belize (56º). No que diz respeito a países da América Latina, o índice da Heritage coloca Israel somente atrás do Chile, que ocupa a 11ª posição e está no segundo grupo, o dos países em sua maior parte livres, de El Salvador, na 29ª posição e também no segundo grupo, e do Uruguai, situado no mesmo grupo de Israel, só que na 33ª posição.

O desempenho econômico de Israel e a possibilidade de voltar-se um pouco mais para a liberalização de sua economia devem-se, em parte, à presença norte-americana na região. A campanha dos Estados Unidos no Iraque, independente dos seus resultados mais visíveis serem aparentemente negativos, já deu pelo menos um fruto bastante significativo: contribuiu para aumentar a segurança em Israel. O regime de Saddam Hussein era um dos principais patrocinadores do terrorismo anti-israelense na região e a eliminação dessa ameaça permitiu que Israel pudesse ceder um pouco de espaço, nas suas preocupações, às reformas econômicas dos últimos anos.

Podemos concluir que Israel, por todas as suas características e pelo seu desenvolvimento histórico, representa uma peça-chave no embate civilizacional que permeia a dinâmica das relações internacionais neste início do século XXI. Devemos ter em conta que o fundamentalismo islâmico volta-se imediatamente contra o inimigo mais próximo, que é Israel, mas seu oponente é, de fato, a civilização ocidental como um todo. Não podemos desconsiderar também a Rússia, um país comprometido com a sua vocação histórica e que está sabendo tirar proveito das tensões no Oriente Médio para a concretização de seus interesses geopolíticos. Em um momento de fraqueza da identidade ocidental, fortalecer Israel também é importante porque a sobrevivência desse país envolve uma série de valores que deveriam continuar sendo caros ao Ocidente.

Diante da debilidade europeia, em termos militares, e da dificuldade que seria para os Estados Unidos entrarem abertamente em novos conflitos armados na região, talvez uma das melhores opções estratégicas disponíveis na atualidade seja fortalecer cada vez mais o Estado de Israel (tanto nos aspectos militares quanto econômicos). Apesar das dificuldades estratégicas que enfrenta desde o início de sua existência, ultimamente o país vem galgando posições no ranking mundial da liberdade econômica e no crescimento sustentável. Além disso, também possui uma indústria de alta tecnologia, o que o torna bastante atraente para a captação de investimentos – ao contrário da América Latina, onde seria irresponsável desperdiçar recursos, visto que a região, além de não representar tanta importância geopolítica quanto Israel no panorama atual, optou por estacionar em retóricas ideológicas da década de 1970.
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FONTE: Cláudio Tellez Matemático e Analista Internacional, é chileno e nasceu na Alemanha (Bochum) em 7 de novembro de 1976. Colunista do site Mídia Sem Máscara desde 2003 e do site Ratio Pro Liberte desde 2004, atualmente desempenha a função de Vice-Presidente de Formação e Projetos no Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP), onde também escreve artigos e resenhas de livros

Site: http://www.claudiotellez.org/
E-mail: mailto:%20claudio@tellez.com
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CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSE

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LIVRO: EGITO - UMA VIAGEM AO BERÇO DE NOSSA CIVILIZAÇÃO (*)

AUTOR: FÉLIX MAIER

A diáspora judia

A presença judaica na antiga Palestina terminou depois que os romanos abafaram duas revoltas judias, uma em 70 e outra em 135 de nossa era.

A primeira revolta começou com judeus e samaritanos matando-se uns aos outros. Com a chegada do general romano Vespasiano e sua tropa de 60 mil soldados, os judeus refugiaram-se em Jerusalém. Com a morte de Nero, Vespasiano foi proclamado imperador, retornando a Roma. Seu filho Tito assumiu o comando da campanha contra os judeus e em 70 ocupou e destruiu a cidade de Jerusalém, promovendo um banho de sangue. Apesar de ordens contrárias de Tito, o Templo de Salomão, reconstruído por Herodes (2º Templo), foi demolido, permanecendo apenas uma parede do mesmo, que hoje conhecemos por "Muro das Lamentações". Somente uma pequena parte das muralhas da antiga cidade de Jerusalém não foi destruída.

No ano de 130, o Imperador Adriano começou a reconstrução da antiga Jerusalém em ruínas, com um templo dedicado a Júpiter. Devido a essa tentativa de paganização, os judeus rebelaram-se mais uma vez contra os romanos. Foram novamente massacrados e os que sobreviveram proibidos de pôr os pés na Cidade Sagrada. Jerusalém passou a se chamar Aelia Capitolina e os romanos aboliram o nome "Judéia". A partir de 135, a população judia remanescente na Palestina restringiu-se a um pequeno número, completando-se a diáspora dos judeus, que a partir de 70 começaram a se espalhar por todos os cantos do mundo.

Após o domínio árabe, que começou em 637, permeado por um curto domínio do Reino Latino de Jerusalém - dos Cruzados (1099-1291) -, os muçulmanos governaram a Palestina até 1917, quando as tropas britânicas expulsaram as forças turcas do país e estabeleceram um domínio até 1948, data de criação do Estado de Israel. Embora os turcos otomanos tivessem permitido o retorno à Palestina de refugiados judeus perseguidos pela Inquisição espanhola, a maioria deles preferiu escolher outros países.

