AUTOR: DAVID DA COSTA COELHO
Em 2022 os EUA decidem parar de vez o expansionismo da China, bem como o apoio da Rússia a países em que seus interesses políticos e econômicos estavam em jogo. A Rússia ajudou a Síria a vencer sua guerra civil e agora centralizou sua posição naquela nação estratégica do Oriente Médio, não só reforçando a base militar que tinha naquele país, bem como aumentando seu poderio; inclusive com mísseis atômicos, o que feria claramente os desejos e a soberania dos europeus e dos Estados Unidos, e sobre nenhuma hipótese isso seria permitido prosseguir sem uma resposta bélica a altura...
Através de várias negociatas e conspirações feitas pela CIA e a NSA, os EUA conseguiu readquirir o controle de seu quintal particular, a América do Sul e Central, cujo primeiro movimento foi o fim do embargo à Cuba, e a entrega do território de Guantánamo aos cubanos; reforçaram seu apoio comercial com o Brasil, e ainda obtiveram a criação de uma base militar e de foguetes no maranhão, o local mais próximo da linha do equador e que possibilitaria não só enviar novos satélites, inclusive espiões, como também mísseis nucleares contra o inimigo em tempo recorde. No entanto, isso desagradou à Rússia, pois tinha um projeto semelhante, mas que se findou graças à estratégia política americana. Contudo, os terroristas de Guantánamo não teriam vida fácil, pois eles iriam para uma base secreta antiterrorismo que seria feita na Líbia, lá os EUA iriam fazer uma das maiores bases militares de sua história, a cabeça de ponte para dominar todas as noções ricas em petróleo, e que estava dando a China a sua segurança energética e financeira, o que de novo contrariava os interesses dos EUA...
Na Líbia, na nova base, seria construída uma usina nuclear para fornecer energia elétrica a uma base que abrigaria cem mil pessoas, mas o combustível nuclear viria dos EUA, e o preço do empreendimento seria pago exclusivamente com o petróleo daquela nação porque esse foi o acordo feito com as elites locais, e que agora controlavam a nação após a intervenção americana e a guerra civil que se seguiu.
Ao decidir apoiar os fantoches no poder, o governo americano era quem realmente mandava na outrora nação próspera e independente. De posse do controle do petróleo, eles tinham não só o controle estratégico contra interesses chineses e russos, bem como diminuía mais a influencia daquelas nações nos países fronteiriços e fazia-os repensarem suas ações no futuro...
Para a economia americana aquilo era um ótimo negócio porque as empresas americanas iriam reconstruir o país completamente, e para isso precisavam de muita segurança; soldados e das empresas de segurança dos EUA... Assim eles decidiram enviar uma das maiores armadas desde a guerra do Iraque com 5 porta aviões, 4 submarinos, 10 navios de guerra, e 20 torpedeiros para apoiar os porta aviões, os mais novos e tecnologicamente avançados. Mas dentro deles também seguia o combustível nuclear para a usina a ser construída, mais do que suficiente para 100 anos de energia para 1 milhão de pessoas, pois essa era a estimativa futura do contingente humano.
Na armada estavam levando também 4 satélites de comunicação e espionagem para serem entregues na base no Brasil, e os foguetes que os lançariam já estavam nos navios que seguiam na frota, e uma imensa quantidade de armas de todos os tipos, além de tanques, mísseis, carros de combate, computadores e inúmeros suplementos militares para uma guerra civil que a CIA estava preparando na Argélia através de seus ativos locais e líderes da oposição.
Assim, armando e manipulando os insurgentes, eles poderiam também apoiar um golpe militar naquela nação estratégica e rica em petróleo, mas que também estavam fazendo acordos com os chineses, e isso Washington também não permitiria...
Na armada seguia o dobro de soldados de cada embarcação normal, e todas as embarcações, as mais novas e poderosas, com equipamentos militares mais inovadores tais como canhões laser, capazes de destruir até mesmo mísseis atômicos a mais de 20 mil metros de altura, armas sônicas, e drones, mais de 5 mil deles, alguns do tamanho de caças; naves que podiam ficar eternamente nos céus inimigos porque usavam energia solar para recarregar suas baterias. Graças à utilização da bateria de tesla, uma das grandes empresas americanas, a independência bélica dos drones chegou a um patamar nunca antes imaginado. Alguns deles que estavam nos porta aviões carregavam até misses nucleares com 50 Kilotons de potência, outros na escala de megatons. Mas os navios também levavam milhares delas para as missões em que soldados precisavam de energia, e outras para suprir até mesmo uma base no deserto. As inovações estavam em tudo, pois a armada levava armas nucleares melhores menores e incapazes de serem detectadas porque os mísseis que as levavam criavam um campo magnético que refletia os lasers da Rússia e da China, ou seja, a corrida bélica jamais terminava. No comando da esquadra seguia o almirante Kirk Mac Donald, um dos mais condecorados membros da marinha de todos os tempos, era o responsável por 50 mil pessoas que se dirigiam a África para uma missão de longa duração. Ele era um homem de pensamento firme e pragmático, como americano, acreditava no destino manifesto, mas detestava os políticos de seu país por deixar a nação sempre próxima da 3ª guerra mundial. Ele achava o sistema eleitoral e a democracia americana um lixo, uma conspiração de democratas e republicanos para deixar a nação desprotegida, desigual, e o lar dos corruptos bilionários, e ainda levar empregos de americanos decentes a outras nações que ameaçavam atualmente os EUA; isso porque os políticos americanos haviam financiado essas nações, ou sendo brandos demais na hora de levá-los a idade da pedra numa guerra sem dó. Se tivessem varrido do mapa há URSS dois anos após a 2ª Guerra, hoje eles não estariam apontado misses atômicos contra o lar dos americanos, inclusive para seus filhos e netos.
