Quantcast
Channel: O PORTAL DO INFINITO
Viewing all articles
Browse latest Browse all 339

PODEMOS REALMENTE ACREDITAR EM VIDENTES?

$
0
0


Autor: David da Costa Coelho

Como sabemos, essa questão esta entranhada na história humana ao longo de gerações, desde as origens religiosas que se iniciaram pelo animismo, totemismo, [1]politeísmo henoteista e a divindade única das religiões monoteístas como judaísmo, cristianismo e islamismo. Todas tinham seus videntes e profetas, seres humanos com dons especiais, elevados a categorias distintas no âmbito da fé porque podiam antever o futuro, numa sociedade ainda em evolução, são eles na verdade os construtores de todas as religiões conhecidas pelo homem...
Contudo, hoje a ciência ainda caminha a passos de lesma para se contrapuser aos milênios de mentiras e influência nociva de várias religiões fundamentalistas, não mais no campo das crenças e sim sobre essa questão dos poderes sensórias da mente humana no que tange a ciência, sé é que isso é possível. No entanto, mesmo com essa abordagem, não podemos esquecer que a mente é um computador quântico melhor do que toda tecnologia e conhecimento produzido até hoje, e que ela ainda esta em expansão.
Segundo muitos teóricos e religiosos reencarnacionistas, a raça humana está evoluindo para algo muito superior ao que somos hoje, e dentro de um milhão de anos, se sobrevivermos a este período bárbaro que estamos agora, sem nos destruir em uma guerra atômica ou bacteriológica. Se escaparmos, talvez nos tornemos energia pura e consciente, já que o corpo nada mais é que matéria condensada, animada por uma luz interior, que chamamos de alma. A primeira fase desse processo ocorreu com a matéria inanimada ganhando vida física, ao nos atermos a teoria da evolução e em sua atualização recente, com a descoberta da [2]panspermia. Depois dela, evoluindo em milhares de formas até chegar a nós, com a consciência da vida e da morte, o que para muitos é uma espécie de maldição exclusiva a nossa espécie, pois saber que vamos morrer, nos torna energívoros e destruidores...
Num segundo momento, após suplantarmos a bagagem ainda pré-histórica de ranços tribais latentes em nosso DNA, além de egoísmos e apegos insanos a religiões primitivas e punitivas, em seus conceitos nocivos de bem, mal, pelo qual seus fieis nada fazer ao próximo, caso não haja um recompensa financeira, emocional ou religiosa no fim do túnel de suas vidas medíocres; e passarmos a nos comportar realmente como um só ente e mente, talvez em 500 anos, se não nos destruirmos, por motivos já expostos, consigamos enfim iniciar a transição evolutiva que nos falta.
Contudo, sabemos que a evolução não joga todas as suas cartas num só grupo de seres, ao contrario, ela os diversifica, ainda que de forma aleatória, um caos incompreensível para nós, e uma ordem plena para esta entidade cósmica... Assim, ao longo de bilhões de anos, ela obtém seus resultados. Nesse sentido chegamos à evolução humana, e àquelas pessoas com as capacidades de prever o futuro, e em alguns casos também rever o passado. Teoricamente, as mentes delas teriam acesso ao campo quântico de energia que está presente não só em todos os seres vivos, mas de forma amplificada em nós, por sermos mais avançados e conscientes neste plano.
 Os chineses chamam a isto por Chi, a energia vital que esta em tudo, e nós podemos canalizar tal coisa com a força da mente ou da fé. Os indianos também denominam isso como chacras, explicando de forma similar ao chinês, mas com meridianos em nosso corpo... Ou seja, diversos povos do globo, com outros nomes peculiares, também tiveram acesso a esse saber, através de seus Xamãs, médiuns e videntes. Atualmente criou-se um aparelho que mede a energia proveniente da [3]fé das pessoas, que emana da mente de todo ser humano, daquilo que ele imagina ou acredita. Com base nisso e em sua realidade e intenção especifica, o vidente pode captar o passado e o futuro, isso é conhecido como [4]psicometria. Lembrando que no universo da física quântica, passado e futuro é a mesma coisa, o que alimenta o sonho de [5]viagens no tempo...
No passado distante, muitos destes videntes fizeram sucesso em livros religiosos e contos de povos do mundo antigo, principalmente etruscos e gregos... Contudo, já nos séculos XVIII, XIX e início do XX, nos jornais sensacionalistas da Europa e EUA, alguns deles eram personagens célebres, cercados de membros da alta sociedade e do capital, o mais famoso deste período foi Grigoriy Yefimovich RASPUTIN: além de mágico, sacerdote, monge, curandeiro, xamã, médico, ele era vidente...