A partir da década de 1880, intelectuais judeus do leste europeu criaram um movimento político chamado "sionismo", que pretendia restabelecer na Palestina um Estado para o povo judeu espalhado pelo mundo. A palavra "sionismo" vem de "Sião", antigo nome da cidade de Jerusalém. O judeu húngaro Theodor Herzl publicou Der Judenstaat (O Estado Judeu), abordando idéias de assentamentos judeus na Palestina, a Eretz Israel ou a "pátria histórica dos judeus". Em 1897, Herzl organizou o Primeiro Congresso Sionista, na Suíça, e foi criada a Organização Sionista Mundial. Foi cogitada a criação de um Estado judeu em outro território, fora da Palestina. Foram propostos a Argentina, o Chipre e o Sinai. Até a Uganda foi oferecida. Os judeus, porém, permaneceram fiéis ao sonho de estabelecer uma nova pátria na Eretz Israel.

Embora existissem menos de 1.000 judeus em Jerusalém até o século XVI, na década de 1880 esse número aumentou para 25.000, contra 600.000 cristãos e muçulmanos. O motivo dessa imigração era fundamentalmente religioso. As aliot ou "levas de imigração" para a Palestina intensificaram-se a partir do movimento sionista, formando uma base econômico-social de inspiração socialista, com a criação dos kibbutzim, as famosas colônias agrícolas judaicas. Em 1914, cerca de 30 colônias sionistas já haviam se estabelecido na Palestina, somando 40.000 judeus na região, embora houvesse crescente restrição dos otomanos.

A partilha da Palestina

Em 2 de novembro de 1917, o Governo britânico reconheceu a "Declaração Balfour" - de seu Ministro do Exterior, Arthur James Balfour -, que concedia o direito do estabelecimento de um lar judeu na Palestina. A Palestina tinha sido tomada dos turcos pelos ingleses ao fim da Primeira Guerra Mundial e a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido mandato sobre a Palestina, para que principiasse a criação do Estado judeu.

Com o crescimento do antagonismo árabe-judeu, começou a haver restrições à imigração judia para a Palestina. Em 1922, Winston Churchill publicou o Livro Branco, que restringia oficialmente a imigração dos judeus. É a época em que aparecem os primeiros grupos terroristas judeus, como o Irgun de Menachen Beguin, aterrorizando árabes, britânicos e os próprios judeus que não apoiavam suas ações. Violentos distúrbios ocorreram em 1929 e 1936, quando foram atacadas muitas aldeias judaicas. Nessa mesma época, milhares de judeus europeus imigraram para a Palestina, fugindo do nazismo.

O hebraico ressurgiu como língua oficial para os judeus na Palestina, um idioma falado e vivo, graças principalmente ao trabalho de Eliezer Ben-Iehudá.

Com o fim da II Guerra Mundial, o problema da Palestina apresentava outro aspecto. Seis milhões de judeus haviam perecido no holocausto nazista e o movimento sionista passou a exercer uma maior pressão internacional para a criação do Estado judeu. Assim, a questão palestina foi levada à Assembléia-Geral da ONU, em Flushing Meadows, presidida pelo embaixador brasileiro Osvaldo Aranha. Em 29 de novembro de 1947, foi votada a partilha da Palestina, prevendo um território judeu e outro palestino, com 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções. Jerusalém teria status de cidade internacional.

Convém salientar que a ONU destinou aos judeus as terras mais férteis da Palestina, como a planície costeira e a planície do Esdrelon, além do Lago da Galiléia. Embora a população árabe, na época da partilha, comportasse 2/3 da população total da Palestina, de 1.936.000 habitantes, a ONU lhe destinou apenas 42,88% do território, com terras arenosas e pobres.

Em 14 de maio de 1948, em Tel Aviv, David Ben-Gurion leu a proclamação da independência do Estado judeu. Oito horas após esse ato, o Estado de Israel foi invadido por tropas de países árabes vizinhos.

À espera do "5º round"

No "boxe" árabe-israelense, eles finalizaram o "4º round" em 1973. Depois de enxugarem seu suor com a toalha, tomarem um novo fôlego, quando ocorrerá o "5º round"?

Horas após a criação do Estado de Israel, o Egito, a Síria, a Jordânia e o Iraque atacaram o país judeu, não aceitando a decisão da ONU sobre a partição da antiga Palestina. Após essa guerra vitoriosa, Israel aumentou seu minúsculo território em 50%.

Os palestinos, em sua maioria, fugiram para a Jordânia, convictos de que os árabes venceriam a guerra e que poderiam voltar depois para suas casas. Israel arrasou vilas-fantasma inteiras dos antigos moradores e proibiu a volta dos mesmos após a guerra, iniciando-se assim a diáspora palestina. Muitos palestinos estabeleceram-se no Egito, no Líbano e principalmente na Jordânia. Outros atravessaram os oceanos para procurar novo lar, inclusive no Brasil. No Egito há muitas indústrias de renome comandadas por palestinos, como a Cristal Asfour.

[[[A parte árabe da antiga Palestina, que deveria formar o novo Estado palestino, foi anexada pela Jordânia em 1950.]]]

Os guerrilheiros palestinos começaram a entrar em choques violentos contra o Exército da Jordânia, culminando em 1970 num sangrento massacre de palestinos, conhecido como "Setembro Negro". Os sobreviventes foram expulsos para o sul do Líbano, onde Yasser Arafat montou seu quartel-general.

