POR DAVID DA COSTA COELHO
A história humana está cheia de mitos, contos, deuses e lendas, mas nenhuma delas existiria antes da invenção da escrita se não fossem os contadores de histórias, responsáveis por manter a mesma no ensino oral de seus descendentes. Mas a partir do momento que o homem inventa a escrita, a pessoa mais importante do mundo se torna o escritor porque as palavras e histórias contidas nas letras que ele escreve, agora podem atravessar fronteiras e viajar o mundo.
Graças ao escritor, todo conhecimento humano pode ser desvendado e escrito, reescrito e reinventado porque todo livro é a opinião de uma determinada pessoa, seguindo um contexto histórico, geográfico e religioso, por isso entender a cultura e a época do escritor é de fato entender mais do que ele fala nos escritos. E é graças a esta figura mágica, intelectual coletivo que a religião pode se espalhar e ser o alicerce de criação de nações, pois se unem por uma pátria [1]portátil mais religiosa do que geográfica, e no mundo moderno há dois grupos de pessoas que se identificam claramente desta forma, os islâmicos, e os judeus...
Mas para que o estado judaico ressurgisse depois do ano 136, quando os romanos fazem a segunda diáspora, cabe ao escritor judeu mais importante de Israel - [2]Theodor Herzl – fomentar tais arcabouços teóricos, ainda mais num período de nacionalismos exacerbados, onde a Itália e a Alemanha tinham acabado de se unificar, pois em suas escritas ele elabora o quadro teórico desse novo estado, através das ideias do [3]sionismo, e principalmente do sionismo [4]nacionalista, para tornar isso possível.
Theodor Herzl é o intelectual coletivo, o agregador de ideias reais na criação de uma mentalidade judaica uniforme no campo político, convencendo as demais nações poderosas a conceber um estado judeu na palestina, econômico porque os judeus têm seu próprio banco, e uma editora internacional para divulgar suas ideias em vários idiomas, e social no sentido de convencer financiadores judeus ricos e simpatizantes para adquirir terras na palestina, e mudar-se para lá, iniciando o processo de assimilação e cultura própria, e assim sendo, ter seu próprio estado.
As suas falas permitirão em poucos anos,uma mentalidade uniforme em torno do renascimento de uma nação que estava apenas na crença judaica de retorno as suas origens, e tornará o povo judeu, não mais disperso pelo mundo, e sim dono de seu próprio estado e território, comprado em parte, outras ganho em guerras, construído e mantido a ferro, fogo e tecnologia de ponta; sendo a 10ª nação [5]atômica da terra, portanto, inatacável por qualquer inimigo próximo sem armas atômicas...
Das ideias e visão geográfica deste escritor judaico com a situação histórica de seu povo pelo mundo, surge o renascimento de Israel porque os judeus, ao longo de séculos são perseguidos e culpados de toda sorte de malefícios onde quer que vivessem; e como não tem uma pátria que preserve seus valores, cultura e bens financeiros, são roubados e assassinados aos milhares por séculos, sob o julgo de diverso impérios...
Durante a ascensão da Igreja Católica como religião dominante europeia, nas cruzadas, na inquisição tanto Católica quanto Protestante, nos [6]Pogroms, e finalmente aos milhões na 2ª Guerra Mundial, nos campos de [7]extermínio na Polônia, e na luta pela criação do seu estado em maio de 1948 através de um plano proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Mas a os antecedentes desta história moderna ocorre principalmente porque uma pequena parte do povo judeu permaneceu no Oriente Médio, apesar de todas as mortes e perseguições na passagem das eras, sendo uma cabeça de ponte para a expansão territorial e populacional para o futuro estado de Israel:
“Mesmo após a destruição do segundo templo de Jerusalém e do início do exílio, a vida em Israel continuou e floresceu normalmente. Grandes comunidades se restabeleceram em Jerusalém e Tiberíades por volta do século IX. No século XI, havia concentrações judaicas em Rafah (em hebraico, Rafíah), Gaza, Ashkelon, Iafo (Jaffa) e Cesaréia. Os cruzados massacraram muitos judeus durante o século XII, mas a comunidade se recuperou nos dois séculos seguintes, quando um grande número de rabinos e peregrinos judeus imigrou para Jerusalém e Galileia. Rabinos proeminentes se radicaram em Safed, Jerusalém e outros lugares durante os 300 anos seguintes. No início do século XIX – anos antes do nascimento do movimento sionista moderno – mais de dez mil judeus viviam ao longo do que hoje é Israel. Os 78 anos de construção da nação, iniciados em 1870, culminariam com o restabelecimento do Estado judeu.”
