Por David da Costa Coelho
No final do século XVIII, a [1]Inglaterra tornou-se a primeira nação industrial da terra, e para que os países não industrializados se tornassem seus clientes, era necessário, portanto uma teoria econômica que permitisse a seus clientes futuros acreditarem que tinham o direito de adquirir o melhor produto pelo menor preço; sem a intervenção do estado na economia, pois o [2]mercantilismo ainda era a politica econômica vigente. Como praticamente todas as nações poderosas do planeta viviam da agricultura e da exploração colonial, não foi difícil convencer muitas delas dessa nova ideia. Contudo, apesar de todo seu arcabouço intelectual, que justificou o principio do [3]liberalismo, diversas nações – entre elas a França - concluíram que isso não passava de um plano sinistro da burguesia inglesa em monopolizar o mercado mundial, fazendo de todos os demais países não industrializados; consumidores dos produtos britânicos, uma espécie de neocolonialismo de nações detentoras de riquezas coloniais, mas cujos resultados econômicos ficariam para os ingleses.
A Espanha e Portugal eram exemplo clássico deste paradoxo, porque toda sua riqueza colonial se perdeu em guerras e na compra de produtos ingleses e franceses, justificado evidentemente esse sucesso financeiro pela mentira da [4]‘Ética protestante e o espirito do Capitalismo’, um excelente conto de fadas para aprendizes de história. E para garantir a supremacia inglesa nessa revolução tecnológica, leis duras e cruéis foram impostas aos cidadãos daquele estado, para que esse conhecimento não chegasse a outras nações. No entanto, como afirma a teoria do liberalismo, o interesse individual dos cidadãos prejudicados pelas ordens estatais do império britânico, foi maior do que o tal patriotismo, e esse conhecimento que os ingleses tinham, chegou através da compra de informações secretas à França, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Rússia, Japão e [5]imigrantes aos EUA... Evidente que as nações mais industrializadas do mundo a partir de então seriam o tio Sam, Inglaterra e Alemanha, o resto se dará no [6]imperialismo, na 1ª Guerra mundial e 2ª Guerra, onde os EUA saem dela como potencial industrial suprema. E para que isso continuasse, juntamente com demais potências conhecidas, era necessário um plano macabro para impedir que outras nações se industrializassem no século XX.
Felizmente a guerra fria e o novo arcabouço do liberalismo, o Neoliberalismo, iria propiciar essa bondade capitalista na reunião de um grupo específico de conspiradores nos anos 50, denominado [7]Clube de Roma, cujo objetivo era o controle da população para um algo em torno de 500 milhões de habitantes, deter a expansão de novas indústrias nos países pobres, ou impor a eles as suas; a exemplo de fabricas de carros de produção nacional com tecnologia importada do 1º mundo, visando exclusivamente a exportação e a dependência econômica das nações pobres, tendo em vista que necessitariam de dólares para pagar as contas internacionais e importar produtos do 1º mundo. Uma agenda de dominação mundial através do FMI, BM, e ONU, entidades que controlam as engrenagens maquiavélicas das políticas no mundo inteiro, como uma aranha gigante que prende todos em suas teias de interesse. Não bastando essa parte teórica, havia ainda os assassinos econômicos enviados pela CIA, americana, MÍ6 britânico, e outras denominações semelhantes destes países imperialistas.
Assim, com diversas ideologias, entre elas as de lutar contra o comunismo, pela liberdade, verdismo, contra o terrorismo; o que se tem é uma agenda global de destruição de países pobres, mas com recursos imprescindíveis aos membros da Tríade Global. Não acreditando nas palavras ditas, basta um olhar microscópico nos países invadidos desde o fim da 2ª Guerra, e observar sua situação politica e econômica após esses conflitos em nome dos argumentos acima. Com uma olhada mais criteriosa no Afeganistão, Iraque, Líbia, e atualmente na síria, perceberá o quão benéfica a essas populações tais politicas caridosa são. Lembrando que só na guerra do Vietnam, os EUA jogaram mais bombas e armas químicas que durante todo o período da maior guerra da historia humana... Como o tema é aquecimento global, não vamos esquecer-nos de colocar essas emissões de carbono e demais gases propiciados pelas guerras nessa conta. Não esqueçam também dos testes atômicos, afinal hoje o arsenal mundial passa da casa dos 15 mil artefatos, e só de testes pelas potencias atômicas ficamos em 2047... Imagine a quantidade de carbono e radiação na atmosfera por ocasião destes testes? Mas ainda falta a destruição de florestas, afinal a revolução industrial foi movida a vapor e estradas de ferro. Um oceano de florestas no mundo inteiro foi varrido do globo para construção civil e militar, bem como fornecer energia para mover trens, termoelétricas e mais centenas de utilidades que só a madeira possui...