 Hoje pessoas famosas que preveem o futuro ainda ocorrem, mas em menor escala de fama porque gente com dons especiais sempre nascerão, com tais poderes relativos ao passado e ao futuro, mas certamente a maioria deles permanecerão entre nós, ocultos devido a mídia e ao sensacionalismo barato que vem com a descoberta de seus dons... No Brasil, apesar disso, ainda temos muitos que são famosos a nível mundial, por prever o futuro, avisar outros do que vai ocorrer, e ainda assim serem tratados como reles charlatões. Para realmente comprovar sua sapiência, muitos agora registram em cartório suas previsões e respostas das autoridades, e após o ocorrido, a mídia e a internet fazem a festa e lhes dão seu credito, negado anteriormente pelos governantes, e que agora não há como escapar.
Ressalta-se, no entanto, como em tudo da realidade humana, que os pilantras e embusteiros de plantão também fazem parte deste grupo. Assim, se fizermos uma busca séria, saberemos separar quem é o que neste universo de ‘videntes’... Não devemos ter tais pessoas apenas como entes fantásticos, pois sabemos hoje que durante a 2ª guerra mundial, no processo da guerra fria, os [6]EUA, e a URSS também pesquisaram entre seus cidadãos e de países aliados, quem tinha tais capacidades mentais. Depois eles foram treinados e levados para bases secretas, e ao final, seus serviços de usar sua mente para ir aonde nenhuma tecnologia permitia, deram aos inimigos antagônicos a chave de locais e segredos que de outra forma, jamais poderiam obter.
No âmbito da religião, vários profetas do antigo testamento, previram eventos que deram vantagens estratégicas ao povo hebreu, na luta contra seus inimigos, se nos ativermos ao quesito evolucionista das capacidades do cérebro humano, estes profetas nada mais eram do que pessoas superdotadas, vivendo numa época em que a religião e os deuses eram o mesmo que a ciência atualmente. Como tinham dons especiais, ganharam a força de lideres religiosos, ou até mesmo divindades supremas, como o Jesus bíblico, com o dom de prever tudo que ocorreria na última ceia, podendo mudar o futuro, mas que nada fez porque seu destino era criar uma nova realidade cultural e religiosa, segundo a cantilena bíblica. Lembrando que religião é para um grupo de fieis que se inserem naquela realidade exclusiva a um grupo especifico, já a ciência tem que comprovar sua teoria em qualquer parte do mundo, não importando a fé de seus opositores.
Sendo assim, amparado na teoria de que há seres humanos que são superdotados para vários tipos de ciências... Assim como para oratória, política, manipulação, ou coisa mais especifica, como a escrita, sem a qual nosso mundo é pequeno e medíocre; por que devemos ser menos crentes com videntes do que com um pastor de igreja que afirma a seus seguidores que ele tem o dom da promessa, e cura dado por deus? Ou ao papa, quando em conluio com seus acólitos, decide transformar alguém em santo por supostamente este ou aquele ‘milagre’? A ciência sabe hoje que a mente, e aquilo que você acredita, pode te curar ou te matar, da mesma forma que a comida tende a fazer o mesmo, quando de forma desregrada.
Em minha vida pessoal eu conheci muitas pessoas que tinham tais capacidades. Vi as mesmas ocorrem ao longo dos anos, tenho amigas que previram o destino fatal dos filhos em acidentes, e por ouvi-las, hoje estão vivos, como naqueles filmes de premonição. A diferença é que a morte, ao menos no caso deles, esta aguardando a velhice para leva-los. Embora meu dom seja a escrita, também tenho o péssimo habito de acertar determinadas coisas que digo a minha família, amigos pessoais e clientes de terapia reencarnacionista. Atribuo a isso, no meu caso, a simplesmente ligar os pontos daquilo que me informam e do que sei que não farão, mesmo aconselhados. Anos depois eu recebo ligações deles, ou mensagens de texto, ou pessoalmente dizendo que eu estava certo e que deveriam ter me ouvido.
Essa é a questão central deste tema, saber algo de qualquer pessoa, não o torna aquela pessoa, assim, cabe a ela suas decisões e consequências advindas de fazer ou não tal coisa. Como no meu conto de [7]terror o vidente; dar as pessoas informações que elas não deveriam ter, não altera só a vida e escolhas delas, e sim de quem as previu... Como tal, os videntes são antes de tudo grandes sofredores... Pecam por conhecer o futuro, sofrem porque mesmo avisando outros de seu destino, raramente ocorre à mudança, e ao final, apesar de conhecer o passado e o futuro, são ainda gotas neste oceano, vivendo seu sofrimento e de milhares de outros, sem ter como impedir isso; e como tal nada mudam realmente...






