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GUERRA NA UCRÂNIA, UM NEGÓCIO DA CHINA, PARA A CHINA...

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POR DAVID DA COSTA COELHO


Durante milênios a China foi o maior império da terra, pois sua tecnologia e invenções lhes possibilitaram domar a natureza e prover alimento a toda sua população, já a sua tecnologia bélica impediu por muito tempo povos invasores de lhes conquistar. No entanto, o advento da pólvora – invenção chinesa – caindo nas mãos dos mongóis e dos europeus foi o começo de sua derrocada e humilhação até a chegada do século XX, quando começou seu processo de reunificação e retomada de seu poder. E quando os chineses explodiram a primeira bomba atômica em seu território a coisa mudou totalmente de figura, e eles foram elevados a categoria de potência nuclear, tornando-se membros permanentes do conselho de segurança da ONU, ou seja, as nações que realmente mandam no planeta e não podem ser atacadas...

 E isso não é uma questão retórica, e sim um fato, pois nenhum país que possua armas atômicas será atacada por ninguém desse clube atômico porque eles não querem retornar a idade da pedra numa 3ª guerra mundial, restando apenas questões geopolíticas, onde povos fracos e sem armas nucleares podem sofrer guerras feitas pelo clube atômico.

Mas eles podem sim fazer confrontações e impor sanções políticas e econômicas uns aos outros, a exemplo do que vem ocorrendo desde que a URSS explodiu sua primeira bomba atômica em 1949, e a mais poderosa arma de hidrogênio do planeta em 1961, mostrando aos americanos e aliados que se quisessem atacar o velho urso do norte, toda a humanidade poderia ser extinta pelo inverno nuclear e radiação por milênios...

Mesmo sabendo disso, os EUA tem ainda hoje o maior orçamento militar da terra, oficialmente uns 700 bilhões de dólares, mas de forma oculta, espalhados por diversas fábricas naquela nação, e por agências secretas para dar golpes de estados em outros países, através das armas, ou da compra e suborno das elites dominantes e militares apátridas; somando esse orçamento secreto, se chega a soma de 1 trilhão de dólares...

No entanto, mesmo com essa montanha de dinheiro, eles nunca estiveram tão vulneráveis ao poderio da Rússia como estão agora porque os russos possuem uma arma imparável, misseis[1]hipersônicos, carregando bombas de hidrogênio, capazes de arrasar um país inteiro devido às diversas ogivas que carregam, e que não podem ser abatidos por misseis do inimigo...

Os EUA vêm patinando nesta tecnologia há décadas, mas até agora todos os seus esforços não passam de ficção científica, na utilização desta nova arma, em substituição aos antigos [2]ICBMS, os mísseis balísticos da guerra fria, mas por terem trajetória fixa, podiam ser abatidos facilmente por sistemas de defesa terrestre ou marítimo, no entanto, com os hipersônicos isso não ocorre porque além de voar a 10 ou 12 mil quilômetros por hora, ele ainda consegue se desviar de baterias de misseis inimigos, ou seja, arma que após lançada, nada pode deter sua trajetória de destruição, convencional ou nuclear...

Enquanto isso, a China o eterno império, se reergueu das cinzas, e hoje não só domina toda tecnologia atômica, como também possui armas hipersônicas, e que podem transformar os EUA em cinzas tão rápido quanto seus misseis hipersônicos permitam; coisa que deixa os americanos em cima do muro quando fazem retórica em relação a Taiwan ser tomado pela China.

 Em se tratando de fazer burradas, como entregar as [3]riquezas do Afeganistão à China, ninguém supera os americanos, coisa que eles vêm tentando desesperadamente impedir o dragão chinês de ser aquilo que ele sempre foi; a maior potência da terra...

Mas eis que surge a crise na Ucrânia para ajudar ainda mais o dragão chinês recuperar seu posto, pois os russos quando são ameaçados fazem o que todo urso faz, ele ataca e morde um pedaço do inimigo, coisa que a Russia esta fazendo agora ao atacar o país fantoche da OTAN...

