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CONTOS DE TERROR: BHAHMA, VISHNU E SHIVA, OS TRÊS IRMÃOS VAMPIROS...

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CONTOS DE TERROR: BHAHMA, VISHNU E SHIVA, OS TRÊS IRMÃOS VAMPIROS...
AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO

Minha tribo foi uma das primeiras a chegar ao que hoje, milhares de anos após, vocês chamam de Índia. Éramos [1]Brâmanes, e meus pais eram nobres, príncipes, mas havia muitos príncipes em minha família, e cabia ao meu avô escolher qual parte de nosso imenso reino nos administraríamos, pois ao morrer, meu pai seria substituído por Harapa, seu irmão mais velho e o príncipe regente da província Hadama.
 Naquela época nosso Império era gigantesco, mantido pelos membros mais nobres e poderosos de nossa família, regentes escolhidos pelo rei para governar cada estado em seu nome; e desta forma, tínhamos o exército mais forte e treinado, capaz de devastar qualquer inimigo porque nossa família consistia no verdadeiro Império por séculos.
 Ao saber da gravidez de minha mãe, o astrólogo que minha avó chamou para o meu nascimento disse a ela que eu seria um homem forte e poderoso, que teria mais dois irmãos, mas que nós jamais morreríamos, ou seriam cremados e jogados no rio [2]Ganges para a próxima encarnação, e que nós duraríamos mais que todos os impérios humanos, e seriamos os últimos de nossa família, mas também jamais teríamos filhos. Outros astrólogos foram chamados de vários templos, mas a mesma resposta foi dada...
Ao dar a luz, minha mãe foi surpreendida não com uma criança, e sim três. Em homenagem aquele fato raro em nossa família, recebemos os nomes de divindades da criação - Bhahma, Vishnu e Shiva - porque só os deuses eram capazes de enviar tal presente ao império mais poderoso do mundo...
 Como divindades em carne e osso, meu avô decidiu que governaríamos ao crescer a maior província de nosso império, e que dividiríamos tudo, até o [3]harém com mulheres vindas dos locais mais exóticos de nosso reino, e de nações distantes.
Crescemos cercados de todos os luxos e poderes, chegamos aos 25 anos prontos para sermos os membros mais poderosos de nosso clã, e para comemorar nosso aniversário, fomos a uma caçada de tigres brancos, os mais raros e sagrados, e que só príncipes poderiam abater. Contudo, era preciso um safari muito bem preparado porque eles ficavam nas montanhas mais altos do que hoje é o Nepal. Mas aquela caçada marcava também outra coisa, o dia que morreríamos para a humanidade e nasceríamos para o eterno e poderoso reino dos vampiros. Os seres que são realmente deuses, que jamais morrem e que tem nos humanos o seu prazer, seus escravos e seu alimento.
Durante a noite nossa expedição fez um grande acampamento onde tomamos chás e comemos fartamente, e para dormir, posicionamos cercas de espinhos para impedir ataques de leopardos ou tigres, além de turnos de guarda se revezando. Mas algo em mim pressentiu uma presença estranha, meus irmãos também sentiram e acordaram. Desde pequenos sentíamos as coisas, víamos fantasmas, e batalhas antigas onde outras pessoas não viam nada. Nossos videntes diziam que éramos especiais, dotados de dons que vinham da evolução da reencarnação, e que provavelmente não reencarnaríamos mais porque já havíamos contemplado nossos destinos.
O que sentimos não era um fantasma, era algo velho, muito velho e poderoso, mas seu corpo não era assim, aparentava a forma de um jovem caçador, e sua caça eram humanos. Ele se aproximou de nós e ficamos em pé, estáticos, sem medo. O mesmo foi feito com nossos soldados e escravos da expedição, mas eles não apresentavam nossa calma. Podíamos ver suas auras [4]irradiando o terror da morte certa...
  Sem que nada pudesse impedir tal destino àqueles homens, ele os comandou um a um até nós e ordenou que fizessem uma fila apontando para onde estávamos nos olhando nos olhos. Então ele foi ao início da fila e rasgou o pescoço do primeiro homem que nos olhava. Com nossos dons, percebemos o momento que sua alma deixou o corpo porque sua aura perdia luz e desapareceu.
Ele jogou o corpo sem vida longe e o seguinte se aproximou e a mesma cena se repetiu até que só havia ele e meus irmãos. Cercados pela morte, restos de sangue e odor dele em breve atrairia todos os carniceiros, mas estranhamente havia um silêncio nas criaturas da noite, como se soubessem que um ser eterno e divino estava ali, cabendo a ele apenas o som, e aos demais o louvor e adoração de saborear suas ações.
Satisfeito por aquela noite ele nos fez dormir em meio aqueles cadáveres insepultos até o nascer do dia. Ao acordarmos, ele estava sentado em posição de Lotus, meditando. Acima de nós milhares de abutres circulavam, mas nenhum descia para devorar suas presas. Havia lobos e chacais fazendo um círculo, como se o território tivesse uma cerca invisível aos cadáveres.
Olhamos nos olhos dele e tínhamos mil perguntas para aquela criatura, ele nos olhava em retorno e não havia em nós temor algum, e sim algo mais, sentir o poder e a aura etérica suprema e brilhante que emanava daquela criatura só aguçava nossa necessidade de saber.
Mas as palavras vieram não de seus lábios e sim de sua mente. Ouvimos diretamente em nossas cabeças a mensagem telepática que narrou sua história.
- Meu nome é Sankara, e assim como vocês, um dia eu fui humano. Tive mulher, filhos e parentes. Mas eu era tão dotado de dons raros, como vocês os têm agora, e graças a eles algo sempre me faltava. Minha vida não era nada, na verdade eu jamais me sentia vivo porque tudo a minha volta morria, envelhecia, adoecia, e eu carregava esse temor não só para mim quanto para meus filhos. Mas um dia eu recebi uma visita enquanto meditava em uma caverna acima de minha vila. Era alguém como eu sou hoje, um ser supremo, um vampiro.
Ele viu em mim algo especial e me escolheu para ser algo mais, para exterminar meus medos e dúvidas e para dar a mim a eternidade, e para meus filhos e netos como senhores de um império porque carregávamos um dom que [5]pulava gerações.
Após me tornar imortal, cuidou de mim e de meus descendentes, exterminando seus inimigos, e me fez ser muito mais que um vampiro que só se alimentava de humanos; para que meus filhos, netos e bisnetos criassem algo mais, o império que hoje e de vocês.
Meu sangue humano ainda hoje corre nas veias de seus ancestrais, assim como os dons que um dia possui, e que após milhares de anos, está presente novamente em vocês. Os vampiros não são uma raça enorme como a humanidade, somos poucos porque nossa fome é imensa, e para termos herdeiros, é preciso que este tenha como se superar. Por isso não é dado a qualquer humano o dom de ser imortal, isso só é feito raramente.
Mas os que têm os poderes mediúnicos que vocês detêm, e que lhes possibilita suportar coisas que todo vampiro um dia confrontará já e outra historia.  Ser vampiro é ser um deus, pois como podem ver, sem minha permissão, nem mesmo os carniceiros podem se alimentar daqueles que tomei a vida.