[1] Crença na existência de vários deuses, mas só um é venerado como deidade suprema, um exemplo simples seria Zeus, do panteão grego, ou Odim do panteão Viking.

[2] A teoria da panspermia indica que a vida que evoluiu na Terra surgiu de outro local no espaço, e ao chegar aqui, através de cometas e meteoros, teria encontrado condições especificas que daria origem a toda diversidade de vida conhecida atualmente, inclusive o homem. O mesmo pode ocorrer em qualquer planeta ou lua que possua aquelas condições inerentes à Terra de bilhões de anos atrás. Daí a certeza de que nós não estamos sós no universo porque as nebulosas, berço da panspermia, estrelas e planetas, estão espalhadas em todas as galáxias.

[4]O termo Psicometria foi criado em 1849 pelo médico norte-americano J. Rhodes Buchanan. Ele pesquisou e realizou durante anos consecutivos uma série de experiências, mas somente depois de algum tempo estudando os efeitos do fluido magnético com pacientes sonâmbulos, que realmente chegou a conclusões precisas. Seu método de estudo consistia em apresentar a estes pacientes objetos pertencentes ao presente ou passado de uma pessoa. Os sonâmbulos passavam a descrever cenas relativas às épocas de existência do objeto e até mesmo o próprio caráter da pessoa a quem pertencia o objeto psicometrado. Desde então, foram realizados diversos estudos e publicados livros com interpretação religiosa deste fenômeno. Em termos parapsicológicos, significa registro, apreciação de atividade intelectual, e que contamina de forma quântica o ambiente que habitamos. Segundo essa teoria, o pensamento espalha suas próprias emanações em toda parte a que se projeta, deixando vestígios espirituais onde são arremessados os raios da mente. Como o animal, que deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. O pensamento cria as marcas da individualidade de cada um, que vibram onde se vive e por elas provocam sensações do bem ou do mal naqueles que entram em contato.

[5] Eu nasci nesta época que você esta agora, daqui há uns 20 anos, meu pai foi dono de uma das empresas de tecnologia que você financiou. Serei um dos bilhões que receberá a nano tecnológica suprema, conhecerei coisas fantásticas, ajudarei como cientista também a fazer o nosso futuro. Mas durante todo esse tempo eu não fiz uma coisa. Não me diverti, não vivi amores, não tive filhos, a ciência era minha paixão e amante. Fui um dos criadores da viagem no tempo por ondas macrosintrônicas. Todos aqueles que decidiram desintegrar seus corpos e tentar ‘reencarnar’ nas épocas desejadas, fizeram isso porque estavam entediados. Não que isso seja comum, nosso mundo oferece milhares de desafios e prazeres, e ainda existe um universo inteiro a descobrir e desafiar. No entanto, para muitos de nós, viver com os humanos, ser observadores da história é o que nos emotiva.

