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O BRASIL PRECISA DE ARMAS NUCLEARES?

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Por David da Costa Coelho

Antes de dissertar sobre esse tema, precisamos entender exatamente o potencial de ser ter tais artefatos em face de realidade do mundo que nos cerca. No planeta existem nove países que possuem bombas nucleares: Estados Unidos, Rússia, o Reino Unido, França, China. Estes cinco são considerados "estados com armas nucleares" (EAN), um estatuto reconhecido internacionalmente pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) imposto ao mundo por estes serem os membros da ONU que realmente mandam no mundo... Mais tarde a Índia, Paquistão, Israel, e Coreia do Norte também obtiveram seus arsenais nucleares a revelia das superpotências porque não aderiram a um tratado idiota que saberiam que as potencias mundiais jamais cumpririam; pois o [1](TNP) determina que seus membros destruam suas armas nucleares, impõe as nações signatárias que jamais os construam. Sabiam também, devido sua posição geopolítica, seus recursos humanos e naturais, bem como conflitos anteriores da 1ª e 2ª guerra, e aos interesses imperialistas do passado e atuais, que sem armas nucleares, estariam novamente na mesma situação, daí a decisão de compor tais armas e impedir que a história se repetisse...
Destas quatro, Israel é que detém o maior numero de bombas nucleares, calculadas pelos serviços secretos americanos e russos em 250 ogivas, cada uma com vários megatons, as primeiras bombas eram calculadas em [2]Kilotons. O minúsculo estado judeu, com essas armas, se tornou inatacável, ao mesmo tempo capaz de varrer do mapa as cidades de todos os estados árabes inimigos que imaginarem insanamente atacar a nação. Para compreender a importância de tais artefatos, a Coreia do norte estava na linha de tiro e invasão pelo império americano devido à doutrina [3]Bush, colocando o país no eixo do mal, após o 11 de setembro de 2001. Contudo, após a explosão de artefatos nucleares experimentados pelos norte-coreanos, os EUA não pensam mais em fazer isso porque os mais de 2000 testes atômicos que fizeram no Oceano Pacífico lhes deram as respostas de um ataque a uma nação atômica. Jamais poderão enviar suas frotas navais ao local porque elas seriam varridas pela explosão nuclear inimiga. A única solução seria lançar misseis [4]ICBMS atômicos contra os coreanos, mas a geopolítica entre China e Rússia levaria isso a 3ª guerra mundial, o que não interessa a ninguém, portanto, só ficam na bravata e imposição de mais sanções econômicas e politicas à nação através da ONU.
 A África do Sultambém possuía bombas atômicas, mas acabou com seu arsenal atômico ao aderir ao tratado contra as armas nucleares. Como sinal de que poderiam cumprir as exigências da carta, as cinco potencias eliminaram parte daquele arsenal; Entretanto, visto por outro ângulo, tecnicamente apenas acabaram com as armas iniciais construídas nos primórdios da corrida atômicas, que ficaram obsoletas com a tecnologia atual, e as que ficaram estão passando por uma atualização e otimização, o que pode levar a uma nova corrida nuclear entre o clube atômico do 1º time. Somente a Rússia e os EUA sozinhos poderiam erradicar toda vida na terra com o arsenal que possuem. Até hoje a única nação que as utilizou contra seres humanos foi os EUA. Eles jogaram as bombas em seres humanos por dois motivos, 1º porque queriam testar na pratica o que a energia atômica poderia fazer ao corpo humano em escala monumental, a 2ª é porque precisavam dos portos e indústrias japonesas para lutar contra o inimigo natural que surgia, a URSS, portanto, destruir a estrutura naval e bélica com as bombas não seria de interesse americano, e as mortes dariam o recado do que esperar a quem não tivesse tais armas.
No livro - STALIN E A BOMBA - de David Holloway, renomado acadêmico e pesquisador histórico; descobrimos por documentos do governo americano da época que eles pretendiam atacar atomicamente a URSS, mas para isso precisavam de 800 bombas nucleares para varrer de vez os principais redutos do país. Os espiões de Stalin tinham conhecimento desse fato, o que determinou duas frentes de combates ideológicas e estratégicas, a 1ª era pressionar interesses americanos e soviéticos na Europa e na Ásia, confundindo a geopolítica americana, mas sem chegar as vias de fato; cedendo na Europa quando as coisas poderiam levar realmente a uma guerra, com a vantagem das armas nucleares ainda de forma unilateral pelos americanos. Isso explica a desistência soviética em países europeus que desejavam implantar o socialismo, a exemplo da Grécia, mas que foram abandonados pelos soviéticos na hora que mais precisavam de seu apoio logístico intelectual e financeiro. Na Ásia, Stalin não recuava porque era o ponto fraco americano e considerado área de influencia soviética, a própria extensão e o contingente populacional do hemisfério tornava uma guerra, ainda que atômica, uma missão impossível, já que não possuíam os dispositivos nucleares em numero suficiente, o exemplo disso foi à derrota do projeto imperialista dos EUA na guerra da Coreia e do Vietnam.
