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O MITO CONSTRUÍDO DE MARINA SILVA... A PRÓXIMA PRESIDENTA?

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Por David da Costa Coelho
Uma das grandes benesses conspiratórias de nosso século ocorre quando a mídia tem interesse em determinado assunto, escolhendo entre as pessoas de seu nicho social – A e B - ou egresso e casses C ou D; assim, de uma hora para outra a imagem e a vida daquela pessoa vira febre e em breve temos mais uma celebridade. Neste contexto, ela persistirá como tal se realmente existir interesse das forças midiáticas que o criaram porque a mídia pertence à classe A, a mesma que detêm todos os cargos dos três poderes. Joaquim        Barbosa é um exemplo desta construção porque usou o seu mandato no STF para perseguir um partido politico, usar uma teoria da carochinha para prender e detratar petistas, ao mesmo tempo em que ocultava no mesmo processo a relação de seu filho com a empresa da qual os petistas do mal tinham envolvimento. Ocultou no processo a relação incestuosa da rede globo, no mesmo crime imputado aos petistas, excluindo a mesma do processo; ganhado com isso prêmios da emissora e um emprego para o seu filho também na emissora que deve bilhões ao governo. Em resumo, foi um pelego a serviço da elite, juridicamente esquecê-lo é o que a OAB e demais instituições jurídicas pretendem.
Esse é um exemplo atual, mas como o tema é a [1]Marina não podemos deixar de dar a ela um pouco de palmas porque ela é uma pessoa iluminada e se construiu com estrela e destino próprio, assim como o agora aposentado Joaquim Barbosa. Evidente que para sua estrela brilhar ela tinha que contar com a sorte, e isso veio ao lado de Chico Mendes, que após ser morto ficou um vácuo ambientalista, e a Marina, por sua história de vida e lutas próprias, além de filiada ao PT, tinha tudo para ocupar esse nicho ecológico verdista. Ao longo dos anos, com apoio de ONGs internacionais da qual a Amazônia sozinha tem mais de duzentos e cinquenta mil, mas não para salvar a Amazônia e sim catalogar as riquezas biológicas e minerais do local e depois revender esses segredos a seus países de origem. Apenas mais uma atitude comum nesse mundo de corruptos e canalhas. O capitalismo verde propalado por ambientalistas como Marina e demais associados de ONGs tomou o lugar da reforma agrária, defendida por Chico. Dai em diante ela ganha o estrelato, se torna personalidade politica, eleita vereadora, deputada estadual e senadora, e finalmente Ministra do Meio Ambiente.
O verdismo, o apoio de ONGs, o apoio de empresas que viviam do extrativismo verde como a Natura, e o próprio PT e elogios de Lula, elevaram Marina à personalidade mundial pela luta para ‘salvar o planeta’  - coisa de gente idiota - e o desmatamento no Brasil, com enfoque na Amazônia. Mas se em sua luta pessoal para ser alguém que nasceu para brilhar, como verdista os holofotes e a vaidade pessoal tinham mais enfoque em sua vida do que lutar no campo ideológico e politico pelos seus projetos. Como ministra do meio ambiente, sua gestão foi pautada por conflitos com ministros do seu próprio partido, eleito pela 1ª vez ao poder, e mais cobrados do que qualquer outro, para sanar a corrupção e fisiologismo que a elite implantou após a proclamação da republica e que perdura até hoje. Sem brios para se mantiver como ministra, já que seus projetos e sonhos de ser a escolhida de Lula para continuação do projeto petista não era mais possível, lhe restou deixar o ministério e em seguida o PT; com outros descontes petistas, funda seu próprio partido, melhor e mais ético do que todos os demais, se lança a disputa presidencial contra o PT de Lula e mesmo não se classificando para o 2º turno, obtêm milhões de votos que a deixam em 3º lugar como força politica nas eleições; uma terceira via para combater Dilma na reeleição.
 Mas as coisas não saíram assim tão bem quanto ela gostaria, porque seu modo de governança xiita, ou numa tradução do termo mais liberal, digamos marrenta, fez com que grande parte do apoio politico que congregou nessas décadas foi se extinguindo ainda quando era ministra. Ela esqueceu que em politica se faz o que se negocia e não o que se impõe porque deputados e senadores são ricos, ou se forem pobres e por milagre chegaram ao cargo, logo ficarão ricos. Assim eles defendem seus interesses imediatistas e de quem os colocou lá. Como o Brasil ainda carrega o ranço de uma agricultura voltada para exportação, o verdismo xiita não encontrou apoio nos projetos delas por deputados e senadores da bancada ruralista. Como criança mimada, deixou o ministério e virou oposição, sendo substituída por [2]Carlos Minc, alguém com uma história pessoal tão importante ou mais de que a anterior, mas antes de tudo alguém que realmente tinha o que mostrar na área de meio ambiente e cidadania, com inúmeros projetos legislativos aprovados no estado do Rio de Janeiro.
Marina agora estava livre, e juntos com outros descontentes do PT, se lançou na senda própria, ficando em 3º lugar na eleição para presidente da republica e continuar dando palestras e entrevistas como personalidade verdista escolhida. Mas seu xiitismo não deixou de existir, ao contrario, o partido que ela se filiou para disputar a presidência não era mais aquilo que sonhou, e decidiu que não mais faria parte de sua vida porque assim como todos os demais partidos do brasil, lá também havia alguns que eram vendidos e corruptos. Precisava concorrer as eleições de 2014, e como não havia um partido honesto pra isso, criou outro partido, e teve horas de exposição na mídia para convencer as pessoas de seu grupo de apoio a se filiar, mas não foi bem assim, e o partido, por uma serie de motivos não foi criado a tempo das eleições, e ela se junta ao PSB, na qualidade de Vice na chapa de Eduardo Campos a presidência da república. Mas já sabendo que tão logo seu partido ético e incorruptível seja criado, ela migrará para ele.
Concluindo, na politica, assim como na vida, não há espaço para utopias e xiitismos porque temos que conviver com pessoas de opiniões e conceitos sociais, políticos e religiosos diferentes. Não é possível ser candidato a qualquer cargo publico sem se envolver em todas as áreas que deverá atuar. Marina tem sim uma história, contudo, no meu entender ela jamais chegará à presidência porque não possui a aura politica para isso. E deveria, pois assim como eu, ela se formou em História, uma ciência que lhe abre leques de entendimento que muito poucas ciências humanas têm. Por isso ela é a mais complexa.
 Quando houve a crise mundial de 2008, Lula se entregou a ela para fazer a politica de [3]bem estar social que salvou o Brasil das medidas contumazes e criminosas do neoliberalismo; aplicadas por FHC em seus oito anos de governo, com falcatruas e privatizações criminosas; todas descritas em livros recentes, com documentos do ministério público e de CPIs, e em inúmeros blogs que não se vendem aos oligarcas de sempre. Graças a historia e a sua aura pessoal, ele fez de Dilma sua sucessora, e se quiser retornar em 2018, o povo o elegerá novamente.
 Quanto à Marina, continuaremos acompanhando sua carreira, quem sabe se ela retornar aos livros de historia, se aprofundando em Nicolau Maquiavel, Sun Tzu, e Getúlio Vargas, além de Lula é claro; ela não se eleja presidenta porque com a morte 'acidental' hoje, de avião, do candidato oficial Eduardo Campos, de quem ela era a vice; de novo aquela estrela de anos atrás esta de volta... Aguardemos as eleições porque a vitória segura de Dilma no primeiro turno, complicou, pois agora tem um novo componente nessa batalha; aliado ao mito do sebastianismo...