O almirante Kirk era um estudioso de história e das guerras, por isso admirava o sistema de governo chinês, um partido único e um governo militar forte, que impunha metas de desenvolvimento e conquista, e nisso eles eram muito melhores do que todos os políticos e presidentes americanos juntos.
Em termos econômicos eles já haviam superado os EUA, e no campo militar já tinham misseis sem armamento nuclear capazes de destruir todos os portas aviões que ele comandava, e a despeito da propaganda oposta feita pelo governo americano, sabia que não havia como escapar de um daqueles misseis se fossem disparados contra seus porta-aviões, lotado de homens e mulheres, aviões de guerra, misseis atômicos, e que poderiam afundar graças a um único artefato composto de tungstênio, e protegido do calor da reentrada e dos laser americanos por placas de grafeno. Evidente que não fariam isso porque deflagraria a 3ª guerra mundial, mas ter tais armas era inconcebível, e graças aos políticos americanos imbecis que permitiram tal coisa.
O comandante sabia que o poderio nuclear chinês, segundo a CIA, já estava igual ao americano porque já tinham mais de 7 mil bombas nucleares, e os culpados de tudo isso foram de novo os políticos de seu país que nos anos 1960 abriram as pernas para os chineses, sem estudar sua história, o império mais antigo da terra, e que apesar de todos que os invadiram exploraram e colonizaram, como sempre, eles se reergueram-se das cinzas, e hoje realmente eram uma ameaça global maior do que a própria Rússia...
Se lhe fosse permitido nascer de novo, ele seria novamente marinheiro porque políticos, imperadores, reis e rainhas, era a escória da raça humana, e cabia sempre aos militares limparem a bagunça causada por eles e garantirem a segurança do povo, e para isso nada deveria ser excluído quando as armas de guerra tivessem que serem utilizadas. Se fosse por sua escolha, e não da CIA, aqueles terroristas que estavam em sua esquadra não iriam para nenhuma prisão, e sim jogados ao mar para alimentar os tubarões. Detestava os islâmicos e preferia eliminar uma cidade inteira de árabes terroristas, com suas mulheres e crianças a deixar um único americano morrer por causa deles.
Seus pais eram protestantes, mas ele, apesar de crescer cercado pela religião, era um ateu convicto. Achava a religião um atraso, uma afronta à humanidade, e de todas a que mais detestava era o islamismo. Se o presidente deixasse, acabaria com as cidades de Meca e Medina com dois mísseis nucleares dos submarinos sob seu comando, e depois o vaticano, aquele antro de papas corruptos e seus bispos e padres pedófilos. Se existisse um deus, seria por isso que ele o colocou na marinha porque se fosse político e chegasse a presidente, o mundo seria outro. Mas o que o almirante não sabia é que o mundo realmente seria outro em pouco tempo... Milhões de anos antes uma raça reptiliana avançada viveu na terra, aprenderam a construir buracos de minhoca e deixaram nosso mundo, mas sua principal realização ainda estava ativa desde então, em varias partes da terra e no Triangulo das bermudas, justamente onde estava a esquadra americana, mas por uma ocasião do destino, o triangulo quântico, graças a uma erupção solar gigantesca que o energizou, se dirigiu para próximo da Venezuela, e naquele dado momento, toda a esquadra do almirante Kirk estava passando por ali... O portal cósmico capturou a esquadra, 6 superpetroleiros gigantescos e um navio plataforma, que ia para o golfo do México para extrair petróleo e gás e processá-lo, e que estavam a caminho dos EUA com petróleo venezuelano, e 5 navios de luxo, lotados de passageiros curtindo as férias ruma à américa do sul. No evento cósmico, uma estranha sensação varreu todos que sofreram o fenômeno quântico...
Por vários segundos, todos os instrumentos elétricos ficaram completamente parados, até mesmo relógios de ponteiro não se moviam. Então uma luz estranha, semelhante a da aurora boreal varreu todas as embarcações e eles foram jogados não mais no seu tempo, mas em 31 de dezembro de 1812, exatamente no mesmo lugar em que estavam.
De imediato o almirante Kirk acionou a todos os navios e submarinos porque aquilo poderia ser reflexo de um ataque nuclear, mas apenas as embarcações, os navios turísticos e os de petróleo responderam. Mas a surpresa não parava por aí, ao observarem a costa próxima, não havia nada que remontava ao século XXI, e sim cidades coloniais do século XIX. Algo estava muito errado e o almirante queria resposta. Precisava da comunicação por satélites, mas os sistemas dos navios não conseguiu rastrear nenhum, nem sequer o de nações inimigas.
Eles ainda estavam na América Central, mas não a que conheciam, drones foram lançados, com câmeras tão potentes quanto a tecnologia permitia, mas as imagens mostravam apenas construções antigas com luzes tênues, ou seja, não existia luz elétrica mais isso era impossível porque a América Central era amplamente povoada e tinha um intenso trafego naval, mas não agora...
Os drones foram mais e mais alto e a resposta era a mesma. Kirk mandou lançar um superdrone, na esquadra existiam mais cem daquele modelo; ele podia voar mais rápido e mais alto que qualquer avião de guerra de qualquer nação. Após alcançar uma altura que deu para ver todo continente americano, o que as imagens mostravam era um continente lindo, habitado parcialmente por povoados humanos, e algumas cidades coloniais.