[6] A GUERRA FRIA - PARAPSICOLÓGICA

Ainda que seja negado pelos governos e militares, as informações dão conta de que houve, nas décadas de 1950 e 60, uma verdadeira corrida em busca do desenvolvimento de capacidades psíquicas para uso militar. Entre as duas guerras mundiais houve um interesse crescente pelas chamadas ciências paranormais. Assim como ocorria com a população em geral, os militares também procuravam respostas nessas ciências, mesmo numa época de grande avanço tecnológico. Mas bem antes do século 20, lideres políticos já tentavam utilizar, na prática, os estranhos poderes que a mente humana possui.
Um dos primeiros relatos que chegaram a nós está no Velho Testamento, no Livro dos Reis, em que o profeta Eliseu adverte o povo de Israel sobre o avanço das tropas dos arameus (ou assírios), um fato que foi visto não com os olhos, mas com a mente. Assim, consta na Bíblia que, graças às visões de Eliseu, por várias vezes o povo de Israel deixou de sofrer derrotas militares, enquanto o monarca assírio buscava, entre os seus homens, delatores que estivessem passando os segredos militares de seu exército.
Em A Arte da Guerra, tratado escrito por volta de 500 a.C., o general chinês Sun Tzu conta a respeito da torça denominada pelos chineses de tchi, uma espécie de energia vital essencial para o sucesso nas batalhas. Ali, ele ensina o controle do fluxo de tchi através do corpo do guerreiro, que, completando com táticas de guerra convencional, poderia provocar alucinações e fraqueza na mente do inimigo. Um soldado assim treinado conseguiria um perfeito domínio de si próprio e, mesmo no caos de uma batalha, seria capaz de tirar proveito de uma pequena falha do inimigo.
Na Idade Média, reis e governantes também tiveram paranormais a seu serviço para se defenderem de possíveis opositores, mas foi na Segunda Guerra Mundial que o envolvimento de paranormais chegou ao auge, quando as potências em luta empregaram sensitivos para pesquisas, espionagem e outras operações tidas como secretas.
Na década de 1960 houve um grande avanço no uso da parapsicologia durante a chamada “guerra fria” entre os Estados Unidos e a União Soviética. A edição de fevereiro de 1960 da revista francesa Science et Vie informava aos seus leitores sobre as últimas novidades no campo da informação militar. Em 1959, o novo e primeiro submarino nuclear americano, o USS Nautilus, estava em missão sob a camada polar no Ártico, região inacessível até aquele momento, onde transmissões de rádio e detectores não podiam atravessar a grossa camada de gelo. Segundo Gerald Messadié, editor da revista, em momento algum o submarino deixou de receber e enviar mensagens ao território americano, transmitidas por um tenente da Marinha em contato telepático com um marinheiro a milhares de quilômetros de distância.
Quem já teve a oportunidade de ler O Despertar dos Mágicos, escrito por Jacques Bergier e Louis Pauwels, conheceu mais detalhes sobre o episódio do submarino Nautilus. Segundo eles, a experiência teve inicio em 25 de julho de 1959, e durou 16 dias. No laboratório da Westinghouse, em Friendship, Maryland, Estados Unidos, estava o marinheiro, chamado apenas de Smith; a bordo do Nautilus, o receptor era conhecido como tenente Jones. Segundo se diz, duas vezes por dia, em horários previamente combinados, Smith se colocava em frente de uma máquina que embaralhava milhares de cartas, marcadas com um quadrado, uma cruz, uma estrela, um circulo ou linhas onduladas (conhecidas como cartas Zener e utilizadas em experiências de telepatia na Universidade Duke).
Cada vez que se pressionava um botão, o aparelho depositava cinco cartas na mesa, uma por vez, a intervalos regulares de um minuto; eram colocadas em frente de Smith, que era instruído a transmitir o que estava vendo, se concentrando em memorizá-las e também desenhando os símbolos num papel Ao terminar o tempo marcado, os desenhos eram colocados em um envelope lacrado, que por sua vez era trancado em um cofre. Ao mesmo tempo em que ele tentava transmitir telepaticamente os símbolos, a bordo do submarino o tenente Jones procurava captar as imagens na mesma seqüência, desenhando a série em um papel, que também era guardado em envelope lacrado e entregue ao capitão do navio, William Anderson, que os trancava em seu cofre.
