POR DAVID DA COSTA COELHO
Quando se trata de bombas atômicas, há dois tipos, as convencionais de fissão nuclear, cuja potência se mede em quilotons, e as gigantescas de [1]hidrogênio – fusão nuclear – medidas em megaton. A tecnologia atual permite a qualquer nação atômica produzir os dois tipos, mas a escolha lógica será sempre as de hidrogênio porque torna qualquer nação que tenha esse poder, a despeito de seu tamanho pequeno, quanto Israel, ou a Coreia do Norte, inatacáveis por qualquer nação, seja ela atômica ou convencional.
Se por exemplo os EUA decidissem chegar com sua poderosa frota marítima para atacar a Coreia do Norte, bastaria explodir uma dessas bombas de hidrogênio no mar, ou nos céus próximo a esta frota, e não sobraria nem cinzas desta outrora poderosa armada de navios e porta aviões.
Não bastando isso, poderiam lançar mísseis balísticos para a atmosfera próxima aos EUA, e o pulso eletromagnético fritaria tudo que é eletrônico, e ainda se abriria as portas de uma 3ª guerra mundial porque isso afetaria todo o globo e a geopolítica das nações atômicas. Assim sendo, ter armas atômicas muda o jogo de poder global, e o país se torna inatacável.
A Rússia, além de possuir a melhor e mais poderosa tecnologia de bombas de hidrogênio da terra, pois eles preferiram trabalhar mais no potencial destrutivo na época da guerra fria, do que na precisão, tendo em vista o raio de destruição da Tsar Bomb; que devastaria tudo numa escala gigantesca, fazendo os EUA entenderem de vez que a destruição mútua seria o resultado obvio da 3ª guerra mundial atômica; e se contentarem em massacrar países sem tais armamentos, e impedindo os mesmo de obter tal tecnologia para que eles continuassem sua sanha de invadir, saquear e impor a ‘democracia. ’
As bombas atômicas russas hoje contam com precisão de milímetros devido ao seu sistema de satélites e novas tecnologias de entrega da bomba ao país inimigo, pois seriam levadas por misseis imparáveis de tecnologia hipersônica, algo sem paralelo, em relação aos mísseis atômicos convencionais de trajetória fixa, o Míssil Balístico Intercontinental [2](ICBM).
Hoje a Rússia possui aviões MiG-31 patrulhando o Mar Cáspio armados com o novo míssil hipersônico Kinjal.Já o Avangard, um sistema de mísseis que poderia percorrer distâncias intercontinentais a uma velocidade hipersônica de 24.140 quilômetros por hora está inserido no novo sistema de entrega de armas nucleares do país.
Não bastando essa afronta as outrora poderosas potências ocidentais da OTAN, as armas hipersônicas apresentam trajetórias de voo imprevisíveis, deslocando-se a velocidades ou altitudes variáveis, por isso é muito difícil se defender delas. Os Estados Unidos nem qualquer outro ‘país’ têm sistemas de defesa eficazes contra um ataque desse tipo, já os russos não só dominaram a tecnologia, como devem ter contramedidas a essas armas...
E para terem certeza de que os americanos não estão lidando mais com a tecnologia soviética, os russos foram à primeira nação a criar um míssil de cruzeiro hipersônico lançado do mar, o Tsirkon, voando à velocidade de mais de 8.000 quilômetros por hora.
Todas essas armas hipersônicas podem ser adaptadas para levarem bombas de hidrogênio a países próximos na Europa, ou aos EUA em questão de minutos, e uma vez lançados nada poderia impedir a 3ª guerra mundial e o conceito de destruição mútua da guerra fria...
Mas em relação à Rússia isso não funciona tanto assim, pois ainda há possibilidade de não sofrerem tantos danos porque desenvolveram o melhor sistema de defesa antimíssil do globo. Desde os S – 300; S – 400; S – 500; e os russos já estudam uma geração ainda mais superior, tornando o território russo, e de aliados, inacessível a uma resposta atômica da OTAN.
Ao invadir a Ucrânia, para defender as províncias que se tornaram independentes e estavam sendo massacradas pelo governo ucraniano, com armas advindas da OTAN, e ainda com o receio desta nação se juntar a esse bloco, cujo objetivo é claramente cercar e intimidar a Rússia; mas Vladimir Putin deixou claro que agora basta, e que se os EUA, o pai e mantenedor da OTAN ousarem intervir, as cartas na mesa serão mais poderosas...
E como elas seriam? A retórica de que se atacar um país do bloco provocaria a 3ª guerra, nada mais é do que uma retórica porque o povo americano pensa exatamente como Donald Trump, ou seja, farinha pouca, meu pirão primeiro. Eles deixariam a Europa serem arrasados por armas atômicas russas, e chegariam a um acordo de cessar fogo com o inimigo para impedir a destruição total de seu próprio país, dividindo o que restar em zonas de influência.
E nesta guerra hipotética ainda há o dragão chinês a colher os lucros e os ossos de quem sobrar, e hoje, como há milhares de anos a China seria novamente a nação mais rica e poderosa da terra, ainda que precise recomeçar reconstruindo a civilização, mas agora ao estilo chinês...
[1] Para medir a capacidade de uma bomba atômica de fissão - quebra do átomo - gerando uma reação em cadeia, e uma explosão atômica convencional, usa-se o termo quiloton, que equivale a mil toneladas de TNT. A que caiu em Hiroshima tinha 18 quilotons; já uma bomba de hidrogênio, que utiliza a fusão nuclear, dois átomos se fundindo para gerar outro diferente, e gerando milhares de vezes mais energia, se utiliza o termo um megaton; cada megaton equivale a 1 milhão de toneladas de dinamite. A Tsar Bomb, explodida pelos soviéticos em 1961 tinha 57 megatons, porque reduziram sua potência de 100 megatons para 57, temendo incendiar camadas mais altas da atmosfera...
[2] A RÚSSIA TEM O MELHOR MÍSSIL DO MUNDO, IMPOSSÍVEL DE SER INTERCEPTADO.
Ogivas operacionais: 3 500; Principal míssil: Topol-M; Poder de destruição:1 ogiva de 550 [6]quilotons; Lançamento: Em 2 min; Velocidade: 24 000 km/h; Alcance: 10 500 km; Tempo para impacto: Nova York: 20 min / Los Angeles: 26 mm
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