O drone se dirigiu a Washington e localizou a capital antiga, e apenas aglomerados humanos de poucas décadas após a independência. As cartas estelares foram analisadas e eles concluíram que haviam voltado no tempo. Mais de dois séculos no tempo, pará o início do século XIX,
O almirante convocou todos os seus comandados e ordenou aos capitães dos petroleiros e dos navios de cruzeiro que se mantivessem próximos à esquadra por questão de segurança, e que mantivessem seus passageiros tranquilos, notificando-os que uma tempestade solar havia neutralizado o sistema telefônico e o de internet, mas que segundo informações, dentro em breve estaria reposto.
Na sala de reuniões, os comandantes da esquadra receberam vários cientistas que seguiam no navio e esperavam deles a explicação do porque eles haviam voltado no tempo para uma época em que Napoleão guerreava na Europa, os EUA estavam em guerra com a Inglaterra, e as colônias americanas iniciavam a luta pela independência de seus senhores coloniais europeus.
O primeiro cientista a falar foi o senhor Thomas Carlton, o físico que era o líder do grupo de cientistas responsáveis pela construção e administração da futura usina atômica.
- Almirante, por mais ilógico que possa parecer nos voltamos no tempo, o portal abriu uma brecha no tempo e no espaço, e nos realmente voltamos no tempo. Mas eu acredito que não para o nosso tempo e sim para uma terra paralela à nossa, e que graças a isso, ela pode ter uma história muito parecida, talvez até igual, ou completamente diferente. Eu digo isso após ver as imagens que o drone nos trouxe, de um continente limpo e ainda não destruído pela sanha capitalista humana, e também amparado em muitos trabalhos de cientistas famosos que estudaram o triangulo das bermudas e os desaparecimentos que ali ocorrem, e dentre elas - essa é uma das suposições mais plausíveis - porque se estivéssemos em nossa terra, teríamos desaparecido devido ao paradoxo da causa e efeito.
Para o senhor e demais membros de sua equipe entenderem isso, basta lembrar que somos do futuro, e se voltássemos para o passado, a matéria que compõe a nossa esquadra e os nossos corpos humanos, voltaria para as minas de ferro, cobre e outros metais de que é feita, assim como nós desapareceríamos para os donos dos átomos que viveram antes de nós, e que séculos depois darão a matéria para nos construir.
Na universidade de Berkeley, onde já lecionei, inúmeros cientistas trabalhavam com essa teoria, e um deles, um indiano naturalizado americano, acreditava que dentro de 500 anos nos poderíamos construir um estabilizador quântico que nos possibilitaria não só vislumbrar o portal do triangulo, como também enviar drones através deles e repassar as imagens em tempo real.
E num futuro distante, controlar a ida e vinda pelo portal, o que abriria para o nosso país uma gama de recursos numa escala jamais imaginada pelo homem. Não brigaríamos mais por espaço geopolítico, teríamos infinitas terras para colonizar, evidente que aquelas que estivessem mais avançadas do que nós seriam descartadas, mas as atrasadas, a exemplo desta, seriam anexadas por nós.
O almirante pediu a opinião de outros cientistas e acadêmicos sobre o tema, muitos discordaram do doutor Carlton, outros o apoiaram por razões obvias, já que as imagens de drones mostravam uma terra do século XIX e acabavam com qualquer dúvida. Mas o que se seguiu após uma semana de drones cruzando os céus era exatamente isso. Eles estavam no passado, à comunicação com a civilização deles não existiam mais, e segundo o físico, eles estavam presos ali para sempre porque o portal quântico só se abriria para o mundo deles se eles tivessem tecnologia para manipular buracos de minhoca, mas isso estava séculos a frente da tecnologia humana atual, e ao saber disso, uma dor lancinante varreu a alma do almirante porque jamais veria seus netos e netas, seus filhos e Jéssica, a sua amada esposa, que lhe deu seis filhos lindos, e que o amou como ele jamais imaginou possível.
Agora era tomar o destino nas mãos e ver o melhor caminho, e ele não podia seguir em frente sem que todos os homens e mulheres do século XXI soubessem a verdade, não toda ela evidentemente, como a de que estavam em mundo paralelo, e sim de que voltaram no tempo, e que estavam presos aqui para sempre, e se desejavam um mundo melhor, bom, eles teriam que reconstruir tudo aquilo que ficou para trás.
Todos os passageiros das embarcações civis foram conectados a um sistema de comunicação dos navios de guerra. De lá o almirante Kirk lhes falou, e o mesmo ocorreu para seus comandados:
- Já se passaram duas semanas desde que fomos tragados pelo evento cósmico que paralisou imagens, relógios e demais sistemas eletrônicos. Minha primeira providência foi enviar aeronaves para ter certeza de que não estávamos num ataque nuclear de uma nação inimiga, e isso não foi o que ocorreu porque energia atômica não explicaria o que aconteceu conosco. Como sabem, todos nós que sofremos o evento estávamos numa zona próxima ao Triângulo das Bermudas. Ao longo da história centenas de barcos, pessoas e aviões desapareceram sem deixar vestígio do que ocorreu e para aonde foram. Nós agora fazemos parte das estatísticas porque também fomos vítimas do evento histórico. Mas ao contrário dos desaparecidos de outrora, nós sabemos onde e quando estamos. Enviei centenas de Drones de alta tecnologia, e agora podem ver o mesmo que eu nas imagens que se seguem...
