JAIR BOLSONARO SERÁ CANDIDATO A PRESIDENTE, À DIREITA NACIONALISTA NO PODER?
AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO
É função do professor de história ser o mais neutro possível, mas dentro de nossa profissão há aqueles que se filiam a partidos de esquerda, acreditando piamente nos contos de fadas advindos das lutas históricas do [1]marxismo e [2]trabalhismo pelos direitos sociais e das minorias, como se isso fosse possível sem uma luta fratricida revolucionária armada, e ainda que isso ocorra, como foi na Rússia; cedo ou tarde a direita retoma parcialmente ao governo, ou de forma total; e isso é algo inerente ao longo do processo civilizatório porque sempre houve luta de classes, e como disse o bilionário americano Warren Buffett tempos atrás a respeito disso:
"- Na verdade, tem havido uma luta de classes nos últimos 20 anos, e a minha classe venceu e tivemos nossos impostos reduzidos significativamente".
Eu vou mais longe, essa luta de classes jamais terminou, e nem mesmo na era mais avançada de nossa civilização ela deixou de ser menos desigual, ao contrário, nunca se matou e destruiu tantas vidas nessa luta como agora. O processo de [3]globalização só mostrou de forma mais clara aquilo que vem ocorrendo desde que as elites inventaram o estado, as religiões e o exército para apoiar seu poder e massacrar quem é do contra.
Mas há uma diferença muito grande nessa luta de classes. Há os que lutam no sentido [4]nacionalista e [5]populista de esquerda e de [6]direita, o que pretende ser a pauta do candidato Jair Messias Bolsonaro em 2018 para presidente; pois é o candidato da direita. Agora resta saber qual ramo dela...
Existe a que vem devastando as riquezas de nossa nação desde a eleição de FHC; um corrupto e canalha neoliberal, e Lula e Dilma, embalados num populismo de esquerda, mas que olhando nem de perto, apenas outra dose de neoliberalismo com menos radicalização.
Se fossem realmente esquerdistas, teriam estatizado tudo que foi entregue à custa do pobre e explorado povo brasileiro, e feito auditoria das dívidas internas e externas, o que poria os canalhas na cadeia, e como eles não fizeram; a corrupção corre solta, e quem pagou o pato foi o PT e o povo brasileiro. Pior do que ser corrupto, é ter medo de cumprir promessa em eleição, e foi o que essa dupla fez, sendo a Dilma a mais inepta porque traiu o povo logo no começo de seu 2º mandato, e por sua covardia em seguir o que prometeu na campanha, aliado ao golpismo dos canalhas entreguistas, foi expulsa do governo que já não tinha mais como se manter...
Nessa senda de críticas é que surge a candidatura de Jair Messias Bolsonaro, porque seu nome já é bem sugestivo, ele é um Messias e vencedor. De um simples capitão do exército do fim do período ditatorial a deputado federal por vários mandatos consecutivos, onde sua fala clara naquilo que defende, conquistou um segmento de eleitores de direita que não só o reelegem, bem como a seus filhos para cargos no legislativo municipal, estadual, e federal.
Mas sua ascensão política se deve a uma crítica aos baixos salários dos militares em fins dos anos 1980, e a forma como pretendia que isso fosse visto, com atos que em tese, seriam considerados terroristas, para o bem ou para o mal; e por causa do protesto e crítica aos salários, divulgados numa revista, e tendo os planos expostos na mesma, ele foi preso por 15 dias, mas foi absolvido das acusações e acabou se tornando herói dos militares.
Contudo, ele conseguiu muito mais que isso aos olhos dos militares, ser o Oásis no deserto da categoria, e para isso se candidatou a vereador em 1988, e após eleito com um grande número de votos, em 1990, se lançou a deputado federal, e de lá para cá sempre se reelegeu com votação cada vez maior.
Com suas posições políticas bem definidas – ele defende um governo de extrema direita - ou seja, um fascismo de estado na prática, e são essas as pautas que levará para sua candidatura em 2018. Mas ele tem chances?
Basta lembrar que política é um negócio, e no negócio da política, criada e mantida pelas elites dominantes, segmento do qual Bolsonaro é expoente, tudo é possível, ainda mais quando controlam os 4 poderes do estado capitalista, executivo, legi$lativo, judiciário e “impren$a livre”.
Bolsonaro representa esse segmento, e diante das ameaças culturais que tende a mudar um modelo de sociedade hipócrita há séculos, ou seja, sabem que há Gays muito antes do império romano, mas que eles continuem ocultos e não se casando e beijando em praça pública, que é lugar de gente de bem e cristã.
Que defende a meritocracia nos mesmos modelos de sua origem no Brasil, e que acadêmicos das ciências humanas sabem ser injusto porque quem é rico, salvo raríssimas exceções, continuará se beneficiando do estado, em detrimento das minorias que constituem a maior parte da população.