O "2º round" começou em 1956, quando Násser nacionalizou o Canal de Suez e proibiu o seu uso a Israel. O Estado judeu ocupou a Península do Sinai e a Faixa de Gaza, pertencentes ao Egito. Sob pressão internacional, Israel foi obrigada a retornar a seus antigos limites. Para fazer valer a resolução da ONU, dentre a forças internacionais de paz enviadas para o Sinai e Gaza, convém salientar a presença do Batalhão Suez, composto pelos boinas azuis brasileiros, que se fizeram presentes na região a partir de 1957.

Em 1967, foi um "knock-out" que Israel aplicou nos árabes logo no primeiro assalto - usando mais uma vez um termo do boxe. Em apenas 6 dias, Israel tomou toda a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, toda a margem oeste do Rio Jordão (Cisjordânia) e as Colinas de Golã, na Síria. Os aviões no Cairo sequer conseguiram alçar vôo. Foram bombardeados no solo.

Há analistas que consideram aquele conflito como a "guerra da água", o líquido precioso que Israel foi buscar no solo da Cisjordânia, nas nascentes do Rio Jordão (Colinas de Golã), além de passar a ter completo controle das águas do Jordão. No recente tratado de paz com a Jordânia, Israel se comprometeu a desviar uma parte da vazão das águas do Rio Jordão ao país vizinho. Muitos apostam que uma futura guerra na região, se houver, será uma guerra pela água.

Durante a Guerra de 1967, aumentou o terrorismo de Israel contra os palestinos dos territórios ocupados. Muitas aldeias inteiras foram destruídas pelos judeus, os tratores alisando o terreno, a população tendo que fugir para escapar do massacre. As terras dos "ausentes" foram confiscadas para instalação de bases militares e assentamentos agrícolas. Formaram-se "cinturões" de assentamentos judeus em torno das principais cidades da Cisjordânia, como Hebron, Belém, Ramallah, Jericó e Nablus, além de Jerusalém. De 1967 até 1983, foram instaladas 163 colônias (kibbutzim) na Cisjordânia e 12 em Gaza. No Golã sírio foram estabelecidos 29 kibbutzim entre 1967 e 1980. Enquanto os colonos judeus na Cisjordânia podiam perfurar poços artesianos de até 300 m de profundidade, os palestinos só podiam atingir 100 m. Além disso, foi fixado para os palestinos um limite máximo de água bombeada por dia. Todos os governos anteriores ao atual governo de Yitzak Rabin procuraram acelerar o ritmo de assentamentos nos territórios ocupados, com a intenção clara de saturar a área com população judia, de modo que a ocupação judaica se tornasse irreversível.

Além da ocupação dos territórios árabes efetuada na Guerra de 1967, deve-se destacar a invasão no sul do Líbano, em 1978, a partir de quando Israel passou a ocupar 10% do território libanês. O objetivo prioritário daquela operação foi o de apoderar-se das águas do rio Litani. A autoproclamada "zona de segurança" israelense no sul do Líbano, desta forma, destinou-se a aumentar em 50% a captação de água no país e não a defender o país contra ataques árabes a partir do Líbano, como a mídia israelense tem propalado.

Em 1969 e 1970 houve a chamada "Guerra de Atrito" entre Israel e o Egito, ao longo do Canal de Suez, onde Israel havia instalado a fortificada linha de defesa Bar Lev. As tropas de ambos os lados faziam escaramuças, com perdas de vidas humanas, devendo ser destacada a operação cinematográfica de Israel ao apreender uma estação de radar egípcia no lado ocidental do Canal. Porém, a "Guerra de Atrito" não pode ser considerada uma guerra convencional.

Entre 1948, ano de criação do Estado judeu, e 1970, mais de 1.300.000 imigrantes judeus se instalaram na Palestina, aumentando a população judia de 700 mil para 3.000.000. A Lei do Retorno concede, ainda hoje, cidadania israelense a qualquer judeu no exterior que chegue para viver no país. Após o fim da União Soviética, houve grande fluxo de judeus russos a Israel, além de judeus africanos, como os falashas etíopes, atraídos pela política desenfreada de assentamentos do governo Yitzhak Shamir, principalmente nos territórios ocupados. Porém, após a Guerra do Golfo, com a nova situação política no Oriente Médio em direção à paz entre árabes e judeus, os EUA negaram um empréstimo de 10 bilhões de dólares a Israel, para congelar a política de rápida ocupação do solo da Cisjordânia. Entre 1990 e 1993, 550.000 imigrantes se estabeleceram no Estado judeu. Em 1994, foram apenas 78.000.

No "4º round", em 1973, houve uma fenomenal reação do adversário de Israel, na chamada Guerra do Ramadã, como a chamam os egípcios, ou Guerra do Yom Kippur, assim conhecida em Israel. Num ataque fulminante, o Egito furou a fortificada linha de defesa Bar Lev, ao longo do Canal de Suez, e se aprofundou nos desertos do Sinai, ao mesmo tempo em que a Síria avançava pelo norte do Mar da Galiléia. A data escolhida para o ataque não podia ter sido melhor: no dia 6 de outubro comemorava-se a festa religiosa do Yom Kippur, em Israel, o "Dia do Perdão", num sábado, quando tudo pára naquele país, inclusive a transmissão das emissoras de rádio e televisão.

O Egito havia se preparado muito bem para a revanche, criando sua 4ª Força Armada, a Força de Defesa Aérea - lição aprendida no vexame dos seus aviões sendo bombardeados no Cairo em 1967. Com seu enorme arsenal soviético e uma eficaz proteção antiaérea contra ataques de seu inimigo, o Egito obteve logo nas primeiras horas de combate importantes vitórias.

