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REENCARNAÇÃO, UM CAMPO DE PROVAS QUE DEVEMOS NOS PROVAR ENQUANTO SOMOS DE CARNE...

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AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO

Hoje fui ao mercado comprar alguns ingredientes para um prato típico que decidi fazer porque cozinhar é alimentar as pessoas que amamos e nos importamos, e eu gosto de fazer isso também porque é a terapia de um terapeuta. Embora receba elogios pelos alimentos que faço, sou crítico demais para não tentar melhorar sempre. Mas lá no mercado o que me chamou atenção não foram os produtos que buscava e sim uma [1]senhora de uns 80 anos, sendo levada cuidadosamente pelas mãos pela filha...
 De imediato minha mente fez o paralelo de minha neta de três anos, que já troquei fralda, dei banho e comida e que a cada dia cresce mais e será uma mulher linda em poucos anos, e quando eu chegar à idade da senhora vista hoje, talvez ela esteja no mercado comigo me puxando pelas mãos e me levando com cuidado porque eu serei o ser a ser cuidado no futuro; ou seja, todos nós passaremos pelo mesmo destino, incluso minha neta ao se tornar idosa, com seus filhos e netos...
Mas o que vi na senhora foi também algo maior, a [2]tristeza sem brilho que brotava de seu rosto e de seus olhos, um tipo de tristeza que muitas almas carregam ao tentar se adaptar a um plano de carne e osso ao longo dos anos, e isso é maior compreendido quando a hora de partir deste plano se aproxima...
Os desejos humanos, as culturas e [3]imposições sociais que massacram aquelas almas que são velhas, tendo vindo à Terra várias vezes para sua faculdade de humanidade, trocando de pele, de vida e de forma ao longo dos séculos. Não há como escapar disso num primeiro momento porque para que a alma aceite a carne que reencarnou, esta precisa esquecer-se do universo infinito do qual veio, onde era plena e eterna, e vestir sua humanidade pequena e finita em seu próprio tempo de vida...
 Para nos prendermos a carne e resistirmos à vontade de deixar o corpo, para isso somos dotados de mecanismos de prazer espalhados nos hemisférios do cérebro, aquilo que nos dá motivo para viver, enchendo nosso corpo de vários tipos de endorfinas, sendo o amor apenas um desses motivos e quiçá o mais poderoso, mas também de medos, e o[4]medo da morte o mais ativo e intenso, um mecanismo de defesa da alma para evitar o suicídio, mas que às vezes [5]falha...
Tanto os mecanismos de prazer quanto nossos medos são responsáveis por uma vida saudável ou ruim neste plano, e dependendo de sua capacidade de se superar, nem os prazeres e nem seus medos determinarão sua vida neste plano, e sim sua consciência de que é algo muito maior, vivendo um personagem, e compartilhando sua vida com outras almas; também vestidas de carne, muitas inclusive em estágio [6]reencarnatório inferior, mas necessário ao seu [7]crescimento porque sem um contra ponto, não há crescimento e desafio. Mas também encontrarão outras mais avançadas, que lhes mostrarão o quanto a carne é fraca ou forte, dependendo apenas de seu próprio estágio para perceber tais ensinamentos...
Aceitar certas regras humanas, dependendo da realidade da qual fomos inseridos e criados é um exercício tão complexo que às vezes nosso espirito se [8]rebela. E essa rebelião pode vir de uma vida desregrada, fora dos padrões socialmente aceitáveis dentro de uma cultura, ou um mutismo, uma dor silenciosa que a todos transparece, principalmente para quem tem dons de [9]psicometria à flor da pele...
Nessas horas a pessoa confronta sua existência e as coisas que anseia e que possui, e nesses momentos lembramos que não temos nada, não somos nada, não levaremos nada. E nessa realidade, muitos se entregam a pensamentos profundos que tocam não o corpo e sim a alma; e isso é perigoso porque a alma é uma montanha, e o corpo que a prende nesta encarnação é apenas um grão de areia, e ela quer voltar a ser montanha, mesmo sabendo que nesta realidade deve se contentar temporariamente em ser areia...
Como humanos, lutamos para temos um lar completo de bens materiais, prazeres físicos, uma família maravilhosa, filhos, amigos, segurança financeira e tudo quanto necessitamos, mas ao nos entregarmos ao que é realmente a nossa alma, ela sabe que a vida terrena é uma ilusão necessária ao nosso crescimento, mas ainda assim uma ilusão, e como tal; lembrando aqui do filme Matrix e da pílula que libertou o personagem de seu mundo e o entregou ao verdadeiro; algo que ela não mais deseja manter, e é nesse momento que surgem as [10]doenças da alma, a tristeza profunda...
 Mesmo cercado de paraísos, mas que nada mais representa que uma prisão sem grades da qual somos os carcereiros com nossa vida corporal...
Essa doença da alma é um lugar comum para quem trabalha com as doenças da mente humana, e nem mesmo o profissional, seja ele psiquiatra, psicólogo ou terapeuta estão excluídos de padecer disso porque além de suas próprias vidas, ainda carregam as dores e anseios de muitos que cuidamos...
Essa dor silenciosa se cura com conversas técnicas com profissionais da mente, com fé em credos que lhe fazem bem, com visão holística de coisas naturais e únicas como um por do sol ou o raiar de um dia, ou foco no universo, dentre tantas outras, aquele instante em que vislumbra a lua e as estrelas e sabe que voltará para lá se aguardar e viver sua vida, ainda que dolorosa e sofrida, ou apaixonante e divertida, mas aos olhos da tristeza da alma; completamente vazia...
Sim, somos muito maior do que esse corpo e mecanismos de prazer que nos prende a escola da vida, pois a física [11]quântica já postula teorias de que nossa alma é uma espécie de pendrive do universo, e enquanto aqui vivos, nossa missão é viver como carne todas as fazes boas e más da vida, e ao partirmos, descarregamos tais informações no plano eterno e voltamos a sermos completos, ouvindo o som do silêncio, um silêncio que se ouve em todo lugar, e que percebemos muito mais à noite, ou quando silenciamos nossa mente para tudo que insiste em ser ouvido...
Algumas correntes religiosas acreditam que nossa alma se rebela contra sua prisão corporal, já outros mais céticos de que é apenas uma fase psicológica em que precisamos nos entregar ao silêncio e a comunhão conosco para poder voltar ao mar de prazer ou lágrimas da qual a vida é composta, vida essa em que às vezes temos tudo de material e desejo, e ao mesmo tempo não vemos desejo de continuar nela, aguardando ansiosamente um chamado, como no olhar daquela velha senhora, e em mim, que como humano, uma hora estarei realmente livre e feliz ao me reintegrar ao universo...