Nós voltamos no tempo. De acordo com nossos cientistas, estamos mais ou menos na metade do mês de janeiro, de 1813. Nossa armada se encontra aqui na América Central, por isso ordenei aos capitães dos transatlânticos que poupe combustível porque não haverá aonde ir para reabastecer porque nesta época ainda não há refinarias, nossos submarinos nucleares e porta aviões podem funcionar por décadas, mas as embarcações movidas a Diesel não teriam essa sorte.
Para que as pessoas nestes barcos não fiquem sem o conforto que a nossa civilização desenvolveu, estou enviando baterias de Tesla capazes de suprir empresas gigantes para fornecerem eletricidade para estas embarcações. Com elas poderão ter eletricidade enquanto a energia atômica nos manter, mas há outras necessidades mais imediatas e por isso a partir de agora, todos os não militares estão sob lei militar. Mas eles se manterão como são, uma parte de nosso mundo para o lar de civis e militares.
Não há como retornarmos ao nosso mundo, então a única forma de sobrevivermos é reconstruirmos nossa civilização. Estávamos em uma missão para o nosso país com todo o necessário para construirmos uma usina nuclear na África, mas agora ela será construída nos Estados Unidos, mas para isso devemos trazer essa gente para a nossa realidade.
Temos também os petroleiros, cada navio com mais de 1 milhão de barris de petróleo, além do navio plataforma para extrair mais, e nós sabemos aonde buscar. A nossa comunicação depende de nossos rádios e emissores, mas também temos satélites nas embarcações, e assim que possível, nós os lançaremos e a comunicação será como em nosso mundo.
Mas eu não poderei fazer isso sozinho, assim sendo, todos deverão enviar dados com suas profissões para o nosso sistema de triagem eletrônico, cada um fará parte de um grupo que irá restabelecer o que necessitamos. A nossa base será na Flórida, e dali faremos a cabeça de ponte para unificar os Estados Unidos, com o tempo veremos o que construímos, mas para que fique claro; nós estaremos sob um governo militar por décadas, não há outra forma porque somos invasores do futuro com conhecimentos e conceitos de sobrevivência totalmente opostos aos nossos.
Aqui ainda há escravidão, reis absolutistas, não há vacinas, saneamento básico, e tudo é de acordo com a vontade de Deus, Alá, ou qualquer das tantas outras divindades ao sabor das civilizações desta época. Somos americanos, e só há uma lei a partir de agora, levar esse mundo ao futuro o mais rápido que pudermos.
Vocês serão os pais fundadores de uma nova nação que englobará toda a Terra. Seus filhos e netos herdarão não um mundo onde seu país tem inimigos que poderiam levar à 3ª Guerra Mundial. Aqui elas jamais ocorrerão e nenhuma nação poderá fazer nada contra nossos filhos e netos. A partir de hoje nós não somos mais os Estados Unidos, entraremos para a história como o Império Atlante Americano, um nome que evoca o passado, já citado na história e que dará a eles uma ideologia para se unir a nós ou nos aceitar como conquistadores porque é isso que seremos a partir de hoje; os conquistadores do mundo.
As palavras do almirante trouxeram uma realidade dura a todos que ali se encontravam, estavam órfãos de seus filhos, esposas, maridos, pais, família, e do conceito de nação. Os transatlânticos, antes festivos e cheios de atrações, com tripulação destinada a cuidar dos desejos de todos seus passageiros, agora se viam como iguais, a despeito de não serem; nada justificava mais servir a outras pessoas, no entanto, eles agora tinham que servir a outro destino, a eles mesmos. O almirante previu tal coisa e mandou militares para os transatlânticos, a tripulação civil foi dispensada de suas obrigações e enquadrada como passageiros.
Dias depois a gigantesca esquadra se dirigiu para a Flórida, e ali iniciou a conquista do continente. Através dos drones, eles identificavam navios da Espanha e da Inglaterra e das colônias americanas. Um helicóptero de guerra voava sobre a tripulação assombrada e assustada e uma fragata dava as ordens:
- Esta é uma embarcação do Império Atlante Americano, vocês não tem a mínima chance, rendam-se e serão poupados, resistam e serão abordados e destruídos.
Pela primeira vez na história navios movidos a vela, ao sabor do vento, protegidos por canhões disparados com pólvora, os mais modernos de seu tempo; se viram completamente inúteis. Alguns deles ainda esboçavam uma tênue reação, mas quando recebiam saraivadas de metralhadoras vindas dos helicópteros, matando de início vários tripulantes, ou viam a cabeça de seus capitães explodir devido a um tiro de um fuzil ponto 50, a rendição era imediata. Os navios eram levados para um píer próximo na Flórida e ancorados. A população local foi rapidamente subjugada e estava literalmente aterrorizada com helicópteros, aviões que pousavam na vertical, drones e as embarcações de metal e seu tamanho impossível de acreditar. Uma vez capturados, eram avaliados no sentido médico, vacinados e depois levados a um centro de treinamento para se incorporarem à marinha do Império Atlante Americano.
Depois de uma triagem e qualificação, feitura de documentos com identificação de cidadão do império, com direitos e deveres; as populações passaram a trabalhar de forma braçal na construção civil da futura capital do império, mas não como escravos, recebiam por isso e com as leis trabalhistas do mundo moderno. No mar nenhuma embarcação escapava do cerco, logo o México também foi tomado e posto a trabalhar pela nova nação. De imediato eram abolidas a escravidão e o poder dos senhores que substituíram colonizadores espanhóis. Uma nova moeda e língua unia a todos, uma com a cor do Dólar, mas a esfinge de um porta-aviões no meio, simbolizando o poder naval.