 Em resposta a isso, os EUA e seus aliados farão os latidos geopolíticos contumazes, imporão sanções aos russos, armarão os ucranianos para guerra de guerrilhas, e os europeus lambe-botas seguirão o tio Sam nessa retórica de democracia e respeito aos direitos de uma nação não ser invadida e pilhada por nações atômicas; e como sabemos, desse clube, a única nação atômica  que ainda não fez isso foi a China.

E neste contexto, a Europa vai se encher de refugiados ucranianos, e importar dos EUA mais armas, e gás poluidor de [4]xisto, e terá que substituir o gás da Rússia por gás de vários fornecedores caros do Oriente Médio e da África, e isso é realmente muito caro, já o preço disso vai recair não só na cadeia de produção europeia, como também nos produtos que eles fabricam. Os russos vão devolver cada sanção econômica na mesma moeda, pois além de gás e petróleo, eles vendem quase todo trigo e outras sementes que a Europa consome desesperadamente, e isso agora ficara muito mais caro; e se um produto fica muito caro, há um concorrente mundial que pode vender muito mais rápido, melhor e mais barato, a China...

E para isso eles só precisam de muito mais energia do que a que compram do mundo inteiro, e do seu lado está uma nação atômica amiga que pode jorrar petróleo e oceanos de gás natural; a Rússia. Em resumo, as sanções europeias e americanas contra a Rússia são como combustível jorrando na faminta indústria chinesa, acelerando em décadas a derrocada do império americano, e europeu que sugam as riquezas mundiais desde o século XVIII. Em breve, empresas chinesas construirão gasodutos gigantescos levando mais gás e petróleo russo para os chineses entupirem a Europa e o mundo de produtos bons e baratos...

Já a Europa seguirá a sina de todo império que se deixa dominar não pela lógica dos negócios – ganhar dinheiro e manter sua hegemonia político e econômica– e sim pela ideologia de atacar moinhos de vento com palavras que caem em ouvidos surdos; e ser apenas reflexo velho de uma juventude perdida. Já os EUA continuarão por mais um tempo nesse conto de fadas de que são os seres mais poderosos da terra, esquecendo que em seu território existe de cada 10 produtos americanos, 9 com a frase, feito na China...

E com relação à Rússia, terra do xadrez, e de Vladmir Putin, o mais preparado espião soviético que preside o país há 10 anos, nada o impedirá de retomar o poder que a Rússia possui desde sua formação séculos atrás porque eles têm todos os minerais que a China e o mundo precisam, e as maiores reservas de gás e petróleo da terra, havendo muito mais a ser descoberto no oceano ártico, e os preços não param de subir, pois a guerra é sempre um bom negócio...

Em se tratando de loucura, não há país neste planeta que ouse atacar uma nação que em 1961 explodiu a mais poderosa bomba de hidrogênio da terra, vista e ouvida no mundo inteiro, e levada por um avião precário. Hoje ela iria com a tecnologia hipersônica da era espacial, e nesse conflito que nunca ocorrerá, mas se ainda assim vier a ocorrer, talvez nem as baratas sobrevivam porque não serão simples bombas atômicas, e sim ao estilo 100 milhões de megatons por cidade; cada uma delas 7 mil vezes mais poderosas do que as que destruíram Hiroshima, e caso ocorra; em resumo adeus planeta terra...

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A inconfortável verdade acerca do sancionamento da Rússia

Por Irina Slav [*]

A decisão da Rússia de reconhecer a independência de duas regiões na Ucrânia e enviar tropas através da fronteira desencadeou uma série de sanções por parte do Ocidente. Estas sanções incluem a suspensão da certificação do Nord Stream 2 e o congelamento dos ativos associados a alguns bancos e indivíduos ricos.