Sankara diminui seu campo psíquico que criava uma barreira para seres vivos que não são vampiros e os animais finalmente podem se alimentar dos corpos que já estavam inchando e se decompondo. Mas seu gesto não passou despercebido, pois os três rapazes olhavam para o vampiro, contudo, via algo mais, sua aura era imensa e brilhante para sensitivos, e quando ele a diminuiu, só então os animais estavam livres de sua influência e distância, mas ainda assim nenhum chegaria próximo dele.
- Somos o que vocês humanos chamam de deuses, e em breve vocês também serão. Mas saiba que um dia nossa espécie terá uma [6]imperatriz divina para unir a todos e definir regras que hoje são esparsas, com dons maiores do que todos os vampiros da terra não têm hoje.
Mas ainda faltam milênios para ela nascer nesse mundo, entretanto, seus dons ainda como humanos serão tão poderosos que ela será encontrada por um de nós e se tornará imortal e carregará um fardo que jamais foi dado a qualquer um de nossa espécie, e isso se deve ao fato de ser a escolhida, ainda que seu futuro criador não saiba disso.
 Ser vampiro tem custos, porque a imortalidade não vem sem a cobrança de exterminar vidas inferiores. Humanos são inferiores, alimento e prazer. Por isso é preciso ser humano com capacidades maiores que a de outros humanos porque humanos que desejam superar seus iguais devem mentir, matar e governar pensando não em seu povo, e sim em seus herdeiros; algo que sua família aprendeu bem, pois é dona de um império que nos alimenta.
 O meu dom humano era grande, mas como vampiro milenar, ele é imenso, assim como o de vocês será depois da transformação. Milênios após ele será elevado a uma escala inimaginável aos vampiros comuns, talvez maiores até que o meu. Mas não é possível que entenderem isso enquanto forem humanos, venham meus filhos, é hora de evoluir...

