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O canal do panamá esta repleto de histórias maquiavélicas desde sua construção até os dias de hoje. Em face aos navios pós Panamá que não podem passar pelo canal devido seu gigantismo, a solução encontrada foi duplicar a sua largura, com um custo na casa de bilhões de dólares, mas enquanto tal coisa não se finda, ele continua estratégico para economia dos EUA, bem como para a defesa de suas costas através de navios e submarinos classe panamá que podem passar por ele, em breve os pós Panamá, verdadeiros monstros marinhos de aço do século XXI também terão sua passagem assegurada. Em farta documentação revelada das inúmeras maquinações da CIA, e até por assassinos econômicos como John perkinsem seu livro e documentário, como membro desta sagrada instituição conspiratória, não faltam evidencias do que fizeram e fazem para manter sua hegemonia politica e militar...
A Duplicação do Canal do Panamá termina em 2014, embora hoje ele tecnicamente pertença ao povo panamenho, ainda assim a geopolítica americana o vê como estratégico a seus interesses, e até então não havia nada que pudesse destruir essa supremacia, mas eis que surge no horizonte uma nação que foi o maior império da terra por dois milênios, mas por cerca de um século, foi suplantada pelas potencias europeias, e atualmente pelos EUA.
No entanto, como agua em uma represa que não mais a segura, o dragão do oriente despertou, e a premissa básica em qualquer um que sabe seu lugar no mundo, os desafios que lhe esperam, é entender que a nação que joga seu destino nas regras de outros povos, jamais poderá deixar de depender deles... Ainda mais no ritmo de crescimento chinês, em que consomem energia elétrica equivalente a várias usinas de Itaipu a cada ano desse crescimento, em breve quadruplicará porque mais 300 milhões de chineses ascenderão a classe média, segundo reportagens, documentários e busca por recursos energéticos mundo afora. A África e a América do Sul são de longe os continentes que podem suprir a fome de recursos minerais e vegetais dos quais o povo chinês hoje é literalmente dependente. O canal do panamá é passagem segura a estes recursos latino-americanos, mas não atende as necessidades geopolíticas e estratégicas devido aos EUA, a solução? Façam o próprio...
A CHINA IRÁ CONSTRUIR UM CANAL INTEROCEÂNICO NA NICARÁGUA
O governo da Nicarágua planeja conceder à companhia HK Nicarágua Canal Development Investiment uma concessão de 50 anos para construir e operar um canal interoceânico, segundo os documentos apresentados na Assembleia Nacional. A empresa foi selecionada “como a parceira mais adequada para ajudar a Nicarágua a alcançar seus objetivos em relação ao projeto”, afirma uma carta da autoridade do canal. Caso seja aprovada, a concessão, que poderá ser prorrogada por outros 50 anos, cobrirá a construção e operação de uma série de projetos para conectar as costas do Caribe e do Pacífico. Os projetos propostos consideram a construção de um canal para barcos, um canal seco onde irá ficar uma linha de trem, a construção e operação de zonas francas nas regiões do Pacífico e do Caribe, como também a construção de dois aeroportos internacionais e dois portos de águas profundas.
O presidente Daniel Ortega convidou também o Brasil, Suíça, Canadá, Kuwait e Arábia Saudita para participar na execução do projeto. O acordo, se for aprovado pela Assembleia Nacional, terá que ser assinado no dia 14 de junho. Os estudos de viabilidade do projeto serão concluídos em maio de 2014 e a construção será iniciada no mesmo ano.
http://actualidad.rt.com/economia/view/48439-Nicaragua-construira-una-alternativa-al-Canal-de-Panama
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"A HORA DO DRAGÃO - POLÍTICA EXTERNA DA CHINA" apresentada no "Jornal das 9" da SIC-Notícias e o autor e investigador Luís Cunha foi o convidado de Mário Crespo.
Esta mais recente obra de Luís Cunha, edição conjunta entre o Instituto Internacional de Macau e a editora Zebra, foi lançada no dia 12 de Julho, pelas 18h30, no auditório do ISCSP, em Lisboa. A apresentação esteve a cargo do Professor Doutor Adriano Moreira.
«O eixo geopolítico global está a deslocar-se para o Oriente e a China, "com crescentes capacidades globais" é um ator internacional a ter em conta, defende o investigador Luís Cunha no livro "A hora do dragão". A obra, com prefácio do professor Adriano Moreira, é o resultado de anos de estudo e trabalhos publicados sobre a ascensão geoestratégica da China, de que resultou uma tese de doutoramento, sendo também fruto de um interesse despertado por muitos anos a viver em Macau.
"São oportunos, e claramente construtivos, trabalhos como o que vem assinado por Luís Cunha, que seguramente vai suscitar o interesse de todos os que se inquietam com a desordem do presente e não desistem de contribuir para uma reconstrução da ordem internacional" - refere Adriano Moreira no prefácio do livro a lançar quinta-feira. "A hora do dragão" que faz uma análise da política externa da China e a forma como o gigante asiático chegou aos principais centros de decisão mundiais, é lançado quinta-feira e sustenta que se não fosse o processo de abertura ao mundo delineado por Deng Xiaoping e colocado em prática desde 1978, a "China chegaria aos nossos dias como uma réplica da Coreia do Norte, isto é, um Estado-pária".
O livro que Luís Cunha lança no mercado aborda, como sustenta o autor, "a cultura estratégica colocada em campo pelas elites chinesas e o processo decisório subjacente" e equaciona e interpreta as grandes orientações da política externa chinesa "designadamente no confronto interestadual entre potências e blocos regionais de primeira ordem com ambições geopolíticas de natureza global". Luís Cunha salienta que a nova diplomacia chinesa "dissemina o modelo chinês desenvolvimentista ao mesmo tempo que divulga a mundivisão geopolítica da China pelos quatro cantos do mundo". Mas a afirmação do "Império do Meio" não pode, como salienta o autor, ser dissociada do facto de ter uma massa crítica que não passa despercebida no cenário internacional. "É um país com 1,3 mil milhões de habitantes, reclama uma zona de fronteiriça de 32.000 quilómetros quadrados circundada por 29 países, 15 dos quais têm fronteira física com o gigante asiático (?) tem capacidade nuclear capaz de atingir os territórios de todos os seus principais rivais geoestratégicos e gere uma economia transformada num dos grandes motores da globalização", recordou Luís Cunha.
O investigador do Instituto do Oriente (ISCSP) defende que grande parte da política externa da China, com o seu capital disponível, é orientada para a obtenção dos recursos necessários ao progresso económico da China. Mas neste jogo de diplomacia económica existe também um paradoxo como salienta Luís Cunha: "a maioria dos parceiros comerciais da China é, simultaneamente, aliada militar dos Estados Unidos".
Com um peso cada vez mais significativo no cenário internacional, a China não abdica, contudo, de incluir as "características chinesas" nos conceitos que vai adotando e procura agora "um espaço próprio no sistema internacional, a partir do qual poderá projetar o poder político reencontrado na esfera económica". "A evolução da China e a sua cada vez maior intervenção no cenário internacional é inevitável, mas mais do que ter uma presença, mesmo que em grupos poderosos como o G20 ou no Conselho de Segurança das Nações Unidas, Pequim quer recuperar o estatuto e o espaço geopolítico de proeminência a que se julga historicamente com direito", afirma o investigador.»