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AS EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE E A REENCARNAÇÃO...

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AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO

Quando eu tinha 16 anos fui internado com imensas dores de cabeça que nenhum médico de então sabia dizer o motivo porque na época só se faziam radiografias toscas, mas graças a um tio já falecido hoje, e que era enfermeiro, conseguiram uma tomografia computadorizada para mim – novidade na época– e embora não tivesse muita resolução, os médicos descobriram que eu tinha um imenso coágulo no cérebro, e que minha situação era mais do que crítica, porque o sangue em minha caixa craniana não teria como sair; e eu ia morrer se não operasse de imediato e aquele sangue fosse retirado. Evidente que a operação envolvia risco de não voltar da mesa de operação. Era algo extremamente perigoso e as taxas de sucesso na época naquele hospital público ficavam na casa dos trinta por cento, e isso foi dito aos meus pais. E não havendo outra solução, a ordem para operar teve início.
Na mesma semana que me operaram, dois rapazes passaram por operação semelhante, mas ambos morreram o que foi informado a meus pais, mas eles não tinham o que fazer a não ser tentar. Fui levado à sala de operações, vestido apenas com a roupa azul para a operação e com a cabeça completamente raspada. Fui posto no soro, e o médico ia falando comigo, enquanto eu recebia anestésicos no soro e na coluna. Em segundos eu não estava mais ali. Num certo sentido eu morri por mais de 12 horas de operação, mas não foi bem assim que ocorreu. Recordo-me de sair da sala, percorrer todos os corredores do hospital, falar com as pessoas, mas elas não me ouviam. E eu não entendia o porquê. Eu rodei o hospital inteiro, entrei até em salas que não era permitido, e meu turismo por aquele local e por pessoas mal educadas que não me respondiam prosseguia...
Contudo, do mesmo jeito que eu estava livre, no instante seguinte eu acordei no meu quarto, amarrado à cama em faixas porque as enfermeiras disseram que eu estava me remexendo muito desacordado no pós-operatório, e como eu estava com dois drenos na cabeça – algo como canudos que deixaram na parte da frente e de trás da minha cabeça, do lado direito, para retirar sangue e pus – eles me amarraram. Também estava sentindo muita dor e sede, mas as enfermeiras tinham ordens de não me dar água porque eu estava saindo de uma anestesia geral e era perigoso. Só podiam molhar meus lábios com algodão molhado. Em resumo, aquela foi uma experiência que eu queria esquecer, mas não foi bem isso que ocorreu.
Nas semanas seguintes eu ainda sofria dores indescritíveis ao conectarem uma espece de aspirador nos canudos conectados ao meu crânio para retirar as coisas ruins que ainda estavam lá, e a dor era tão intensa, como se alguém estivesse arrancando minha cabeça, e eu não suportava e desmaiava, e naqueles instantes eu estava de novo sem dor, falando com pessoas surdas e mal educadas, e caminhando pelo hospital... 
Como eu ainda era um adolescente e pouco sabia do mundo, ao sair do hospital, comecei a ler sobre o que eu tinha vivenciado. Minha iniciação ao mundo etéreo começou com revistas e livros da [1]RosaCruz. Eu devorava todos que encontrava. Mas como fui batizado como católico na infância, eu sabia alguma coisa da bíblia e de profetas que falavam com coisas etéreas. E até mesmo li a passagem do rei Saul falando com o fantasma do profeta Samuel. Como minha tia era da Umbanda, e eu a ajudava também antes de operar, sabia alguma coisa do espiritismo, mas em meu interior eu não acreditava em nada das duas religiões, para mim deveria haver explicações mais lógicas do que espíritos que vem aqui fazer boas obras, ou da existência de almas penadas e fantasmas, ou demônios que enganaram um deus que sabia de tudo, mas não sabe que seria enganado...
Os livros da rosa cruz abriram as portas para algo maior, o entendimento da alma e da reencarnação. Li diversos autores que versavam sobre o tema, e me encantei pelos livros de [2]Lobsang Rampa. Li todos que ele publicou. Além disso, o fato de ter praticado artes marciais, o que envolvia meditação e canalização de energia para os golpes, isso também auxiliou a compreender algo da energia da alma. Nos livros de psiquiatria e psicologia – [3]Jung, bem como outros grandes nomes destas ciências que li, foram leitores dos livros religiosos indianos – raças a isso compreendi também a parte mental do que eu vivenciara de corpo e alma.