Os três rapazes deram seus pescoços ao vampiro ancestral, e ele saboreia o sangue que carrega energias místicas que raros humanos possuem, e quando encontrados, além de alimentar, eles aumentavam esses dons vampíricos...
E foi o que ocorreu.  Em sua orgia de sangue especial, sua mente cruzou a barreira do tempo e do espaço e ele viu o futuro, o momento em que Yula, a imperatriz vampira espalha suas ondas mentais e sua aura para todo o globo, e comandam todos os vampiros da terra, milênios no futuro, e como desejava ser ele o criador de tal divindade...
Depois de levar os rapazes à quase morte, ele dá seu sangue a cada um deles, e as feridas se fecham em segundos. Ele os coloca em camas e estende sua aura para aquele local. Nada na terra poderia entrar ali, nem mesmo outro vampiro porque havia entre eles normas e códigos tácitos, e quebrar essa regra era morte certa por um mais velho, e ele era velho, muito velho, e aqueles rapazes sua primeira e única cria...
Três dias após, Bhahma, Vishnu e Shiva despertam para outra vida, vampiros supremos, embora recém-nascidos, eram dotados de força e poder que só vampiros velhos possuíam. Seu criador os fizera assim, pois lhes deu mais sangue do que precisariam para a transição. Por isso os deixou por esse tempo, para saciar sua fome em outra aldeia, e como sempre, a fome era tanta que ele não deixou ninguém vivo ali, e deu aos carniceiros um banquete de mais de 500 pessoas, mulheres e crianças sendo a maioria.
Sob seu domínio, uma centena de homens jovens e fortes que foram poupados de lá, seguia rumo à morte, mas com sorriso nos lábios porque Sankara colocou em suas mentes que iriam alimentar os deuses e que esta era a sua última reencarnação.
Quando chegaram, o primeiro a rasgar um pescoço e saciar pela primeira vez sua vontade de sangue humano foi Shiva. Seus irmãos o imitaram com a fome de vampiros recém-nascidos. Mas aqueles homens não foram suficientes, a fome deles era maior que a de um vampiro jovem porque seus espíritos e sangue criador eram de alguém muito poderoso.
Com seu criador eles voaram para a aldeia mais próxima, e o massacre de todos se fez presente. Diferente de seu criador, eles não se importaram em acalmar mentalmente as vítimas e sim aterrorizá-las, fazendo o sangue delas se encher de adrenalina, o que dava um sabor especial. Cadáveres encheram as ruas da vila, assim como o cheiro adocicado de sangue e medo, até não sobrar mais ninguém vivo.
Mas ainda havia fome naqueles vampiros, e por isso eles prosseguiram descendo as montanhas atrás de novas vilas, e depois de semanas, não havia mais um ser humano na trilha que os levou à caça de tigres brancos.
Com seu criador e mentor, eles aprenderam por séculos o que e ser um vampiro especial, vampiros comuns viviam as vidas se alimentando normalmente e usando os humanos para seu prazer. Já vampiros avançados, além de fazer o mesmo, cuidavam de núcleos de vampiros velhos e poderosos, e definiam as regras de convivências da espécie. Desta forma não havia conflito entre sua raça, mas sim em relação a outros, como [7]lobisomens, e humanos.
Com o passar dos anos eles viram o antigo império decair porque eles não estavam lá com seus primos para continuar sua dinastia. E a fome que eles tinham auxiliara na extinção do seu império porque devastavam cidades inteiras ao longo de 100 anos, deixando um oceano de cadáveres insepultos, comidos por carniceiros.
Os nobres que sobreviveram não eram mais uma unidade familiar. Assim surgiram pequenos reinos desses herdeiros que lutaram entre si pela supremacia ao longo de milênios, mas não surgiu mais nenhum descendente com os dons que os fizessem líderes superiores, ou algum para ser vampiro.
 Desta forma, séculos após, eles decidiram intervir na história humana, assumindo seu papel de divindades, auxiliando mentalmente na criação de um livro sagrado que conteria regras, e essa foram dadas a um povo invasor, os arianos, e graças a elas, um sistema de castas foi criado, assim, os nobres desses pequenos reinos se casando no grupo social correto, através de arranjos entre reinos, dessa forma, dentro de milênios surgiria alguém para ser especial.
Esse sistema também lhes permitiu regras religiosas inquestionáveis, e com elas o aumento da população foi gigantesco, e assim haveria um farto suprimento de alimento aos vampiros. Graças a isso um homem dotado desses dons [8]psicométricos nasceu...
Seu nome era [9]Sidarta, contudo, ele não tinha o que era necessário para ser um imortal naquele momento, mas era [10]dotado de outro dom...
Como de costume entre os vampiros, ele cuidou e educou sua cria por séculos, mas depois os deixou livres para fazer o que todo vampiro faz, já que as regras gerais os mantinhos no caminho correto. Mas os três vampiros não se acostumavam ao mundo dos vampiros e nem dos humanos e nem queriam fazer novos vampiros. Decidiram depois de séculos retornar ao lugar de sua criação, as montanhas do Nepal. Lá eles comandaram um pequeno reino e se dedicaram ao esclarecimento.