[1] Não entendia essa agrura tão terrível em se destruir a mente de um ser humano antes de ele morrer idoso – algumas pessoas conseguem chegar à velhice quase que completamente lucidas, mas são raros os casos - nesse processo de extinção da consciência até o derradeiro dia de abandonar o corpo e seguir em frente para não se sabe aonde, pois depende da visão religiosa de cada um; ou até mesmo ausência de religião... O que certamente, para essas pessoas sem nenhum credo, seria um retorno ao nada do qual vieram. Ver uma pessoa da qual temos algum envolvimento emocional definhar, sem mais se reconhecer como pessoa, com tudo que isso representa, ou a seus amigos e parentes, com aquele olhar vazio e cego rumo ao infinito, nos sucinta lembrança não do que ele se tornou; e sim do que aguardamos em nossa mente para a nossa hora derradeira, nos vendo da mesma forma que ele foi, muitos anos antes, nesses instantes infinitos, a imaginação, neste caso, longe de ser um dom especial humano, passa a ser uma maldição.

[2] A solidão tem inúmeras faces, dentre elas, a mais dolorosa é aquela em que temos ao lado de uma pessoa que deveria nos completar, um sonho impossível por que a tese de que precisamos de outra parte de nós, vagando por aí como alma gêmea, parceiro infinito, ou qualquer conto de fadas contemporâneo, é apenas isso. Sendo assim. Como suportar a solidão? Ela machuca mais que uma faca enfiada no seu corpo, sendo retorcida de um lado para o outro, por uma mão invisível.

[3] Assim sendo, o sofrimento em si e a incapacidade de aceitar as coisas como elas são. Ao perdermos um parente ou amigo, estamos na verdade com pena de nos mesmos por não aceitar o inevitável e querer aquele ente conosco e sabemos com certeza que jamais ocorrerá isso. Algo semelhante à separação de alguém que teoricamente amamos de nossa forma segundo nosso estilo de recompensa pessoal e ele não mais nos quer. Como se sabe, a dor é tão intensa que pode até matar em alguns casos. Pior quando criamos energia específica e no futuro aquilo irá gerar os tais fantasmas por uma situação a nós traumática...

[4] Seria como se vivêssemos numa Matrix de reencarnações, no entanto, isso também não é nenhuma novidade porque em praticamente todas as religiões humanas isso esta descrito, seja na Bíblia, no Budismo, Xintoísmo, Jainismo, Hinduísmo. Assim as pessoas que passaram por experiências semelhantes à minha, ao ver um amigo ou parente próximo morrer, até mesmo um filho ou filha, a aceitação e melhor do que o de uma pessoa que ainda esta presa a dogmas e religiões monoteístas e punitivas, com um ser do mal, criado por um deus punitivo para manter os fieis na linha de seus dogmas. Mas se lembrarmos de que há escalas de evolução para a reencarnação, então é natural que ocorra o mesmo em relação às religiões humanas, elas tem a função de contemplar as pessoas no grau evolutivo em que vieram à terra.