Nas antigas igrejas que escaparam a destruição, escolas eram abertas para crianças; a religião foi proibida e os padres e bispos fuzilados por ordem do almirante, livros sagrados eram encontrados e destruídos, manter um era crime para fuzilamento, e como alguns insistiam, o exemplo vinha com tiros de ponto 50, abrindo buracos no tórax dos criminosos, o que dava razões para isso não ocorrer novamente; nesse sentido, a morte ainda era a melhor forma de impor a lei.
As pessoas mais velhas também eram ensinadas, mas para coisas técnicas; elas aprendiam a língua e tudo o mais que precisavam, os tradutores faziam as ordens trabalhistas serem entendidas, e tudo era baseado em leis militares, e como sempre, quebrar uma delas era pena de morte.
Como o almirante tinha inúmeros terroristas de Guantánamo em seu navio, e era ele quem decidia o que fazer com eles e não mais os antigos agentes da CIA, agora cuidando da capital e dos que poderiam se revoltar; para dar o exemplo a populares insatisfeitos, o terrorista era amarrado a um morro com C4 em seu corpo, e depois a população era convocada a assistir. Um drone levantava voo e lançava um míssil, a explosão imensa deixava apenas poeira calcinada do antigo terrorista, e todos os que assistiam jamais desobedeciam ordens.
Com o navio plataforma eles começaram a processar o petróleo que os navios trouxeram do futuro, e graças a isso o combustível, poucos meses após chegarem a esse mundo, já estava disponível para as embarcações. Depósitos de ferro e outros minerais foram buscados e encontrados com a localização das que havia no futuro, assim como as jazidas de petróleo em terra e no mar a pouca profundidade. Os técnicos e cientistas dos navios iniciaram a construção da refinaria, de uma siderúrgica, e após elas, de uma petroquímica. Mas o almirante queria uma base para lançar os satélites...
Colocou todos os técnicos e cientistas nessa missão, e um ano após a chegada, o primeiro dos quatro satélites já estava em órbita. Com ele a tecnologia e a espionagem voltaram a funcionar sem precisar lançar drones, e a esquadra britânica foi vista a caminho dos EUA, que nessa época estava em guerra contra a Inglaterra. Mais dois satélites foram lançados, o último foi desmontado e copiado nos mínimos detalhes, com tecnologia reversa eles fariam mais tão logo tivessem infraestrutura para isso.
Kirk ordenou a sua esquadra que fossem para a capital dos Estados Unidos, se a história fosse semelhante, sabia que navios ingleses estavam a caminho para a guerra declarada, mas ele tinha a intenção de acabar com ela o mais rápido possível e dar aos EUA – agora com ele e seus comandados no poder - o seu verdadeiro destino, comandar o mundo.
Os drones recebiam imagens dos satélites voavam acima, e assim que um navio britânico era encontrado já chegando à costa, os drones usavam o sistema de som para se prepararem para abordagem, e os torpedeiros lhes cercavam e ordenava a rendição. Mas assim como os navios espanhóis, alguns resistiram e só se renderam ao ver helicópteros varrendo os comandantes a tiros de seus postos. O almirante não desejava nenhum capitão ou oficial de barco que se revoltava, a ordem era eliminar de imediato. Isso mostrava a tripulação que um novo poder superior existia, e esse poder era maior do que seus reis e rainhas e tudo o mais que acreditavam.
A frota inglesa foi completamente aprisionada e seus soldados integrados ao exercito do império, a eles não eram dado armas modernas, apenas cassetetes para policiarem as ruas e rádios de comunicação para seus comandantes, os homens do século XXI. Suas armas antiquadas e canhões eram derretidos para coisas mais nobres. Se eles servissem com lealdade e jamais tivessem uma única falta, depois de cinco anos realmente seriam soldados e portariam armas modernas porque nos navios havia milhões delas.
Depois de tomar os navios britânicos, a esquadra atlante chegou aos EUA, derrotou uns poucos valentes, e em seguida todos os estados americanos foram também integrados a nova nação. Logo após o mesmo se deu com o Canadá. Aos que desejavam questionar a truculência dos conquistadores, a falta de governo democrático, a libertação dos escravos ou a destruição de igrejas e livros sagrados, a estes restava o exemplo dos ‘homens de Guantánamo.’ No entanto, para o almirante não interessava ainda dominar a Europa naquele momento, ele desejava primeiro refazer seu mundo, e para isso se aproveitou de todas as pessoas que conquistaram e trataram como mão de obra, bem paga, e treinada e que estavam se adaptando bem aos novos senhores.
Em 1815 sua refinaria já estava pronta, assim como sua siderúrgica, ainda que pequenas, outras mais viriam no futuro; com essa base tecnológica, a construção da usina nuclear entrou em funcionamento. Com o fim da guerra na Europa, e sem saber do destino de seus navios e do sumiço de navios da Espanha, tanto de guerra quanto de comercio, a Inglaterra envia 200 navios para o continente americano para exterminar de vez seus inimigos e retomar a nação que um dia foi dela. Mas o resultado foi o mesmo, e eles agora eram navios destinados não mais à guerra e sim ao comércio. Receberam motores a Diesel e foram melhorados para comerciar, mas a pedido de muitos oficiais saudosistas, alguns mais novos receberam metralhadores e canhões.