 Décadas após, com uma série de conhecimentos acadêmicos e empíricos - o que faz de mim apenas mais um idiota com vislumbre de conhecimento - o que por natureza me força a buscar mais, a física quântica deu-me as respostas do que eu e milhares de outras pessoas havíamos vivenciado, e até mesmo transcendido. Minha experiência ao relatar o reencontro com parentes e amigos mortos, e saber que aquilo que chamamos morte, nada mais é que uma passagem para outro tipo de existência extracorpórea. De certa forma, algo como sermos imortais, pois a vida neste personagem que agora ocupo – professor, terapeuta reencarnacionista e escritor – em outra reencarnação serão completamente diferentes de tudo que sou agora, mas minha sapiência empírica desta época e lugar seguirá. E se eu estiver num estágio melhor, talvez reencarne como uma alma velha...
Mas é possível realmente acreditar nisso? Embora haja argumentos religiosos de todas as religiões do planeta que nasceram da reencarnação, inclusive da católica – a reencarnação foi retirada desta religião no concílio de [4]Constantinopla – na física quântica ela deixou o mundo exotérico e ganha o peso de dois acadêmicos de renome internacional, [5]Hameroff e Penrose. Segundo a teoria proposta por ambos, nosso cérebro tem conexões quânticas que nos ligam a algo infinitamente grande e sem fim, o próprio universo, e a vida dos seres humanos na terra, seria semelhante ao universo enviando cópias infinitamente pequenas dele mesmo, em estágios evolutivos diferentes – [6]almas jovens ou velhas - para experimentar a existência mundana. Mas quando morremos ou experimentamos a – [7]quase morte – aqueles momentos em que a alma pode deixar o corpo e depois voltar; aí sim percebemos não só que este mundo, com tudo de bom e ruim que ele contém nada mais é do que uma ilusão e somos tomados pelo poder e imensidão do que realmente somos; o universo...
Seria como se vivêssemos numa Matrix de reencarnações, no entanto, isso também não é nenhuma novidade porque em praticamente todas as religiões humanas isso esta descrito, seja na Bíblia, no Budismo, Xintoísmo, Jainismo, Hinduísmo. Assim as pessoas que passaram por experiências semelhantes à minha, ao ver um amigo ou parente próximo morrer, até mesmo um filho ou filha, a aceitação e melhor do que o de uma pessoa que ainda esta presa a dogmas e religiões monoteístas e punitivas, com um ser do mal, criado por um deus punitivo para manter os fieis na linha de seus dogmas. Mas se lembrarmos de que há escalas de evolução para a reencarnação, então é natural que ocorra o mesmo em relação às religiões humanas, elas tem a função de contemplar as pessoas no grau evolutivo em que vieram à terra.
Assim quanto mais evoluída uma pessoa, mas desapego ao corpo e a coisas mundanas ela tem, já as pessoas em sentido oposto, estas ainda estão aqui para vivenciar as coisas do mundo, acreditar na teoria da prosperidade, ditada por religiosos espertos que dizem que deus tem um carro, uma casa, um iate, ou qualquer bem material que ele deseje. E se ele ainda não conseguiu sua parte do céu na terra, bem, a resposta para isso esta em sua fé que é fraca porque os que têm realmente fé conseguem...
Mas se você é uma alma velha, que tem lá seus recursos, apego a amigos e parentes, a filhos e esposa ou marido, tu sabes que tais coisas são apenas temporárias... E como dito por uma grande amiga, não há caixão com anexo para um companheiro ou companheira que queira seguir-te no que virá, e nem cofre para levar seus bens para uma próxima vida. Nesse meio tempo, viva e auxilie outros repassando sabedoria e conhecimento empírico. Essa é a forma de você auxiliar os outros em grau menor a entender que mesmo em uma cama de hospital, dopado e às portas da morte, é nesse momento que você esta realmente vivo para aquilo que você antes não podia ver, mas agora pode...
Dê às pessoas a essência do que você é, mas não espere receber por isso nada em troca, e nem que elas sigam seus exemplos de vida e atitudes para com outras pessoas. Sendo livres de obrigações morais e religiosas com quem convivem ou admiram, os seres humanos que há nelas pode despertar e encantar outros humanos especiais porque eles são apenas isso, humanos...