[5] - mas caso o suicida não tenha nenhuma religião, e não se importe com os devaneios psicológicos de quem tem fé em algo acima dele como conforto mental à própria morte - certa e sem data marcada para todos que não se matam –
[6] Quando eu era criança e morava no interior, havia apenas a velha igreja católica aonde fui batizado. Meus pais se mudaram de lá quando eu ainda tinha quatro anos, e décadas após quando fui rever parentes, já havia inúmeras [1]igrejas protestantes, vi um centro [2]Kardecista, e até um centro espirita da [3]umbanda. Fiquei na casa de uma tia que era protestante e pediu para ir com ela a sua igreja assistir ao culto. No final recebemos panfletos da palavra de deus e mais cantilenas em revistas e conversas dos membros da igreja. Conhecer pessoas e seu nível de ascensão faz parte do que sou como [4]reencarnacionista, e como tal, sei que há uma diferença imensa entre pessoas que nasceram pra guiar e outros que apenas seguem. Em meu credo se chama pessoa ascendida, contudo, mesmo esses seres, ao retornarem a terra, ainda assim serão conspurcados pela cultura e religião que serão inseridos.


[7] Eu disse certa vez num texto que todos podem ser religiosos, mas só ascendidos podem ser reencarnacionistas, até mesmo aqueles que ainda movem suas vidas por tais valores presos à noção cármica, oriunda das castas indianas e sua punição por ter feito isso ou aquilo na outra vida, tendo que pagar na próxima; ou seja, a conspiração aí é se comportar socialmente para na próxima ‘ganhar’ de forma pavloviana uma existência mais profícua.


[8] Conviver com quem amamos de verdade – em geral os nossos filhos e depois os outros, sempre nessa linha – também com quem herdamos como parentes próximos e distantes, amigos, paixões, amores, desejos, sexo, ou inveja de quem está ao nosso lado, e ainda assim se sente vazio por não ter o que possuímos; com certeza causam em nós muito mais dores do que uma faca nos rasgando de lado a lado. No entanto, de todas as dores, a mais intensa é a que deixamos nossa mente comandar para o interior de nosso ser...

[9] O termo Psicometria foi criado em 1849 pelo médico norte-americano J. Rhodes Buchanan. Ele pesquisou e realizou durante anos consecutivos uma série de experiências, mas somente depois de algum tempo estudando os efeitos do fluido magnético com pacientes sonâmbulos, que realmente chegou a conclusões precisas. Seu método de estudo consistia em apresentar a estes pacientes objetos pertencentes ao presente ou passado de uma pessoa. Os sonâmbulos passavam a descrever cenas relativas às épocas de existência do objeto e até mesmo o próprio caráter da pessoa a quem pertencia o objeto psicometrado. Desde então, foram realizados diversos estudos e publicados livros com interpretação religiosa deste fenômeno. Em termos parapsicológicos, significa registro, apreciação de atividade intelectual, e que contamina de forma quântica o ambiente que habitamos. Segundo essa teoria, o pensamento espalha suas próprias emanações em toda parte a que se projeta, deixando vestígios espirituais onde são arremessados os raios da mente. Como o animal, que deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. O pensamento cria as marcas da individualidade de cada um, que vibram onde se vive e por elas provocam sensações do bem ou do mal naqueles que entram em contato.

[10] Muitos distúrbios fazem com que o ser humano sofra, tanto de males físicos quanto psíquicos. Os que acometem o nosso corpo são os males orgânicos, as doenças físicas.  Os males que afetam o psíquico são as doenças mentais ou distúrbios mentais. Tem ainda os males que afetam simultaneamente corpo e mente, e são chamados distúrbios psicossomáticos. As doenças da alma podem se apresentar pelos sintomas que se enquadram em todas as doenças, e têm características próprias, necessitando de tratamento especializado. Estudos mostram que a doença da alma está sempre presente, tanto nos males físicos quanto em outros males, já que a alma é parte da vida em todas as situações.
Doenças da alma: Quadros psicopatológicos, como ansiedade, medo, aflição, depressão, pânico, como também sintomas de natureza orgânica (por exemplo, problemas de pele, gástricos ou quadros crônicos como câncer) quando ligadas de alguma forma com aspectos da multidimensionalidade são consideradas doenças da alma e merecem atenção especial.

[11]‘a Teoria Quântica da Consciência de Penrose e Hameroff ’, em homenagem aos criadores da mesma, diz algo que já se sabia das religiões orientais reencarnacionistas, da minha inclusive, e ainda escrevi um livro de ficção em 1999, que breve posto em meu blog, dizendo o mesmo.

Segundo a teoria, o universo é autoconsciente e nossa alma é uma extensão dele, assim como nossos átomos funcionando da forma quântica aí acima. E ao experimentarmos a sensação de quase morte, 1º vemos nosso paraíso religioso particular segundo o credo onde nascemos geograficamente, ou ausência do mesmo, mas com conhecimento empírico do mesmo; e depois expandimos nossa consciência para a vastidão do cosmo e sentimos que fazemos parte de algo incomensuravelmente imenso e protetor, o universo em si.


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