Que a segurança pública seja mais dura com aqueles que sempre foram os bandidos contumazes, aqueles que sociólogos, antropólogos e assistentes sociais dizem que não são bandidos porque querem, e sim vítimas do sistema excludente que é feito; mas a justificativa é a mesma, o fato de ser pobre, seja preto, branco ou mestiço, não é carta branca para roubar e cometer crimes. Olha sicrano ou fulano, são desta origem social, e não cometem tais coisas...
E como é egresso do militarismo, evidente que defenderá sempre um maior poder das forças armadas na vida pública para coibir esses excluídos que ousam contestar o sistema. E isso quer dizer um estado mais policialesco e sem contra medidas as suas ações. E como vemos em programas televisivos como Cidade Alerta e outras porcarias do gênero, se pede cada vez mais intervenção do militar, milicos no poder, e alusão aos tempos da ditadura em que cada um sabia seu lugar e bandido bom era bandido morto.
Para os donos do 4ª poder, repetir em jornais e revistas tais discursos até virar uma lei universal não é lá muito difícil, aliás, a defesa de pautas como essa para eles é excelente porque vende jornais e revistas e mais programas de tevê, filmes e novelas. E com certeza absoluta terá o apoio de segmentos da Igreja Católica, dos evangélicos e da maçonaria, a sociedade que deixou de ser secreta há muito tempo e que manipula todos os 4 poderes.
Mas brincando de ficção científica, ele eleito será um canalha entreguista como os de agora, ou um nacionalista, a exemplo do presidente americano, de quem sou fã, Donald Trump; um gênio que chegou lá porque estava destinado a isso, e que veio para tirar a América dessa falácia neoliberal e que não tem medo, mesmo podendo ser assassinado, como previ nesse [7]texto?
O governo militar, com toda sua canalhice e corrupção proibida de ser divulgada, ainda assim deixou uma infraestrutura e empresas públicas que dariam ao Brasil seu destino, ser o gigante da América do Sul. Mas os governos que se seguiram dilapidaram esse patrimônio, e hoje se entrega – exemplificando - algo que vale 100 reais por apenas 1 real, e ainda deixa que os empregos do que se privatizou seja feito não aqui, e sim do outro lado do mundo. Ou seja, os canalhas, e disso não excluo os governos petistas incompetentes e [8]corruptos que se excluíram de pedir auditoria federal da dívida, e que continuam a devastar o futuro das pessoas mais pobres desta nação...
Mas se este cidadão for eleito, e for minimamente nacionalista, mesmo que aplique o manual do fascismo na íntegra, ele será um grande presidente? Para qualquer cidadão, bom governante é aquele que põe comida em sua mesa, lhe dá segurança contra criminosos e estados inimigos, provenha futuro a seus filhos e netos, mantenha o dinheiro que ganhou ao longo de sua vida seguro, e principalmente, que faça as coisas que tenha que fazer segundo sua linha política.
A linha do Temeré uma só, destruir todas as empresas que possam dar ao futuro presidente condições de manter um estado de bem estar social e manter todos os privilégios das pessoas que possuem os quatro poderes descritos aqui. Ou seja, a falência do Brasil, e o retorno ao que éramos antes da era [9]Vargas, uma fazendinha gigante de café e leite, e que só beneficiava os herdeiros do coronelismo.
Se ele for eleito e for um Getúlio Vargas, bom, nesse caso eu ficarei feliz em escrever para ele o mesmo que escrevi sobre Donald Trump, o homem que irá reescrever a história americana, e no que posso dizer se vier de novo a presidente, Trump terá meu voto como cidadão das Américas, já o Messias, se fizer o mesmo, pode ter também...
[1] Marxismo é a forma ideológica e sociológica, aplicada no comunismo, sendo assim uma visão marxista é sempre uma visão igualitária, solidária, e impositiva. O marxismo defende a organização do proletariado pelo fim das desigualdades do capitalismo. No século XIX, vários pensadores tinham grande preocupação em dar respostas aos vários problemas sociais que se desenvolviam no seio da sociedade capitalista. Os socialistas utópicos foram os primeiros a proporem e teorizarem meios que pudessem resolver a expressa diferença percebida entre os membros do proletariado e da classe burguesa. Em 1848, os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels apareceram com um elaborado arcabouço teórico que visava renovar o socialismo. Para tanto, realizaram um complexo exercício de reflexão sobre as relações humanas e as instituições que regulavam as sociedades. Como resultado, obtiveram uma série de princípios que fundamentaram o marxismo, também conhecido como socialismo científico.
Por meio do chamado materialismo histórico, compreenderam que as sociedades humanas viabilizam suas relações a partir da forma pela qual os bens de produção são distribuídos entre os seus integrantes. Dessa forma, as condições socioeconômicas (infraestrutura) acabavam determinando como a cultura, o regime político, a moral e os costumes (superestrutura) se configurariam.
