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CONSTANTINO, O IMPERADOR ROMANO QUE INVENTOU A BÍBLIA...

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POR DAVID DA COSTA COELHO

Eu tenho amigos de várias religiões, inclusive ateus e agnósticos, mas a maioria deles são católicos e evangélicos, e quando digo para eles que a bíblia não existia antes do imperador Constantino, eles quase me batem, aí eu tenho que passar sempre um tempo com eles dando aula e explicando a guerra civil entre Constantino e Maxêncio, em que ele contou com a ajuda do cunhado Licínio, e de inúmeras facções do cristianismo, que estava proibido no império romano e os cristãos eram cassados e mortos, mas que se eles ajudassem a vencer Maxêncio, lutando ao lado dele, Constantino permitiria a partir de então que sua religião fosse mais uma das inúmeras que havia em Roma; desde que é claro, eles o vissem como um deus e pagassem os impostos.
 Constantino mais tarde entra em guerra contra seu cunhadoLicínio, vence, unifica o império e muda a capital – Constantinopla - na cidade que ele manda construir com o nome dele, afinal ele era um deus na terra... Ao mesmo tempo em que condena o cunhado à morte. Pouco tempo depois ele dá inicio ao [1]Concilio de Niceia porque as facções do cristianismo não se entendiam em suas linhas teológicas sobre cristo, e coube ao imperador ditar o que podia e não podia.
Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos quando venceu Maxêncio, mas percebeu que a controvérsia entre os seus inúmeros Bispos podia constituir uma ameaça e ser um impedimento à unidade do Império Romano, coisa que ele lutou muito para unificar em duas guerras civis; ele viu também uma oportunidade para a unidade da religião, já que os próprios cristãos ainda se dividiam em questões pequenas que o irritavam. Ele resolveu todas as pendengas de uma só vez ao atribuir “origens divinas” à Igreja Cristã de Roma, garantindo que Deus ficasse acessível apenas à hierarquia eclesiástica – controlada por Constantino evidentemente – e não ao indivíduo comum. O que ainda hoje se conhece na igreja católica como salvação apenas através da igreja católica.
Constantino então reforçava o seu poder político através de todo o Ocidente, garantindo também que, como Imperador defensor da Igreja, se revestia ele próprio de um manto divino, sendo adorado pelos cristãos. Quanto à moralidade que Jesus teria ensinado, esta seria gradualmente modificada de acordo com interesses do Império romano e da Igreja em construção, já que os romanos tinham formas mais livres de viver a vida. Com o tempo o poder da igreja crescera até ele se devorar por dentro, durante a venda de indulgencias na idade média e a [2]luta interna para a criação das igrejas evangélicas de Lutero, Calvino, Zwinglio e Wesley.
Durante o concilio, todas as ideias pros e contra de como deveria ser o cristianismo foram colocadas em pauta, assim como os evangelhos de posse desses membros. Como era uma quantidade para diversas Bíblias, abrindo questões que dariam com certeza mais discórdia, todos os demais evangelhos foram eliminados, queimados, ficando apenas Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas séculos após, um [3]pastor de cabras encontraria uma urna contendo diversos evangelhos que ficaram conhecidos como apócrifos, ou seja, não estão na Bíblia e a igreja não os reconhece...
 Uma das coisas definidas também nesta época seria o sábado,(sabath) é o dia do povo judeu porque foi ordenado a Moisés; mas o dia sagrado para os romanos, o primeiro dia de cada semana, domingo, foi consagrado a Mitra, e era tradição romana há séculos, e como supostamente o domingo teria sido o dia da ressurreição de Jesus Cristo, e o imperador era romano, o domingo venceu a eleição...
Assim o cristianismo, autorizado por Constantino ao unificar o império, codificado por Constantino ao mandar compilar a Bíblia com os evangelhos que ele escolheu, ditando o dia mais sagrado de descanso por Constantino, que já naqueles dias começa a fazer um sincretismo das lendas e tradições de diversos deuses greco-romanos, o que fará a religião cristã ser um apanhado de lendas e tradições de diversos povos do oriente médio, Egito, e Ásia; nascerá com a força que só o império romano pode produzir e expandir devido sua infraestrutura de império unificado, e nem mesmo quando ele terminou no ocidente a força se esvaiu porque o império romano do oriente persistiu; chamado agora de Império Bizantino.
Isso só mudará quando a Igreja Católica e Ortodoxa se envolvem numa [4]questão teológica vital, semelhante a do Concilio de Niceia, mas Constantino não estava mais ali para impor a solução.
Outro concilio muito importante foi à retirada da [5]reencarnação da Bíblia, e os motivos eram simples; como poderia um imperador, uma imperatriz, ou qualquer pessoa rica e poderosa nesta encarnação, retornar em uma próxima vida sendo apenas um João ninguém?
Mas a resposta estava na própria religião, pois o maior ícone do Cristianismo veio como um simples marceneiro e havia mudado o mundo... Contudo, aquela ideologia não agradava a esposa do imperador que invocou o concilio, e nem a ele mesmo porque sua mulher era sua luz em qualquer situação, ainda mais num concilio onde um imperador romano tinha a ultima palavra... Como dito, a reencarnação esta na bíblia, e que antes do Concilio de Constantinopla, isso era tão comum quanto acreditar que Jesus foi crucificado...
 Mas aí aqueles meus amigos também vêm e me refutam que na bíblia não existe essa palavra, mas claro que não esta, já que a palavra em si foi compilada no século XIX por Hippolyte Léon Denizard Rivail, que publicou seus livros com o pseudônimo de Allan Kardec, que teria sido ele numa reencarnação de séculos atrás; portanto usando o nome para suas edições do espiritismo; mas ela está figurada pelo judaísmo como transmigração da alma, ressuscitar, e como sabemos, a Bíblia, seus apóstolos e seguidores eram judeus, inclusive o maior de todos segundo essa crença, Jesus.
Finalizando, em minha religião - Templo Mundial da Ascensão e Reencarnação da Alma - nós acreditamos em seres ascendidos, ou seja, uma alma que já reencarnou tudo que devia, atingiu alto grau de conhecimento e dons físicos e mentais, e não necessita mais retornar à Terra, salvo é claro para mudar a história humana. Nós acreditamos que Constantino foi uma dessas almas, e uma alma ascendida, quando habita uma reencarnação, ela se entrega a seu tempo e cultura para fazer o que deve ser feito. Sem Constantino, não haveria Bíblia e nem cristianismo, e todas as demais coisas que esta religião fez ao longo de séculos. Se existe alguém a ser adorado e glorificado como santo desta religião, acredito que ele deve vir em primeiro lugar porque seu nome jamais deixará a história humana...  