Com o trabalho árduo, o almirante construiu sua primeira cidade moderna, mas ainda não queria dominar a Europa, ao contrário, a Europa só existia porque exploravam as Américas, a África e a Ásia, então decidiu cortar a galinha que os alimentava com ovos. Com sua esquadra de navios ele foi da Flórida à Argentina conquistando todas as nações e dando a elas e seus líderes uma só escolha; ou viviam como súditos do império, ou se tornavam pó. E ele fazia isso eliminando o centro desse poder, primeiro as igrejas, depois com um líder local escolhido para isso. Aviões de caça e helicópteros voavam sobre as capitais, assustando as populações com algo que jamais imaginavam, e em seguida os navios destruíam o local escolhido com um míssil.
Depois administradores do século XXI, muitos deles da CIA, chegavam às capitais e impunham as ordens do império. Claro que muitos não gostavam daquela tarefa, afinal ainda era um mundo primitivo, mas tinham acesso a sua tecnologia e a qualquer necessidade pessoal que se fizesse necessária. No Brasil e no Haiti existiam as maiores populações negras fora da África, mas a libertação dos escravos e assimilação ao império precisou que muitas cabeças rolassem, literalmente. Após consolidar o novo mundo, o almirante partiu para Inglaterra. Ao ver uma gigantesca esquadra se aproximando, feita de ferro e aço, aviões, drones e helicópteros voando e jogando panfletos na cidade, o império britânico caiu antes mesmo de dar um só tiro.
Helicópteros de combate aterrissaram nos jardins dos suntuosos palácios e o medo e o temor divino assolaram os outrora nobres e poderosos ingleses. Bandeiras brancas estavam em todas as sacadas dos palácios e sedes governamentais, principalmente onde se votava as decisões do governo, O Palácio de Westminster.
Nobres eram nobres porque dominavam os inferiores, ou faziam acordos com quem possuía mais poder, e assim continuavam nobres, e era isso que desejavam diante daquele poder inquestionável. O almirante Kirk foi rápido, ordenou a anexação do império britânico e sua submissão completa ao império atlante, quanto à nobreza, e o parlamento, eles receberam os códigos de leis do império, e cabia a eles aplicar ou serem totalmente destruídos.
Todos os cientistas, professores e engenheiros deveriam seguir juntamente com suas famílias para o império, e lá servirem como professores e instrutores do que viria, e jamais retornariam a Europa. Os navios de madeira, agora com motores a Diesel iriam levá-los. Nos anos seguintes levariam também uma leva de imigrantes de todos os países que falavam inglês.
Para cuidar dos ingleses, o almirante deixou no comando da outrora poderosa nação um capitão jovem e idealista, um rapaz que conhecia desde o nascimento, pois era amigo de seu pai, ele agora era o homem que mandava naqueles nobres outrora poderosos e orgulhosos, mas que a uma fala dele, o fuzilamento os aguardava. Muitos anos depois ele seria o ocupante da função do almirante Kirk, e mandaria fazer uma estátua de 100 metros toda em bronze do homem que criou o império. Ela seria colocada no centro de Londres e seria um orgulho aos cidadãos do império. Outra de igual tamanho ficaria na Flórida.
O Kirk não pretendia ficar no poder para sempre, mas iria criar as bases para que ele jamais caísse. Tinha 60 anos quando foi tragado para 1812 e já estava cansado de guerras e mortes, mas o destino lhe deu uma missão e ele iria completá-la antes de declarar a própria aposentadoria, indo do viver em alguma fazenda tranquila. Ele contou isso a seus oficias mais graduados e decidiu que após dominarem a tecnologia, com um governo nos moldes do chinês, com uma constituição baseada nos mesmos moldes, seus oficiais governariam o império, cuja capital seria na Flórida. Mas nenhuma invenção do século XXI seria construída fora do continente, principalmente energia atômica, os inventos ficariam exclusivamente na América do Norte e Central, e os componentes da CIA criariam uma agência central para coordenar toda a segurança civil do império.
Enquanto ia conquistando a Europa, um novo projeto foi aplicado, e demandaria um mundo de mão de obra, mas manteria o império unido e dando a cada cidadão tudo que faria a ele e suas famílias felizes; ou seja, casa, família, educação, saúde, emprego e tradições militares inventadas para ocupar as velhas datas e tradições religiosas.
Para unir o império americano, Kirk determinou a construção de uma estrada de ferro ligando toda faixa costeira do continente, da argentina até o Canadá. Ela teria um banco e um centro comercial em cada estação povoada. Os trens seriam movidos a Diesel, com depósitos de combustíveis sempre próximos das estações. A eletricidade para tudo o mais seria proveniente de represas, moinhos de vento ou placas solares ou termoelétricas à gás, carvão ou Diesel, mas ele queria o máximo de energia limpa e preservar toda vida ecológica desta nova terra, pois isso também criava mais empregos.
Para as populações nativas do continente, ele sabia que não havia outro jeito, por isso determinou que elas fossem para reservas ecológicas criadas, e lá, as crianças deveriam ir para escola e se adequarem a realidade dos conquistadores. O conhecimento nativo era assimilado numa enciclopédia, mas o mundo deles não interessava mais. Como em seu mundo, os nativos tentaram resistir, mas a eliminação dos revoltosos vinha dos céus e não mais à cavalo.
Depois da Inglaterra, foi à vez da França, Áustria e demais nações próximas serem anexadas. Napoleão foi resgatado e levado para o império. Antigo imperador da Europa, ele ficava abismado com o poder e tecnologia que via nos homens que fizeram o impossível, derrotar e submeter à Inglaterra e seu império.