Aprofundaram-se no Sinai 250 aviões de combate egípcios que destruíram, na primeira hora, 3 aeroportos, 10 bases de mísseis superfície-ar, 3 postos de comando israelenses e centros de monitoração e interferência eletrônica. Como se pode ler no livro The Ramadan War, 1973, de Hassan El Bardi e outros, caiu por terra o mito da invencibilidade israelense. O front do Canal de Suez foi testemunha de 2.000 peças de artilharia que despejaram 3.000 toneladas de explosivos em 53 minutos. Menos de seis horas após o início do combate, 5 Divisões egípcias cruzaram o Canal, 80.000 soldados furaram a até então inexpugnável Linha Bar Lev. Hoje, na região do Lago Timsah encontra-se um memorial à Guerra, no local onde havia uma das mais fortificadas cidadelas israelenses.

É muito provável que o Egito e a Síria tivessem chegado a Tel Aviv, não fosse a rápida ponte-aérea de suprimentos feita pelos americanos, além de fornecerem fotos aéreas de posições egípcias e sírias para Israel. Os americanos teriam sido chantageados por Israel se não fornecessem rápida ajuda: os judeus poderiam utilizar suas armas atômicas. Segundo uma reportagem do Herald Tribune, de 21 Out 91, Seymour M. Hersh afirma em seu livro The Samsom Option que para o Estado judeu não restaria outra senão A Opção Sansão. Essa opção, como o Sansão da Bíblia, era o de, morrendo, matar o maior número de inimigos. Ou seja, se necessário, usariam as bombas atômicas contra as nações árabes que estavam ameaçando Israel e também contra algumas cidades soviéticas. Mesmo com o perigo de Israel desaparecer do mapa. O holocausto, a batalha de Armagedon, poderia ter ocorrido naquele conflito.

Segundo o mesmo livro, as bombas nucleares israelenses saíram dos silos para serem instalados em lançadores pelo menos três vezes: duas vezes durante a guerra de 1973 e uma vez durante os ataques iraquianos de mísseis Scuds durante a Guerra do Golfo, em 1991.

Os israelenses, até hoje, nunca confirmaram seu arsenal atômico, avaliado em mais de 100 ogivas nucleares pelo livro The Samsom Option. O complexo nuclear israelense estaria instalado nos subterrâneos de Dimona, no Deserto do Negev. O livro afirma, ainda, que Israel colocou minas nucleares terrestres nas Colinas de Golã e que possui centenas de bombas de nêutrons capazes de destruir grande número de tropas inimigas.

Até hoje, a imprensa ocidental sempre se refere à Guerra do Yom Kippur como mais uma vitória israelense, tentando diminuir o valor do surpreendente ataque egípcio. Isso não é novidade, pois a literatura ocidental também nunca deu o devido valor às antepassadas façanhas de Saladino frente aos Cruzados na Terra Santa. A verdade é que por muito pouco Golda Meir e Moshe Dayan não viram seu diminuto país ser varrido da face da terra.

Com a ameaça dos soviéticos frente à ajuda americana na guerra de 1973, é assinado um armistício. Após muitas negociações, incluindo a reunião em Camp David, nos EUA, Anwar Al-Sadat, do Egito, e Menachen Beguin, de Israel, assinaram um Acordo de Paz, em 1979. Esta decisão ocasionou o assassinato de Sadat por extremistas muçulmanos, que não aceitavam negociar com o Estado judeu. Sem dizer que Sadat oferecera asilo político ao antigo Xá do Irã, Rehza Pavlavi, destronado por Khomeiny, o que irritou todos os xiítas do mundo. Com o Acordo, Israel se comprometeu a devolver o Sinai ao Egito, o que veio a ocorrer somente em 1982.

Devido à ajuda americana aos judeus, os países árabes boicotaram a venda de petróleo ao Ocidente. Os preços quadruplicaram da noite para o dia, afetando a economia de todos os países dependentes da importação do petróleo. O Brasil, que tinha baseado seu Programa Nacional de Desenvolvimento em cima de um petróleo barato, sofreu duro golpe, pois importávamos mais de 80% do óleo cru. Com os preços altos, os grandes países produtores de petróleo - o cartel da OPEP - enriqueceram-se rapidamente, a exemplo da Arábia Saudita, graças à chamada "guerra do petróleo" de 1973.

A guerra de 1973 foi a mais custosa de todas as guerras que o Egito teve com Israel, tanto em vidas humanas, quanto em material bélico. Ainda hoje vêem-se muitas carcaças de carros de combate no Sinai, bem como esqueletos humanos inteiros pros¬trados nas escaldantes areias do deserto. Volta e meia há gente indo pelos ares, após pisar numa mina que não foi desativada. Isso acontece, muitas vezes, em praias lindíssimas do Mar Vermelho, por onde passam muitos turistas. Critica-se o Egito por não ter mapeado suas minas, o que permitiria sua destruição após a guerra.

