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O SEXO E AMANTE VIRTUAL NA INTERNET, VOCÊ TEM?

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POR DAVID DA COSTA COELHO

Podemos imaginar a Internet como a origem do universo que se expandiu a partir de um ponto menor que um átomo, e hoje é incalculável em seu tamanho porque ainda esta se expandindo, e toda matéria visível captada por nossa tecnologia representa apenas 4% por cento do mesmo, os 96% restante são matéria escura e invisível, mas ainda assim sabemos que está lá devido ao efeito gravitacional...
 O mundo virtual não só segue a mesma linha como também tem sua matéria escura para hackers, crackers, sites de sexo em suas mais loucas e variadas formas, mas principalmente páginas de namoro, amizade, encontros sexuais, Swing, bate papo sexual, confissões sexuais, namoro e sexo por câmera e telefone, e a lista continua porque segundo Sigmund Freud, o sexo é a mola que move o mundo enquanto ele está vivo. E mesmo quando estamos velhos e caquéticos, ainda assim a mente quer fazer sexo, e como o corpo não mais responde, é a mente a responsável por aqueles desejos que nos mantêm ativos e vivos...
Dentre as modalidades mais novas de sexo, inventada também pela net, dentre elas está o amigo com [1]benefício, e realmente é uma das que mais crescem porque você tem o melhor de dois mundos, sem os inconvenientes de uma união fixa, que envolve fidelidade, filhos, contas, ciúmes e outras cositas mais que só quem é casado vive e atura por um bem maior...
Mas o tema em questão é sexo virtual, algo intenso e se vivido com quem realmente deseja, muitas vezes é mais poderoso e real do que o próprio envolvimento físico. Ao longo dos anos em terapia com diversas pessoas, essa foi uma fala que se faz similar. Outra foi uma crítica que ouvi de histórias similares das pessoas que decidiram vir até o amante em questão e ficarem no motel ou em casa deles. A resposta intrigante é que o virtual era mais intenso e vívido com o amante que imaginava, e não com a pessoa que ali estava...
Esse é um freio que ocorre na maioria dos relacionamentos virtuais, o medo do próximo ser igual a qualquer coisa vivida anteriormente, ou afetar a vida que a pessoa tem no plano físico, assim o amor e o sexo virtual vem preenchendo um vazio que o relacionamento normal tende a deixar com o tempo; afinal não somos mais apenas de carne e osso porque temos inúmeras coisas conectadas à internet, e com elas pessoas...
A internet em seu começo era coisa de homem, hoje o que mais existe são mulheres conectadas em tempo real porque ali elas postam suas trivialidades e infelicidades, mas principalmente relatam suas dores e desamores, e como tal, o ato de curtir ou dar palavras de consolo a alguém carente e precisando de um ombro amigo, muitas vezes se insere em outra realidade, a de ser uma futura amante virtual.
Confortada em seus momentos, a pessoa passa a postar fotos inicialmente tímidas, mas depois de lugares que frequenta nas baladas e festas, ou em praias e piscinas, e como o elogio é o primeiro e mais sincero assédio sexual, cada fala de que esta linda, gostosa, um tesão de mulher; tem o mesmo efeito que um milhão de dólares na sua conta.
Evidente que há duas formas de se viver isso, a primeira é a pessoa dar mais vazão a seu amor virtual que ao seu relacionamento físico, tendo em vista que a pessoa esta ali por uma série de fatores inerentes ao casamento. Uma delas é o sexo esporádico quando o homem procura a mulher, ou ela é muito tarada após semanas e literalmente estupra o marido que quer dormir sem lhe dar o que ela precisa. Conheci uma pessoa assim nos anos 1990, era casada com um marinheiro e descarregava em mim suas falas e me pedia conselhos de como seguir com seu casamento, sendo que ambos eram independentes financeiramente e não tinham filhos; ambos na casa dos 40...   
Outra é a pessoa ter lá seu casamento que depois de anos segue a rotina de sempre, mas encontra um amor virtual que pode ser um ilustre desconhecido, ou alguém por quem você nutriu um simples desejo, mas sua vida não deu oportunidade ao mesmo, contudo, anos depois, com as vidas já encaminhadas, eis que a internet conecta aquilo que se pensou perdido para sempre. A resposta é imediata com papos sobre o passado e o que poderiam ter sido, como está a vida, filhos, e nos finalmente; o sexo. Qual casamento tem sexo louco e cheio de tesão após contas, filhos, brigas? Tem sim, mas é daquele jeito.
Os relatos que lerão abaixo são de sites voltados para coisas amplas, mas que dentre os tantos que li, são dos que mais se enquadra no que estou expondo:

[2]Casada, feliz e com um amante virtual: Eu confesso que tenho um caso virtual! Tenho 30 anos e sempre fui muito feliz com meu marido! Ele é perfeito, mas tem problemas em expor os sentimentos! Ele não consegue ser afetivo e tem dificuldades para falar sobre sexo. Só fazemos sexo quando eu peço, e isso desde sempre! Mas eu sinto vontade de ouvir coisas, sinto vontade de ser "tentada". Então, há um mês, reencontrei pela internet um amigo, que sabe que sou casada, mas que sempre nutriu um sentimento! Nem sei explicar como, mas a gente começou a falar de sexo e bom... O resto vocês já sabem! Sabe o que é mais engraçado? Consegui recuperar alguma coisa que estava perdida e comecei a procurar meu marido mais vezes, sinto vontade de extravasar aquilo que falo na internet com meu amante virtual! E o pior de tudo, não estou conseguindo ver onde estou errando, porque isso me faz bem! A única coisa que me consome é o medo do meu marido descobrir!
Quando se trata de sexo virtual, amigos e amigas do passado são sempre os primeiros da lista porque nós seres humanos somos muito conservadores, queremos coisas que não nos acarretem um perigo real e imediato, e num amigo [a] do passado que esta nos levando a loucura, que mal há nisso?
Neste segundo relato esta a busca de um desconhecido que preencheu de novo o espaço para uma questão que aflige muito as mulheres, justificando porque gastam rios de dinheiro em salão, roupinhas sexy, e tantos outros penduricalhos para encantar quem já não acredita mais em papai Noel...