[1] Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima é uma ambientalista, historiadora, pedagoga e política brasileira filiada ao Partido Socialista Brasileiro. Iniciou sua carreira política em 1984 como vice-coordenadora da Central Única dos Trabalhadores no Acre. No ano seguinte, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores. Foi eleita pela primeira vez a um cargo público nas eleições de 1988, quando foi à vereadora mais votada de Rio Branco. Nas eleições de 1990, foi eleita deputada estadual, novamente com a mais expressiva votação. Nas eleições gerais de 1994, foi eleita senadora, aos 36 anos, tendo sido reeleita no pleito de 2002. Nomeada Ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro de 2003, ficou no cargo até 13 de maio de 2008. Foi candidata à Presidência da República em 2010 pelo Partido Verde (PV), obtendo a terceira colocação no primeiro turno, com mais de 19 milhões dos votos válidos (19,33% da porcentagem total). Sua atuação pela preservação do meio ambiente lhe rendeu reconhecimento internacional, tendo recebido uma série de prêmios internacionais, como o "Champions of the Earth" da Organização das Nações Unidas, por sua luta para proteger a Floresta Amazônica.  Pela criação do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia Regional, Marina foi premiada com o The Duke of Edinburgh's Award da ONG internacional WWF. Um ano mais tarde, recebeu em Oslo, na Noruega, o prêmio Sophie, da Sophie Foundation. Marina foi lembrada pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco e recebeu o Prêmio sobre Mudança Climática, também por causa de sua atuação na área e pelas iniciativas para criar um desenvolvimento sustentável. Em 2013, foi eleita pela Revista Época, uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil7 e foi incluída em uma lista de 10 brasileiros que foram notícias no mundo naquele ano, elaborada pela BBC Brasil.

[2] Descendente de família judaica, aos dezoito anos, cursando o Colégio de Aplicação da UFRJ, foi vice-presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (AMES), cargo de liderança no meio estudantil em plena ditadura militar. Ex-guerrilheiro, por sua participação em atos da esquerda armada contra o regime foi preso em 1969. Integrante da organização clandestina VAR-Palmares, onde militou ao lado de Dilma Roussef, participou em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, do roubo de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros (considerado pela guerrilha como símbolo da corrupção), de onde foram subtraídos 2,5 milhões de dólares. Foi libertado em 1970, juntamente com outros 40 prisioneiros políticos libertados em troca do embaixador da então Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Holleben, que fora sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e pela Ação Libertadora Nacional (ALN), e exilado. Retornou ao Brasil em 1979 através das concessões da lei da anistia. Em 1978, Minc terminou o curso de mestrado em Planejamento Urbano e Regional, pela Universidade Técnica de Lisboa. Doutorou-se em Economia do Desenvolvimento na Universidade de Paris, em 1984. É membro-fundador do Partido Verde (PV), juntamente com Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis, tendo sido eleito deputado estadual em 1986. Em 1989, por ocasião das eleições presidenciais daquele ano, rompeu com Gabeira, que era candidato pelo PV, e passou a apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, filiando-se ao PT, legenda na qual se abriga até hoje. Foi reeleito deputado estadual em 1990, 1994, 1998 e 2002, quando obteve a sua votação mais expressiva de todos os tempos. Defensor do socialismo libertário, Minc também declara que uma de suas bases programáticas é o direito das minorias e o meio ambiente. É autor de inúmeras leis aprovadas pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, das quais muitas são voltadas para a defesa do meio ambiente enquanto outras têm mais a ver com a cidadania. Carlos Minc, então ministro do meio ambiente. Recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela ONU às pessoas que se destacaram na defesa do meio ambiente em âmbito mundial. Nas eleições de 2006 reelegeu-se consecutivamente mais uma para o cargo de deputado estadual, somando 78.311 votos. O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, em 22 de novembro de 2006, confirmou a nomeação de Minc para o cargo de secretário do meio ambiente. Com o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em 13 de maio de 2008, foi convidado para assumir o ministério. O convite foi anunciado oficialmente no dia seguinte pelo porta-voz da Presidência da República Marcelo Baumbach. A cerimônia de posse ocorreu em 27 de maio de 2008 no Palácio do Planalto. Em 31 de março de 2010, deixou o Ministério para concorrer novamente ao cargo de deputado estadual. Reelegeu-se ao cargo na Alerj, pelo PT, com 87.210 votos. Em janeiro de 2011 assumiu pela segunda vez o cargo de Secretário do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro.
        

[3] Estado de bem-estar social, Estado-providência ou Estado social é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com o país em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população. Os Estados de bem-estar social desenvolveram-se principalmente na Europa, onde seus princípios foram defendidos pela socialdemocracia, tendo sido implementado com maior intensidade nos Estados Escandinavos (ou países nórdicos) tais como Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia), sob a orientação do economista e sociólogo sueco Karl Gunnar Myrdal.  Esta forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo etc.) O historiador Robert Paxton observa que no continente europeu, as fundações do Estado do Bem Social foram elaboradas por conservadores e liberais econômicos no final do século 19 como alternativa ao socialismo, com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis à existência de qualquer cidadão e para evitar a união de trabalhadores, que os ideais socialistas, na época ganhando força, se tornassem mais intensos e mais tarde, também pela pressão dos movimentos sindicalistas, o estado do bem-estar social foi empregado de maneira mais eficiente. Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo o indivíduo teria o direito, desde seu nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços que deveriam ter seu fornecimento garantido seja diretamente através do Estado ou indiretamente, mediante seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Esses direitos incluiriam a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima, recursos adicionais para a criação dos filhos, etc.

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