A parte mais triste dessa estorinha é que o tal aquecimento global dispõe de soluções tecnológicas para seu combate, que poderiam fazer a terra esfriar tanto que poderia nos levar a uma era glacial se assim quiséssemos. Se uma arvore fosse plantada para cada ser humano que esta vivo hoje – o que ocuparia uma área global do tamanho da Austrália, espalhado por diversos países do globo - os níveis de gás carbônico no planeta chegaria a escalas anteriores a revolução industrial do século XIX. Plantar e cuidar desse numero de arvores geraria uma economia verde superior a todos os empregos criados no mundo na ultima década. Contudo, devemos entender que os países ricos criam suas teorias para manipular os pobres, e como conhecedores da verdade; não caem em seu próprio conto. Antes de morrer envenenado por um isótopo radiativo, como afirmam as teorias conspiratórias; Hugo Chavez presidente da Venezuela, afirmou que se o clima do planeta fosse um banco, os países ricos já o teriam salvo. Na verdade é essa a grande conspiração, plantar 7 bilhões de arvores acaba com o ‘aquecimento global’; e sairia muito mais barato que salvar um bando de políticos e banqueiros corruptos, como feito na crise mundial de 2008, e cujo a conta final ficou novamente para as nações pobres, ou ricas, mas os ricos dessas nações não pagarão o preço disso... Já os pobres, assim como as arvores, são os primeiros a sofrerem os cortes...
Se o Aquecimento Global realmente aquecimento existe, o Sol é de longe o culpado máximo, pois sem ele as calotas polares de marte não estariam derretendo, como comprovado pela Nasa, e olha que ele esta muito longe da Terra; e principalmente do Sol, e nós aqui temos experimentado a cada 11 anos o astro rei liberar imensas tempestades solares que só não nos fritam porque temos uma atmosfera de 1ª linha, mas que ainda assim deixa muito do calor passar. O segundo responsável por ele seria as erupções vulcânicas no planeta, pois além de liberar gases diversos na atmosfera, que aquecem ou a esfriam, elas também ocorrem nas erupções vulcânicas das profundezas dos oceanos, e nela há uma quantidade gigantesca de [8]hidrato de metano, esse gás na atmosfera ajuda a aquecer o planeta, embora mais tarde o sol quebre suas ligações, transformando em carbono e hidrogênio, mas esse carbono é um gás de efeito estufa...
Por ultimo podemos acusar o homem capitalista selvagem aquele que não se importa com ninguém, pois acredita ser eterno, e quando em vias de morrer, quer deixar a seus filhos quantidade de dinheiro para milênios de gerações. Com essa grana ele sabe que seus herdeiros poderão viver bem em alguma base secreta montada por seu grupo dominante caso o planeta morra. E se isso não ocorrer, eles continuarão dominando os outros bilhões que existem, com alguma teoria conspiratória, e que a massa leiga e desinteressada em aprender, continuará no seu mundo de liberdade e faz de conta; felizes em lutar por salvar ‘o planeta.’
A terra tem 4.5 bilhões de anos, e o ser humano na forma de homo sapiens apenas 200 mil anos, com certeza ela pode se reciclar novamente, como feito após a extinção do extinção do permo-triássico, há 250 milhões de anos, ou a do período Cretáceo, há 65 milhões de anos, época da extinção dos dinossauros. Se ela sobreviveu a fase de glaciação global, dos super vulcões, meteoros, em breve, esse ser mesquinho chamado homem gananciosos sapiens encontrara seu destino...
[1] A intensa transformação do processo produtivo ficou conhecida, historicamente, como Revolução Industrial. Com o uso de máquinas movidas a energia mecânica, as fábricas passaram a produzir de maneira quase ininterrupta, gerando muitos postos de trabalho nas cidades, as quais passaram a atrair um grande contingente de pessoas, provenientes, sobretudo das áreas rurais.
[2] MERCANTILISMO: Conjunto de medidas econômicas, colocadas em prática durante o período de transição do feudalismo para o capitalismo. Suas características essenciais são a intervenção do Estado na economia; Metalismo; Balança comercial favorável; Protecionismo; Exploração colonial; Incentivo à Construção Naval.