Até o recente Acordo de Paz com a Jordânia, o Egito era o único país árabe que tinha relações diplomáticas com Israel, porém frias. Dois terços do Exército egípcio encontram-se estacionados perto do Canal de Suez, onde tropas se movimentam continuamente em acampamentos provisórios. Não há intercâmbio cultural entre os dois países e o comércio bilateral é insignificante. Nas escolas egípcias, quando se estuda geografia, os mapas não apresentam o Estado de Israel e sim a Palestina. O nome "Israel" não é se¬quer pronunciado. Salah, o egípcio que trabalhava na aditância militar, só se referia a Israel como Phalistina (Palestina) - nome proveniente dos antigos habitantes da região de Gaza, os filisteus.

Uma vez eu disse a alguns egípcios no British Council, onde estudava inglês, que iria conhecer Israel. Eles se espantaram e procuraram me demover da idéia, dizendo que era muito mais interessante visitar a Jordânia, por exemplo. Eu achava que aqueles alunos tinham a mente mais aberta que a população menos esclarecida, pois desejavam trabalhar no Canadá, Estados Unidos ou na Austrália, em busca de um futuro mais promissor, já que no Egito a perspectiva de emprego era sombria. Para isso estavam estudando o inglês. Nunca imaginava que o preconceito contra os judeus era tão forte entre estes.

Nos últimos 15 anos, o vôo de turistas de Israel para o Egito não teve sua contrapartida, apesar do Acordo de Paz entre os dois países. Enquanto 1 milhão de turistas israelenses visitaram o Egito na década de 80, somente 3 mil egípcios visitaram Israel no mesmo período. Continua a barreira ideológica dos egípcios, que vêem Israel como agressor, querendo exterminar os palestinos. Mesmo o Papa Shenouda III, o Patriarca da Igreja Copta, do Egito, disse ao Al-Ahram nº 161 de 24-30 Mar 94: "Nós, os coptas, não visitaremos Jerusalém enquanto não pudermos lá andar lado a lado com nossos irmãos muçulmanos".

Os árabes criticam, até hoje, a política expansionista de Israel, temendo que o país judeu estenda seus limites desde o Vale do Nilo até o Eufrates. Parece uma acusação sem fundamento. Porém, se observarmos o mapa do "Grande Israel" estampado em uma moeda israelense de 100 sheqalim, não podemos deixar de dar razão aos árabes.

No momento, com a nova situação criada no Oriente Médio, após a Guerra do Golfo, não se vislumbra de imediato um novo choque entre os contendores. Com o Acordo de Paz entre Israel e a OLP de Yasser Arafat, em 13 de setembro de 1993 - o que valeu o Prêmio Nobel da Paz em 1994 para Yasser Arafat, Yitzak Rabin e Shimon Perez -, a situação da contenda árabe-israelense toma novos rumos, até então considerados inimagináveis. Engatinhando como nação em Gaza e no enclave de Jericó, não se sabe ainda se a autodeterminação dos palestinos será mesmo efetivada. Há que se considerar as dificuldades financeiras do incipiente Estado palestino, os ataques dos grupos extremistas, quer judeus, como a Espada de Davi, quer islâmicos como o Hamás e a Jihad Islâmica, que não aceitam sequer a existência do Estado de Israel, e a disposição de Israel implementar, no futuro, a completa devolução da Cisjordânia.

Com o atual governo Mubarak alinhado aos Estados Unidos, o que torna sua cabeça uma mira em potencial das metralhadoras dos fundamentalistas islâmicos, é mais provável que um ataque contra Israel pudesse partir da Síria ou do Iraque. Porém, a Síria, sem o antigo apoio soviético e mais contido, visando a recuperação das Colinas de Golã, não se arriscaria a invadir o Estado judeu e ter que enfrentar as modernas armas americanas. O Iraque, por hora, está se recuperando da surra sofrida na Guerra do Golfo, em 1991, e não arriscaria uma aventura semelhante à que tentou no Kuwait. Assim, quem poderia iniciar o "5º round"?

Com o Acordo de Paz com Israel, o Egito recuperou todo o Sinai e sua auto-estima como nação. O dia 6 de outubro, data do início da Guerra do Ramadã, é um feriado importante no país - Dia do Exército -, assim como a data da devolução do Sinai, comemorada no dia 24 de abril. Todos os anos são chamados veteranos de guerra para essas comemorações que visam enaltecer os feitos de guerra do país, em 1973, após as várias derrotas fragorosas anteriores.

Para o Egito, a paz com Israel é fundamental. Já desistiu da devolução da Faixa de Gaza. Quer que esse território, junto com a Cisjordânia, forme um Estado palestino. As guerras só trouxeram prejuízo para o Egito, o êxodo rural aumentou, a cidade do Cairo inchou e está um caos, a falta de empregos é crônica.

Um Egito governado por muçulmanos fundamentalistas poderia fornecer meios de se armar a "lona" para mais uma contenda árabe-israelense, o "5º round". Esse perigo existe, pela ação desencadeada por extremistas, com ataques a turistas, policiais, intelectuais, cristãos coptas e autoridades governamentais, visando minar o governo com a crise social que se alastra. O turismo caiu de 50 a 70% nos últimos 2 anos, os hotéis estão vazios, assim como os famosos navios que fazem os cruzeiros no Nilo. Como sabemos, o turismo é a segunda maior fonte de moeda estrangeira, depois do Canal de Suez. Uma parcela considerável da população egípcia vive dessa renda.