A razão pela qual esta primeira rodada de sanções é relativamente leve é dupla: o Ocidente quer manter alguma influência sobre a Rússia e tem opções muito limitadas. Esta semana, o chanceler alemão Olaf Sholz ordenou a suspensão do processo de certificação do Nord Stream 2, o gasoduto russo que teria impulsionado significativamente o fornecimento de gás russo à Alemanha.

A medida veio em resposta à decisão da Rússia de reconhecer as duas regiões separatistas ucranianas de Lugansk e Donetsk como repúblicas independentes e na sequência da decisão de enviar tropas russas para lá, que o Kremlin alegou ser para fins de manutenção da paz. Todos os governos da UE, o Reino Unido, e os Estados Unidos denunciaram a medida e ameaçaram com sanções. O Reino Unido e os EUA declararam mais tarde algumas, mas, curiosamente, nenhuma das sanções visou à indústria energética maciça da Rússia.

O Reino Unido, na sua campanha de sanções, congelou os ativos de cinco bancos russos e três indivíduos. O parlamento britânico também disse que iria visar com sanções os deputados russos que votaram a favor do reconhecimento de Lugansk e Donetsk e disse que iria proibir as empresas britânicas de fazer negócios nas duas regiões. A UE visou políticos com ações punitivas.

As sanções dos EUA, tal como anunciado pelo Presidente Joe Biden, incluem a colocação de dois grandes bancos russos e daquilo a que ele chamou elites russas e respectivas famílias na Lista de Nacionais Especialmente Designados dos EUA, o que efetivamente corta o acesso destes indivíduos ao sistema financeiro dos EUA.

O outro alvo era a dívida soberana russa. Como Biden disse aos repórteres na terça-feira, as sanções contra Moscou basicamente impedem-no de contrair empréstimos no estrangeiro – um movimento que enviou ondas de choque através da indústria do comércio da dívida.

Assim, para além da suspensão do Nord Stream 2 por Sholz, não foi disparado uma única sanção contra a indústria energética ou de produtos de base russa. É altamente provável que tais sanções estejam na ordem do dia para mais tarde. Mas dada a dor que tais sanções vão infligir aos países europeus e talvez até aos próprios Estados Unidos, elas podem tornar-se um último recurso.

Para começar, a suspensão do Nord Stream 2 será muito mais dolorosa para a Alemanha do que para a Rússia se o gasoduto permanecer suspenso a longo prazo. O objetivo do Nord Stream 2 era aumentar os fluxos de gás para a Alemanha à medida que o país encerrasse as suas centrais nucleares e a carvão. Assim, se não houver gasoduto, a Alemanha terá de substituir o gás barato do gasoduto por um GNL menos custoso.

Quanto à dor da Rússia, a Gazprom selou recentemente um acordo com a China para duplicar a capacidade do seu gasoduto Power of Siberia que fornece gás para o norte da China. Em curto prazo, o encalhe do projecto Nord Stream 2 no valor de 12 mil milhões de dólares seria desagradável, mas não será o fim da Gazprom.

Mas por que é que ninguém sancionou o petróleo, o gás ou os metais russos? Primeiro, há muitas empresas ocidentais grandes e importantes a trabalhar no petróleo, gás e metais russos. Segundo, a Rússia é um importante fornecedor global de mercadorias e as sanções perturbariam uma economia global já abalada.

Shell, BP, e Exxon são as maiores empresas petrolíferas com negócios na Rússia. A BP é a mais intimamente ligada a Moscou, com uma participação de 25% na maior empresa petrolífera estatal, a Rosneft. Os líderes do comércio de mercadorias, incluindo Vitol, Glencore, e Trafigura estão também entre os parceiros comerciais de Moscou, o Financial Times descreveu uma visão geral das implicações que as sanções ocidentais poderiam ter sobre a economia russa e sobre os seus parceiros.

"- Sanções extensivas seriam realmente problemáticas para o sector energético, mesmo que não visassem diretamente às exportações", o FT citou o chefe de risco político da consultora GPW.