[3] CONCEITO DE LIBERALISMO: conjunto de ideias éticas, políticas e econômicas da burguesia, em oposição à visão de mundo da nobreza feudal. Em um primeiro momento os burgueses apoiam a formação das monarquias nacionais porque necessitam do Estado forte para seus negócios, contudo, o absolutismo continua proporcionando aos nobres o controle do estado. A burguesia passa em seguida a reivindicar sua própria autonomia ao se fortalecer financeiramente e a influenciar o restante do povo com ideias liberais, originadas de escritores financiados por eles. A partir daí o pensamento burguês passa a separar Estado e sociedade, reduzindo ao mínimo a intervenção do Estado na vida de cada um... O liberalismo pode ser entendido pelo menos sob três enfoques: o político, o ético e o econômico. O liberalismo político constitui-se contra o absolutismo real, e busca nas teorias contratualistas a legitimação do poder, com o consentimento dos cidadãos. Aperfeiçoamento das instituições de voto e da representação. Autonomia dos poderes e a limitação do poder central. O liberalismo inicia - se elitista (restrita aos cidadãos de posse) e amplia-se a partir de pressões externas... O liberalismo ético supõe o prevalecimento do estado de direito, que rejeita o arbítrio, as lutas religiosas, tortura, penas cruéis. Garantia dos direitos individuais, como liberdade de pensamento, expressão e religião. O liberalismo econômico se opõe inicialmente à intervenção do poder do rei nos negócios. Fisiocratas: “laissez-faire, laissez-passer le monde va de lui-même”.
“deixem fazer, deixem passar, que o mundo anda por si mesmo”.
[4] A descoberta de ouro e prata na América, o extermínio, a escravidão das populações indígenas, forçadas a trabalhar no interior de minas, o início da conquista e pilhagem das índias orientais e a transformação da África num campo de caçada lucrativa são os acontecimentos que marcam os albores da era da produção capitalista. Esses processos idílicos são os fatores fundamentais da acumulação capitalista.
Karl Marx. O capital. Crítica da economia política. L.2.v. II, p868
[5] Samuel Slater foi um industrial estadunidense, de origem inglesa, que imigrou para os EUA aos 20 anos de idade, como ele havia sido aprendiz de Sir Richard Arkwright, inventor da máquina de tecer através da qual a fibra do algodão se transformava em fio. Samuel Slater é reconhecido como "pai da Revolução Industrial dos Estados Unidos."
[6]Imperialismo: expansão violenta por parte dos estados sobre áreas territoriais da sua influencia ou poder direto, e formas de exploração econômica em prejuízo dos povos dominados ou subjugados.Foi consequência direta das ações do capitalismo monopolista que, por sua vez, era exercido por empresas gigantescas, apoiadas pelo governo de seus países e que passaram a atuar em várias partes do mundo. Aliado a isso, no final do século XIX, o darwinismo social afirmava que a raça branca - europeia - era, pelas conquistas tecnológicas e avanços científicos, superior às demais raças. Baseadas nessa crença, as potências imperialistas legitimavam o domínio sobre o território africano e asiático com o argumento de que estariam levando o progresso e o desenvolvimento, enfim, estariam levando a civilização a povos inferiores e atrasados. Essa crença ficou conhecida como missão civilizadora ou o fardo do homem branco.
[7] A consciência da crise ganhou expressão em 1972 com o relatório do famoso clube de Roma, articulação mundial de industriais, políticos, autos funcionários estatais e cientistas de várias partes para estudarem as interdependências das nações, a complexidade das sociedades contemporâneas e a natureza, com o objetivo de desenvolverem uma visão sistêmica dos problemas e novos de ação política para a sua solução. O relatório tem por título: os limites do crescimento. Na reunião do Clube de Roma constatou-se a falência dos recursos naturais e solicitou um estudo, que recebeu o nome de Limites do Crescimento. Esse diagnóstico mostrou que a degradação do ambiente decorre, principalmente, do descontrolado crescimento populacional e da superexploração dos recursos naturais e que caso não haja estabilidade populacional, econômica e ecológica, tudo um dia acabará. Esses estudos lançaram subsídios para a ideia de desenvolvimento aliado à preservação ambiental e o controle do crescimento econômico em nações pobres, ou em desenvolvimento, pois o mundo não comportaria mais tantas nações industrializadas.
BOFF, Leonardo. Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. Sextante, 2004 RJ
[8] O hidrato de metano é formado principalmente no fundo de oceanos, onde materiais orgânicos entram em decomposição e, dessa forma, os microrganismos sintetizam, entre outros compostos, o metano. Esse gás é então liberado, sendo que parte dele é encapsulada pelos cristais de gelo, produzindo o hidrato de metano em camadas de água de aproximadamente 500 metros. Na temperatura próxima ao congelamento da água, o hidrato de metano permanece de forma estável. No entanto, à temperatura ambiente, ele se decompõe rapidamente, liberando o gás metano. É por isso que ele pega fogo facilmente, seja no gelo, seja em rochas ou até mesmo na água de rios. No caso de certos rios, esse fenômeno se deve ao fato de que uma enorme quantidade de matéria orgânica da floresta ao redor cai e se deposita no fundo do rio. Depois, ela se decompõe e gera o gás metano. Ele é liberado lentamente, produzindo bolhas na superfície do rio. Quando há uma movimentação no fundo do rio, a produção de bolhas aumenta e é possível colocar fogo no gás que queima enquanto houver mais gás aflorando na superfície.
http://www.mundoeducacao.com/quimica/o-gelo-que-pega-fogo.htm