Durante todo o tempo, nenhum dos dois homens tinha contato com outras pessoas, inclusive as que lhes traziam alimentação e que eram proibidas de lhes dirigir a palavra. Ao final da missão, quando os resultados foram comparados e foi feita a tabulação, mais de 70% combinava perfeitamente, e esse resultado está muito acima dos 20% que se pode esperar obter pelo acaso. Essa experiência foi negada pela Marinha dos Estados Unidos, mas foi amplamente divulgada na Europa. Era uma poderosa capacidade, com uso militar, pronta para ser aplicada em comunicações impossíveis de serem detectadas. Mais tarde, o editor da revista francesa disse ter verificado que tudo não passou de uma farsa, lamentando ter escrito a matéria, mas isso não convenceu os soviéticos de que havia algo no ar, causando grande alvoroço.
Um respeitadíssimo físico soviético, Leonid Vasiliev (1891-1966) catedrático de fisiologia da Universidade de Leningrado, membro da Academia Soviética de Medicina, laureado com o Prémio Lenin, disse que se os americanos estavam realmente realizando essas experiências telepáticas para uso militar, o fato nada tinha de chocante, mas sim teria de ser festejado. Desde a década de 1920 esse cientista soviético estava testando os efeitos das sugestões mentais a distancia, bem como a ideia de que a radiação eletromagnética serviria como veículo para a telepatia, ideia descarta em seguida. Então, seu principal interesse passou a ser a possibilidade de influenciar pensamentos ou atos de outras pessoas por meio da telepatia, e um possível uso militar para isso seria o controle da mente dos inimigos.
Sabemos que os comunistas ortodoxos negam a existência de tudo que possa estar ligado a um mundo espiritual, de modo que o estudo das forças paranormais era terminantemente proibido e considerado contra-revolucionário. Assim, noticias como essa, vindas da América do Norte, traziam esperança para pessoas como Leonid. “É preciso”, disse Vasiliev, “que voltemos a nos dedicar à exploração desse campo vital. [...] A descoberta da energia subjacente à percepção extra-sensorial será equivalente à descoberta da energia atômica”.
Por fim, Vasiliev recebeu a aprovação oficial da Universidade de Leningrado e ganhou a chefia de um laboratório especial de parapsicologia para a pesquisa dos fenômenos telepáticos. Assim, algumas grandes potências acharam ser vantajoso contratar os serviços de paranormais. Diz-se que o famoso israelense Uri Geller teve uma reunião com funcionários do governo norte-americano, na qual pode lhes contar o que sabia sobre o desenvolvimento soviético no assunto. Nessa época, Uri Geller estava ganhando muito dinheiro com pesquisas paranormais para a localização de minérios. Diz-se ainda que estudos secretos da CIA, com nomes codificados como Pássaro Azul, Alcachofra e Mk-Ultra, tinham o objetivo de desenvolver habilidades paranormais confiáveis.
Na Guerra do Vietnã, o corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos se deparou com os túneis e esconderijos usados pelos vietcongues. A partir da orientação do rabdomante Louis Matacia, que também era geólogo, e usando-se um par de fios em forma de “L” tirados de um cabide de roupas, seria possível detectar esses túneis. Em testes retratados no livro A Mão Divinatória (1979), do investigador paranormal Christopher Bird, os resultados foram surpreendentes, e Matacia afirmou aos fuzileiros que qualquer pessoa poderia manejar as varetas, exceto doentes, retardados mentais ou céticos. No jornal The Observer, publicado para as tropas americanas no Vietnã, surgiu a notícia de que os fuzileiros estavam começando a usar oficialmente as varetas de rabdomancia nos campos de batalha com algum sucesso. Após cinco meses, o programa foi cancelado porque, segundo o comando americano, “exigia habilidades técnicas fora do alcance da média dos fuzileiros”.
No começo da decada de 1950, o departamento de estado americano realizava em seus funcionários exercícios que aumentavam a capacidade intuitiva. Memorandos internos, inclusive da CIA, recomendavam que se direcionassem pesquisas “para aplicações confiáveis aos problemas práticos de segurança”. Mas, certamente, a procura por soluções só foi maior quando os resultados e notícias das pesquisas soviéticas tomaram corpo, resultando numa clássica corrida armamentista, se assim podemos chamar, com cada lado reagindo ao que temia que o outro estivesse fazendo. Esse processo aumentou ainda mais com a publicação do livro Descobertas Psíquicas Atrás da Cortina de Ferro, em que as jornalistas Sheila Ostrander e Lynn Schroeder afirmavam que, na década de 1960, indícios crescentes indicavam que os soviéticos realizavam pesquisas sobre a paranormalidade; em jornais e conferencias acadêmicas, alguns dos mais importantes homens de ciência do pais estavam discutindo as possíveis aplicações da telepatia.