O mínimo que estas empresas ocidentais poderiam esperar no caso de sanções dirigidas aos seus setores seria "reduzir sua atividade enquanto se preparassem para o seu prejuízo", acrescentou Livia Paggi ao FT. A maior parte, a julgar pela forma como as sanções se desdobraram na Venezuela, deixaria o país – algo que a BP, por exemplo, detestaria fazer dada a sua participação bastante lucrativa na Rosneft.

A Reuters publicou esta semana um conjunto de fatos sobre o peso da Rússia no comércio internacional de mercadorias, segundo a qual, desde o ano passado, a Rússia forneceu cerca de 6% do alumínio do mundo, 4% do cobalto mundial e 3,5% do cobre mundial.

A Nornickel, o gigante dos metais, é a maior mineradora de níquel do mundo, fornecendo 7% da produção mundial, mas também a maior mineradora de paládio do planeta e um dos maiores mineradores de platina.

Isto não é tudo, porque a Rússia também produz 4% da produção mundial de aço e um décimo da produção mundial de ouro. Sanções contra a sua indústria mineira levariam, com toda a probabilidade, a preços ainda mais elevados das matérias-primas.

No entanto, para além dos metais – e do petróleo e gás, que são os alvos de sanções mais óbvios e mais problemáticos – a Rússia é também um grande produtor de fertilizantes, responsável por 13% do total global. É também, criticamente, o maior produtor mundial de trigo.

O que tudo isto significa é que para todas as ameaças de sanções que os EUA, o Reino Unido e a UE consideraram nos últimos meses, as suas mãos estão, numa medida muito significativa, atadas. A menos, claro, que Washington, Londres e Bruxelas estejam prontos e dispostos a acrescentar mais sofrimento de preço às indústrias que estão a dar prioridade nos seus planos económicos, tais como as energias renováveis e o fabrico de veículos eléctricos.

[*] Redactora do Oilprice.com

O original encontra-se em oilprice.com/Energy/Energy-General/The-Uncomfortable-Truth-About-Sanctioning-Russia.html

Este artigo encontra-se em resistir.info



[1] Míssil hipersônico são mísseis capazes de voar a mais de 6 mil km/h dentro da atmosfera (cinco vezes a velocidade do som) e fazer manobras para evitar os sistemas de defesa antiaérea existentes. Eles podem carregar ogivas nucleares.

 

[2] A pequena precisão dos mísseis russos acabou direcionando os projetos das ogivas para alta potência, sendo, sempre, consideravelmente mais potentes que as dos mísseis americanos. Assim, independente da distancia do impacto da ogiva ser muito distante do ponto previsto, a grande explosão se encarregaria de destruir o alvo assim mesmo.

https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2014/07/misseis-balisticos-intercontinentais-o.html

 

 

[3] Mas a importância do Afeganistão para os chineses ultrapassa o valor de mercado trilionário daquelas reservas porque eles estão em uma corrida espacial para chegar aos recursos do sistema solar, isso inclui a lua, marte e o cinturão de asteroides próximo ao planeta vermelho. Mas para fazer todas essas maravilhas eles precisam retirar do solo afegão todos os metais ali disponíveis, e agora isso não é só uma certeza, mas uma simples questão de transferência bancária ao talibã, e montar a infraestrutura de exploração mineral. Uma vez feito isso, a nação dos talibãs será rica, próspera, e seu povo não passará mais fome, ou serão invadidos novamente por potencias ocidentais, afinal, com um amigo interessado nas suas riquezas de solo, quem gostaria de ter a China como inimigo?.

https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2021/12/a-china-o-litio-e-guerra-mundial-pela.html

 

[4] O gás de xisto é usado para produzir gás natural que serve de combustível para indústrias e veículos. Os Estados Unidos são o país com maior experiência na exploração do gás, mas outros países, como a França, proibiram a exploração, por causa dos riscos de contaminação ambiental.

https://oportaldoinfinito.blogspot.com/2013/12/gas-de-xisto-fracking-o-fim-do-parana-e.html

 


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