A 2ª era inundar de recursos humanos e financeiros o projeto atômico soviético, atrasado porque Stalin mandou fuzilar vários de seus cientistas antes da 2ª Guerra, tido como uma coisa inútil para um futuro distante, com vários dissidentes apátridas, portanto dispensáveis. Contudo, ao contrario do que afirmam os americanos eles estavam muito avançados nas pesquisas, caso tivessem os cientistas mortos, poderiam ter construído a bomba na mesma época, ainda mais após recuperar água pesada e urânio dos territórios dos países que libertaram e ocuparam, antes de chegar à Alemanha nazista, o que deixou a inteligência americana de cabelos em pé. De outra parte, contou com a espionagem e aliados ideológicos do regime, que ofereceram voluntariamente informações secretas aos agentes soviéticos, muitos tinham afinidades com o comunismo, ou porque achavam que os EUA não tinham o direito ao monopólio das armas atômicas no mundo. Algo semelhante ocorreu com os foguetes nazistas, uma parte foi para os soviéticos, e seu maior cientista, Wernher von Braun, auxiliado por varias centenas de colegas do projeto espacial alemão que foram para os EUA... O resultado final se deu em 29 de agosto 1949, quando os soviéticos explodiram sua primeira bomba atômica, daí em diante se intensifica a guerra fria, e a interferência dos EUA em varias partes do mundo com a desculpa de lutar contra o comunismo, mas havia claro, seus interesses por recursos naturais estratégicos – petróleo, urânio  nióbio, etc. - com o mundo dividido, a manipulação americana em prol da não proliferação atômica, imposição de seus valores, ditaduras militares, e guerras ao ‘terror e terrorismo, deixou as nações que não se adequam a seus interesses só uma opção, ou esta conosco, ou contra.
Sem armas nucleares para se proteger, a Coreia do Norte já teria o mesmo destino do Iraque, Líbia, Afeganistão e tantos outros, contudo, não vemos intentos imperialistas contra nenhuma potencia atômica, nem mesmo contra o Paquistão, um antro de ‘terroristas’; Que vem de diversos países Árabes e recebem treinamento lá e no Afeganistão, depois partem para seus locais de atuação no oriente médio, África e Ásia, com total conhecimento dos EUA. Talvez o maior exemplo do poder atômico seja Israel, cercado literalmente por bilhões de islâmicos que desejam retomar seu território, pois na cultura islâmica, território islâmico jamais deve voltar ao inimigo. Caso ocorra, é dever [5]dogmático retomar o seu território, como nas guerras que o país sofreu desde sua fundação em 14 de maio de 1948. Com uma população pequena, quase 8 milhões de pessoas, poderiam literalmente serem invadidos e completamente destruídos em questões de dias pelas principais potencias do oriente médio. Mas como sabemos de seus 250 motivos diplomáticos, tal futuro nefasto é um conto de fadas que nenhum país islâmico terá peito de experimentar, salvo é claro, se possuir armas nucleares e desejar sumir do mapa.
Os argumentos expostos servem para entender o motivo do questionamento em relação ao Brasil. Durante 300 anos fomos colônia de Portugal, não nos tornamos independentes deles, ao contrario, pagamos dois milhões de libras emprestadas da Inglaterra para Portugal, como indenização pela nossa ‘independência’, em seguida, fomos colonizados economicamente pelos banqueiros ingleses no período imperial, proclamação da republica até o inicio da 2º guerra mundial, quando os EUA ocuparam o lugar da outrora potencia mundial. As corporações do novo aliado instalaram-se aqui, com regras claras e definidas de como deviam compensar economicamente o País, no entanto, ao contrario disso, exploraram, poluíram, enganaram e não cumpriram acordos prévios – coisa que não fazem até hoje - o que levou Leonel Brizola, um nacionalista ferrenho, em plenos anos 60, a encampar a Companhia de Energia Elétrica Rio-Grandense, filial da American and Foreign Power Company (Amforp). O resultado desse nacionalismo foi o golpe de 1964, planejado, estruturado e bancado economicamente pelos EUA, com auxilio de nossos militares apátridas, condicionados por eles; das elites mesquinhas brasileiras, e da Igreja católica.