Diferente de todos os vampiros, eles iniciaram um compêndio de sua raça, quem era cada um dos antigos e como surgiu o primeiro deles. Mas para isso era preciso permissão de seu criador, e após milhares de anos, o conhecimento estava incompleto porque seu mestre estava dormindo.
 O que eles não sabiam é que ele decidiu dormir até o momento de ‘punir’ os filhos e estar desperto para o nascimento do chamado da imperatriz, afinal, ele já não se interessava por nenhum dos mundos que vivia, mas ansiava conhecer o ser mais poderoso do planeta, e também aquele que teria sido seu criador.
Os vampiros então mudaram seu projeto, eruditos, aprendendo todo conhecimento humano e vampírico, ao mesmo tempo em que decidiram que não nasceria mais nenhum vampiro com os dons deles, apenas vampiros comuns. Vampiros especiais eram como príncipes na sociedade vampírica, e para os três vampiros, o número deles já estava bom, além disso, esse sangue especial era capaz de aumentar os dons de vampiros que já os possuía enquanto humanos...
Mas para erradicar tais humanos era necessária uma caçada em escala mundial aos portadores do gene da psicometria. E como eles tinham tais dons e ainda eram vampiros, a coisa não era difícil de fazer, só mais demorada. No continente asiático eles exterminaram quase todos aqueles que pressentiam ter o dom...
Ao longo de gerações eles foram para todos os continentes da terra atrás desses humanos com sangue especial.  Contudo, isso não impediu o nascimento do vampiro Jesus e nem do vampiro [11]Maomé, ou do Vampiro Cigano, pois eram protegidos por vampiros e nem eles podiam intervir com a cria de outro vampiro.
Mas com os milênios, eles sentiram a mesma necessidade que vampiros têm de hibernar, mas eles não queriam, contudo precisavam, então decidiram fazer algo que era quase um crime, beber sangue de vampiro, mas sem matar sua espécie, desta forma poderiam se manter despertos.
 Bhahma e Vishnu deram seus pescoços ao irmão, e ele os drenou ate deixá-los secos. Depois colocou os irmãos para dormir por um século. Com o sangue deles, Shiva se tornou tão forte e poderoso quanto seu criador, que era milhares de anos mais velhos que eles. Mas isso teve um custo. Uma sede de sangue de vampiro jovem o devorou por décadas e ele massacrou milhares de seres humanos para aplacar sua fome.
Mas outra coisa ocorreu, embora estivessem hibernando, as mentes e a alma de seus irmãos o seguiam e viam tudo que ele fazia. Os vampiros agora faziam algo que poucos humanos aprenderam... Deixar o corpo e seguir com sua alma. Shiva ficou imensamente feliz porque tinha novamente seus irmãos ao seu lado para sempre. Nunca ficou sozinho e podiam conversar mentalmente.
Depois de saciar seus desejos com os humanos e manter seu poder na hierarquia real dos vampiros, era hora de ele acordar Vishnu, pois embora em alma sempre estivessem juntos, o corpo devia reencontrar a alma.
 Mas para isso era bom algo saboroso, pois durante sua longa existência ele aprendeu que o melhor sangue é o de crianças e recém-nascidos, desta forma ele levou muitas crianças hipnotizadas para o sepulcro do irmão e lhe deu o sangue vivo e fresco de cada uma delas até que o irmão retomou sua forma física. Mas havia algo diferente, ele estava mais forte que o próprio irmão que não havia dormido.
A aura de Vishnu estava maior e mais brilhante, e olhando o corpo de Brahma, o mesmo ocorria. O irmão também foi acordado e alimentado. De alguma forma, o irmão acordado lhes deu energias mentais, e com elas um vampiro era realmente poderoso porque era na mente e não na forma física que isso se demonstrava. Para corrigir isso, os irmãos sugaram o sangue de Shiva, e ele foi posto a dormir e ter sua alma junto aos irmãos em suas aventuras.
Mas isso não passou despercebido na realeza imortal. O poder deles agora era maior do que o do vampiro que os criou, e isso não era aceitável diante dos mais velhos. Eles haviam cometido um crime ao beber sangue de vampiros, mas um crime menor porque não mataram sua espécie, e caberia a seu criador lhes punir. Embora mais poderosos que seu mestre, era impossível a um vampiro resistir ao desejo de seu pai.
Sankara convoca os irmãos e os pune, mas com uma punição paterna, ele os suga e os põe novamente para hibernar, mas desta vez por séculos, o que os fará ainda mais poderosos entre os imortais; mas decide hibernar também porque o sangue de vampiro poderia ser farejado por outros.
Ele hiberna e acorda 20 anos antes e quando Yula recebe os dons de seu criador vampiro, eles, ainda que hibernando, sentem e aceitam como ser supremo, e quando vêm a segunda onda, de seu pai lobisomem, eles também a recebem porque ela esta numa escala de poder maior do que todos os vampiros da terra somados. Deusa seria uma definição apropriada para ela. 
Sankara não foi o criador de Yula e nem dos filhos dela, mas ele estava feliz porque criou três vampiros que eram depois da imperatriz e seus filhos, os vampiros mais poderosos do planeta, e ele sabia disso no momento que os criou, porque seu dom era ver o futuro, e como tal, eles seriam escolhidos pela imperatriz para compor a realeza dos imortais, e ele também estaria lá porque era um Príncipe vampiro, com mais poder que seus filhos...