As potências europeias tem interesse estratégico no Império Turco e já tomaram parte dele em batalhas sanguentas, mas no século XIX, apenas revoltas internas ameaçavam o império, e eram resolvidas rapidamente com o linguajar do massacre aos revoltosos...
Graças a essa estabilidade política, e garantia do investimento, acordos são feitos para explorar e modernizar o império sem uma guerra efetiva, e nesse sentido, a França sai na frente ao fazer um acordo com a província turca Egípcia, governada por Ismail, um paxá – governador de província – graças a isso, o Canal de Suez será feito por egípcios e franceses.
Com a construção e abertura do Canal de Suez no século XIX, a viagem a Europa deixa de ser de 7000 mil quilômetros pela ponta da África, e passa a ser de 160 quilômetros, do Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo, reduzindo tempo e despesas, gerando riqueza e cobiça na Europa. Com a abertura do canal, a população judaica que vive na palestina e outras localidades do império turco começa a aumentar porque Jerusalém era habitada secularmente por judeus, e o canal serviu, num certo sentido, como movimento agregador de mais imigrações judaicas advindas de todo mundo árabe, Europa e Rússia, para o futuro país:
“Consequentemente, a [8]situação dos judeus do país foi melhorando, e seu número aumentou substancialmente. Na metade do século, a superpopulação no interior das muralhas de Jerusalém levou os judeus a construírem o primeiro bairro fora das muralhas (1860), e, nos vinte e cinco anos seguintes, adicionaram mais sete, formando o núcleo da nova cidade. Em 1870, Jerusalém tinha uma maioria absoluta judia. Terras para a agricultura foram compradas em todo o país; novos assentamentos rurais foram estabelecidos; a língua hebraica há muito restrita à liturgia e à literatura, foi reavivada. Era o estágio ideal para o início do movimento sionista.”
Desta forma, o canal de Suez serviu de embrião do futuro estado de Israel na palestina, e que começa a surgir ainda dentro do império turco, onde as etnias ali existentes vivem e se respeitam como súditos do império. Ela é habitada no seu entorno por minorias de cristãos, judeus, e árabes em sua maioria.
Já no inicio do século XX as coisas começam a mudar e a palestina passará por mudanças catastróficas com a 1ª Guerra Mundial, ela ainda era parte do Império Turco, assim como a Bahia faz parte do Brasil, mas durante a 1ª Guerra Mundial, no ano de 1917, grande parte do império turco no oriente médio são conquistados por ingleses e franceses, e a palestina se torna uma zona internacional após a guerra, e fica sob o mandato britânico.
“Em 1914, com o início da I Guerra Mundial, a Inglaterra prometeu, em troca do apoio dos árabes contra Alemanha e Turquia, a independência dos países árabes, então sob o domínio otomano, incluindo Palestina. No entanto, havia um acordo sigiloso com os franceses para a dominação do mundo árabe. Após a Guerra, todos os futuros países árabes foram ocupados pelos Ingleses e Franceses; e a Líbia ficou para os italianos.”
Nos acordos feitos durante a guerra contra os turcos, os ingleses insuflaram os lideres árabes com promessas de território, e convenceram também lideranças judaicas a entrar no conflito, para que no futuro seu estado pudesse existir; o compromisso inglês de um estado judeu naquele território veio através da declaração [9]Balfour. E com essa declaração do estado por nascer, faltava o intelectual orgânico, e nesse momento entra em cena outro escritor, David Grün, David Ben-Gurion...
David Ben-Gurion se torna o intelectual orgânico, aquele que insufla seus correligionários e toma as ações efetivas não só no campo das ideias com intelectuais judeus, financistas, mas também armas, construindo-as secretamente para assegurar a segurança nos assentamentos, comprando no exterior, e mais tarde levando [10]legiões judaicas a lutar ao lado dos ingleses na 2ª Guerra. Nesses períodos ele aprende muito sobre técnicas de guerra, guerrilha, e aonde ir para comprar mais armas, um conhecimento que fará o estado de Israel menos fictício e mais real...
Antes da guerra, as palavras Theodor Herzl continuam a contaminar as ideias judaicas, e os judeus que chegavam passaram a comprar terras na palestina, não se negociava preço, e se pagava por qualquer tipo de terreno, mesmo rochoso e sem vida, mas havia uma regra principal, uma vez comprada, ela deveria estar completamente desocupada, e ser colonizada e habitada exclusivamente por judeus...
Após a guerra o fluxo de judeus aumentou ainda mais, e a declaraçãoBalfour estimulou as lideranças judaicas em ter sua nação em todo seu esplendor antigo e bíblico Eretz Israel: A terra prometida em toda sua extensão bíblica, dada por deus.
O [11]Hagana é criado para dar proteção aos colonos judeus e seus assentamentos na palestina, e dele, virá ramificações mais sanguinárias para a criação do estado judeu a exemplo do [12]Irgun...
Mas os habitantes não judeus da palestina não veem aquilo com bons olhos, muito menos a declaração Balfour, pois isso é uma afronta, uma catástrofe porque a palestina era território islâmico há séculos, portanto era:
Dar al-Islam - "a terra do islã" - termo utilizado no islão para classificar territórios sob controle muçulmano, e permitir um estado judeu no território islâmico era uma catástrofe; e a resposta seria AL-HARB—A Casa de Guerra, ou seja, o território islâmico não pode ser dado ou concedido a não islâmicos, isso é um crime, e não pode também ser reconhecido por nações islâmicas, e portanto haverá guerra para retomar o território...
Desta forma, milícias árabes são formadas e surge o primeiro congresso nacional palestino -1919 - precursor da OLP. Esse movimento serve como intelectual coletivo para o nascente movimento nacionalista palestino; gerando diversas facções que passarão a lutar contra ingleses e judeus, e após a formação de Israel, luta até hoje por um estado palestino.
Mesmo após esse congresso palestino, o número de imigrantes judeus não para de aumentar e o caldeirão de discórdia está começando, e no ano 1929, árabes e judeus entram em conflito, morrendo mais de 100 de cada lado, e a temperatura de ódio e segregacionismo ainda nem chegou ao ponto de ebulição...
Para acalmar os ânimos, a Inglaterra tenta fechar o numero de imigrantes, mas em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha, e inicia sua perseguição aos judeus, e eles decidem imigrar em massa para a palestina, mas isso tem um preço...
Os árabes iniciam uma rebelião e uma greve em contrário à imigração judaica e o Império Britânico porque a palestina é árabe, e os ingleses deveriam expulsar os judeus e devolver o território aos árabes, os verdadeiros senhores daquela terra; mas os ingleses revidam com a linguagem de sempre, reforço nas tropas, caçada aos lideres do movimento, bombardeio aéreo e terrestre de vilarejos insurgentes, e após presos, estes líderes são deportados ou enforcados, e a rebelião é exterminada...
Mas os judeus não estão pacificamente observando tais coisas, antevendo o futuro de violência por vir, por isso eles atuam não só na imigração, e sim na militarização do povo enquanto não possuem um exército oficial. Para isso é criado um programa chamado soldado cidadão, treinado por instrutores britânicos, inclusive com recrutamento de jovens, o objetivo é defender Israel e suas aspirações libertárias, centralizadas na figura de seu líder, David Ben-Gurion.
Mas há entre os judeus outras facções paramilitares com menos paciência para criar o estado judeu, dentre eles o Hagana, o e Irgun, criado como resultado de uma cisão na Haganá. o Irgun se diferia da Haganá, porque qualquer ataque ao povo judeu teria represálias, além disso, eles dirigiam ataques contra militares britânicos e, em alguns caso, até mesmo civis...
E outra facção ainda mais aguerrida foi o Lehi, criado em 1940, também conhecido como Stern Gang para as autoridades britânicas na Palestina; seu principal objetivo era expulsar os britânicos da Palestina para permitir a livre imigração de judeus para a região e criar um Estado judaico, coisa que os ingleses não permitiam.
Os judeus que conseguem escapar da Alemanha nazista, e os que vivem na palestina engrossam as fileiras do exercito britânico para lutar na guerra contra Hitler, e quando a guerra termina o que se vê é o espetáculo dantesco dos campos de extermínio, onde morreram milhões de judeus, ciganos e outras etnias que foram massacradas cientificamente, pois o holocausto teve um planejamento de fábrica de mortes...
A imigração para a palestina agora se intensifica, mas os ingleses têm seus interesses geopolíticos na região e começam por diminuir o fluxo de imigrantes, e até mesmo deportá-los para as nações de origem, ou prendendo e enforcando os mais radicais.
Muitos destes navios acabam naufragando, e o mandato britânico está cada vez custoso ao império Inglês, e as facções judaicas vão lhes cobrar essas mortes em sangue, pois seus interesses estão sendo ameaçado pelos ingleses, e pelos árabes que não querem mais judeus, e sim que os devolvam para onde vieram, e crie uma palestina árabe...