Tenho Um Amante Virtual: Sou jovem, 22 anos, e casada há pouco tempo, 4 anos pra ser exata. E, de uns dois anos pra cá meu marido só me procura sexualmente uma vez por mês e olhe lá. Estive tendo crises de vontades, sozinha. Desconfiei que ele tivesse outra pessoa, mas não há nenhuma pista de nada. Fiquei triste porque sou bonita, tenho um corpo bonito e muitos homens me paqueram. Foi aí que criei um e-mail falso e comecei a frequentar salas de bate papo na esperança de enviar fotografias minhas (nua) para homens e saber o que eles achavam de mim. Queria ter certeza de que meu corpo ainda poderia agradá-lo. Nessa que acabei com um amante virtual. Tenho muito desejo dele. Mal sabemos um do outro, nunca mostramos o rosto, mas trocamos e-mails praticamente o dia todo. Não quero permanecer assim porque ambos somos casados. Não consigo me divorciar do meu marido por questões complicadas que passamos juntos e ele me faz pressão psicológica pra permanecer aqui. E não consigo abandonar este vício virtual porque é o único jeito que acho pra extravasar essa vontade louca que sinto. Podem até achar que sou errada, adúltera, mas o que fazer quando os outros homens te desejam com os olhos e o único que podia te tocar não toca?
Como visto, a solidão ou a insatisfação sexual com a pessoa que divide a cama e o guarda roupas não só motivou as questões abaixo – trazendo culpa e medo a quem faz, mas o prazer e atenção que recebe compensam – ficando nessa nova modalidade que de novo veio preencher outra tendência humana, divulgada já no século passado pelo tarado do Freud; o sexo é a mola da vida, e se você não faz, ou faz de forma ruim, ele buscará formas de ser.
Eu confesso que estou viciada em internet. Isso começou desde o ano passado, quando eu briguei com minha mãe. Eu falei pra ela que meu tio me dava umas investidas e ela disse que a culpa era minha. Resolvi cair na gandaia e comecei a me relacionar com homens na internet, entreva em bate papo e me exibo pra homens, estou viciada nisso desde 2013. Agora enjoei do Uol e comecei a fazer perfis em sites de relacionamentos, tipo aqueles de sexo casual. Poxa!! Depois de conhecer tanto gente digo que relacionamento na internet só tem derrotado, confesso que sou uma derrotada na vida afetiva.
Aos 30, namorei quase nada, sou tímida e pobre e acredito que isso gerou essa derrota afetiva na vida real. Os homens que conheci na internet e gosto de conversar com eles, mas vejo que todos eles não são felizes na vida real, são solteiros e não conseguem nada como eu ou então são casados e infelizes no casamento, a maioria literalmente não transam com suas esposas e se contentam com minhas exibições na web e mesmo assim dizem que ama suas esposas. Uns caras até bonitos, mas casado e dando escapulidas, tendo relacionamentos virtuais com gente à toa, estou viciada em sexo virtual e site de relacionamento, eu fico na esperança de encontrar um príncipe, até um marido, eu sei que é loteria, mas eu insisto e concluí que é um vício. Estou desempregada e preciso estudar pra passar num concurso e o tempo passando já estou há 1 ano nessa merda, enterrada nesse vício e n consigo parar. Eu quero mudar de vida!!!

Neste ultimo relato, vemos o preço que uma pessoa pagou por buscar algo denso, sofrer por isso, e no final tentar fazer de amante um marido, num oceano de pessoas que tem esposas ou esposos e vivem sua real necessidade no mundo virtual. De novo voltamos à mulher que não tem companheiro, se relaciona pela net para sexo virtual, mas que deseja um companheiro real, ainda que vindo desse mundo; e isso é uma fuga e desejo porque vida a 2, ou a 3, ou a 4 – hoje já existe casamento com 3 ou [3]mais pessoas – não muda o que sua vida será sexualmente após anos de casamento.
Para finalizar, esse universo virtual permitiu às pessoas expor facetas suas que o mundo real não conhece, a exemplo daquele cara que é casado, tem mulher e filhos, amigos másculos, mas à noite vai para bares gays para fazer sexo maravilhoso com outro homem, e ser quem ele realmente é, mas sem perder nada que uma família tradicional proporciona. Na net isso é muito mais fácil, basta apenas um perfil, um site, e  boa conversa. Se é ético, moral ou canalha, isso compete a pessoa, e somente a ela decidir porque não cabe ao psiquiatra, ao psicólogo, ou terapeuta julgar, apenas ouvir e aconselhar...




[1]À luz da terapia, os seres humanos tem em sua mente a necessidade da liberdade e do segredo de quem realmente é e do que deseja, pois mesmo com a pessoa que dorme ao seu lado, e o vê sentado no vaso sanitário, uma das maiores intimidades, ainda assim não pode ser realmente o que é por medo de magoá-lo se falar o que realmente quer. E o sexo, de longe é o que nos motiva a viver, mesmo quando não o fazemos mais e só podemos imaginar como será.

[2] http://www.euconfesso.com/confissao-101145.html

[3] Eu acredito e defendo a liberdade sexual de qualquer pessoa adulta e cumpridora de suas obrigações, e se esse é o momento de ver mais uma mudança de paradigma social religioso, em que as pessoas poderão assumir legalmente suas relações afetivas, seja como uma ou várias, que venham os casamentos homo afetivos, poligâmicos ou androgâmicos porque só se vive uma vez em cada reencarnação...

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