Um exemplo dessa condição pode ser vista no processo revolucionário francês. Nesse evento histórico, o socialismo científico observa que o desenvolvimento da economia capitalista foi impondo a criação de um novo regime político, leis e costumes que se adequavam a essa nova realidade. Nesse sentido, os arcaicos costumes feudais bem como seus demais representantes acabaram sendo combatidos. Além disso, o pensamento marxista alega que o materialismo dialético seria uma das molas propulsoras fundamentais que alimentam as transformações históricas. Dessa forma, no momento em que um sistema econômico passa a expor os seus problemas e contradições, os homens passam a refletir e lutar por novas formas de ordenação que possam se adequar às novas demandas.
Por isso, ao avaliar os mais diferenciados contextos históricos, Marx e Engels chegaram à conclusão de que a história das sociedades humanas se dá por meio da luta de classes. Nessa perspectiva, o marxismo aponta que a oposição que se desenvolvia entre nobres e camponeses na Idade Média seria uma variante da mesma relação de conflito que, no mundo contemporâneo, ocorre entre a burguesia e o proletariado. Pensando estrategicamente as contradições do capitalismo, Marx e Engels defendiam que a superação definitiva de tal sistema seria alcançada por uma sociedade sem classes. Contudo, para que isso fosse possível, os trabalhadores deveriam conduzir um processo revolucionário incumbido da missão de colocar a si mesmos frente ao Estado, com a instalação de uma ditadura do proletariado. Esse regime ditatorial teria a função de assumir os meios de produção e socializar igualmente as riquezas. Dessa forma, seriam dados os primeiros passos para o alcance de uma sociedade igualitária. Na medida em que essa situação de igualdade fosse aprimorada, o governo proletário cederia lugar para uma sociedade comunista onde o Estado e as propriedades seriam finalmente extintas.
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[2] - Trabalhismo: conceito que começa a ser estabelecido a partir da Revolução Industrial, quando começa a se organizar um movimento com vistas à melhoria da condição de vida dos trabalhadores. No Brasil, a ideologia trabalhista ganha força através da ação política do Presidente Getúlio Vargas de estímulo à criação de sindicatos e o exercício de sua influência sobre eles e a classe trabalhadora, que acabará culminando com a fundação do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB em 1945.
[3] Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um processo de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política, que tornou o mundo interligado, uma Aldeia Global. O processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e emergentes.
[4] -Nacionalismo: Ideologia segundo a qual o indivíduo deve lealdade e devoção ao Estado Nacional, compreendido como um conjunto de pessoas unidas num mesmo território por tradições, língua, cultura, religião ou interesses comuns, que constitui uma individualidade política com direito de se autodeterminar.
[5] Populismo: Sua característica básica é o contato direto entre as massas urbanas e o líder carismático, supostamente sem a intermediação de partidos ou corporações. Para ser eleito e governar, o líder populista procura estabelecer um vínculo emocional (e não racional) com o "povo".
No Brasil, Getúlio Vargas adotou o populismo como uma das características de seu governo. Apelidado de "pai dos pobres", promoveu seu governo com manifestações e discursos populares, principalmente no Dia do Trabalho (1º de maio). Não respeitou a liberdade de expressão e a democracia no país. Usou a propaganda para divulgar suas ações de governo, e os demais meios de comunicação.
[6] Populismo de direita, mas conhecido como fascismo; uma ditadura ante-esquerdista cercada de entusiasmo popular criando uma combinação inesperada por contar com o apoio da direita industrial, preocupada com a reconstrução econômica do país, e ao mesmo tempo há a afirmação da esperança de um povo que via nesses governos a chance de se obter uma vida melhor, pois são antiliberais, anticomunistas, ultradireitistas, religiosos. Há um culto ao líder, utilização da propaganda de massa e polícia secreta com violência ativa, nacionalismo, autoritarismo. O governo atingindo diretamente a população com a redução da ação das redes sociais. Indivíduos com direitos apenas dentro do quadro de interesses comunitários. Xenofobismo e militarismo são normas, e tende a um estado máximo repressor com um líder carismático que defenda os anseios. - Bobbio "Sempre há desigualdade e opressão. Ser de esquerda é lutar para diminuí-las, ser de direita é lutar para manter tudo como está ou aumentá-las".
[7] Trump é o alvo, e seguindo essa agenda ele será reeleito, mas em seu 2º mandato, ele tem 80% de ser morto. Mas se ainda assim isso ocorrer, ele também entrará para história porque vivo terá um legado, e morto terá a eternidade, salve Donald Trump...
[9] A Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos ininterruptos (de 1930 a 1945). Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas. Apesar de Ter sido um ditador, Vargas foi um presidente que investiu no Brasil criou obras de infraestrutura e desenvolveu o parque industrial brasileiro. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiro.