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AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO.
Há uma clara definição entre o que os humanos supõe ser o certo e também o que seria errado, mas e se isso não passar de uma convenção governista para agradar a sociedade real e não a oculta, da qual eles controlam e manipulam em beneficio próprio? Manter-nos nessa linha é o objetivo, mas e se não precisássemos seguir, ou se ela pudesse ser mudada de acordo com a nossa vontade? Para algumas pessoas essa opção é possível, mas o preço...
Seu nome era Hanna, uma cientista judia americana trabalhando num laboratório secreto na ÁREA 51, sua esfera de conhecimento era a exobiologia, e seu objeto de pesquisa havia chegado há cinco anos, diretamente da NASA. Remontava a corrida espacial e o envio do homem a lua, graças a isto, inúmeras pedras foram trazidas para a Terra. No entanto o que mais chamou atenção dos cientistas envolvidos nas pesquisas do material recolhido era a descoberta de bactérias nos meteoros, ou seja, em algum momento existiu próto vida na lua. Outra peculiaridade foi o meteoro vindo de marte encontrado na Antártida, e um exame mais minucioso revelou que ele continha as mesmas formas de vida originadas nas pedras da lua.
Algo mais profundo em termos de conhecimento deveria vir de pesquisas e trabalho científico apropriado, por isso Hanna foi à escolhida para chefiar o empreendimento, para isso ela contava com recursos e tecnologia a sua disposição que nenhum outro projeto complexo e secreto dos EUA dispunha. Seu trabalho prosseguiu por 10 longos anos, tinha quase 50 anos de vida quando fez a descoberta mais fantástica da humanidade, e certamente a mais secreta e irrevelável que poderia existir; por isso fazia parte da área 51.
O DNA lixo da raça humana, o meteoro de marte e as pedras da lua tinham vindo de algum lugar similar, elas eram mais do que bactérias, e sim um código biológico alienígena para criar vida, modifica-la e evolui-la muito além da raça humana, pelos seus cálculos, deveria ter uns oito bilhões de anos. Mas o que se descobriu em seguida era mais aterrador, não estavam mortos nas pedras, pois semelhantes aos vírus, apenas hibernavam na espera de uma forma de vida que outros meteoros provenientes do espaço teriam trazido e evoluído da mais simples a complexa ao longo de bilhões de anos, para numa segunda oportunidade entrar em contato com a espécie agora inteligente, reescrever seu DNA para a forma suprema da civilização que as teriam criado, revivendo – a de sua extinção...
Em termos comparativos, seria como o cavalo de troia usado para destruir a cidade e dar a vitória aos gregos. Só que no caso especifico, o premio era erradicar a humanidade primitiva e bestial e fazer a mesma ser o resultado de evolução superior mais velha que a própria terra. Essa resposta latejava na cabeça de Hanna, e agora que sabia a verdade através dos supercomputadores e informações do projeto genoma, só lhe restava testar sua teoria, mas antes deveria informar seu superior, e este ao presidente. Até então ela nunca teve motivo algum para ir contra sua programação hierárquica, mas um exame médico lhe revelou algo do qual ela ocultou de todos seus superiores. Estava com câncer no útero, seu medico e amigo íntimo de infância lhe dera apenas mais três anos de vida caso se tratasse nesta fase inicial da doença e fizesse quimioterapia, mas para isso ela deveria se cuidar mais e abandonar a rotina de vinte horas de trabalho...
Então ela entendeu o porquê jamais se casou, teve filhos ou mantinha um namorado, nascera para algo maior do que ser mais um ser humano esquecido ao morrer, sua vida, assim como aquelas bactérias secretas tinham um proposito obscuro, e ela agora sabia qual era. Não fazia nenhuma diferença morrer dentro de três anos em sofrimento, ou dentro de alguns dias se o que fosse fazer não desse certo. Algumas amostras de bactéria foram postas em uma seringa, e em segredo ela se injetou com os seres mais velhos que o sistema solar. Depois disso ela ficou o final de semana fora do laboratório e se refugiou em um dos inúmeros locais de repouso para cientistas, mas não fora da base. Seu projeto era como seu filho, seu emprego secreto o seu amante, e suas descobertas mais emocionantes que os filhos que ela jamais teria.
De seu sono profundo e em sonho ela ouve uma voz antiquíssima em sua mente, seu corpo se ergue da cama com uma energia e poder que a doença jamais lhe permitiria, em pé ela respira e sente o novo ser dentro dela crescendo como um bebê, algo que saiu do sono mais antigo do universo. Hanna agora divide sua mente e corpo com outra personalidade, o nome é impronunciável, mas ela a chama de irmã. Como um computador sendo atualizado, seu corpo se cura, seu DNA se reescreve e se atualiza com o que estava presente em seu corpo, e que até então achavam que não servia para nada. Embora sua forma humana não se modifique, o conhecimento e o poder afloram numa escala que a humanidade jamais teria capacidade de compreender em face aos bilhões de anos que deveriam evoluir para tanto. E como tal, se soubessem o que estavam por vir, o medo do desconhecido e o extermínio da cientista seria a resposta ao que seria feito ao novo eu crescendo dentro dela; mas não teriam essa chance...
Os dias passam e sua pesquisa prossegue nas mãos de seus comandados, mas não o que ela descobriu, pois estava apenas em sua mente e jamais foi escrito ou digitado... Não há mais o que fazer ali, ela agora esta numa nova missão, uma revolução da humanidade que faria o extermínio da sua própria raça. Seu primeiro alvo foi o medico e amigo, Steve. A vida dentro dela pulsava para modificar aquele frágil corpo humano, mas antes disso deveria não só se manter naquela forma frágil, como também levar a outros humanos o contágio, e para isso ela contava com dons que era sua nova natureza. Sua mente estava tão à frente de seu tempo que não havia barreiras físicas ou mentais a seu novo eu. Ao ver a cientista ele foi dominado pelos instintos masculinos sexuais que a mente dentro ela ordenava a ele, então eles se amaram. Daquela união o contato proveria mais um ser que também ocuparia o corpo do médico.
O contato físico e sexual com outros humanos iria possibilitar a inserção do novo DNA reescrito em quem eles se relacionavam e não tinham como resistir ao comando mental da sedução, e assim, em progressão aritmética e sob controle total de Hanna, o novo mundo dava aos poucos adeus silenciosamente à raça humana. Quando havia um numero suficiente de pessoas portando o novo genoma, os aeroportos do mundo levaram sem saber a maior arma biológica já criada no universo, sem que nenhum governante soubesse ou pudesse fazer algo em contrario. A revolução e evolução silenciosa que extinguiu a humanidade não vieram das armas, egoísmo e da hipocrisia humana, e sim silenciosamente da raça que programou a própria evolução para se recriar onde suas vidas latentes caíssem.
Quando todos os humanos estavam infectados, da mente da cientista o comando supremo veio e foi captado mentalmente por todos. Naquele momento as personalidades supremas assumiram os corpos, e as mentes antigas dos corpos possuídos foram deletadas, junto com o outrora espirito humano inferior, os genes que dominavam os corpos eram de seres que viveram há bilhões de anos e guardaram no DNA lixo suas consciências, agora estavam vivos novamente apesar da longa espera; prontos novamente para colonizar mais um universo paralelo...
Panspermia Dirigida [1 de 2] - Origem da Vida - Francis Crick
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Panspermia Dirigida [2 de 2] - Origem da Vida - Francis Crick