AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO
Há quatro anos ocorreu uma eleição presidencial em que 52 milhões de eleitores de Aécio Neves tiveram que engolir a pior derrota que um candidato à presidência já sofreu, mas ele não caiu sem lutar, ao contrário, se aliando aos mais corruptos e canalhas políticos da câmara e do senado, eles inviabilizaram o governo petista da inútil Dilma Rousseff e seu estelionato eleitoral; e como sabemos, ela foi derrubada por incapacidade e incompetência mesmo porque se fosse só um pouquinho menos burra, manipuladora, e menos crédula no sistema corrupto do toma lá da cá, ainda estaria no cargo, coisa que o vampirão Temer faz muito bem...
Mas já naquela época algo estava claro, o Brasil não era aquele país de gente fina e tolerante, e crescia dentro de cada um daqueles derrotados a ânsia que separa o homem cordial do lobo que habita em cada um de nós, e dando motivos, o homem é o lobo que caça o próprio homem, já dizia Thomas Hobbes em seu livro do século XVI, O Leviatã.
Se o estado é fraco, corrupto e manipulável em suas várias esferas políticas, pelas elites canalhas que nos governam, pelos empresários corruptos e entreguistas e por militares e ex-militares e milicianos, com sua capacidade de espalhar medo e terror nas pessoas e vender ideologias sem pé nem cabeça em pleno século XXI, que dirá as novas ameaças que eles decidam com os Fake News...
Desta forma, alimentando preconceitos e os medos da população através de inúmeros meios de comunicação, fora é claro o desemprego em massa, a criminalidade que campeia nesse horizonte fértil de desgoverno de cada um por si e que se foda o próximo, o que falta ao cenário dantesco é um líder messiânico que convença os derrotados e os idiotas uteis de que ele é a solução...
O Lula foi esse líder enquanto governou os pobres por 8 anos [1]copiando um modelo econômico copiado dos EUA, do presidente Franklin Delano Roosevelt, que salvou os americanos da crise mundial de 1929, através de programas de bem estar social e investimentos maciços na infraestrutura do país, e mais tarde também graças a 2ª Guerra Mundial, onde os EUA venderam tudo o que podiam aos europeus nos 2 lados para se matarem...
Mas o modelo petista de messianismo cansou os ricos e poderosos porque eles viram pobres comerem mais de três vezes ao dia, comprarem carros à prestação e até andar de avião e frequentar faculdade... Pode isso gente? Disseram várias socialites e ricaços...
Fora é claro o famigerado bolsa família para pobre tomar cachaça e cerveja no boteco e não trabalhar mais, só meter e fazer filhos para viver de bolsa esmola, como dito por um nobre colega meu que é advogado...
Claro que ele não se referiu da mesma forma da bolsa juiz, deputado e outros apaniguados do sistema, que levam 20 vezes mais do que os bolsa esmolas patrocinados pelo Lula e demais governos petistas e agora do vampirão Temer, e no caso até defendeu esses benefícios de gente que tem casa própria, mas ganha auxilio de quase cinco mil reais para morar na sua própria casa, o que, diga-se de passagem, é mais seguro já que se conhece a vizinhança nestes tempos difíceis:
‘ – Eles estudaram pra isso e tem direito, e esses pobres na merda que nem se quer estudam e ganham bolsa esmola?’ afirma enfático o meu querido amigo...
E nesse cenário de filme de ficção, surge nosso segundo messias, mas desta vez vindo de uma lenda nacional, o exército brasileiro, que desde a guerra do Paraguai e da proclamação da república é tido como defensor da pátria, da moralidade e qualquer outra coisa que desejarem...
Não que eu não creia nos milicos, não é isso, e se fosse para fazer uma intervenção militar patriótica, aquela que iria retomar as riquezas e empresas brasileiras que são filé mignon e foi entregue pelo corrupto FHC e agora o petróleo com o vampirão mor; eu seria o primeiro a ir para rua apoiar a intervenção patriótica, fora é claro escrever sobre tais procedimentos em meu blog, mas o nosso 2º messias não é patriota, é apenas alguém contaminado pela mesma verborragia que deram aos militares para justificar o golpe de 1964...
Mas mesmo eles, com tudo de ruim que esse período possa nos lembrar, ainda assim deixaram legado, mas que como sabemos, FHC entregou uma grande parte, e agora o nosso Jair messias, se eleito, promete entregar o resto na sanha do neoliberalismo vampiro...
E é aí que mora o perigo porque sem políticas públicas e sem dinheiro para reativar a economia, o povo continuará desempregado e a violência e o crime continuarão além das escalas.
Mas se o poste do lula vencer, 55 milhões de opositores zangados não vão aceitar placidamente outra derrota aos 49 do segundo tempo e pode incitar mais crimes e violências do que estamos vendo agora, e até mesmo um golpe militar aberto...
Mas se o candidato messias vencer e aplicar tudo que vem falando, os seus eleitores poderão no dia seguinte partir para a violência com o aval de tudo que os fake News espalharam, e como sabemos pobre, preto, puta, petista e gay já estão na lista de higienização.
Diante desse cenário dantesco que se avizinha, e olha que já ando vendo isso aqui no RJ, caminhamos para uma guerra civil com vantagens para policiais e milicianos que já possuem milhões de armas, e se as vítimas pretendem reagir, haverá espaço para outro tipo de guerrilha, aquela que já vimos aqui no rio na época em que as quadrilhas queimavam carros com gasolina na Avenida Brasil lotada em pleno meio dia.
Apontavam fogos de artifícios contra grupos de policiais em resposta às balas de borracha e gás lacrimogênio, atiravam coquetéis Molotov em carros de autoridades, ou roubavam explosivos de pedreiras para fazer bombas e assaltar caixas eletrônicos. Ou podem assistir na net como fazer explosivos com fertilizantes, pois lá é uma escola para qualquer coisa que desejar...
Com relação à desigualdade de armas, hoje em dia qualquer ferreiro faz armas caseiras ou potentes, chove vídeo de afegãos fazendo AK 47 e até armas mais potentes em oficinas de metalurgia, e até fuzis de longo alcance, além de granadas caseiras. Ou seja, ou temos solução ou a solução será guerra fratricida entre brasileiros...
Com base neste cenário em que já vivemos uma guerra que mata 60 mil pessoas todo ano por armas de fogo pelo Brasil, o que se espera é dobrar esse numero porque sem uma intervenção federal do governo contra todos aqueles que querem impor o poder paralelo, a única solução será se entocar em casa armado até os dentes, ou fugir para Portugal...
[1] O 'New Deal' foi o nome dado a uma série de programas implementados nos Estados Unidos entre 1933 e 1937, sob o governo do presidente Franklin Delano Roosevelt, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, e assistir os prejudicados pela Grande Depressão. Com investimentos maciços em obras públicas, o governo investiu na construção de usinas hidrelétricas, barragens, pontes, hospitais, escolas, aeroportos etc. Tais obras geraram milhões de novos empregos e a diminuição da jornada de trabalho, com o objetivo de abrir novos postos. Além disso, fixou-se o salário mínimo, criaram-se o seguro-desemprego e o seguro-aposentadoria (para os maiores de 65 anos).