OS ZUMBIS EXISTEM, CRACK...
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POR DAVID DA COSTA COELHO
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Trabalhei um tempo longe da educação em 2010, e depois desse ano, estou pensando seriamente em retornar ao emprego anterior porque ganhava relativamente bem em face de vida e salario de professor, além do que era divertido ver e comandar escavadeiras, retroescavadeiras e caminhões trazendo material para o local onde eu era o responsável, adorei dirigir as maquinas gigantes e podia ter aprendido a mexer mais nelas, foi uma boa época e deixou saudade... Mas o motivo que me fez lembrar mais daquele período era as conversas com os funcionários que moravam em ‘comunidades’ e o impacto que o crack ocasionava em suas vidas, geralmente se vê inúmeras pessoas jogadas pelos cantos aguardando alguém lhes oferecer um pouco ou prestar serviço que proporcione os míseros reais para uma pedrinha e sua curtição momentânea de 5 minutos.
E neste contingente há inúmeras crianças e adolescentes, viciados e dominados por sua síndrome, não tem mais desejos e vontades próprias, só a necessidade de aspirar o crack. Muitas delas além de pedir dinheiro nos sinais de transito, furtar ou catar latinhas para vender, se entregam também a prostituição por qualquer centavo. Um dos serventes com quem conversava, depois que ele descarregava o material de asfalto e ia almoçar no local onde eu era o responsável, não só me falava coisas do arco da velha, como era usuário nos finais de semana de drogas mais leves como maconha e cocaína. Mas o crack ele jamais pôs na boca, poios segundo ele, não havia saída depois de entrar nesse mundo, salvo raras exceções. Mas como era de praxe no cotidiano dos drogados, quem tem algum dinheiro pode fazer sexo com quem quiser no morro ao dividir a droga ou comprar crack para as meninas novinhas. E até mesmo por 5 reais ele podia escolher quais delas e quantas lhe faziam sexo oral ou completo. Nos o chamávamos de madruga porque era velho e magro, mas devido ao que ganhava na empresa fazendo muitas horas extras, podia bancar seu vicio e ainda se divertir com as drogadas adolescentes.
Ouvia sua estórias, dava conselhos para largar tais coisas, mas não cabia a mim como terapeuta e professor julgar a vida dele e nem a de ninguém que assume o risco inerente as drogas. Convivi muitos anos na noite em boates e o que mais vi foram filhos de rico e artistas devorarem cocaína, drogas injetáveis e álcool. Cada um sabe o que serve ou não a sua vida, e felizmente a minha droga foi e sempre será a escrita.
No final de outubro minha enteada chegou da Inglaterra, e no retorno do aeroporto, logo que estávamos para retornar a pista central, no caminho encontramos um mar de gente, ou melhor, zumbis. Eram os famosos cracudos que saíram das favelas pacificadas e que agora se espalham pelo RJ e seus pontos turísticos. Evidente que ao chegar à copa do mundo e as olimpíadas eles serão levados e aprisionados em algum local distante do outro lado da ponte em hospital de loucos. Cá entre nós, creio que a melhor solução seria levar todos para uma ilha no final do mundo e deixa-los lá. Sejam eles quem forem, faria o mesmo com todos os bandidos e traficantes do País, pois o melhor modelo ainda é de longe o chinês, lugar de criminoso é no caixão. Mesmo na escola onde hoje leciono meus alunos não estão livres disso e me contam os locais onde tal coisa é vendida. No final do mês de novembro um desses nobres senhores foi morto e seu corpo colocado na linha do trem. Suas pernas foram decepadas e muitas das crianças que vinham para aula viram aquilo e tiveram crises de choro e desespero em sala, a ponto da diretora mandar chamar os pais para liberá-los mais cedo.
No meu entender, o cara que vende drogas deveria acrescentar arsênico nas pedras de crack, assim eliminava logo os zumbis e as pessoas que se beneficiam de suas fraquezas. Já a policia deveria não mais prender os traficantes e sim fazer os mesmos cheirarem a droga até não sobrar mais nada, pois ver os mesmos jogados no meio da rua em troca de uma pedrinha é muito melhor que ficar preso ao custo de 1800 reais por preso, e no final quem sempre paga somos nós. O texto abaixo explica passo a passo o que é a droga. Se ler e ainda assim se entregar a tal coisa, veja bem a foto que o inicia, pois com certeza a pessoa que sucumbe ao vicio poderá fazer parte de qualquer seriado de morto vivo.
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O crack é uma substância derivada da cocaína, apresentada em forma de pedras, feita a partir da mistura da pasta base com diversos produtos químicos. É uma droga estimulante do sistema nervoso central, que causa o aumento da pressão arterial e aceleração dos batimentos cardíacos. O uso frequente pode provocar convulsões, parada cardíaca e levar à morte.
É uma droga que se apresenta sob a forma de pasta endurecida ou “pedra”, e que contém cocaína, uma substância psicoativa (que gera efeitos no cérebro e na mente). Ele inicialmente produz um efeito excitante do sistema nervoso, porém tem forte poder de causar dependência, além de outros problemas à saúde.
Quem usa o crack, e quantos são seus usuários, no Brasil?
Não se sabe exatamente quantos são os usuários de crack no país. Estima-se que no Brasil haja centenas de milhares de usuários, principalmente adolescentes e adultos jovens. A maioria é das classes C e D e começa a usar por volta dos 14 anos. Entre os estudantes do ensino médio nas maiores cidades do Brasil, cerca de 0,5% já usou crack ao menos uma vez. Pesquisas em andamento deverão, a curto prazo, indicar com maior precisão quantos e quais são os usuários de crack, bem como as condições de uso e de vida desses dependentes.
Apenas no Brasil existe o crack?