O conflito árabe-israelense é satirizado pela magistral pena do chargista egípcio Gomaala, do jornal Al-Ahram, editado em inglês, principalmente no que tange à parcialidade da ONU e dos EUA frente àquele problema, sempre em detrimento dos árabes. Os árabes, não sem razão, sempre perguntam por que os EUA não procuram impor aos israelenses a Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 1967, que exige até hoje a retirada de Israel dos territórios ocupados, da mesma forma que impuseram pela força a saída de Saddam Hussein do Kuwait, após a Resolução 660 do mesmo Conselho de Segurança. Ou a imposição da Resolução 425, de março de 1978, que exige a retirada de Israel do sul do Líbano. Enfim, na época de Cristo a Palestina era regida pela pax romana. Hoje, pela pax americana...

O jornal Egyptian Gazette rebatizou a Guerra do Golfo como sendo uma guerra árabe-israelense. Teríamos tido, assim, o "5º round" e não sabíamos. Esses exageros são comuns na imprensa egípcia, principalmente aquela que não aceita a influência americana na região e a situação de Israel, ainda com poder de mando.=

FONTE: http://www.batalhaosuez.com.br/historiaConflitoArabeIsraelenseCapIII.htm

A PRISÃO MENTAL DOS COSTUMES TRIBAIS DAS RELIGIÕES

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Por David da Costa Coelho
Ao acordar hoje pela manhã, preparando-me para ir as escolas lecionar, nos poucos minutos que me restava, liguei a teve num jornal internacional. Longe das noticias atuais de preparação de ataques americanos para alguma nação islâmica fraca e sem [1]armas nucleares para defesa, portanto um alvo a qualquer momento de suas politicas imperialistas e covardes, fui confrontado por outro crime religioso. Não era mais um daqueles comuns em que [2]padres e bispos católicos haviam cometido novo ato de pedofilia contra algum menor, e a Igreja Católica - como sempre - havia encoberto e obrigado à família a se calar, sob pena de ser excomungada. O caso havia ocorrido no Paquistão, e a mulher foi condenada ao apedrejamento porque ao ser estuprada, por uma legião de facínoras, teria traído o marido em seus votos sagrados de fidelidade para com ele.
Se a moda pega aqui no Brasil, iriamos precisar importar pessoas tão prestativas desses países para o serviço modico de apedrejar mulheres que saem por aí, sem dar satisfação a ninguém, se deixando estuprar de forma tão desavergonhada. Se ela for solteira, umas chibatas bastariam, mas se for casada, que a vontade tribal e nefasta faça a justiça divina desse deus ‘bom e caridoso, não esquecendo a misericórdia’, e para quem acha isso impossível de acontecer aqui algum dia, mesmo após ver as maluquices de [3]pastores fanáticos na teve, aguardem mais alguns anos na omissão e veremos o resultado...
Retomando, a noticia que me fez recordar de imediato outra no mesmo sentido, mas de [4]2007, em que uma mulher da Arábia Saudita foi também estuprada por gangue é condenada a 200 chibatadas, além de pegar mais seis meses de prisão por infringir as tais leis de segregação por sexo do país mais xenofóbico do mundo em relação às mulheres, ou indivíduos que desejam professar outra religião que não seja o islamismo, além de punir com a morte qualquer pessoa que desejar se assumir como gay. Como eles têm um oceano de [5]petróleo que jamais terminará, podem aprontar o que desejarem contra seu povo e demais vizinhos porque os EUA, os protegerão de punições relativas aos [6]direitos humanos porque o petróleo supera qualquer direito que humanos tenhamos.  
Há inúmeros exemplos todos os dias na internet de crimes religiosos, inclusive históricos de religiosos rivais como na guerra entre [7]cristãos e islâmicos na idade média, ou contra facções opostas deles mesmos entre [8]Xiitas e Sunitas, que acreditam no mesmo deus, entretanto divergem de seus valores. O caso mais notório no ocidente seriam as guerras entre católicos e [9]protestantes no inicio do século XVI, onde se mataram com toda sua fé, claro que também em nome de um deus. Quando se elimina um infiel, com certeza as portas celestes se abrem para tal ente justiceiro porque até entre católicos e protestantes da Irlanda, em pleno século XX, eles se trucidavam antes de finalmente fazerem a paz... Os islâmicos fundamentalistas ao explodirem uma bomba no peito, em meio a um local cheio gente, segundo sua crença louca, se for homem, com certeza encontrará no paraíso ganho por seu ato heroico, 74 jovens belas e virgens, dadas por Allah, pelo seu [10]Jihad, e mesmo após tirar a virgindade de todas, no dia seguinte, sua divindade repõe o lacre sexual e tu esta livre para ser feliz até o dia do juízo final com suas eternas virgens...  
 Eu poderia continuar e estender esse texto com centenas de exemplos, não só da Bíblia, como do Alcorão, ou livros indianos de reencarnação, e demais povos, mas ao final fugiria do contexto que necessita para sua compreensão a respeito do que as pessoas fazem ao se entregar a fundamentalismos religiosos sem se ater a sua realidade cultural, histórica, bem como pessoal. Sem essa reflexão, segundo a bíblia católica ou protestante, ainda estaríamos usando roupas de um só tecido: Levítico 19, sendo pecado usar mais de um. Fazer a barba seria também punível: Levítico 19:27, e teríamos inúmeros escravos em casa: Gênesis 17:12, Êxodo 12:43-45,Êxodo 21:1-6, Êxodo 21:20-21... Teríamos também o direito de eliminar quem não gostássemos, e pegar as menininhas virgens para nosso harém particular:Matai dentre as crianças todas do sexo masculino e matai toda mulher que coabitou com algum homem, deitando-se com ele. Porém, todas as meninas e as jovens virgens, deixai-as viver para vós (Números 31: 17,18).  Cortar os membros masculinos dos inimigos mortos em batalha: "Então Davi se levantou, e partiu com os seus homens, e feriu dentre os filisteus duzentos homens, e Davi trouxe os seus prepúcios, e os entregou todos ao rei, para que fosse genro do rei; então Saul lhe deu por mulher a sua filha." (I Samuel 18 : 27).