O almirante o admirava muito, embora o achasse inocente pela sua campanha falida na Rússia, e que mais tarde o levaria a derrota total para os ingleses. O almirante deu a ele uma fazenda no Canadá para que vivesse o resto de seus dias, anos depois Kirk também teria a sua ao lado, e passariam anos falando cada um de seu passado e conquistas. Kirk deixou na casa do amigo equipamentos eletrônicos para que ele pudesse acompanhar o que o almirante andava aprontando pelo mundo.
Depois dos grandes países europeus caírem, era vez da Itália fatiada em republiquetas; todas caíram, e finalmente o almirante chegou ao estado papal, Roma. A Europa já sabia que seres poderosos estavam derrotando e anexando impérios; e o Papa tinha intenções de se aliar aos vencedores e assim manter o poder e a fé dos cristãos neste novo mundo que se seguia, mas não foi bem isso que ocorreu...
Uma armada de povos conquistados e submissos ao império desembarcou dos antigos navios, a missão era clara. Tudo relativo à religião deveria ser erradicado. Todas as igrejas e monastérios foram saqueados. Objetos preciosos levados aos navios. Quadros e pinturas religiosas, livros e demais textos sagrados reunidos nos pátios e queimados. As ordens de freiras foram extintas e as mulheres entregues para casamentos forçados com os soldados.
O Papa, bispos e padres, estes seriam levados para frente de batalha contra revoltosos do mundo islâmico, portando apenas bastões, e se fossem mortos ótimo, e se feridos em combate, recebiam tiros de misericórdia. Só havia uma fé, a guerra pela unificação do mundo, e o exercito atlante era seu deus, só havia uma verdade, aceite o império e viva, rejeite e morra. O plano de devastação prosseguiu e Roma veio abaixo com explosões controladas.
Ao chegarem à Turquia, foi à vez dos turcos e árabes verem seus templos e palácios ruírem aos disparos de canhões, seus livros sagrados queimados e proibidos, e seus homens que ainda se dispunham a lutar, estes caíam como moscas. Soldados ingleses, franceses e austríacos, apoiados por helicóptero, devastavam tudo que encontravam pelo caminho. Nada que remontava a religião judaica, cristã ou islâmica poderia existir. A destruição fez com que muitos se insurgissem, o que foi bom porque assim morriam mais rápido, deixando a CIA livre de futuros terroristas.
Suas mulheres e crianças vinham para o novo mundo. A poligamia auxiliava no aumento da população. Ali elas aprenderiam o novo idioma e seriam pessoas de uma nova terra e cultura. Ao chegar à Meca, o almirante pôde realizar um sonho, destruiu completamente a cidade sagrada ate o último tijolo e barro e a tal pedra sagrada que lá havia. O 1º berço do islamismo caiu; em seguida foi à vez de Medina. Hábitos e costumes daqueles povos foram proibidos, e os valores e vestimentas ocidentais impostos a todos a ferro e fogo... Mas ele ainda não estava satisfeito, pois havia uma cidade que Kirk realmente detestava, e que era a mãe das três religiões. Como sempre, ela foi invadida, o povo resistente fuzilado, mulheres e crianças postas em navios rumo ao novo mundo. Mas ele tinha um sonho, e precisava dar sentido a esse sonho.
Mandou que seus comandados retornassem aos navios e deixou árabes e judeus se regozijarem da retirada dos infiéis. Espalhou por semanas a notícia de que iriam destruir a última cidade sagrada do mundo. Com Meca e Medina destruídas, Jerusalém era agora única cidade sagrada que ainda carregava o legado das três religiões, e assim milhares de fieis foram para lá rezar, resistir e preparar a vingança contra infiéis quando chegassem...
Kirk não tinha pressa, via seus inimigos como um enxame de formigas a ser varrido com agua ou fogo, então que mais viessem. E foi com fogo que ele decidiu eliminar as pragas, se preparando para realizar seu maior feito, e para isso era hora de testar a arma suprema, uma resposta a uma Bomba soviética que os americanos tiveram que engolir por muito tempo como a mais poderosa da história; mas que agora também estava disponível e num tamanho adequado à tecnologia americana, seu poder era muito maior que a Tsar Bomb, com o triplo da potência, mas que nesse caso específico, eles reduziram porque um dia precisariam do oriente médio sem tanta radiação na hora de extrair petróleo. Todos os reinos conquistados foram avisados da hora e do dia que iria ocorrer mais uma demonstração de poder do império, algo que ficaria para sempre na memória dos conquistados, e dos conquistadores, e que seria captada em toda terra. Para os cidadãos do império, que viam a cada dia mais povos serem conquistados, e milhares de pessoas sendo mortas, a resposta era simples; eles ainda não tinham visto tudo.
No comunicado interno a seus iguais do século XXI, o almirante expos suas razões.
- Fazemos o que temos que fazer para impedir todas as mortes e crimes que ocorreram em nosso mundo. Se tivermos que matar 10 milhões agora, ainda assim será muito menos do que os quase 300 milhões que morreram em nosso mundo. Cientes de sua nova realidade, essas pessoas aprovavam tudo que seus líderes fazem, pois as ordens vêm de nós, e como só o poder mantêm as pessoas servis e obedientes, é para isso que estamos aqui e faremos hoje o que só se fez uma vez em nosso mundo contra o Japão.
O superdrone decolou do navio, próximo da cidade de Roma, pois estava no mar mediterrâneo, em poucos minutos chegou à altitude máxima e localizou o alvo e lançou a bomba de hidrogênio de 60 megatons. O avião acelerou para se distanciar da explosão e do pulso eletromagnético, embora tivesse tecnologia que o blindava dela. Os satélites estavam focados no alvo, e em inúmeras capitais do mundo eles instalaram telas de cinema para que a população e governantes assistissem ao vivo o que viria a seguir.