[1] As castas são divididas conforme cada elemento do corpo de Brahma, o Deus Maior do hinduísmo. A boca desta divindade constitui os BRAHMANES, uma elite composta por apenas 15% da população, os quais compõem os sacerdotes, professores e filósofos. Somente eles podem estruturar as cerimônias religiosas e transmitir o legado sagrado para o povo. Logo depois vêm os braços de Brahma, dando origem aos XATRIAS, membros das instituições políticas e militares, dependentes das orientações transmitidas pelos brâmanes. As coxas de Brahma geram os VAISHAS, responsáveis pelas atividades comerciais e agrícolas, enquanto os SHUDRAS nascem dos pés do deus, constituindo os camponeses, trabalhadores fabris e artífices, os quais só recentemente conquistaram o direito de acesso à sabedoria hindu. À margem das castas há os DALITIS, chamados ‘intocáveis’ ou párias, que de alguma forma transgrediram alguma norma social pertencente ao sistema de castas, sendo por isso excluído. Esta punição se estende a todos os seus descendentes. São considerados impuros, por isso têm que lidar com o que é considerado imundo socialmente – limpar esgotos, coletar o lixo, manipular os mortos.

[2] Os hindus consideram o Rio Ganges sagrado e se banham nele para se purificar. Alguns hindus acreditam que uma vida não é completa sem um mergulho no Ganges pelo menos uma vez na vida. Muitas famílias hindus conservam um frasco com água do rio em suas casas, hábito que é considerado prestigioso, para que pessoas à beira da morte possam beber de sua água; e muitos hindus acreditam que o Ganges pode limpar uma pessoa de todos os seus pecados, e poderia até mesmo curar a doença. A cremação hindu é profundamente religiosa e nada tem de privado ou de discreto. É uma ocasião solene e pública, envolvendo toda a comunidade. É o mais importante rito de passagem que a família pode proporcionar ao falecido que deixou essa casca e se encaminha para a próxima reencarnação. O rio Ganges é onde são jogadas as cinzas da cremação, ou até mesmo os corpos quando a família não tem recursos para comprar madeira.

[3] Um Harém, em algumas culturas, pode ser considerado como uma "Casa da Felicidade", onde um homem tem o poder "divino" de satisfazer as suas necessidades sexuais livremente, possuindo várias mulheres enclausuradas (também conhecidas como odaliscas) e à disposição de servi-lo em exclusividade. É um costume comum de impérios antigos, e ainda hoje no Oriente Médio reis tem Haréns.