Com centenas de exemplos bíblicos podendo ser postados ainda com relação à pedofilia, incesto, sexo entre irmãos e primos, não faltam motivos para fazer o mal a qualquer cidadão usando a bíblia como desculpa inclusive destilar o preconceito aos casais homoafetivos, com a crendice de que o deus cristão fez o homem e a mulher, sendo pecado se deitarem com pessoas do mesmo sexo. Coisa que na própria bíblia também constam inúmeros casos. Mesmo aqueles que ousarem aparecer para afirmar que Jesus veio a terra impedir tudo isso, a simples leitura de: Mateus 5: 18-19, elucida novamente outro fatídico contexto de reafirmação de tudo acima e do que não citei.
 Em resumo, não se passa um único dia neste planeta, povoado por milhares de religiões, que não deixamos de saber a sina triste de alguma pessoa que tenha sido vitima de dogmas escritos há milhares de anos, segundo um contexto e realidade histórica que não se aplica mais ao século XXI. No entanto, de acordo com tais costumes religiosos, ainda hoje pessoas são circuncidadas em seus pênis ou clitóris, homens são assassinados, chicoteados ou expulsos de suas famílias por serem homoafetivos, mulheres são queimadas vivas, estupradas, e mortas em face de alguma crença tribal em nações onde imperam religiões fundamentalistas de origem judaicas - cristãs – islâmicas, ou ainda em algumas de cunho reencarnacionista, baseadas em outro conto de fadas, o [11]Karma, ou baseadas em espiritismo, sacrificando seres humanos para suas divindades, havendo inúmeros crimes registrados nesse sentido.
Ao contrario do que se poderia afirmar, não são as religiões as culpadas por tais atrocidades, e sim os seres humanos que se entregam as palavras escritas há milhares de anos, por outros seres humanos, mortos milênios atrás, e que graças a elas, permanecem vivos e atuantes. Religiões são iguais às armas e carros, elas não matam, manipulam e nem punem ninguém, e sim os humanos loucos por trás delas. Em muitas dessas nações, onde tais pessoas maquiavélicas, sem senso critico, inteligência e contexto de época, se entregam a esse passado que deveria continuar morto, as mulheres são de longe o alvo primordial, principalmente quando são obrigadas a casar com idade que deveriam estar brincando; circuncidadas ainda na tenra infância, para quando crescerem não sentirem prazer e serem submissas a seus maridos. Sendo vistas apenas como objeto de prazer do esposo e mãe de inúmeros filhos. Quando são agarradas e estupradas por vários homens, no final, segundo tais leis nefastas e perversas, ainda são presas, acusadas de serem prostitutas ou atentar contra a moral masculina, instigando sua sexualidade inocente e latente; levando ao fato consumado, em geral por vários homens ao mesmo tempo. Depois são condenadas a chicotas, apedrejamento ou deformidade com agua quente ou óleo fervente, uma vez que se tornaram impuras e parias para sociedade em que estão inseridas.  
Pergunto-me o que devemos fazer para que a humanidade cresça? Se eu não tivesse uma religião e fosse apenas um ateu descrente, poderia ter mais facilidade em escrever tal coisa, mas ao contrario disso, sou mais um religioso, crendo na reencarnação como fonte de salvação desses resquícios de nossa fase bárbara, quando a civilização ainda estava nascendo e as pessoas buscavam regras para a convivência social através das religiões; Possuíam também outras formas de domínio que lhes permitissem suplantar a morte do corpo.   Por mais que seja redundante, a resposta de novo se encontra na educação, somente ela permite que um ser humano liberte sua mente e atitudes de um passado, quando ele é capaz de ler e entender aquilo que esta proposto. Questionando se lhe cabe em suas posições como alguém detentor de conhecimento, e se pessoas por traz daquelas palavras a manipulam segundo interesses próprios e escusos. Ao final, é a inteligência, aliada ao conhecimento contextualizado do mundo e época que o cerca, quem possibilitara a você, sendo religioso ou não, deixar que o passado sem sentido comande sua vida.



[1] Nos dias de hoje, mais do que nunca, o que garante a paz e a integridade de um povo é o seu poderio atômico por vários motivos, mas ao aderirmos ao tratado, caímos num conto de fadas que jamais será cumprido por quem nos impôs. Os argumentos desfavoráveis, na adesão do Brasil ao TNP, é a separação entre “Estados Nucleares”. Que podem tudo e jamais serão atacados sem um revide a altura; e “Estados Não Nucleares”, que a qualquer momento podem ser taxados de terroristas, ditatoriais ou de interesse geopolítico. Sem um equilíbrio de poder atômico, mesmo com um arsenal pequeno, como o da Índia e Paquistão, as potências nucleares continuam ditando as regras no contexto internacional, decidindo quem será atacado ou não.

[2] Pela primeira vez, Igreja Católica terá de dar explicações sobre abusos sexuais contra crianças cometidos pelo clero... A ONU decidiu cobrar do Vaticano detalhes sobre o que a Santa Sé tem feito sobre crimes de pedofilia no clero. A avaliação sobre as práticas da Igreja ocorrerá no início de 2014 e o procedimento está previsto porque o Vaticano é um Estado observador das Nações Unidas. O comitê da ONU encarregado da proteção às crianças indicou que o questionário será enviado em breve, e incluirá perguntas sobre casos de pedofilia.
[3] Tenho muitos amigos ateus que me chamam de louco por acreditar na reencarnação, e nem por isso paro de adora-los como amigos fiéis, pessoas excelentes e inteligentes. Enquanto tivermos pessoas assim, que se criticam, mas respeitam pontos de vista diferentes, nada há a se contestar. Mas vendo o modo como às coisas seguem atualmente, não podemos nos calar e deixar que o estado seja não mais uma panaceia de religiões que teoricamente devem se respeitar e conviver em harmonia, na medida do possível, mas fazem exatamente o contrario, porque se nada fizermos, não duvido nada que em 50 anos estaremos implodindo o cristo redentor, assim como o talibã, explodiu a estatua sagrada gigantesca de Buda...

[4] A mulher, 19, parte da comunidade xiita, foi estuprada 14 vezes durante o ataque de uma gangue na região leste do país. Inicialmente, ela havia sido condenada a 90 chibatadas por violar as leis do país que proíbem qualquer forma de associação entre homens e mulheres não relacionados entre si. Ela tinha estado no carro de um homem desconhecido durante o ataque.

[5] Kutcherov: Petróleo e gás natural, como eu disse, são produzidos em grandes profundidades. Como eles aparecem então próximos à superfície? Somente através de canais de migração, ou seja, estradas que os levam ao topo. Isso está completamente esclarecido. São fendas profundas como você mencionou. Estas fendas profundas e os arredores são as novas regiões onde se deve explorar petróleo. Pois o petróleo vem das profundezas, procura um caminho em direção à superfície através das fendas e se distribui então na largura. Por isso não há necessidade em procurar petróleo por toda parte, mas sim somente no entorno dessas fendas.

[6] Nessa fase da luta por direitos mais liberais e democráticos no Oriente Médio, as populações islâmicas, sistematicamente vítimas de ditadores que usam as leis religiosas para aprisionar seu povo, extorquirem suas riquezas para o beneficio de uma minoria rica e poderosa e se encher de luxo dos produtos produzidos para super-ricos dos países capitalistas como carros, iates, jatos e aviões de luxo, verdadeiros palácios com asas, ao passo que a maioria do povo sofre de mazelas do século XIX, vivendo em pleno século XXI.

[7] As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.

[8] Xiita é uma seita do Islamismo, que significa “partidário de Ali". Os xiitas consideram Ali o sucessor legítimo, e os xiitas foram os responsáveis por dividir os fiéis do profeta Maomé. A seita xiita considera ilegítimos os sunitas, outra seita do Islã, que assumiram a liderança da comunidade muçulmana, após a morte de Maomé. [...] O oposto do xiita são os sunitas. Os sunitas acreditam que Maomé não tinha herdeiro legítimo, e que o sucessor deveria ser eleito com uma votação entre as pessoas da comunidade islâmica. A maioria dos muçulmanos é sunita. Os maiores conflitos entre as seitas são conflitos políticos, e os sunitas são conhecidos por seus protestos antigovernamentais e carros-bomba.

[9] Ano de 1521: Inspirado pelo Espírito Santo, que aparentemente não tinha o que fazer, um monge alemão, Martin Luther, traduz do latim o “Novo Testamento”, em algumas semanas. O diabo acaba de o tentar: Lutero não encontra coisa melhor a fazer do que lançar sobre ele um tinteiro, que suja a parede. Essa mancha está religiosamente preservada para os turistas do castelo de Wartburg. O acontecimento pareceria insignificante. Mas não é, pois ele inaugura o maior cisma da cristandade: durante os séculos seguintes, os cristãos vão se massacrar mutuamente ainda com mais entusiasmo do que quando eles matavam e queimavam os não cristãos, os hereges, as bruxas, os judeus e muçulmanos convertidos, etc. Lutero escreverá e dirá diversas vezes que era necessário queimar as sinagogas e escorraçar os judeus das cidades: ele se situa assim dentro da tradição dos pais da Igreja católica, e que será mantida até ao século XIX pela inquisição e depois no século XX pelos camisas castanhas (seguidores de Mussolini).

[10] Jihad significa esforço, em árabe, e é utilizada para caracterizar qualquer esforço que tenha sido utilizado em alguma ação. O termo é muito utilizado pelos praticantes da religião muçulmana, mas também pode ser usado pelos que não são. O Ocidente considera que Jihad é uma guerra, que tem o objetivo de transformar as pessoas em praticantes do islamismo e fazer com que eles pratiquem atentados e se tornem homens-bomba.
[11] O objetivo da reencarnação é a evolução da alma, e isso se dá não se excluindo de nada, alimentando um passado cheio de conceitos mortos. Reencarnar significa que sua jornada em dimensões onde existam planetas como a terra ainda não terminou, portanto, para seguir adiante, lembre-se que sua vida aqui é apenas um personagem, não deixe ser dominado pela cultura que lhe impuseram. Absorva aquilo que o fará melhor como ser humano, sem, no entanto deixar de entender como funciona a própria humanidade.
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