Essas facções querem uma imigração judaica com porteiras abertas para todos os judeus imigrar para a terra santa porque eles continuam a serem perseguidos na Europa, mesmo apos o fim da 2ª Guerra. Mas a solução dos ingleses é apertar o cerco aos judeus, imigrantes e as facções terroristas deles, e qual será a resposta judaica a estes crimes?
As facções judaicas declaram os ingleses como inimigos porque estão matando judeus. Impedindo mais imigrações, e no sentido de apoio, o lado que eles escolheram era o dos árabes. Desta forma, o Irgun, o Hagana, o Stern, e oPalmach decidem pela luta, e partem para ataques terroristas as instalações de infraestruturas britânicas. A resposta dos ingleses foi essencialmente no mesmo tom, uma dura caça aos grupos terroristas que destruíam o patrimônio inglês, e o Palmach será o alvo primordial da operação [13]Black Sabbath...
A resposta dos judeus aos ingleses em resposta ao Black Sabbath veio em abril de 1946, os diversos grupos judaicos se unem contra os ingleses, inimigo comum, e o Irgun explode o hotel Rei Davi, em Jerusalém, matando 91 civis. Depois disso o clima de armistício entre judeus e ingleses não tinha mais volta porque os judeus continuavam a ser perseguidos pelo mundo, e os ingleses não permitiam mais imigrantes, portanto a saída era necessário terminar o mandato britânico na palestina e criar o estado judeu, liberando a imigração geral para o novo país.
Por pressão política, e apoio dos EUA, novo líder mundial depois de ser um dos vencedores da 2ª Guerra, e o único no momento a possuir armas atômicas, uma resolução de partilha da Palestina, foi aprovada é aceita na ONUem 29 de [14]novembro 1947...
A resposta dos árabes foi à revolta contra os judeus, e por sua vez, esses revidam, e uma guerra velada tem início. Os judeus compram armas na Tchecoslováquia para se armar antes dos ingleses terminarem seu mandato e deixarem à palestina, e atacam vilarejos árabes para expandir seu território. Para isso era preciso ‘expulsar os palestinos que morassem no futuro território israelense’; Deir Yassin foi o local escolhido e seu povo massacrado. Depois desse dia, palestinos começam a abandonar o território para se juntar aos exércitos árabes que se preparavam para expulsar os judeus da palestina.
E a guerra não demora porque em 14 de maio de 1948, os ingleses deixam a palestina, e David Ben-Gurion declara a independência de Israel. A guerra agora é real porque tropas egípcias, sírias, do Iraque, Líbano e Transjordânia, mas os judeus conseguem derrotar os inimigos porque contavam com armamentos obtidos anos antes em preparação para aquele momento. Contudo, o mesmo que o correu no vilarejo palestino de Deir Yassin ocorre com os judeus que habitam os países árabes, eles são mortos e expulsos e rumam para israel. Sem dinheiro e propriedades porque tudo foi confiscado, a guerra não tem coração só interesse em vitória e ideologia.
Após sua formação, Israel entende que só uma coisa pode manter seu estado, o poder militar e muito dinheiro, por isso as campanhas judaicas para adquirir armas pesadas, aviação e doações internacionais se intensificam. As brigadas israelenses se tornam o exercito de Israel, e na guerra eles aumentaram seu território fora do que ficou definido na partilha. Apesar de tudo isso, em 11 de Maio de 1949, Israel é admitido como mais um País da ONU.
A partir daí, Israel precisou organizar de fato a marinha, o exército e a aeronáutica porque está cercada de árabes que querem sua destruição, e somente uma nação poderosa no sentido bélico poderia fazer frente a estes inimigos, de outro lado, eles firmam alianças secretas e estratégicas com os EUA, e também com a URSS em momentos ambíguos, pois jogando dos dois lados, enquanto não possuísse armas atómicas, o país estaria protegido.
Em 1956 isso foi decisivo porque o presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, nacionalizou o canal de Suez, responsável por 7% do transporte marítimo mundial, e cujo controle pertencia à Inglaterra. A consequência direta disso era o bloqueio do porto israelense de Eilat, além do acesso de Israel ao mar Vermelho, através do estreito de Tiran, no golfo de Acaba. A França, Inglaterra e Israel se unem numa guerra pelo canal e derrotaram os egípcios...
Mas devemos nos lembrar de que desde 1949 a URSS tem Bombas atômicas, e os EUA Já possuem bombas de hidrogênio, e há um acordo tácito entre eles de divisão do mundo em suas zonas de influencia onde podem atuar e intervir para não se destruírem numa guerra atômica, descrito no livro Stalin e a Bomba, de David Holloway.
Com os soviéticos ameaçando explodir bombas atômicas nos países vencedores do conflito, os Estados Unidos e a União Soviética obrigaram os três países a retirarem-se dos territórios ocupados, e o Canal de Suez voltou ao comando do Egito; mas com o direito de navegação estendido a qualquer país...
E para deixar bem claro esse poder atômico, a URSS explodiu 5 anos após o conflito de Suez, em 30 de outubro de 1961, o maior artefato nuclear da história, a Tsar Bomb, com 57 megatons, superando o poder da bomba de hidrogênio mais poderosa que os EUA explodiram em 1º de março de 1954. Esse teste americano ficou conhecido como Castle Bravo, cuja explosão chegou ao nível de 15 [15]megatons.
A importância de armas atômicas se tornou agora uma obsessão para Israel porque outras guerras contra os árabes se seguiriam eternamente se tal poder atômico não fosse conseguido. E a outra luta, A Guerra dos Seis Dias (1967), era exatamente o resultado dessa ação dos árabes; mas Israel faz um ataque preventivo em antecipação a uma possível invasão árabe. Israel vence e adquire mais território, incorporando as áreas da Península do Sinai, da Faixa de Gaza, Cisjordânia, as Colinas de Golã, passando a controlar o mar da Galileia, e a área oriental da cidade de Jerusalém.
Em 1969 o Egito e Israel travaram a Guerra de Desgaste, mas no final tudo ficou como estava entre as duas nações. Mas em 1973 a Guerra do Yom Kippur tem início, o conflito militar ocorreu de 6 de outubro a 26 de outubro de 1973, entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel...
Novamente Israel recebe apoio dos EUA e URSS promete ajuda oposta para socorrer os Sírios e Egípcios se não houvesse um cessar fogo, ou seja, as armas atômicas estavam de novo no teatro da guerra; além do mais, uma guerra próximo ao canaz de Suez, e isso era um desastre para a economia mundial, e os preços do petróleo iria as alturas se nada fosse feito...
Israel teve uma vitória tática, e se consolida como uma potencia bélica, mas os árabes agora podem jogar com outra moeda, o petróleo, e vem em seguida a primeira crise do petróleo, quando os árabes percebem o poder de persuasão e pressão política do ouro negro, fazem um cartel e aumentam os preços do petróleo...
Mas Israel sempre seria atacado por nações árabes enquanto não tivesse armas nucleares, então devemos nos lembrar de David Ben Gourion, pois ele percebeu isso e iniciou o programa nuclear israelense assim que Israel declarou sua independência, recebendo apoio material e tecnológico da França, país com uma grande população judaica. O serviço secreto americano, CIA, e a KGB soviética logo toma conhecimento deste poderio atômico dos israelenses e percebem que agora ele faz parte do clube atômico...
As nações árabes inimigas de Israel também descobrem isso, e de uma hora para outra não há mais coalizões de países árabes querendo atacar Israel, ou retomar territórios perdidos nas guerras desde a formação da nação judaica...
Ficam somente na retórica diplomática, implorando a ONU que Israel seja punido por vencer guerras e desconhecer resoluções, e por tomar deles terras, um pecado mortal que países do clube atômico e com poder de veto nas nações unidas; dentre eles a França, Inglaterra, Russia, EUA e China jamais supostamente cometeram ao longo de sua história, e não tem poder de impedir Israel de fazer o que desejar...
Agora a pressão árabe se dá no sentido de apoio a [16]‘causa palestina’, ao terrorismo contra Israel, e pressão por ‘direitos humanos’, dos palestinos, feito por nações árabes que são exemplos opostos aos direitos humanos, e nem se propõe a receber essas populações palestinas em seus territórios para acabar com esse conflito de décadas. Palestinos afinal são árabes e islâmicos, onde está a bondade nesse contexto?
Desde que descobriram o poder atômico de Israel, só lhes resta tentar obter poderio atômico, e o Irã é o único pais árabe que poderia fazer isso devido seu programa atômico avançado, mas Israel vem sabotando esse programa com ajuda dos EUA, matando cientistas atômicos iranianos; e se eles conseguirem um artefato, Israel ainda tem a vantagem suprema de iniciar uma guerra atômica localizada se necessário, e a vitória seria certa e radioativa para todo oriente médio e para o canal de Suez, alvo potencial...
Theodor Herzl cumpriu seu papel histórico, ele conseguiu criar um estado poderoso a ponto de vencer os árabes em todas as guerras que lutou. A nação que idealizou tem quase toda a extensão bíblica descrita. O país tem ciência e tecnologia de ponta, possui um exército que está entre os 10 mais poderosos do mundo, conseguiu criar uma agricultura de 1º mundo em desertos com tecnologia de gotejamento, possuem satélites, aviação, submarinos, drones, e um povo centrado no seu próprio estado, com cada vez mais judeus do mundo inteiro decidindo retornar a sua terra, ou enviar mais bilhões de dólares ao seu lar ancestral...
E ainda conta com milhões de judeus no mundo inteiro, lhes enviando bilhões de dólares para aumentar ainda mais tudo àquilo que faz de Israel o que nenhuma nação árabe se tornou em todos esses anos anterior a sua formação, mesmo nadando em petróleo...
Se isso causou e ainda causa mortes e destruição de pessoas, sejam idosos ou criancinhas, todas as nações existentes hoje não surgiram sem fazer o mesmo, e ainda fazem; e neste quesito, ninguém supera os EUA, mas eles se desculpam por explodir hospitais e escolas em suas guerras cirúrgicas, mas de vez em quando se calam porque o silencio também faz parte das guerras e extermínio de indesejáveis, ou revoltosos de nações inimigas, é isso é tão comum quanto o nascer do sol...
[1] Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se minha mão direita de sua destreza. Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria (Salmos 137:5-6).
[2] Em 1895 ele escreveu “O Estado Judeu”. A principal ideia do livro era que a melhor maneira de formar um estado judeu era formar um congresso sionista formado apenas por judeus. Da ideia partiu para a prática e, pouco tempo depois, já havia formado o “Sionismo Político”. No dia 29 de agosto de 1897 foi realizado o primeiro congresso sionista desde a diáspora, em Basiléia. Durante o congresso foi criada a Organização Sionista Mundial, e Herzl foi eleito presidente. A obra escrita por Herzl serviu de gatilho para o surgimento do sionismo enquanto movimento político organizado e repercutiu rapidamente na Europa, porque a perseguição aos judeus acentuava-se em todas as partes.
[3] O sionismo, o movimento de libertação nacional do povo judeu, recebeu este nome a partir da palavra "Sião", sinônimo tradicional de Jerusalém e da Terra de Israel. A ideia do sionismo — a redenção do povo judeu em sua pátria ancestral — está enraizado na contínua saudade e profunda ligação à Terra de Israel, que é uma parte inerente da existência judaica na Diáspora através dos séculos.
O sionismo político surgiu em resposta à contínua opressão e perseguição de judeus na Europa Oriental e à desilusão com a emancipação na Europa Ocidental, que não pusera fim à discriminação nem levara à integração dos judeus nas sociedades locais. Sua expressão foi formalizada no estabelecimento da Organização Sionista (1897), durante o Primeiro Congresso Sionista, reunido por Theodor Herzl em Basileia, Suíça.
O programa do movimento sionista continha elementos ideológicos e práticos para o incentivo do retorno dos judeus à Terra, facilitando o renascimento social, cultural, econômico e político da vida nacional judaica e procurando também alcançar um lar reconhecido internacionalmente e legalmente garantido para o povo judeu em sua pátria histórica, onde não fossem perseguidos e pudessem desenvolver suas próprias vidas e identidade.
[4] O Sionismo, ideologia nacionalista que prega a volta dos judeus à Palestina, começa a tomar corpo principalmente depois das perseguições movidas contra os judeus na Rússia, devido ao envolvimento da judia Vera Figner no assassinato do Czar Alexandre II, em 1881, e do processo na França contra o Capitão Dreyfus, de família judaica, condenado em 1894 por um crime que não cometera. O judeu húngaro Theodor Herzl, autor do livro "Der Judenstaat" (O Estado Judeu), no qual aborda idéias de assentamentos judaicos na Palestina, observando a intolerância contra os judeus na sociedade, especialmente o Caso Dreyfus, organiza, em agosto de 1897, o 1º Congresso Sionista Mundial, na Basiléia, Suíça, ocasião em que afirma: "O sionismo é o movimento do povo judeu em marcha para a Palestina; mas, o retorno à Palestina deve ser precedido pelo retorno do povo judeu ao judaísmo". O Congresso Sionista reuniu 204 dirigentes judeus do mundo todo e as seguintes resoluções secretas foram tomadas em 3 dias de debates:
"1) Estimular a colonização da Palestina, povoando-a de judeus, mediante uma emigração metodicamente organizada; 2) Organizar o movimento judeu, unificando suas formações espalhadas pelo mundo; 3) Despertar, reforçar e mobilizar a consciência judia em todas as comunidades; 4) Atuar nos diferentes Estados para obter o apoio e a anuência dos mesmos para o movimento sionista" (Hussein Triki, in "Eis aqui Palestina", pg. 53).
"Quanto a Herzl, fixou, por sua vez, as fronteiras do Estado, como segue: vão do Nilo ao Eufrates e da margem direita do Nilo ao Mar Vermelho e a margem esquerda do Eufrates, a maior parte do Iraque e a totalidade da Jordânia e da Síria, sem falar, naturalmente, da Palestina" (Hussein Triki, op. cit., pg. 67).
https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2014/07/sionismo-e-resistencia-palestina.html
[5] Durante anos de guerras e massacres a mídia partidária se cala e o povo leigo e partidário de uma das causas mais perdidas da história; perguntam-se por que o ocidente ou a Ásia não fazem nada? Mas que se há de fazer? Israel tem [8]250 bombas atômicas de vários megatons cada, capazes de varrer do mapa todas as principais cidades de países árabes inimigos que por ventura ousem um ataque maciço contra seu território, contando ainda com auxilio tecnológico e financeiro dos EUA para acertar os alvos. O ataque ao país judeu imporia uma destruição total do oriente médio, ou uma 3ª guerra mundial em escala mais sombria da coisa, e que em momento algum, nenhum dos 'especialistas' trazidos pelos programas de teve para dilapidar o conflito, explicam ao público leigo. Uma destruição atômica localizada seria mais aceitável pelas potencias atômicas porque resolveria o problema árabe de uma vez por todas.
https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2014/07/eretz-israel-terra-prometida-mas-sem-os.html
[6] Pogrom é uma palavra russa que significa "causar estragos, destruir violentamente". Historicamente, o termo refere-se aos violentos ataques físicos da população em geral contra os judeus, tanto no império russo como em outros países.
ANO DE 1881
Os “Pogroms” russos começam. Incitados pelos prelados ortodoxos, que difundiram um boato que o Czar Alexandre II teria sido assassinado por um judeu, multidões se juntam em mais de 200 cidades russas e destroem os bens dos judeus. Os pogroms tornar-se-ão comuns na piedosa Rússia Czarista, sobretudo entre 1908 e 1917. O mais violento dentre eles teve lugar em Kishinev, em 1913: as autoridades civis e religiosas da cidade incitam a multidão que ataca violentamente os judeus. Durante dois dias a multidão mata 45 judeus, fere 600 e pilha 1500 casas. Claro que os responsáveis (popes e políticos) nunca serão incomodados pela justiça.
https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2009/05/os-crimes-da-igreja-catolica.html
[7] Os campos de extermínio eram centros de assassinato em massa, projetados para a execução do genocídio [destruição total de um povo, no caso, os judeus] planejado pelos alemães. Entre 1941 e 1945, os nazistas estabeleceram seis destes campos no território polonês, o qual o qual estava sob completo domínio alemão: Chelmno, Belzec, Sobibor, Treblinka, Auschwitz-Birkenau (parte do complexo de Auschwitz) e Majdanek. Chelmno e Auschwitz foram estabelecidos em áreas anexadas à Alemanha em 1939, e os outros campos (Belzec, Sobibor, Treblinka e Majdanek) foram estabelecidos no Generalgouvernement, Governo Geral [nazista] da Polônia. Auschwitz e Majdanek eram campos de concentração e de trabalho escravo, além serem centros de extermínio. A maioria absoluta das vítimas dos campos de extermínio era composta por israelitas. A estimativa é de que 3.5 milhões de judeus foram assassinados nestes seis campos de extermínio como parte da "Solução Final" [genocídio]. Além dos judeus, outras vítimas foram os ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos.
[8] https://embassies.gov.il/brasilia/AboutTheEmbassy/Artigos_e_publicacoes/Documents/Fatos%20Sobre%20Israel.pdf
[9] A Declaração de Balfour é o documento no qual o governo da Grã-Bretanha - respalda pela primeira vez "o estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu na Palestina"
[10] Três movimentos clandestinos judeus ocorreram durante o período do Mandato Britânico. O maior deles foi a Haganah, fundada em 1920 pela comunidade judaica como uma milícia de defesa para a segurança da população judaica. A partir de meados dos anos 1930, o movimento também foi responsável por retaliações após os ataques árabes e respostas às restrições britânicas à imigração judaica com demonstrações e sabotagem em massa. O Etzel, organizado em 1931, rejeitou o autocontrole da Haganah e iniciou ações independentes contra alvos árabes e britânicos. O menor e mais militante dos grupos, o Lehi, foi criado em 1940. As três organizações foram dissolvidas com o estabelecimento das Forças de Defesa de Israel em Junho de 1948.