[1] A Ordem Rosacruz, AMORC é uma Organização místico-filosófica mundial, não-sectária, não-lucrativa, cultural, educacional e apolítica, destinada ao autoaperfeiçoamento do ser humano, visando o despertar de seus poderes interiores, para uma vida mais plena e integral. A Ordem conserva um conjunto de técnicas milenares, mas sempre atualizadas, comprovadas pelo tempo e capazes de promover este despertar. A AMORC integra em seu quadro pessoas de todas as raças, idades, posições sociais e de ambos os sexos, em clima de perfeita liberdade de pensamento. Guiar o ser humano rumo à sua própria liberdade interior, na comunhão consciente com o Universo, por meio do autoconhecimento, é a meta da AMORC.

[2] Lobsang Rampa, (1910-1981) era o pseudónimo de Cyril Hoskins, escritor que alegava ter sido um Lama Tibetano; com 20 livros publicados. No seu livro chamado A Terceira Visão, apresenta uma capa com um olho no centro da testa. Muitas polêmicas cercam o autor. Ele viveu a primeira parte da sua vida no Tibete, onde, segundo dizia, "adquiriu conhecimento suficiente" para poder transmitir-nos nas suas obras que relatam toda a sua trajetória de vida, passando por ensinamentos milenares. Seus livros popularizaram assuntos relacionados ao Lamaísmo Tibetano, viagem astral e o poder da mente….

[3] Cada um elabora para si seu próprio segmento do mundo e com ele constrói seu sistema privado para seu próprio mundo, muitas vezes cercado de paredes estanques, de modo que, algum tempo depois, parece-lhe ter apreendido o sentido e a estrutura do mundo.

[4] _Até agora, quase todos os historiadores da igreja romana acreditam que a Doutrina_da_Reencarnação foi declarada herética durante o segundo Concílio de Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade, era quem manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer as conseqüências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei_do_Carma, empenhou-se em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano " em nome de DEUS " !
____Em 543 D.C, o déspota imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista clerical, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes - exegeta e teólogo (185 - 235 D.C ), condenando tais ensinamentos através de um sínodo especial. Em suas obras: De Principiis e Contra Celsum, Orígenes tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da Reencarnação.
http://www.guia.heu.nom.br/supressao_da_reencarnacao.htm

[5] Stuart Hameroff (diretor do Centro de Estudos da Consciência na Universidade do Arizona, EUA) e Sir Roger Penrose (físico matemático da Universidade de Oxford, Inglaterra) criaram a teoria quântica da consciência, segundo a qual a alma estaria contida em pequenas estruturas (microtúbulos) no interior das células cerebrais. Eles argumentam que nossa “consciência” não seria fruto da simples interação entre neurônios, mas sim resultado de efeitos quânticos gravitacionais sobre esses microtúbulos – teoria da “redução objetiva orquestrada”. Indo mais longe: a alma seria “parte do universo” e a morte, um “retorno” a ele (conceitos similares aos do Budismo e do Hinduísmo).

[6] Os taoístas acreditam que muitos filósofos, cientistas e artistas são almas velhas que escolhem essas profissões como uma forma de se sentirem mais à vontade. Vale a pena ressaltar que essas almas gostam de aprender e muitas vezes desafiam “a ordem estabelecida” baseada em suas próprias experiências.

[7] Experiências de Quase-Morte: Incomuns, Mas Universais: EQMs são experiências de visões extraordinárias e percepções durante períodos de inconsciência entre pessoas que estão medicamente mortas ou próximas da morte devido a várias causas, tais como acidentes, doenças, cirurgias ou tentativas de suicídio. Estas pessoas voltaram da morte, ou da quase-morte, para nos contar suas incríveis experiências.
https://voltaaosupremo.com/artigos/artigos/experiencias-de-quase-morte-nas-quais-a-ciencia-aponta-para-a-alma/

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