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RJ, O DOMÍNIO DOS TRAFICANTES, DOS MILICIANOS, E DOS POLÍTICOS CORRUPTOS...

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AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO

Seria clichê repetir que a polícia de uma nação é o termômetro pelo qual se mede seu desenvolvimento, e isso estava numa prova para a PM que fiz em 1994, e que felizmente não passei porque eu estava há dois dias sem dormir quando prestei o concurso. Acho que se tivesse entrado já estaria morto porque certas coisas não me fazem bem de ver e não tomar atitude, e se tomasse, seria morto por bandidos ou colegas corruptos de fardas; e isso não é mentira porque escrevi um livro inteiro sobre o tema chamado - CARRASCOS SEM DISTINTIVO – um dia desses eu publico no blog. Como conheço muitos policiais, e tenho também parentes na área, não me faltou pesquisa de campo para compor a obra e que me deu um prazer incrível escrever porque meus PMS eram bandidos e criminosos, mas geniais e nunca foram pegos, afinal, eu os criei...
Mas vamos aos fatos da realidade e não da ficção. Como sabemos, durante a ditadura militar nasceu o [1]comando vermelho porque os militares imbecis prenderam militantes de esquerda, os ‘terroristas’, com bandidos comuns de morro. Ali eles aprenderam como organizar pessoas, comprar armas, e fazer assaltos a bancos. Evidente que depois escolheram outra fonte de grana, o tráfico de drogas. No capitalismo tudo se vende, e drogas e armas proibidas vendem mais que pão fresco.
Os bandidos inicialmente compravam armas dos policiais corruptos – e olha que são muitos – ou de militares corruptos, ou seja, não faltava arma para ajudar nessa aventura inicial. Mas a coisa foi crescendo a tal ponto que o comando se dividiu em outras facções, e como tal a guerra por esse mercado tão lucrativo explodiu e as tevês dos anos 1990 mostravam ao vivo balas [2]traçantes cruzando os principais morros da cidade do Rio de Janeiro e de Niterói.
Nessa época surgiu também uma reportagem maravilhosa contando de um lugar idílico onde não havia tráfico de drogas, estupro, assaltos, e que se podia dormir com as portas abertas; a Favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá, que historicamente é o berço das milícias no RJ. A ocupação da região de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, começou nos anos 70, especialmente por conta da migração de nordestinos em busca de grandes obras como a Ponte Rio-Niterói, e outras mais, e quem chegava, mandava buscar mais parentes...
Esses nordestinos ocuparam vários nichos no ramo da hotelaria, construção civil, porteiros, empregadas domésticas e afins, e como deviam morar perto e num lugar acessível [ $ ], uma favela surgiu, cresceu e apareceu até virar página das principais revistas como paraíso sem traficante. Claro que isso teve um custo, aos moradores por tanta paz e amor...
 Cada casa pagava uma Taxa de Segurança, outra pela tevê à cabo – gatonete – gás mais caro, andar de Combi ou Vam, mas ali era um paraíso à preço módico. A ideia deu tão certo que logo outras favelas começaram a ter seus milicianos, e isso se juntou ao terceiro segmento, a política. Com tanta grana os milicianos entraram para a política e foi eleito, afinal, qual morador que pensaria em não votar no comandante do seu paraíso na terra?
Com a expansão das milícias para a política e para o combate dos traficantes, a guerra civil nas favelas está declarada até hoje. Em lugares como a favela da rocinha, famosa no mundo inteiro, parte dela é dominada por traficantes, e outras por milicianos, e quando há acordos $, a coisa fica cada um na sua e os PMS corruptos recebem sua parte de cada grupo, mas quando não há, as balas continuam procurando e achando vítimas.
A diferença entre tráfico e milícia não existe. Ou você obedece às regras tácitas, ou tudo que você tem de bens e familiares são tomados por eles, e ainda podem ser fuzilado e queimado em pneus, as famosas micro-ondas. E para quem é obrigado a conviver com o estado corrupto e covarde, comandado por anos por gente como Sergio Cabral e seus sucessores que só não são fuzilados pelo estado porque infelizmente aqui não é a China, se fosse...
Para quem vive entre esse fogo amigo não há solução. O Brasil só existe para servir aos ladrões de farda – delegados, coronéis e demais policiais corruptos que controlam as milícias; da política corrupta como Cabral e sua gangue de intocáveis que certamente farão uma delação  [ $ ] premiada e continuarão com os bilhões roubados e elegendo seus parentes e apaniguados – Cabral elegeu seu filho – e as facções criminosas que comandam quase todas as grandes e lucrativas cidades do RJ, e já se espalha pelo Brasil.
Um exemplo disso é a cidade de São Gonçalo, 2º município do RJ em população. Os principais bairros viraram pontos de vendas de drogas, com toques de fechar e ordens de silêncio e convivência aos moradores e eliminação daqueles que eles chamam de X9.
O maior bairro de São Gonçalo, o Jardim Catarina, está completamente tomado pelo Comando Vermelho. Como o bairro é cortado por duas ruas principais de acesso, os bandidos tem um mar de gente para vender drogas e pagar policiais corruptos para manter seu negócio, e a população só resta à escolha de conviver em silêncio ou morrer.
Esse cenário carioca agora está nos grandes estados do Brasil, e eu não sou otimista de acreditar que há solução, aliás, a única delas é privatizar a política brasileira para os chineses, pois se deixarmos que eles nos governem, em menos de uma década não haverá milicianos, bandidos e políticos corruptos, e ainda estaríamos falando mandarim...








[1]O Comando Vermelho é uma facção criminosa, cuja sigla é CV. Foi criado na cadeia em plena repressão política pelos ditos ‘comunistas’ para combater a ditadura, mas depois mudou o seu rumo e hoje praticamente comanda o RJ; assim como o PCC em São Paulo controla grande parte do estado.

[2] Tiro de munição Traçante. A munição traçante é aquela que contém fósforo na base ou na ponta do projétil (vulgarmente conhecida por bala) que se incendeia quando da combustão da pólvora e devido o atrito com o ar vai deixando um rastro luminoso (do fósforo) visível na escuridão a olho nu. Munição letal e muito usada nos combates noturnos... Existem outras munições, como: Encamisada; expansiva (dum dum); explosiva. Também usadas pelos atiradores dependendo do alvo e da missão.

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