O Palmach foi fundado em 1941, com o objetivo de defender a Terra de Israel de qualquer ataque vindo das Forças do Eixo. Yitzhak Sadeh foi nomeado seu primeiro comandante. Era as forças regulares de combate da Haganá, o exército não oficial da Yishuv (comunidade judaica), durante o Mandato Britânico da Palestina. Foi constituída em 15 de maio de 1941 e pela guerra de 1948 já contava com três brigadas e auxiliares combates aéreos, navais e serviços de informação.
https://embassies.gov.il/Lisboa/AboutIsrael/history/Pages/HISTORIA-Domincao-externa.aspx
[11] Haganá. A palavra, porém, tem origem hebraica e significa "defesa". Era esse o nome de uma organização paramilitar judaica que combatia a ocupação britânica na Palestina, que durou de 1920 a 1948. Dela, nasceu a Irgun, a "organização", que pregava a luta armada como única alternativa para a criação do Estado de Israel. No seu ataque mais ousado, em abril de 1946, a Irgun explodiu o hotel Rei Davi, em Jerusalém, matando 91 civis – a maioria, ingleses, mas havia também árabes e até judeus. O líder desse grupo rotulado universalmente como "terrorista" era Menachem Begin, que se tornou o sexto primeiro-ministro de Israel. Como ele, vários dirigentes do Estado judaico tiveram vínculos estreitos com organizações sionistas de extrema direita, que participaram de atos de terror. Da Irgun, também fizeram parte os pais da atual chanceler de Israel, Tzipi Livni, que é a face visível e uma das vozes de comando no massacre contra palestinos na Faixa de Gaza.
[12] Vladimir Zeev Jabotinsky, ideólogo e fundador do sionismo revisionista, foi jornalista, escritor e poeta. foi o criador do Irgun. A política do Irgun era baseada no que era então chamado de Sionismo Revisionista fundado por Ze'ev Jabotinsky . De acordo com Howard Sachar , "a política da nova organização foi baseada diretamente nos ensinamentos de Jabotinsky: todo judeu tinha o direito de entrar na Palestina; somente uma retaliação ativa deteria os árabes; somente a força armada judaica garantiria o estado judeu".
[13] Durante a retaliação inglesa 4 judeus morreram, quase uma centena foram feridos, e cerca de 2.700 pessoas foram presas em todo o país e levadas para o campo de internamento de Rafiah. Dois dias depois, o comando Haganah, chefiado por Moshe Sneh, se reuniu para discutir a retaliação. A opinião era que a luta armada deveria continuar para provar aos britânicos que, apesar das prisões em massa, eles não conseguiram paralisar a Resistência Unida.
[14] A Resolução 181 da ONU de Partilha da Palestina foi aprovada em uma sessão histórica. O texto previa a criação de dois Estados, um árabe e um judeu, na região da Palestina histórica, que, naquele momento, estava sobre o controle dos britânicos. A liderança judaica aceitou a divisão proposta e proclamou, seis meses depois, em
[15] A quilotonelada ou a Kiloton é uma unidade de medida de massa correspondente a mil toneladas de TNT, são usadas para classificar a libertação de energia e medir o poder destrutivo das armas nucleares. Esta unidade nos dá uma ideia da sua destrutividade em comparação com os explosivos convencionais, a dinamite, conhecida como TNT. A megatonelada (ou Megaton) correspondente à explosão de um milhão de toneladas de dinamite.
[16]Como sabemos, a cada ano um palestino mata um israelense, e em resposta, dai Israel destrói prédios, escolas, infraestrutura, e os Golias se vingam atirando mais foguetes e pedindo a [4]ONU, aquela propriedade privada do clube atômico da 2ª guerra mundial, que não se matam porque o outro lado esta armado de [5]bombas de hidrogênio, capazes de erradicar cada ser humano da terra mais de 100 vezes, que façam alguma coisa contra esses judeus do mal.
Mas qual império atômico vai se lixar contra alguns milhares de palestinos que querem irritar uma nação com 250 artefatos nucleares, e que é amiga intima dos EUA? Tendo naquela nação o maior contingente de judeus fora de Israel, e que enviam todo ano bilhões de dólares para aquela nação, lembrando que o generoso tio Sam faz o mesmo, além de enviar armas de ultima geração e ainda disponibilizar os satélites para os ataques cirúrgicos a esses palestinos desalmados que querem destruir os tanques israelenses com essas pedras quânticas, atiradas de fundas e estilingues...
https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2015/11/palestina-causa-mais-perdida-da-historia.html