[1] O Primeiro Concílio de Niceia foi um concílio de bispos cristãos reunidos na cidade de Niceia da Bitínia (atual İznik, Turquia), pelo imperador romano Constantino I em 325 d.C.. O concílio foi a primeira tentativa de obter um consenso da igreja através de uma assembleia representando toda a cristandade.  O seu principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre Jesus e Deus, o Pai; a construção da primeira parte do Credo Niceno; a fixação da data da Páscoa; e a promulgação da lei canônica.

[3] Nag Hammadi é uma coleção de textos gnósticos do cristianismo primitivo (período que vai da fundação até o Primeiro Concílio de Niceia em 325 d.C.) descoberta na região do Alto Egito, perto da cidade de Nag Hammadi em 1945. Naquele ano, um camponês local chamado Mohammed Ali Samman encontrou uma jarra selada enterrada que continha treze códices de papiro embrulhados em couro. Os textos nos códices estão escritos em copta, embora todos os trabalhos sejam traduções do grego. O mais conhecido trabalho é provavelmente o Evangelho de Tomé.

[4] Século IX: Cisma do Oriente. O patriarca de Constantinopla pretende que se deve utilizar o pão com levedura para a Eucaristia. O Papa, bispo de Roma, afirma que se deve usar pão sem levedura. Com base neste problema de capital importância, a cristandade se divide, e os dois patriarcas, de Roma e de Constantinopla, se excomungam mutuamente. O Cisma vai provocar mortes até aos anos 90 (guerras nos Balcãs, ex-Iugoslávia, de católicos contra ortodoxos).

[5] Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era Cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.  Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.
É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.  E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).
Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembleia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador Cristão, Huberto Rohden, em seu livro "Alegorias", segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: "Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente".

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