A PANDEMIA E O LADO MACABRO DA RAÇA HUMANA...

AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO

Se alguém me perguntar o que mais gosto de ler, escrever ou assistir, a resposta é evidente, ficção científica porque ela nos projeta a realidades inexistentes que lemos de outras mentes ou imaginamos ao escrever. Por isso meu livro de ficção favorito é Robinson Crusoe, do escritor inglês Daniel Defoe, e o segundo é sem dúvida Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes...

Daniel Defoe transformou aquele marinheiro que viveu inúmeras peripécias pelo mundo num escravo de sua própria sede de aventura e cobiça, e em sua solidão por quase três décadas, teve que reaprender a viver consigo mesmo, superando o desespero da solidão, indo praticamente à loucura, até que encontra outros seres humanos, e o que lhe preocupou de imediato não foi o que viveu e sofreu, e sim o que outros humanos de cultura e realidade diferente poderiam fazer contra si...

Miguel de Cervantes nos presenteou com um fidalgo espanhol que hoje seria classificado por [1]esquizofrênico, mas que na realidade era apenas um homem que desejava ter nascido com seus títulos de nobreza, mas numa época em que poderia realmente ser um cavaleiro medieval, e como não pôde, pois nasceu séculos depois daquela era, para escapar de sua solidão intelectual de pessoas que não lhe compreendia, montou em seu belo cavalo Rocinante e foi atrás de seu sonho e de sua amada, e nesse mundo, encantou a todos, tornando-se o cavaleiro da triste figura...

Durante os meses de isolamento na pandemia, as pessoas no mundo inteiro vivenciaram, a seu modo, à solidão, o ouvir dos pássaros nas janelas, o silencio nos céus porque quase não havia aviões indo de lá para cá, ou as estradas quase vazias; e lá eles eram semelhantes ao personagem de Daniel Defoe, pois queriam amigos para abraçar, mas estes não podiam porque o medo de trazer um Vírus, e a morte por Covide quase uma certeza, e quando isso foi possível ainda assim o Vírus contaminou parentes e amigos e lhes roubou a vida...

Há inúmeras histórias de pessoas comuns que perderam entes queridos assim, e há relatos de famosos da mídia, dentre tantos, como a atriz Nicette Bruno, que se encontrava isolada desde o início da pandemia, mas ao final, não suportando mais a solidão dos que amava, recebeu a visita de um parente, se contaminou e partiu deste mundo onde encantou a todos com seus talentos, e foi para os campos santos dos céus para atuar para outras almas que lá se encontram, e com certeza, receber inúmeros aplausos...

E isso nos remonta a esquizofrenia de Quixote, e pior, ao lado negro da humanidade, aquela em que a primeira vacina que saiu, com todo histórico e capacidade de quem criou inúmeras vacinas, por quase um século, ser relegada a uma aberração a ser descartada, numa época em que vacina é questão de vida ou morte...

E enquanto isso mais pessoas continuavam a ser infectadas e morrendo aos milhares, e hoje ela é endeusada por jornais como um avanço científico, e de todas as vacinas, a melhor atualmente...

 E neste quesito, todas as vacinas que surgiram tem por si um desejo, o da venda delas e ações de quem a produz, e com isso, ganhar rios de dinheiro é mais importante do que a caridade humana, e de imediato quebrar uma dessas patentes para salvar vidas e produzir vacina – coisa que os países pobres desesperadamente pediram - sem autorização do laboratório seria um crime, e pasme, o Brasil, pilotado pelo capitão desvairado foi contra essa [2]quebra de patente dos países ricos que estão produzindo e vendendo aos necessitados...

Mas nesse caso em questão, não está se referindo a uma quebra de patente da tecnologia de carro último tipo, ou um foguete espacial supersecreto, e sim VACINASpara serem produzidas em massa, e salvar da infecção por Covid, bilhões de humanos em tempo recorde, antes que a mutação do Vírus torne essas vacinas inúteis para as novas variáveis mais devastadoras, o que já esta ocorrendo na Europa, Américas, Japão...

 E como o dinheiro ainda é o sangue que move os ricos e poderosos do planeta, eles seguirão comprando em estoque, muito mais do que precisam, todas as que estiverem à disposição para vacinar as pessoas do seu ciclo de influência, e as que não puderem se vacinar, continuarão se infectando, morrendo e tornando o Vírus cada dia mais resistentes às vacinas; e um dia nenhuma delas será capaz de conter tal mutação...

Não bastando isso, alguns loucos desvairados mundo afora, e principalmente aqui no Brasil, a pedido do capitão Quixote, e seu Sancho Pazuello, inventaram um tal de tratamento precoce  - com vídeos e documentos deles afirmando tal coisa, disponíveis em sites e jornais - a base de hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e a nitazoxanida, no tratamento de pacientes com Covid-19, e o resultado?

As pessoas se achavam protegidas do Vírus e saiam para fazer o que sempre fizeram antes da pandemia, mas como na vida tudo tem preço, além de se infectar e transmitir mais Covide, muitos inclusive morrendo desta patologia; ainda descobriram que o tratamento precoce vem com outro dividendo, ter doença hepática – ataca o fígado - ou morrer por ao ter esse órgão destruído pelos remédios ‘precoces’, mesmo sem nunca ter tido tal diagnóstico...

Os médicos especialistas em doenças do fígado começaram a receber pacientes que passaram a fazer uso destes medicamentos que foram não só indicados, como massivamente massacrados na mídia pelo capitão Quixote, e seu Sancho Pazuello; ou seja, não só não resolve como aleija seu fígado, ou pode matar o usuário desta propaganda médica genocida...

Diante esta realidade desumana e dantesca, não precisa ser um alienígena, ou escritor de ficção para saber que a raça humana por si só está condenada, algo descrito na ficção cientifica por uma guerra de robôs criados por humanos que nos matarão a todos, pela inteligência artificial que nos varrera do planeta, por uma pandemia criada em laboratório, ou pela deflorestação das florestas, jogando milhões de Vírus novos, criando pandemias piores que a ficção do filme os 12 Macacos; ou pelo degelo dos polos, expondo vírus e bactérias enterradas no solo há milhares de anos, e agora prontas para infectar os mais de 7 bilhões de pessoas...

Mas em todos estes futurólogos há duas pragas que eles esqueceram, mas eu não, pois escrevi até agora 85 contos de [3]ficção, a estupidez humana, e a ganancia. Hoje as pessoas não se informam, apenas repetem de imediato àquilo que alimente seus egos e partidarismos, e percebemos que a geração atual fez algo que parecia inimaginável, tem aversão a livros e a explicações longas para coisas complexas. Ou seja, queimemos todas as bibliotecas do planeta porque esses velhos precisam morrer de vez em seus livros mofados...

E com relação à ganancia, se em meio às pessoas morrendo nos hospitais e de fome, e o governo diz que lamenta, mas não pode fazer nada, e que a vida segue, e quem tem muito não pode ceder nada, e que tem que fazer reformas fiscais e cortar nos direitos dos pobres – isso desencadeou a revolução francesa –  só demonstra que já estamos extintos...

Estamos apenas aguardando que a ficção acerte mais uma vez, e nesse dia, talvez o último ser humano não esteja mais na terra, e sim numa estação espacial sozinho, chorando a morte de todas as pessoas do planeta, e que ele não poderá mais ver em seu curto tempo de vida, pois se pousar na terra, morrerá infectado; mas eu espero que ele tenha Robson Crusue para ler na sua cápsula, e que um alienígena apareça para ser seu Sexta Feira...