[4] O duplo etéreo do ser humano é uma reprodução exata do corpo físico, porém é constituído de matéria etérica, a qual é mais sutil e invisível aos olhos. O seu conhecimento nos possibilita compreender aspectos relacionados às curas milagrosas, mistérios que envolvem a morte, materializações, mesmerismos, corpos incorruptíveis dos santos e outros fenômenos intrigantes. O nosso corpo emana essas energias eletromagnéticas. E de acordo com nosso caráter energético teremos uma aura correspondente. A Aura Etérica representa, portanto a vitalidade do corpo físico o potenciômetro das reservas energéticas do nosso organismo, as informações que ela oferece a um clarividente, é meramente de natureza funcional e mecânica.

[5]   Atavismo é o reaparecimento de certa característica ancestral no organismo. Isso ocorre depois de pular várias gerações, ou seja, uma característica biofísica e mental em um descendente distante.

[6] Os humanos usam apenas uma quantidade mínima do poder de seu cérebro, um vampiro usava 100% dele. E isso implicava não só força, agilidade e inteligência suprema, mas também podiam captar espectros de energia dos quais a humanidade só descobriria milhares de anos após, ao inventar a tecnologia. Assim, quando se alimentavam da força vital das pessoas presente no sangue, a alma de suas vítimas apenas trocava de corpo, e podiam ver tal coisa ao leva-los a morte. Por isso não havia sentimentos em relação a se alimentar de seres inteligentes, eram apenas alimento e mais nada.

[7] Ele os vê chegando e seus pelos se eriçam de medo porque sabe que será devorado vivo. Mas algo muda no instante seguinte porque seu corpo começa a se transformar, suas mãos viram patas metade humanas e de lobo, suas pernas fazem o mesmo e ele dobra de tamanho, seu corpo se enche de pelos, o rosto não é humano e nem de lobo, uma fusão de ambos o identifica não mais como um ser natural e sim macabro e mágico...
[8] Psicometria é a capacidade inerente a muitos seres humanos avançados em ver o passado, o futuro, ou prever inovações, para alguns uma evolução do cérebro, que avança no sentido do corpo interagindo com o campo quântico que nos cerca, para a reencarnação, almas velhas rumo a evolução final.

[9]  Buda estava completamente no controle do corpo naqueles instantes finais, jamais permitiria que o jovem Jesus padecesse as dores e o suplicio que os romanos infligiam a cada chicotada. Depois de tanto sofrimento ele é posto numa cruz e atado a ela. Ele ficaria ali por uma semana e morreria como qualquer infrator das regras romanas, mas o tempo de Buda na terra estava no fim. Contudo, ele sabia que Jesus não podia e nem devia morrer nesta época e lugar, na verdade ele escolheu o rapaz para passar a mensagem que em vida não terminou, e também para dar a Indira um companheiro para a eternidade.

[10] No entanto, olhou a sua volta e percebeu muitos romans em estado de quase morte, mas o sangue ainda podia ser aproveitado. Aproximou-se e bebeu o sangue dos que pode, libertando suas almas para uma próxima vida. No entanto, no último e mais forte deles, ele percebeu que Bodanan apenas estava com a cabeça machucada e se tratado, poderia voltar a saúde plena. Mas isso tinha um preço, já que ele viu entre os corpos de mulheres e crianças ali presentes os filhos e esposas daquele homem, e sabia que se ele voltasse para o mundo humano, a dor e o desejo de vingança seriam as únicas coisas que o manteria vivo neste mundo, negando tudo que ele tinha sido e dominando o que seria na pobre e curta vida humana. Mas naquele cigano havia algo mais que só um vampiro velho perceberia, uma força de vida e uma energia espiritual muito grande, alguém digno de ser o 2º filho de Indira, e um irmão para Jesus...

[11] Yanna olha o filho nos olhos e pede que ele lhe de seu pescoço. Os olhos dele brilham como fogo porque sabe que seu desejo finalmente será atendido, em breve será um vampiro, tendo o dia e a noite para ser feliz e imortal. Devorar qualquer ser humano que deseje, possuir todas as mulheres do mundo porque elas não poderiam resistir a seu poder mental e vontade de lhe agradar; matá-las não mais por vingança humana após o sexo, como faz atualmente, e somente se tiver fome... Poder viver em palácios e hotéis de luxo, já que seus donos estariam com as mentes prontas para seus comandos mentais. Enfim, o sonho de sua vida em ser imortal, ao lado de sua mãe estava prestes a se realizar, e com prazer ele se entregou aos dentes penetrantes dela.


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