Durante 21 anos, fomos saqueados, explorados, e quando começamos a incomodar, como na questão de construir usinas atômicas, e armas atômicas, pretendidas por [6]Ernesto Geisel, chegou a hora de acabar com o regime, porque ele já havia atingido o objetivo que era deixar o Brasil como ele sempre deveria ser, uma eterna colônia de exploração; ainda que supostamente independente. Os governos liberais que vieram, sem o apoio financeiro do mui amigo tio Sam, não tiveram outra coisa por fazer se não torrar o patrimônio publico, a preço de banana, com financiamento do BNDS... Algo como você vender sua casa pro seu vizinho, pedindo dinheiro emprestado no banco, em seu nome, para emprestar ao comprador que vai adquirir sua casa; sem lhe pagar juros, e você sendo extorquido pelo banco, um negocio da china.
 Além disso, abriram as indústrias do País à ‘livre concorrência neoliberal’, ou seja, quebramos não uma vez, mas um monte delas. Vendemos praticamente todo parque industrial iniciado por Getúlio Vargas e dos militares, aos piratas internacionais e as nossas elites que se reuniram para dividir o lucro entre elas. Se existir duvida, A Privataria Tucana, do jornalista brasileiro Amaury Ribeiro Jr, limpa sua mente dos sonhos que ainda resta desse período canalha de nossa triste história. Como vimos, os nossos militares não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares por uma série de fatores, dentre eles a nossa segurança, mas [7]Fernando Collor de Melo assinou, e denunciou os governos militares que pretendiam construir a bomba, mandou fechar o buraco onde seria testada a explosão e fechou as portas a nossa defesa, em meio a tudo que somos e as potencias mundiais desejam.
 A explosão da Base de Alcântara é um desses motivos, pois se os EUA não nos querem com bombas atômicas, ainda mais com foguetes capazes de levar o presente de grego ao território inimigo que ousasse nos atacar. Os documentos secretos americanos, vazados pela WIKILEAKS, revelam claramente os dedinhos das agencias secretas americanas no fatídico e estranho acidente. Os serviços de investigação do governo brasileiro só corroboraram tais coisas, citamos ainda a pressão internacional, pelos Estados Unidos, a todos os países que possuem a tecnologia de lançamentos de foguetes, para que sob nenhuma hipótese, nos repassem tal conhecimento; daí as viagens do presidente Lula, durantes seus dois mandatos, a essas nações. Não estava interessado apenas em vender soja e carnes, mas obter acima de tudo tecnologia espacial...
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos minerais, vegetais e humanos, mas ao contrario do que deveria ocorrer, tais riquezas não pertencem e não servem em nenhum momento ao povo brasileiros, ao contrario, se dispõe apenas ao neocolonialismo imperialista das superpotências econômicas e atômicas. Nossas forças armadas são algo semelhante aos 7 anões, do conto de fadas branca de neve, ao passo que os inimigos descritos são como as decisões da doutrina Bush. Nenhuma nação deste planeta que possua armas atômicas pode ser atacada, ao passo que nações com marinha, exército e aeronáutica de 1º mundo, a exemplo da Arábia Saudita, de nada servem se Israel, com seus presentes radioativos decidirem de uma hora para outra acabar com o berço do islamismo, e a quem mais nas proximidades tentar revidar.
 Nos dias de hoje, mais do que nunca, o que garante a paz e a integridade de um povo é o seu poderio atômico por vários motivos, mas ao aderirmos ao tratado, caímos num conto de fadas que jamais será cumprido por quem nos impôs. Os argumentos desfavoráveis, na adesão do Brasil ao TNP, é a separação entre “Estados Nucleares”. Que podem tudo e jamais serão atacados sem um revide a altura; e “Estados Não Nucleares”, que a qualquer momento podem ser taxados de terroristas, ditatoriais ou de interesse geopolítico. Sem um equilíbrio de poder atômico, mesmo com um arsenal pequeno, como o da Índia e Paquistão, as potências nucleares continuam ditando as regras no contexto internacional, decidindo quem será atacado ou não.
Concluindo, cabe aos nossos governantes tomarem decisões politicas no sentido de nos proteger realmente, e isso não será feito comprando jatos, tanques ou submarinos de nações do 1º time, mas desenvolver aqui tal tecnologia, ou fazer acordo com nações que desejem realmente repassar tal conhecimento. Num segundo momento, deixar o tratado atômico, diante de tudo que foi exposto, e implementar no tempo devido a produção de artefatos nucleares exclusivos para a nossa defesa, sem isso, continuamos exatamente como estamos, com a diferença que podemos nos tornar um alvo, caso alguma potencia atômica decida que deve ser assim. Será que a Inglaterra teria enviado sua frota para atacar a argentina, caso estes tivessem armas nucleares, na guerra das Malvinas? A logica diz que não, pois a única coisa que impede a força militar de ser utilizada, é a certeza de que o revés será certo e fatal.
Fontes:







[1] As potências nucleares do planeta estão planejando gastar centenas de bilhões de libras na modernização e reforço de seus arsenais nucleares ao longo dos 10 próximos anos, de acordo com um relatório abrangente publicado na segunda-feira.[..] A despeito das pressões sobre os orçamentos governamentais e da retórica internacional quanto ao desarmamento, os indícios apontam para uma nova e perigosa "era de armas nucleares". Em diversos países, entre os quais Rússia, Paquistão, Israel e França, as armas nucleares estão recebendo missões que vão bem além da dissuasão, alerta o estudo, e agora devem "desempenhar papéis bélicos no planejamento militar".

[2] A quilotonelada ou a Kiloton é uma unidade de medida de massa correspondente a MIL TONELADAS DE TNT, são usadas para classificar a libertação de energia e medir o poder destrutivo das armas nucleares. Esta unidade nos dá uma ideia da sua destrutividade em comparação com os explosivos convencionais, a dinamite, conhecida como TNT. A megatonelada (ou Megaton) correspondente à explosão de UM MILHÃO DE TONELADAS DE DINAMITE.

[3]A Doutrina Bush é um termo utilizado para descrever uma série de princípios relacionados com a política externa do presidente George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001. Com essa nova politica, os Estados Unidos tem o DIREITO de tratar como terroristas os países que abrigam ou dão apoio aos grupos terroristas, que foi utilizado para justificar a invasão do Afeganistão. Mais tarde, ele incluiu elementos adicionais, tais como a controversa política de guerra preventiva, que alegou que os Estados Unidos devem DEPOR REGIMES ESTRANGEIROS que representam uma suposta ameaça à segurança dos Estados Unidos, mesmo que esta ameaça não seja imediata (usado para justificar invasão ao Iraque). Incluiu uma política de apoio à democracia no mundo, particularmente no Oriente Médio como uma estratégia para combater a propagação do terrorismo e da utilização do poder militar mesmo que UNILATERALMENTE.

[4] Um míssil balístico intercontinental, ou ICBM, é um míssil balístico que possui um alcance extremamente elevado (maior que 5 500 km ou 3 500 milhas), normalmente desenvolvido para carregar armas nucleares. Os ICBMs se diferenciam dos demais mísseis balísticos por possuírem um alcance e velocidades maiores do que os mesmos. Outras classes de mísseis balísticos são os mísseis balísticos de alcance médio (IRBMs) mísseis balísticos de curto alcance e os mísseis balísticos de palco.

[5] Al-Harb—A Casa de Guerra, aqueles quenão vivem segundo o Islamismo, em sua maioria, segundo os extremistas religiosos, são infiéis. Para muitos extremistas islâmicos, e dever deles levar o islã ao mundo e Al-Islam—A Casa de Paz, aqueles que vivem segundo o Islamismo em território próprio e indivisível segundo a Sharia, e tido como dever combater em nome de ala, o misericordioso; todos que violem esse território... Essa regrinha simples faz com que árabes do mundo todo se ofereçam como soldados de Ala, o misericordioso; para combater infiéis que invadam território islâmico, e em sua luta, ao morrer, ascenderão aos céus, onde terão como companhia virgens e as graças do profeta.

[6] Geisel lembra aos presentes que, em anos anteriores, o Brasil teve "a preocupação de preservar relativa liberdade de ação nesse campo". E que, "por isso, o governo Castello Branco decidiu que o Brasil não deveria abrir mão do direito de realizar explosão nuclear para fins pacíficos, bem como não assinou, mais tarde, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a despeito das fortes pressões exercidas pelas potências atômicas".

[7]“Assinei o tratado pela convicção de que, para um país como o Brasil, sem inimigos, a bomba representaria gastos desnecessários de bilhões de dólares”, disse o ex-presidente Fernando Collor.

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