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GUERRAS DA OTAN, O NEGÓCIO DOS EUA...

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POR DAVID DA COSTA COELHO

Desde sua criação até os dias de hoje, além de quase levar a destruição do mundo, na crise dos mísseis de Cuba, revés soviético dos mísseis atômicos colocados por essa entidade, comandada pelos EUA, na Itália e na [1]Turquia, o que mais a OTAN faz é trazer insegurança mundial porque o negócio dela não é a paz, e sim pressionar nações até que haja um conflito onde ela possa atuar diretamente, ou indiretamente, cedendo armas, logística e informações privilegiadas aos grupos que apoia; a exemplo atual da guerra na Ucrânia.

Cada conflito necessita de armas novas e poderosas, por isso o complexo militar que fornece armas a entidade nunca deixa de faturar bilhões de dólares, e até mesmo trilhões porque os principais conflitos armados envolvendo a OTAN começaram após o fim da URSS; ou seja, precisava de novos inimigos para justificar essas guerras, a começar pela Bósnia (1993), Iugoslávia (1999), Afeganistão (2001), Guerra do Iraque (2003), Líbia (2011), e atualmente a Ucrânia, no que é conhecido por guerra por procuração, porque se eles entrarem diretamente contra a Rússia, não sobrará ninguém na terra porque 15 mil bombas nucleares varrerão o planeta...

E o mais interessante nessa história é o que ocorre com as armas de guerra após os conflitos. Uma parte delas sempre acaba indo para o mercado negro, onde irá estimular novos conflitos regionais, outra parte fica no próprio país que a entidade ajudou ou atacou; e isso acaba demandando mais produção de armas, e o principal fornecedor é a nação americana, afinal foram às armas de fogo que domaram o continente, fez a guerra da independência contra a Inglaterra, devastaram os búfalos, índios, e eles mesmos na guerra civil entre os estados americanos, e depois em sua expansão imperialista pelo mundo.

Mas o negócio começou realmente a ir para frente durante a 1ª Guerra Mundial, quando os EUA passaram a suprir os europeus com armas e alimentos, enquanto os europeus ficaram contentes em extorquir de suas colônias pelo mundo, mais alimentos e riquezas para pagar seus débitos e para alimentar seu povo, enquanto se matavam em suas guerras fratricidas...

Claro que essa guerra matou milhões de fome na Ásia, e na África, mas a liberdade e a democracia europeia estavam dispostas a sacrificar tais peões pelo bem maior...

A 2ª Guerra Mundial, outro conflito imperialista europeu, fechou de vez esse modelo de exploração global porque as nações sob o julgo do imperialismo começaram a lutar contra seus senhores, e os recursos que os europeus sugaram do mundo por séculos, foram quase todos para os americanos.

E após o fim deste conflito com a explosão das bombas atômicas sobre o Japão, a hegemonia americana era incontestável, mas eles se esqueceram de combinar com a URSS se esse pra sempre era certo mesmo...

Desta formas, os soviéticos criaram suas bombas e o Pacto de Varsóvia, e se tornaram o maior império atômico do planeta, e os americanos, com demais aliados europeus, criaram a OTAN, e um número de armas atômicas pouco abaixo, mas testadas e aprovadas em mais de 2 mil testes atômicos no mar, no ar, no solo e no espaço. E o complexo militar construiu todas elas...

As empresas de armas estadunidense Lookheed Martin Corporation, Raytheon, Northrop Gruman Corporation, L3Harris Technologies, e a Honeywell são as mais conhecidas e lucrativas nesse mercado, mas há centenas delas, principalmente as novas que produzem drones pequenos. No mercado de armas para a OTAN, se morar nos países em que o grupo domina e fizer armas inovadoras, o céu do capitalismo de guerra não tem limites.

E a justificativa para elas ocorre toda vez que a demanda por democracia, e luta contra os impérios do mau mundo afora for à desculpa para assaltar o bolso do cidadão americano e ajudar essas nações em prol da liberdade e democracia, logo os americanos ficarão felizes em pagar combustível mais caro, assim como comida e energia, afinal, levar a liberdade e a democracia ao mundo tem preço, e os pobres tem que pagar por isso, sejam americanos ou europeus...

Sim, europeus também pagam porque nesse mercado há também empresas armamentistas europeias, tais como A BAE Systems, de origem britânica, a Hensoldt da Alemanha, e a Rheinmetall, também alemã, havendo também outras fabricantes menores no continente.

A OTAN se transformou numa máquina de guerra mundial, alimentada por impostos sugados dos contribuintes europeus e americanos, que vivem hoje uma onda de inflação e perda de poder aquisitivo só reconhecido pelas populações do 3º mundo, que imigravam para esses países em busca de melhores condições de vida.

Mas a guerra contra a Rússia, ainda que indiretamente, fará exatamente o oposto, pois haverá uma desindustrialização na Europa, as fábricas pequenas fecharão as portas, e as gigantes mudaram para nações que possuem muita energia ou mão de ora barata, e é evidente que nessa guerra contra os russos, serão os americanos do norte que se beneficiarão, principalmente vendendo derivados de petróleo e gás de xisto extremamente poluidor...

Mas as populações do mundo precisam entender que as potências globais não se importam com a natureza, aquecimento global, ou pessoas morrendo de fome, ou de balas e misseis, e sim de fazer guerras...

E a guerra, como dito por um jovem soldado da 1ª guerra mundial. É um negócio de velhos, enfrentada por jovens, que nada tem a ganhar, a não ser uma lápide, e quem paga por ela não são os ricos, e sim os pobres dos países ricos e colônias globais...

 



[1] Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, mas após um acordo entre as potências atômicas, os mísseis norte-americanos seriam retirados da Turquia, e os soviéticos removeriam os mísseis de Cuba, terminando essa fase de quase extermínio atômico da humanidade; mas foi a OTAN quem iniciou a agressão...


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