Não. O crack é usado em praticamente todos os países das Américas do Sul, Central e Norte, mas o Brasil observa no momento a recente explosão do uso do crack.
Como se usa o crack?
A “pedra” de crack é fumada (ao fumar, ela “estala”, daí o nome “crack”), como o fumo num cachimbo. Entretanto, a maioria usa qualquer apetrecho que permita fazer a pedra queimar, como latas de refrigerantes, canos de obra ou de vidro, etc. A fumaça liberada pela “pedra” é aspirada e rapidamente entra nos pulmões, de onde passa diretamente para o sangue e, então, para o cérebro. Tudo isso acontece em um período muito curto de tempo, questão de segundos.
Para que serve o crack?
O crack não tem nenhuma utilidade médica. A maioria dos usuários de crack começa a usá-lo por curiosidade. A droga é consumida inicialmente para obter um “barato”, caracterizado por excitação e agitação mental e física. Em seguida, uma vez instalada a dependência, usa-se nem tanto para obter a excitação inicial, mas para eliminar a “fissura”, um desejo muito intenso de consumir a droga.
Qual é a diferença entre o crack e a cocaína em pó?
Do ponto de vista do princípio ativo, ambos são a mesma substância. A diferença está da forma de apresentação (“pedra”, para o crack, e pó branco cristalino, para a cocaína), e na forma com exercem sua ação. A cocaína é aspirada e absorvida pela mucosa nasal, ou diluída em água e injetada na veia. Demora cerca de 5 minutos para chegar ao cérebro (onde apenas um terço da cocaína aspirada vai chegar) e seus efeitos duram em média 60 minutos.
A fumaça do crack inalada é conduzida pelo sangue diretamente dos pulmões para o cérebro em apenas 5 segundos (mais de 90% da cocaína contida na pedra chega ao cérebro). Os efeitos duram apenas 5 minutos e logo depois surge o desejo de voltar a fumar a droga.
Quais são os efeitos do crack?
No uso agudo, do ponto de vista emocional, observa-se forte inquietação e agitação mental, grande alteração do estado de humor (ou ânimo). Há uma inibição do apetite, agitação física, aumento da temperatura e das frequências respiratória e cardíaca, suor excessivo, tremores, contrações musculares involuntárias (principalmente da mandíbula), tiques e dilatação da pupila. O uso crônico causa diversas complicações clínicas, como emagrecimento e favorecimento de infecções – inclusive dentárias, além de quadros de psicose, agressividade, paranóia e alucinações. A longo prazo, o usuário se torna um “zumbi” ou, na linguagem popular, um “nóia”.
Quanto tempo se demora para ficar dependente do crack?
Apesar de muitas pessoas dizerem que crack “vicia” no primeiro uso, o que se sabe é que – como toda droga – o uso repetido é o que causa a dependência. Diferentemente das outras drogas, o crack, entretanto, é muito rápido para causar a dependência, por ter sua absorção quase total e de forma muito rápida, seguida de uma sensação muito desagradável quando o efeito passa.
Essa sensação é pouco tolerada pelo usuário, o que faz com que ele rapidamente tente utilizar novamente a pedra. Usuários de crack não guardam restos da droga para utilizá-la depois, consumindo sempre todo o seu estoque. Esta repetição de uso é que contribui – junto com o potente efeito da droga – para que o usuário fique dependente de forma rápida.
O que é pior: crack ou maconha?
São drogas diferentes, com efeitos diferentes. Entretanto, uma vez que o crack deixa o indivíduo mais impulsivo e excitável, e gera dependência e fissura de forma intensa, o impacto social maior do que a maconha, em função do comportamento violento que o usuário da “pedra” pode ter para poder obter dinheiro para utilizá-la.
Pode-se misturar crack com bebida ou outras drogas?
O crack eventualmente é fumado dentro de cigarros de maconha (“pitico” ou “basuco”), gerando efeito combinado das duas drogas. Também não é incomum a utilização de bebidas alcoólicas para potencializar algum tipo de efeito ou tentar reduzir o desconforto pela falta da substância depois do efeito agudo. Entretanto, o uso combinado de crack com bebidas alcoólicas ou outras drogas, pode ter conseqüências mais graves que seu uso isolado.
O crack prejudica também o feto?
O crack prejudica o desenvolvimento fetal por alterar a saúde física da mãe, e por passar à corrente sanguínea do bebê. Isso pode causar diminuição do fluxo de oxigênio para o feto, e baixo peso ao nascer, com graves danos ao sistema nervoso central e alterações nos neurotransmissores cerebrais. Também há maior risco de aborto espontâneo, hemorragias na mãe e no bebê, e trabalho de parto prematuro, além de diversas malformações físicas e dificuldades na amamentação.
O quer fazer se souber que alguém está começando a usar crack?
Encaminhá-lo imediatamente ao tratamento disponível na sua região. O crack avança rapidamente em direção à dependência. Portanto, quanto mais precocemente o usuário for auxiliado, maior será sua chance de recuperação.
Qual é a solução para os crackeiros de rua?
Eles devem ser abordados no local onde se encontram. As abordagens comunitárias, que levam em conta as condições de vida do usuário, são as que apresentam melhores resultados. É importante que o usuário perceba que a ajuda oferecida visa não apenas eliminar o uso do crack, mas também melhorar sua condição de vida atual.
Fonte:
Secretaria Nacional Antidrogas | DF Agora
A Liga - Crack - Completo (HD)
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O crack é uma droga barata, cada vez mais acessível e com um poder 5 vezes maior que o da cocaína. Hoje A Liga vai mostrar os lugares onde essa droga é objeto de desejo, como ela está sendo combatida e como é a vida daqueles que já dependeram ou ainda dependem do seu efeito destrutivo.