Estudos publicados em 1972 afirmavam que o sucesso dos soviéticos nesse campo permitia à União Soviética conhecer o conteúdo de documentos secretos norte-americanos, a movimentação de tropas, localização de navios e submarinos, moldar o pensamento de líderes civis e militares, e danificar equipamento militar de todo tipo, inclusive o espacial. Essas noticias fantasiosas e sombrias aparentemente levaram os americanos a continuar as pesquisas, tendo como principal beneficiário o Instituto de Pesquisas Stanford, situado na Califórnia, que recebeu um contrato da Marinha para pesquisa do uso de energia eletromagnética pelos paranormais para localização de submarinos soviéticos em águas profundas. O resultado nunca foi comentado pela Marinha, e relatos afirmando a contratação de 34 paranormais para trabalhar no projeto jamais foram confirmados.
Outra experiência consistia em possibilitar A comunicação dos astronautas da NASA cone o centro espacial. Mas a mais importante acabou se tornando o Projeto Scanate, que consistia em estudar técnicas de visão remota para a CIA. Dois físicos e importantes pesquisadores do Instituto, Russell Targ e Harold Puthoff, trabalhando no início com o famoso vidente Ingo Swann e o policial aposentado Pat Price, realizaram unia série de testes para verificar a capacidade dos dois na visualização de localidades distantes. Durante um desses testes monitorados pela CIA, Price fez uma descrição detalhada de uma instalarão secreta militar subterrânea na Virginia. O governo jamais confirmou se as informações estavam corretas, mas segundo relatos houve uma grande investigação, e Samuel Koslov, secretário da Marinha para essa área, declarou que as experiências eram um desperdício de dinheiro do contribuinte, ordenando o cancelamento de todos os contratos com Stanford.
O governo americano continuou negando qualquer interesse nessas questões, mas indícios parecem confirmar o interesse continuo das autoridades pelas armas psíquicas. Em dezembro de 1980, um artigo publicado no jornal Military Review, do exército americano, falava sobre as implicações estratégicas da instalação do míssil Pershing II na Europa. A matéria também trazia um parágrafo com um título não menos intrigante: O Novo Campo de Batalha Mental: Spock, leve-me para bordo, uma referencia ao popular seriado Jornada nas Estrelas. O coronel John Alexander, autor do artigo, declarava haver sistemas de armas que operavam movidos pelo poder da mente, e cuja capacidade letal já havia sido provada. Também discutia a faculdade de transmitir doenças a distância, e chegou a afirmar ter ocorrido, com sucesso, morte induzida em cobaias como rãs e moscas, mas dizendo não ter sido comprovada a morte em seres humanos.
Na época, isso caiu como uma bomba, e levou a embaixada soviética a emitir uma nota para a imprensa na qual, em geral, enaltecia suas realizações na guerra psíquica. Com a polêmica, as bases da guerra fria parapsicológica estavam firmemente implantadas. Se o uso dessas capacidades psíquicas fosse uma realidade, seria possível atingir diretamente os comandantes das tropas inimigas, induzindo doenças, confusão e até a morte. Além disso, seria possível modificar telepaticamente o comportamento do inimigo, favorecer comunicações secretas a longa distância, bloquear informações sigilosas e localizar bases secretas inimigas. Essas informações parecem insuficientes para converter os céticos, mas os sucessos foram registrados com bastante freqüência. Se continuarem a haver tentativas de desenvolver essas capacidades, o governo sempre vai negar qualquer envolvimento, e as pessoas autorizadas vão desmentir quaisquer resultados positivos. Que cada um tire suas próprias conclusões.

(Extraído da revista Sexto Sentido 52, páginas 20-24)
http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3710:guerra-fria-parapsicologica&catid=80:mythos


[7] Dizem que algumas pessoas especiais nascem não para serem felizes, e sim levarem a felicidade aos outros, porque se forem felizes, jamais cumprirão sua missão aqui na terra, tendo que continuar sua senda reencarnatória ainda por milhares de anos. Ao que parece, o senhor Robert Jones esqueceu este detalhe.

Viewing all articles
Browse latest Browse all 339