Detonada durante a noite, um "cogumelo de fogo" e um clarão tão potente quanto o sol se expandiram, iluminando parte da África, Ásia, Oriente Médio e Europa. Uma nuvem gigante chegou a 100 quilômetros de altura, sendo vista em toda Europa e parte da Ásia. O som correu o mundo indo e vindo várias vezes, semelhante a um sino após ser tocado, a onda de choque causada pela Bomba quebrou janelas e destruiu telhados a mil quilômetros do ponto zero.
Detonada a poucos metros do solo, a energia causou um abalo sísmico de 9.1 na Escala Richter, sacudindo o oriente médio e causando um pequeno maremoto no Oceano próximo. Os rios e lagos de Israel evaporaram totalmente, e a cratera da explosão atingiu 50 quilômetros quadrados. Da última cidade sagrada nada restou a não serem pó e areia vitrificada e radioativa...
Nos telões, que mostrou tudo com imagens de drones e de satélites, mais uma vez os povos dominados perceberam que os deuses estavam entre os homens, e embora trajados de homens, eram deuses realmente maus porque nada se entrepunha em seu caminho.
No território árabe, levaria décadas para os efeitos radioativos serem erradicados, mas o que se desejou foi atendido plenamente. O império agora estava consolidado e nenhuma das nações dominadas ousaria questionar nada do que viria pela frente. Quanto ao almirante, extremante feliz com seu desejo realizado, ele ainda tinha mais mil daquelas bombas no seu arsenal. Tinha também sua 1ª usina atômica funcionando na Flórida, e Uranio para fazer mais milhares de bombas, ou usinas para iluminar cada cidade do seu continente.
Dono também da Índia, com uma grande população islâmica, a ordem era erradicar o restante daquela religião, seus livros, templos e homens que guiavam o povo. Novamente a maquina de morte teve que entrar em ação e adubar o solo com os cadáveres. Mas por uma peculiaridade do destino, Kirk não molestou a religião hindu, porque seus livros sagrados falavam de guerras entre uma raça com tecnologia superior, dotadas de naves voadoras, armas atômicas e outras novidades tecnológicas, então quando viram aviões e helicópteros voando pela nação. Entenderam que os deuses deles estavam de volta e passaram a adorar e idolatrar Kirk e tudo o mais que o império exigia. Os porta-aviões chegaram ao Japão feudal, dominaram e impuseram as ordens ao império, unificaram a nação sobre as ordens do imperador. Sabiam da capacidade daquele povo em se adaptar ao poder e a mudança. A incorporação deles foi pacifica porque o imperador era visto como descendente dos deuses, e helicópteros e aviões naquela época, apoiando o imperador, falando com ele em seu idioma – muitos turistas dos transatlânticos eram de origem japonesa e americana - confirmaram isso...
O ultimo que caiu foi o império chinês, era assim há séculos, e os chineses se adaptavam até o próximo invasor. Mas este era sem dúvida alguma a última vez porque nenhum outro império surgiria na terra para dominar a China, assim como a Rússia, Japão, Europa, Índia, Austrália e Américas, tudo era parte do maior império que um homem - o almirante Kirk Mac Donald - já conquistou, e que daria as bases num futuro para conquistas muito além do planeta Terra...
Com o império unificado, Kirk deixou as bases desse novo mundo e passou o comando para o seu 2º em comando pelo prazo de cinco anos. Esse era o tempo que todos haviam concordado até a próxima gestão. Mas antes de se aposentar ele deixou uma ordem que seria seguida eternamente. Eles sabiam quem foram os grandes cientistas e inventores do futuro. Assim, a missão da CIA era localizar cada um deles ainda criança e levá-los para as melhores escolas e universidades que eles construiriam. Um deles foi um rapaz chamado Nikola Tesla. O homem que inventou o século XX e XXI, e que nasceu em 1856, no antigo império austríaco, agora uma repartição do império americano.
Toda sua família foi levada para a capital do império, e o garoto introduzido na escola ainda com quatro anos. Aos 10 ele já entendia toda tecnologia humana, e aos 20 ele tinha feito o que o senhor Thomas Carlton, o físico que descobriu que estavam num mundo paralelo, e que teoricamente só poderiam abrir buracos de minhoca para casa em 500 anos, fosse possível ainda naquele século. Aos 25 ele coordenou o projeto e inventou coisas que estavam séculos a frente da tecnologia do século XXI.
Em Cuba eles construíram o estabilizador quântico e pela primeira vez eles puderam ver a terra de aonde vieram, mas viram também a mesma ser destruída anos depois... Para os homens e mulheres que eram ainda daquela 1ª geração, saber disso destruiu um sonho de um dia poder rever algum descendente, mas agora isso não era mais possível. Mas seus descendentes, os homens e mulheres que herdaram essa realidade quântica, não só estavam livres daquele passado, como prontos para algo muito maior, o universo...
Tesla viverá 105 anos, e graças a ele, e outros mais que viram; aquelas pessoas que chegaram a este universo, agora podiam dar ao império o destino que Kirk, o herói de seu povo, um dia imaginou, uma terra linda, preservada, sem superpopulação e inimigos, e a raça humana falando um idioma global, embora ainda existisse milhares de outros. No século XXI, do ano 2020 eles já estavam aumentando a massa de marte, e preparando para ser uma 2ª terra, algo que o almirante Kirk, mesmo em seus sonhos mais loucos, jamais imaginou...